SonetoSoneto

“À procura de mim”“À procura de mim”

Avanço automático.Avanço automático.

Eu vim ao mundo num planalto imenso

Num belo Outono e já ao fim do dia

Eu vim ao mundo num planalto imenso

Num belo Outono e já ao fim do dia

E enquanto eu lá nascia, outra sorria

E me acenava, ao longe, com um lenço.

E enquanto eu lá nascia, outra sorria

E me acenava, ao longe, com um lenço.

Eu nunca a esquecerei e quando penso

Naquela minha Irmã que tanto amou,

Eu nunca a esquecerei e quando penso

Naquela minha Irmã que tanto amou,

A que campinas tinha como lenço,

Entrego a vida a quem não me encontrou.

A que campinas tinha como lenço,

Entrego a vida a quem não me encontrou.

Eu sou a do desterro, a águia altiva

Que algures, no Alentejo, hei-de encontrar.

Sou quem não fui, sou quem me chama ainda.

Eu sou a do desterro, a águia altiva

Que algures, no Alentejo, hei-de encontrar.

Sou quem não fui, sou quem me chama ainda.

Sou quem desce à charneca e anda cativa

De um riso de Verão por começar:

No meu olhar… A Primavera infinda…

Sou quem desce à charneca e anda cativa

De um riso de Verão por começar:

No meu olhar… A Primavera infinda…

Imagens do Alentejo.Imagens do Alentejo.

Imagens do planalto da HuílaImagens do planalto da Huíla

101 Strings-”All the way”101 Strings-”All the way”

Soneto e formatação de

Soneto e formatação de

Maria de Aguiar Marçalo.

Maria de Aguiar Marçalo.