a previdência social dos servidores públicos - modulo 1
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7/23/2019 A Previdncia Social Dos Servidores Pblicos - Modulo 1
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A Previdncia Social dos Servidores Pblicos RegimePrprio e Regime de Previdncia Complementar
Mdulo
Braslia - 2015
Entendendo a previdncia socialdo servidor pblico por meiode suas normas constucionais,
legais e infralegais
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Fundao Escola Nacional de Administrao Pblica
Presidente
Gleisson Rubin
Diretor de Desenvolvimento Gerencial
Paulo Marques
Coordenadora-Geral de Educao a Distncia
Natlia Teles da Mota Teixeira
Autor do Contedo
Valria Porto (2013)
Reviso textual e diagramao 2015 realizada no mbito do acordo de Cooperao TcnicaFUB/CDT/
Laboratrio Latude e ENAP.
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SUMRIO
Unidade 1 - Entendendo a previdncia social do servidor pblico por meio de suas normas constucionais,
legais e infralegais ..................................................................................................................................5
1.1 Introduo ........................................................................................................................................5
1.2 Entendendo a previdncia social do servidor pblico por meio de suas normas constucionais, legais
e infralegais ............................................................................................................................................7
1.3 A EC n 20/98: o carter contribuvo ................................................................................................8
1.4 A EC n 41/2003: contribuio e solidariedade ..................................................................................9
1.5 A EC n 47/2005: mais uma regra de transio, vigncia a parr de 31.12.2003 ............................... 12
1.6 A EC n 70/2012: alterao na aposentadoria por invalidez .............................................................14
1.7 A Lei n 12.618/2012 e o Decreto n 7.808/2012: instuio do regime de previdncia complementar
e criao da Funpresp-Exe .................................................................................................................... 15
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1.1 Introduo
Breve histrico da proteo social dos servidores pblicos no Brasil
At a promulgao da Constuio de 1988, a proteo social dos servidores pblicos sempre
foi tratada como uma extenso da polca de pessoal do Estado. O direito aposentadoria
decorria do fato de os servidores terem trabalhado para o Estado, e no porque haviam
contribudo para isso.
Enquanto a aposentadoria cava a cargo do Tesouro Nacional (administrao direta), os demais
benecios, tais como penso, peclio, auxlio-funeral etc., cavam a cargo das Caixas ou dos
Instutos de Aposentadorias e Penses (administrao indireta).
A Constuio de 1891 previa, em seu art. 75, a concesso da aposentadoria por invalidez aos
servidores pblicos e a Constuio de 1934, em seu art. 170, estabeleceu uma srie de regras
sobre a aposentadoria, mas nada disps sobre as penses. A Constuio de 1937 tratou da
aposentadoria, no art. 156, mas tambm silenciou-se sobre a concesso de penses.
Somente em 1938 os servidores pblicos comearam a ter um sistema de proteo mais
organizado, quando foi criado o Instuto de Previdncia e Assistncia dos Servidores do Estado
(Ipase).
A Constuio de 1946 disps, pela primeira vez, sobre a competncia do Tribunal de Contas
da Unio para julgar a legalidade das aposentadorias, reformas e penses (art. 77, III).
MduloEntendendo a previdncia social do
servidor pblico por meio de suas normas
constitucionais, legais e infralegais
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Ol parcipante! Seja bem-vindo ao Mdulo 1!
Aqui voc aprender sobre a previdncia social do servidor pblico por
meio de suas normas constucionais, legais e infralegais, que esto
organizadas desta forma:
- A EC 20/98: o carter contribuvo
- A EC 41/2003: contribuio e solidariedade
- A EC 47/2005: mais uma regra de transio
- A EC 70/2012: alterao na aposentadoria por invalidez
Bons estudos!
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A Constuio de 1967, com a redao da Emenda Constucional 1/1969, disps sobre a
aposentadoria por invalidez, a aposentadoria compulsria aos 70 anos de idade e, ainda,
sobre a aposentadoria voluntria.
A Constuio de 1988 manteve regras diferenciadas para a aposentadoria dos servidores
pblicos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, bem como dos das
autarquias e fundaes pblicas, de acordo com o art. 40, caput, da Constuio de 1988.
A EC 3, promulgada em 17 de maro de 1993, trouxe profundas alteraes no regime de
previdncia social dos servidores pblicos, trazendo a obrigatoriedade de contribuio para o
custeio de aposentadorias e penses, e modicaes ainda mais signicavas vieram por meio
de outras emendas constucionais, tais como a EC 20/1998, a EC 41/2003, a EC 47/2005 e a
EC 70/2012.
Os regimes de previdncia dos servidores pblicos: o regime prprio e o regime de
previdncia complementar
No Brasil existem trs pos de regimes previdencirios: o
regime geral da previdncia social (RGPS), regimes prprios
de previdncia social (RPPS) e regime de previdncia
complementar (RPC).
O RGPS, administrado pelo Instuto
Nacional do Seguro Social (INSS),
obrigatrio a todos os trabalhadores
da iniciava privada (art. 201 da
CF/1988).
Os RPPS so aqueles regimes dos
servidores pblicos de cargos
efevos da Unio, dos Estados e dosMunicpios, que organizaram seu
pessoal conforme estatuto prprio.
De carter contribuvo e solidrio,
est assegurado no art. 40, caput, da
Constuio de 1988.
O RPCvisa assegurar benecios previdencirios complementares s prestaes asseguradas
pelo RPPS. A instuio do regime de previdncia complementar do servidor pblico
foi autorizada pela Emenda Constucional 20/1998, que acrescentou o 14 ao art. 40 da
Constuio de 1988.
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A Lei n 12.618, de 30 de abril de 2012, instuiu o regime de previdncia complementar
para os servidores pblicos federais tulares de cargo efevo e xou o limite mximo para a
concesso de aposentadorias e penses pelo regime de previdncia de que trata o art. 40 da
Constuio de 1988.
1.2 Entendendo a previdncia social do servidor pblico por meio de suas
normas constucionais, legais e infralegais
A Unidade I tem por objevo introduzir o tema da previdncia social do servidor pblico por
meio de suas normas constucionais, legais e infralegais.
As principais regras de funcionamento dos regimes prprios de previdncia social esto
contempladas no argo 40 da CF de 1988 e comearam a ser modicadas com a promulgao
da EC 3, de 17 de maro de 1993, EC 20, de 15 de dezembro de 1998, para alguns anos mais
tarde sofrerem alteraes ainda mais signicavas com a edio da EC 41, de 19 de dezembro
de 2003, e da EC 47, de 5 de julho de 2005. Em 2012, a EC 70, de 29 de maro, introduziu
mudanas na aposentadoria por invalidez. E a Lei n 12.618, de 30 de abril de 2012, instuiu
o regime de previdncia complementar para os servidores pblicos federais tulares de cargoefevo, cuja autorizao remontava promulgao da EC 20/1998.
Enquanto a Lei n 9.717, de 27 de novembro de 1998, trouxe as regras gerais para a organiza-
o e o funcionamento dos regimes prprios dos servidores pblicos da Unio, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municpios, a Lei n 10.887/2004 dispe sobre a aplicao de disposi-
vos da EC 41/2003, e trouxe as formas de clculo dos proventos de aposentadoria.
Mencione-se ainda a Lei n 9.796, de 5 de maio de 1999, que dispe sobre a compensao -
nanceira entre o regime geral de previdncia social e os regimes de previdncia dos servidores
da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, nos casos de contagem recproca
de tempo de contribuio para efeito de aposentadoria.
Embora implementado na grande totalidade dos Estados e em aproximadamente dois mil mu-
nicpios, ainda pende de regulamentao o regime prprio de previdncia social dos servido-res pblicos da Unio; os servidores pblicos federais contam, at o momento, com um Plano
de Seguridade Social (PSS), em consonncia com os arts. 183, 184 e 185 da Lei n 8.112, de 11
de dezembro de 1990.
Por outro lado, a Lei n 12.618, de 30 de abril de 2012 instuiu o regime de previdncia com-
plementar para os servidores pblicos federais e autorizou a criao de endade fechada de
previdncia complementar, denominada Fundao de Previdncia Complementar do Servidor
Pblico Federal (FUNPRESP), essa criada pelo Decreto n 7.808/2012, com o objevo de admi-
nistrar e executar os planos de benecios do novo regime complementar.
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1.3 A EC n 20/98: o carter contribuvo
O art. 40 da Constuio Federal de 1988, em sua redao original, trazia as regras para
que servidores tulares de cargos efevos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios, ademais de suas autarquias e fundaes, pudessem aposentar-se:
a) voluntariamente com proventos integrais,
b)voluntariamente com proventos proporcionais ao tempo de servio,c)voluntariamente por idade, com proventos proporcionais ao tempo de servio, ou
d)compulsoriamenteaos 70 anos de idade.
Regra especial foi concedida aos professores da educao infanl, do ensino fundamental e
mdio, que nham direito aposentadoria voluntria com proventos integrais, com tempo
de servio reduzido.
A EC 20, de 1998, revesu o regime previdencirio do servidor pblico de carter contribuvo,
observados critrios que preservassem o equilbrio nanceiro e atuarial1. Portanto, a parr
do advento da referida emenda constucional, o tempo de servio, que era o mote para aconcesso de aposentadoria, deu lugar contribuio ao sistema dos regimes prprios de
previdncia social do servidor pblico.
O argo 3 da EC 20, de 1998, assegurou o direito adquirido aposentadoria conforme as
regras do art. 40 da CF/1988, em sua redao original, queles servidores pblicos que, at
16 de dezembro de 1998, data da publicao da referida emenda constucional, vessem
cumprido todos os requisitos exigidos, nos termos dos diplomas legais at ento vigentes.
A base de clculo para os proventos era a lma remunerao percebida pelo servidor nocargo efevo em que se deu a aposentadoria.
1. Cf. art. 40 da CF/1988, caput.
A EC 20/1998 trouxe as seguintes modalidades de aposentadoria:
a)voluntria com proventos integrais atendidos os requisitos, cumulavos, de 35 anos de contribuio e 60
anos de idade se homem; e 30 anos de contribuio e 55 anos de idade, se mulher;
b)voluntria por idade, com proventos proporcionais ao tempo de servio, atendidos os requisitos de 65 anos
de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher; e
c)compulsria aos 70 anos de idade, com proventos proporcionais.
Ademais, fez-se necessrio comprovar :
10 anos de servio pblico;e
5 anos de exerccio no cargo efevo.
Importante!
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Tratamento especial foi dado aos professores da educao infanl, do ensino fundamental
e mdio, que podiam aposentar-se voluntariamente, com proventos integrais, atendidos osrequisitos de 30 (trinta) anos de efevo exerccio em funes de magistrio, se homem, e 25
(vinte e cinco) anos, se mulher.
A EC 20/1998 trouxe, ainda, em seu art. 82, as regras de transio para o novo regime, queagora nha como base a contribuio ao regime.
Importante ressaltar, neste ponto, que aos servidores ocupantes exclusivamente de cargos emcomisso, bem como queles que possuem contrato temporrio com a Administrao Pblica
ou emprego pblico, decidiu-se pela aplicao, nesses casos, do regime geral de previdncia
social - RGPS3.
EC 20/1998: APOSENTADORIA VOLUNTRIA
A seguir so destacados aspectos da aposentadoria voluntria referentes EC 20/1998.
CARTER CONTRIBUTIVO
10 anosservio pblico
5 anoscargo efevo
Basede clculo: remunerao do cargo efevo
Preenchimentorequisitos at 16.12.1998
1.4 A EC n 41/2003: contribuio e solidariedade
Em 19 de dezembro de 2003, com a edio da EC 41/2003, a solidariedade foi agregada aocarter contribuvo do novo regime previdencirio do servidor pblico e a base de clculo
dos proventos, que era a remunerao do servidor, passou a ser a mdia aritmca daremunerao4.
2. O art. 8 da EC 20/1998 foi revogado pela EC 41/2003.
3. Art. 40, 13 da CF/1988.
4. Cf. a Lei n 10.887, de 18 de junho de 2004.
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A referida emenda estabeleceu a contribuio do ente pblico, dos servidores avos,
aposentados e pensionistas, cujos percentuais foram xados pela Medida Provisria n 167, de
19.2.2004, converda na Lei n 10.887, de 2004, tendo determinado que a contribuio social
do servidor pblico avo da Unio para ns de manuteno do respecvo regime prprio de
previdncia social, includas suas autarquias e fundaes, ser de 11% sobre a totalidade da
base de contribuio.
Os aposentados e os pensionistas contribuiro tambm com os mesmos 11% incidentes
sobre a parcela dos proventos de aposentadorias e penses que excederem o limite mximoestabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social, conforme deciso do
Supremo Tribunal Federal no julgamento das ADIs ns 31055 e 31286.
Por sua vez, a contribuio da Unio, de suas autarquias e fundaes para o custeio do referido
regime de previdncia ser odobro da contribuioaportada pelo servidor avo. Assim, a
EC 41/2003, ressaltou a necessidade de cozao tambm do ente federavo, que passou a
assumir a condio de patrocinador do regime dos servidores, semelhante ao que ocorre no
regime geral de previdncia social.
Exceo a essa regra foi estabelecida pela EC 47/2005, determinando que a contribuio dosaposentados e pensionistas incida apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e
de penso que superem o dobro do limite mximo estabelecido para os benefcios do regime
geral de previdncia socialde que trata o art. 201 da CF/1988, quando o benecirio, na
forma da lei, for portador de doena incapacitante7.
O art. 3 da referida EC 41/2003 assegurou o direito adquirido queles que j haviam
implementado as condies de aposentao nos regimes anteriores. Assim, passaram a ter
direito adquirido aqueles que atendessem os ditames:
a)do art. 40 da CF/1988, em sua redao original, vigente at o dia 16.12.1998 (art.
3 da EC 20/1998);
b) do art. 40 da CF/1988 com aredao dada pela EC 20/1998; e
c)do art. 8 da EC 20/1998.
Com vigncia a parr de 31 de dezembro de 2003, data da publicao da referida EC 41/2003,
a base de clculo para os proventos de aposentadoria passou ento a ser a mdia aritmca
das maiores remuneraesulizadas como base para a contribuio do servidor aos regimes
de previdncia aos quais esteve vinculado.
5. ADI n 3105, Red. para o acrdo Min. Cezar Peluso, DJ de 18.2.2005.
6. ADI n 3128, Red. para o acrdo Min. Cezar Peluso, DJ de 18.2.2005.
7. Cf. 21 do art. 40 da CF/1988, acrescentado pela EC 47/2005.
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O referido abono de permanncia ser devido a parr do cumprimento dos requisitos para a
obteno do benecio. Os perodos de licena-prmio adquiridos e no usufrudos somente
sero considerados, para ns do referido abono, mediante manifestao irretratvel do
servidor9.
A EC 41/2003 trouxe importantes regras de transio em seus arts. 2 e 6. As regras de
transio vieram resguardar os servidores que j possuam direitos adquiridos relavos
aposentadoria na data de promulgao das reformas previdencirias.
Regra do art. 2 da EC 41/2003
O argo 2 da EC 41/2003, assegurou o direito de opo pela aposentadoria voluntria quele
que tenha ingressado regularmente em cargo efevo na Administrao Pblica direta, suas
autarquias e fundaes, at a data de publicao da EC 20/98 (16.12.98), com proventos
calculados de acordo com os 3 e 17 do art. 40, da CF/1988 (mdia aritmca).
Assim, no clculo dos proventos da aposentadoria, por ocasio de sua concesso, sero
consideradas as remuneraes ulizadas como base para as contribuies do servidor aosregimes de previdncia de que tratam o argo 40 (regime prprio de previdncia social - RPPS)
e o argo art. 201 (regime geral da previdncia social - RGPS)- ambos da Constuio de 1988
- quando o servidor, cumulavamente, atender os requisitos de aposentadoria previstos.
O 5, do art. 2, da EC 41/2003, estabelece que: o servidor que tenha completado as exigncias
para a aposentadoria voluntria, estabelecidas nesta regra de transio, far jus a um abono
de permanncia equivalente ao valor da sua contribuio previdenciria, at completar as
exigncias para aposentadoria compulsria.
Clculo de Proventos de Aposentadoria
Aps muitos quesonamentos dos servidores pblicos e de unidades de recursos humanos
de diversos Ministrios, a Secretaria de Gesto Pblica do Ministrio do Planejamento, por
meio da Nota Tcnica n 119/2009/COGES/DENOP/SRH/MP, de 3 de agosto de 2009, rmou
entendimento de que o clculo dos proventos de aposentadoria dos servidores, conforme
previsto na EC 41/2003, dever ser realizado ulizando-se a mdia aritmca simples de
80% (oitenta por cento) das maiores remuneraes de todo o perodo contribuvo do
servidor, sendo o resultado da mdia proporcional ao seu tempo de contribuio, e no
poder, o valor decorrente (proventos de aposentadoria), ser inferior ao salrio-mnimo e
nem superior remunerao do cargo efevo em que se deu a aposentadoria.
Instuiu-se a gura do abono de permanncia, que permiu ao servidor a opo por
permanecer em avidade aps haver completado as exigncias para aposentadoria voluntria,
desde que contasse com, no mnimo, vinte e cinco anos de contribuio, se mulher, ou trintaanos de contribuio, se homem, at o dia 31.12.2003; atendidos esses requisitos, o servidor
far jus a um abono de permanncia equivalente ao valor da sua contribuio previdenciria,
at completar as exigncias para a aposentadoria compulsria8.
8. Cf. 1, do argo 3,da EC 41, de 2003.
9. Os requisitos para o abono de permanncia encontram-se no 19 do art. 40 da CF/1988, no 5 do art. 2 da EC 41/2003,
e no 1 do art. 3 da EC 41/2003.
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1.5 A EC n 47/2005: mais uma regra de transio, vigncia a parr de 31.12.2003
O argo 3 da EC 47, de 2005, estabelece que, ressalvado o direito de opo aposentadoria
pelas normas estabelecidas pelo art. 40 da Constuio Federal ou pelas regras estabelecidas
pelos arts. 2 e 6o da EC 41, de 2003, o servidor da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municpios, includas suas autarquias e fundaes, que tenha ingressado no servio pbli-
co at a data de publicao da EC 20/1998 (16.12.1998) poder aposentar-se com proventos
integrais, que correspondero totalidade da remunerao do servidor no cargo efevo em
que se der a aposentadoria.
Art. 7 Observado o disposto no art. 37, XI, da Constuio Federal, os proventos de
aposentadoria dos servidores pblicos tulares de cargo efevo e as penses dos
seus dependentes pagos pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, includas
suas autarquias e fundaes, em fruio na data de publicao desta emenda, bem
como os proventos de aposentadoria dos servidores e as penses dos dependentes
abrangidos pelo art. 3 desta emenda, sero revistos na mesma proporo e na mesmadata, sempre que se modicar a remunerao dos servidores em avidade, sendo
tambm estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benecios ou vantagens
posteriormente concedidos aos servidores em avidade, inclusive quando decorrentes
da transformao ou reclassicao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria
ou que serviu de referncia para a concesso da penso, na forma da lei.(BRASIL,2003).
Nesta regra, no h paridade entre os proventos da aposentadoria e a remunerao dos
servidores avos para ns de reajuste, pois o 8 do art. 40 da CF/1988 foi alterado e recebeu
nova redao dada pela EC 41/2003, regulamentado pelo art. 15 da Lei n 10.887/2004,
vigente a parr de 20.2.2004 (data de publicao da Medida Provisria n 167, converda na
Lei n 10.887/2004), que determina que o reajuste dos proventos de aposentadoria ocorra
na mesma data e ndice em que for concedido o reajuste dos benecios do regime geral da
previdncia social.
Regra do art. 6 da EC 41/2003
O art. 6 da EC 41/2003 estabelece que - ressalvado o direito de opo aposentadoria pelas
normas estabelecidas pelo art. 40 da CF/1988 ou pelas regras estabelecidas pelo art. 2 dessa
emenda - o servidor da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, includas suas
autarquias e fundaes, que tenha ingressado no servio pblico at a data de publicao da
referida emenda (31 de dezembro de 2003), poder aposentar-se com proventos integrais,
que correspondero totalidade da remunerao do servidor no cargo efevo em que se der
a aposentadoria, na forma da lei.
Conforme o disposto no art. 2 da EC 47/2005, aplica-se aos proventos de aposentadoriasdos servidores pblicos, que se aposentarem na forma do caput do art. 6 da EC 41/2003, o
instuto da paridade, conforme o disposto no art. 7 da mesma emenda, o qual determina:
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A nova regra de transio trazida pela EC 47/2005, a chamada PEC paralela,
alm de ter conferido o direito aposentadoria com proventos integrais, trouxe
o direito paridade com os servidores avos queles que ingressaram no
servio pblico at 16 de dezembro de 1998. Nesse caso, o servidor dever
comprovar:
a)35 anos de contribuio, se homem, e 30 anos, se mulher;
b)25 anos de efevo exerccio no servio pblico;
c)15 anos de carreira; e
d)5 anos no cargo efevo.
No que se refere idade mnima para a aposentadoria, essa ser diminuda em um ano a cada
perodo de doze meses que ultrapassar o tempo de contribuio mnima.
Estudo de caso 1:
Joo ingressou no servio pblico federal em 1 de janeiro de 1989, com 19 anos, no cargo de
tcnico de nvel mdio do Ministrio da Fazenda. Mais tarde ele foi aprovado em um segundo
concurso pblico, tambm no Ministrio da Fazenda, tomando posse em 6 de junho de 1996, onde
passou a exercer o cargo de economista. Por m, foi aprovado em um terceiro concurso pblico,
tomando posse em 5 de junho de 1998, em que passou a exercer o cargo de especialista de
polcas pblicas e gesto governamental, do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto.
Considerando que Joo nunca contribuiu para o Regime Geral de Previdncia Social; aps analisar
as Emendas Constucionais 20/1998, 41/2003 e 47/2005, responda as seguintes perguntas:
a) Considerando apenas a melhor regra para sua aposentadoria, quando e por qual regra Joo
estar apto aposentadoria?
Considerando que Joo j estava no servio pblico em 15 de dezembro de 1998 (data
anterior a EC 20/1998), a melhor regra para sua aposentaria a prevista na EC 47/2005:
Conforme previsto na EC 47/2005, em seu argo 3, Joo poder se aposentar em dezembro
de 2026, com aposentadoria voluntria com proventos integrais, ocasio em que ter
cumprido todos os requisitos exigidos. Por essa regra, Joo tem que contar com, no mnimo,
25 anos de efevo exerccio no servio pblico, 15 anos na carreira e 5 anos no cargo efevo.
O tempo mnimo de contribuio deve ser de 35 anos e a idade mnima de 60 anos. Nesse
caso, Joo poder reduzir um ano na idade mnima, para cada ano de contribuio que ele
ver acima de 35 anos de contribuio. Considerando que o tempo de contribuio no
pode ser reduzido, o que pode ser feito reduzir a idade Em outras palavras, o somatrio
do tempo de contribuio com a idade mnima exigida de Joo tem que ser no mnimo 95
(frmula dos 85/95 - 85 para mulheres e 95 para homens). Nesse caso, em dezembro de
2026 Joo ter 38 anos de contribuio e 57 anos de idade, somando os 95 da frmula,cumprindo assim os requisitos.
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Na verdade, a EC 70/2012 alterou a base de clculo da aposentadoria por invalidez permanente
para aqueles que j nham ingressado no servio pblico na data da publicao da EC 41/2003,
deixando de ser a mdia das remuneraes sobre as quais incidiu contribuio para o RPPS
e passando a considerar a remunerao do cargo efevo, no tendo alterado, entretanto, a
questo dos proventos integrais ou proporcionais.
Nota Informava N 412/2013/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP
1.6 A EC n 70/2012: alterao na aposentadoria por invalidez
A EC 70/2012 outorgou queles servidores que ingressaram no servio pblico at o dia 31 de
dezembro de 2003, data da publicao da EC 41/2003, o direito aposentadoria por invalidez
com proventos correspondentes remunerao integral do cargo efevo e ao critrio de
reajuste pela paridade.
A referida emenda acrescentou o art. 6o-A EC 41/2003, estabelecendo regra transitria de
critrio de clculo para a aposentadoria por invalidez.
A EC 70/2012 no garante a aposentadoria com proventos integrais, mas que os proventos
sejam calculados com base na remunerao do cargo efevo. Os proventos sero integrais
(100% da remunerao) quando a invalidez for decorrente de acidente em servio, molsa
prossional ou doena grave, contagiosa ou incurvel; e sero proporcionais ao tempo de
contribuio nos demais casos.
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7/23/2019 A Previdncia Social Dos Servidores Pblicos - Modulo 1
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Dentre os pases membros da OCDE, informa o relatrio que poucos lograram traar
estratgias para rar vantagem das oportunidades criadas por um funcionalismo pblico
em envelhecimento. Referidas estratgias incluem os desaos de manter a capacidade e
a qualidade no servio pblico e, ao mesmo tempo, rewduzir custos e realocar pessoal em
reas prioritrias, num grande exerccio de adaptao dos servios pblicos sociedadeem envelhecimento.
1.7 A Lei n 12.618/2012 e o Decreto n 7.808/2012: instuio do regime de
previdncia complementar e criao da Funpresp-Exe
A Lei n 12.618, de 30 de abril de 2012, instuiu o regime de previdncia complementar para
os servidores pblicos federais tulares de cargo efevo, inclusive para os membros do Poder
Judicirio, do Ministrio Pblico e do Tribunal de Contas da Unio, previsto nos 14, 15
e 16 do art. 40 da CF/1988, e autorizou a criao da FUNPRESP Fundao de Previdncia
Complementar do Servidor Pblico Federal10.
O Decreto 7.808/2012 criou a Fundao de Previdncia Complementar do Servidor Pblico
Federal do Poder Execuvo, a Funpresp-Exe.
A Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE) desenvolveu no
Brasil, entre 2009 e 2010, uma Avaliao da Gesto de Recursos Humanos no Governo Relatrio da OCDE BRASIL 2010 Governo Federal1, na forma de peer review reviso
por pares.
O estudo sobre a gesto de recursos humanos no Governo brasileiro contou com a
parcipao do Secretariado da OCDE e de especialistas de 5 pases pares, a saber
Espanha, Frana, Canad, Estados Unidos e Japo. No referido estudo foram discudas
e analisadas questes relavas administrao da fora de trabalho, em termos do
desenvolvimento de carreiras, da capacitao de pessoal, da gesto por competncia
e da avaliao de desempenho. Foram tambm avaliadosaspectos relavos ao sistema
de pagamento de pessoal, relacionamento das reas de recursos humanos no sistema
federavo de governo e legislaes pernentes e, ainda, o sistema previdencirio dos
servidores pblicos federais.
O estudo da OCDE abordou a questo do envelhecimento da fora de trabalho no servio
pblico brasileiro, onde atualmente cerca de 40% dessa fora encontra-se numa faixa
etria superior a 50 anos, tendo apontado para a necessidade de, a longo prazo, o setor
pblico responder s demandas por mudanas de uma sociedade em envelhecimento e a
necessidade do adequado gerenciamento da fora de trabalho que est a sair do servio
pblico.
Segundo a OCDE, o Brasil precisa acelerar o programa de capacitao de servidores epromover melhorias no planejamento das carreiras, pois tem, no momento, uma
oportunidade nica de, em face do expressivo nmero de aposentadorias a serem
concedidas nos anos vindouros, ajustar o tamanho e alocar a fora de trabalho em funo
das prioridades setoriais, por meio de um efevo planejamento de longo prazo.
10. Cf. art. 4 da Lei n 12.618, de 30 de abril de 2012.
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7/23/2019 A Previdncia Social Dos Servidores Pblicos - Modulo 1
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Dentre os pases membros da OCDE, informa o relatrio que poucos lograram traar
estratgias para rar vantagem das oportunidades criadas por um funcionalismo pblico
em envelhecimento. Referidas estratgias incluem os desaos de manter a capacidade e
a qualidade no servio pblico e, ao mesmo tempo, rewduzir custos e realocar pessoal em
reas prioritrias, num grande exerccio de adaptao dos servios pblicos sociedade
em envelhecimento.
Atualmente, mais da metade dos pases-membros da OCDE tm regimes especiais paraservidores pblicos regimes mais generosos que os regimes de trabalhadores do setor
privado, o que coloca em risco sua viabilidade nanceira, caso esses regimes no se
tornem mais contribuvos e sustentveis.
O relatrio da OCDE destacou, ento, alguns dos mtodos ulizados por seus pases-
membros com vistas reforma de seus respecvos regimes:
a) reviso das frmulas de clculo dos valores da aposentadoria os perodos de
contribuio veram que ser ampliados para 40 anos na grande maioria dos pases-
membros da OCDE;
b)aumento da idade para aposentadoria igualdade na idade de homens e mulheres;
c) limitao de aposentadoria antecipada maior rigor na concesso de aposentadorias
por invalidez ou doena;
d)incenvo ao adiamento da aposentadoria manuteno de servidores mais velhos,
por meio da concesso de bnus; e
e) desenvolvimento de regimes de capitalizao e contribuio de servidores pblicospara seus regimes de aposentadoria desenvolvimento de regimes prossionais ou
planos de previdncia complementar.
As sugestes apresentadas pela OCDE para solues no caso brasileiro coincidem, quase
que totalmente, com aquelas adotadas por seus pases-membros.
E muito embora no tendo adotado, at o momento, as sugestes propostas pela OCDE,
v-se que as solues encontradas pelo sistema brasileiro tm seguido a tendncia
mundial, diante a necessidade premente da aplicao do princpio do equilbrio nanceiro
e atuarial.
Por hora fcamos por aqui!
No Mdulo 2 ser abordado o seguinte assunto As aposentadorias noregime prprio de previdncia social do servidor voc ter a companhiada ngela.
At mais e bons estudos.