a prÁxis do enfermeiro frente Às primigestas:...

7
Curso de Enfermagem Revisão bibliográfica A PRÁXIS DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS PRIMIGESTAS: BINÔMIO MÃE E FILHO DA GESTAÇÃO AO PUERPÉRIO THE PRAXIS NURSES FRONT PRIMIGRAVIDAE: BINOMIAL MOTHER AND SON TO PREGNANCY PUERPERIUM Arielle Gomes da Silva ¹, Natalina Moreira da Rocha 1 , Leonardo Batista 2 1 Aluna do Curso de Enfermagem 2 Professor Mestre do Curso de enfermagem Resumo Introdução: A gestação é um sonho, mas traz consigo uma bagagem de dúvidas e ansiedades. As Primigestas também conhecidas como mães de primeira viagem, são as mulheres que vivenciam tais sensações de forma mais intensa e o enfermeiro é o profissional com maior possibilidade de minimizar os desafios da maternidade. Objetivo: evidenciar a atuação do enfermeiro no Binômio mãe e filho do pré-natal ao puerpério, enfatizando o protagonismo deste profissional no processo de gerenciamento de enfermagem do planejamento familiar ao pós-parto. Materiais e Métodos: Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica de caráter exploratório qualitativo, ou seja, que estimula os autores a pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito, apresentando aspectos subjetivos que promova motivações não explícitas, ou mesmo conscientes de maneira espontânea, onde foram pesquisados 40 artigos do ano 1986 a 2014, destes selecionados 28 e excluídos 12, o critério para seleção foi de acordo com a relevância do assunto e o envolvimento do mesmo com o tema proposto. Os materiais selecionados foram encontrados em sua maior parte, no site de pesquisa do Scielo Scientific Electronic Library Online, Google Acadêmico www.googleacademico.com.br e Bireme www.bireme.com.br, além do site do Ministério da Saúde. Revisão Bibliográfica: O Enfermeiro é o profissional que deve ser capaz de atender as expectativas das primigestas, esclarecendo possíveis dívidas e orientando à futura mãe durante as consultas de enfermagem durante o pré-natal e contribuindo para o bom andamento do binômio no puerpério. Palavras-Chave: Enfermeiro; Primigesta; binômio mãe e filho; Gestação; Puerpério. Abstract Introduction: Pregnancy is a dream, but brings with it a baggage of doubts and anxieties. Primigravidae also known as first-time mothers are women who experience these feelings more intensely and the nurse is the professional most likely to minimize the challenges of motherhood. Objective: To highlight the work of nurses in the binomial mother and son prenatal to postpartum, emphasizing the role of this professional in nursing management process of family planning to postpartum. Materials and Methods: This is a literature review of research qualitative exploratory, meaning that encourages authors to think freely about any subject, object, or concept, with subjective aspects that promotes not explicit motivations, or even aware way spontaneous, where they were surveyed 40 articles of the year from 1986 to 2014, these selected 28 and 12 excluded, the criterion for selection was according to the relevance of the subject and the involvement of the same with the theme. Selected materials were found mostly in the website's search SciELO - Scientific Electronic Library Online, Google Scholar - www.googleacademico.com.br and Bireme - www.bireme.com.br, and the Ministry of Health website. Literature review: The nurse is the professional who should be able to meet the expectations of the first pregnancy, accounting for possible debts and guiding the future mother during nursing consultations during the prenatal and contributing to the smooth running of the binomial postpartum. Keywords: Nurse; Primigravidae; both the mother and child; Gestation; Postpartum. Contato: [email protected] Introdução Dizem que uma mulher só é completa quando se torna mãe, os antigos acreditavam piamente nisso, defendiam o princípio que uma mulher sem filhos era uma mulher sem honra e amaldiçoada. Na Bíblia Sagrada em Gênesis capítulo 30 versículo primeiro, Raquel pede a Jacó seu marido que lhe dê filhos, se não ela morre, o que confirma que filhos completam a vida de uma mulher. Sendo assim, é possível entender que Deus implantou na mulher um grande desejo de ser mãe, ou seja, ela foi criada para gerar filhos. Ser mãe é um dom divino, uma verdadeira dádiva de Deus, um desejo de muitas e um privilégio para algumas, o fato é que gerar filhos é uma experiência incrível que só uma mãe legítima é capaz de entender, a maioria das mulheres almeja viver esse magnífico experimento. No entanto, a gestação não é algo tão simples assim, ela precisa ser identificada, classificada e acompanhada por profissionais capacitados. Por tanto, a gestação é classificada de baixo risco quando ela se constitui num fenômeno fisiológico normal que evolui em 90% dos casos,

Upload: trandiep

Post on 09-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A PRÁXIS DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS PRIMIGESTAS: …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · Curso de Enfermagem Revisão bibliográfica A PRÁXIS DO ENFERMEIRO

Curso de Enfermagem Revisão bibliográfica

A PRÁXIS DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS PRIMIGESTAS: BINÔMIO MÃE E FILHO DA

GESTAÇÃO AO PUERPÉRIO

THE PRAXIS NURSES FRONT PRIMIGRAVIDAE: BINOMIAL MOTHER AND SON TO PREGNANCY PUERPERIUM

Arielle Gomes da Silva ¹, Natalina Moreira da Rocha

1, Leonardo Batista

2

1 Aluna do Curso de Enfermagem 2 Professor Mestre do Curso de enfermagem

Resumo

Introdução: A gestação é um sonho, mas traz consigo uma bagagem de dúvidas e ansiedades. As Primigestas também conhecidas como mães de primeira viagem, são as mulheres que vivenciam tais sensações de forma mais intensa e o enfermeiro é o profissional com maior possibilidade de minimizar os desafios da maternidade. Objetivo: evidenciar a atuação do enfermeiro no Binômio mãe e filho do pré-natal ao puerpério, enfatizando o protagonismo deste profissional no processo de gerenciamento de enfermagem do planejamento familiar ao pós-parto. Materiais e Métodos: Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica de caráter exploratório qualitativo, ou seja, que estimula os autores a pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito, apresentando aspectos subjetivos que promova motivações não explícitas, ou mesmo conscientes de maneira espontânea, onde foram pesquisados 40 artigos do ano 1986 a 2014, destes selecionados 28 e excluídos 12, o critério para seleção foi de acordo com a relevância do assunto e o envolvimento do mesmo com o tema proposto. Os materiais selecionados foram encontrados em sua maior parte, no site de pesquisa do Scielo – Scientific Electronic Library Online, Google Acadêmico – www.googleacademico.com.br e Bireme – www.bireme.com.br, além do site do Ministério da Saúde. Revisão Bibliográfica: O Enfermeiro é o profissional que deve ser capaz de atender as expectativas das primigestas, esclarecendo possíveis dívidas e orientando à futura mãe durante as consultas de enfermagem durante o pré-natal e contribuindo para o bom andamento do binômio no puerpério. Palavras-Chave: Enfermeiro; Primigesta; binômio mãe e filho; Gestação; Puerpério.

Abstract

Introduction: Pregnancy is a dream, but brings with it a baggage of doubts and anxieties. Primigravidae also known as first-time mothers are women who experience these feelings more intensely and the nurse is the professional most likely to minimize the challenges of motherhood. Objective: To highlight the work of nurses in the binomial mother and son prenatal to postpartum, emphasizing the role of this professional in nursing management process of family planning to postpartum. Materials and Methods: This is a literature review of research qualitative exploratory, meaning that encourages authors to think freely about any subject, object, or concept, with subjective aspects that promotes not explicit motivations, or even aware way spontaneous, where they were surveyed 40 articles of the year from 1986 to 2014, these selected 28 and 12 excluded, the criterion for selection was according to the relevance of the subject and the involvement of the same with the theme. Selected materials were found mostly in the website's search SciELO - Scientific Electronic Library Online, Google Scholar - www.googleacademico.com.br and Bireme - www.bireme.com.br, and the Ministry of Health website. Literature review: The nurse is the professional who should be able to meet the expectations of the first pregnancy, accounting for possible debts and guiding the future mother during nursing consultations during the prenatal and contributing to the smooth running of the binomial postpartum. Keywords: Nurse; Primigravidae; both the mother and child; Gestation; Postpartum.

Contato: [email protected]

Introdução

Dizem que uma mulher só é completa quando se torna mãe, os antigos acreditavam piamente nisso, defendiam o princípio que uma mulher sem filhos era uma mulher sem honra e amaldiçoada. Na Bíblia Sagrada em Gênesis capítulo 30 versículo primeiro, Raquel pede a Jacó seu marido que lhe dê filhos, se não ela morre, o que confirma que filhos completam a vida de uma mulher. Sendo assim, é possível entender que Deus implantou na mulher um grande desejo de ser mãe, ou seja, ela foi criada para gerar filhos.

Ser mãe é um dom divino, uma verdadeira dádiva de Deus, um desejo de muitas e um privilégio para algumas, o fato é que gerar filhos é uma experiência incrível que só uma mãe legítima é capaz de entender, a maioria das mulheres almeja viver esse magnífico experimento. No entanto, a gestação não é algo tão simples assim, ela precisa ser identificada, classificada e acompanhada por profissionais capacitados.

Por tanto, a gestação é classificada de baixo risco quando ela se constitui num fenômeno fisiológico normal que evolui em 90% dos casos,

Page 2: A PRÁXIS DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS PRIMIGESTAS: …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · Curso de Enfermagem Revisão bibliográfica A PRÁXIS DO ENFERMEIRO

sem intercorrências; e de alto risco, quando já se inicia com problemas, ou estes surgem no decorrer do período com maior probabilidade de apresentarem uma evolução desfavorável, quer para o feto ou para a mãe (SPINDOLA; PENNA e PROGIANTI, 2006).

Cerca de 600 (seiscentas) mil mulheres morrem anualmente no mundo em decorrência de complicações da gravidez, parto e puerpério, sendo 99% dessas mortes nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, entre os quais se inclui o Brasil. A maioria dos óbitos relacionados diretamente com a função reprodutora “ocorrem devido à hipertensão na gravidez, à hemorragia, à infecção puerperal, a complicações no trabalho de parto e aborto”, situações evitáveis por meio de uma adequada assistência à mulher no ciclo gravídico-puerperal (SPINDOLA; PENNA e PROGIANTI, 2006).

Mesmo assim, a gestação é um sonho, que traz consigo uma bagagem de dúvidas, curiosidades, incertezas, ansiedades, dores, desconfortos, traumas, medos e até mitos e verdades! As primíparas ou primigestas, classificadas como mãezinhas de primeira viagem, são as mulheres que vivem tais sensações de forma mais intensa, pois estão na linha de frente dos desafios da maternidade e cheias de dúvidas e curiosidades, por mais que sejam tias ou tenham cuidado de alguma criança ao longo da vida, não se compara com a experiência de gerar e dar a luz a um filho.

Embora TERRA e OKASAKI (2006), afirmem que mães que possuíram experiências anteriores com recém-nascido, apresentem de pouca a nenhuma dificuldades com o cuidado do bebê, pois relataram que adquiriram habilidades cuidando de seus irmãos mais jovens, sobrinhos e primos.

Porém, tornar-se mãe é um processo de intensa transformação existencial na vida da mulher e é nas primeiras semanas após o parto que as mulheres enfrentam os maiores desafios, mesmo já tendo planejado e aceito a função materna (ALVES et al, 2007).

Porque ser mãe é um processo onde a mulher passa por uma série de modificações gravídicas internas e externas o que fisiologicamente provoca alterações de humor e em casos mais extremos até alternância na personalidade da mesma, mudanças anatômicas, como aumento das mamas e útero, também são comuns e esperadas, para algumas primíparas são bem aceitas e para outras torna um transtorno.

As alterações hormonais, são as modificações que causam as maiores mudanças de humor e temperamento, levando as primigestas a experimentar vivencias incríveis e ao mesmo

tempo desesperadoras, porém o maior desafio e medo relatado por a grande maioria das primíparas é a dor do parto.

Pois algumas das fantasias da gestante em relação ao parto incluem o receio de não reconhecer o trabalho de parto, além do medo da dor. A mulher teme não suportá-la, sucumbir a ela e perder o controle. Teme procedimentos médicos que possam lhe causar vivências negativas (como toque vaginal, tricotomia, lavagem), além do medo do ambiente hospitalar que lhe é desconhecido e assustador, algo fora do seu contexto habitual (SARMENTO E SETÚBAL, 2003).

O enfermeiro precisa ser apto a lidar com o estado emocional/psicológico do binômio mantendo um relacionamento humanizado com o mesmo e sua família, pois a maternidade é vista de forma holística e todos estão de alguma forma envolvidos, logo é notória a relevância da atuação técnico/científica e gerencial do enfermeiro, esclarecendo dúvidas, desmentindo os mitos e enfatizando as verdades, dando apoio as puérperas e com muito amor, atenção e paciência, procura minimizar possíveis sofrimentos.

Pois o enfermeiro é o profissional que deve ser capaz de identificar e oportunizar momentos educativos, facilitando a amamentação, o diagnóstico e o tratamento adequado, considerando ser ele capacitado em aleitamento materno, e que poderá atuar junto à população, não somente prestando assistência, mas também na promoção e educação continuada, de forma efetiva (AMORIM e ANDRADE, 2009).

Sendo assim, o objetivo geral deste estudo é evidenciar a práxis do enfermeiro no binômio mãe e filho do pré-natal ao puerpério e os específicos são: Abordar os benefícios da consulta de enfermagem durante o Pré-natal; Compreender às primíparas da gestação ao puerpério; Compreender às primíparas da gestação ao puerpério e evidenciar a atuação do enfermeiro no Puerpério para harmonia do binômio.

Materiais e Métodos

Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica de caráter exploratório qualitativo, ou seja, que estimula os autores a pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito, apresentando aspectos subjetivos que promova motivações não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea em que foram pesquisados 40 artigos do ano 1986 a 2014, destes selecionados 28 e excluídos 12, o critério para seleção foi de acordo com a relevância do assunto e o envolvimento do mesmo com o tema proposto. Os materiais selecionados foram encontrados em sua maior parte, no site de pesquisa do SciELO - Scientific Electronic Library

Page 3: A PRÁXIS DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS PRIMIGESTAS: …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · Curso de Enfermagem Revisão bibliográfica A PRÁXIS DO ENFERMEIRO

Online, Google Acadêmico – www.googleacademico.com.br e Bireme – www.bireme.com.br, além do site do Ministério da Saúde.

Revisão

A Enfermagem é uma profissão abrangente e inovadora que vem ganhando espaço em questões de saúde pública e se destacando na qualidade e desempenho do processo do cuidar, procura atuar de forma holística e prestar uma assistência humanizada com base na ética profissional. O enfermeiro é o profissional de saúde mais próximo do paciente/cliente mediante o processo saúde/doença seja dentro ou fora do âmbito hospitalar.

O desempenho e postura de um profissional enfermeiro se desenvolvem conforme o setor em que o mesmo está lotado e o público alvo, no decorrer dessa revisão literária, a atuação do enfermeiro será voltada a saúde da mulher destacando as práticas assistenciais junto ao Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) e Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) (DUARTE e ANDRADE, 2008).

Pré-Natal

O pré-natal corresponde ao período de acompanhamento da gestante que se inicia com a concepção do feto até o inicio do trabalho de parto. Este período a mãe receberá informações sobre modificações que ocorre durante a gestação, sobre feto, parto e cuidados no pós-parto e a importância do aleitamento materno

(CARRARA e OLIVEIRA, 2013).

Portanto, entende-se que o pré-natal é o acolhimento da mulher desde o início da sua gravidez objetivando a qualidade da atenção (BRASIL, 2000). Sendo assim, toda mulher tem direito de fazer parte desses programas, as mesmas recebem uma assistência diferenciada, pois bem se sabe que a mulher durante a gestação sofre uma série de modificações gravídicas incluindo alterações de humor, o que as deixam mais sensíveis e melancólicas.

Logo a postura do enfermeiro que atua no pré-natal, precisa ser mais receptiva, afetiva, dinâmica, estratégica, e o mesmo deve usar uma linguagem mais simples e popular e é fundamental que o profissional de saúde se identifique com o setor, ou seja, goste do que faz (ALVES et al, 2007).

A gestante passa por acompanhamento mensal de pré-natal, com atendimento intercalado entre o médico e o enfermeiro, durante esse acompanhamento o enfermeiro participa

ativamente, através de palestras e consultas sobre as modificações gravídicas, aleitamento materno e cuidados com a criança, buscando o equilíbrio do binômio mãe e filho.

Portanto, o equilíbrio emocional e físico do binômio mãe e filho ocorre em função de alguns fatores como: planejamento familiar, nutrição adequada, controle de comorbidades, cariótipo materno e paterno, uso de drogas ou demais substâncias teratogênicas. No entanto, o apoio profissional é insubstituível, sendo evidenciado em uma pesquisa realizada na Santa Casa de Misericórdia de Miracema no ano de 2011 com a coleta de relatos de gestantes durante o pré-natal, das quais 82% relataram que a consulta de enfermagem é o momento de entendimento e tranquilidade entre os trimestres (BASTOS, 2012).

Consulta de Enfermagem

A consulta de enfermagem é uma atividade independente, realizada privativamente pelo enfermeiro, e tem como objetivo propiciar condições para a promoção da saúde da gestante e a melhoria na sua qualidade de vida, mediante uma abordagem contextualizada e participativa. Durante a consulta de enfermagem, além da competência técnica, o enfermeiro deve demonstrar interesse pela gestante e pelo seu modo de vida, ouvindo suas queixas e considerando suas preocupações e angústias. Para isso, o enfermeiro deve fazer uso de uma escuta qualificada, a fim de proporcionar a criação de vínculo. Assim, ele poderá contribuir para a produção de mudanças concretas e saudáveis nas atitudes da gestante, de sua família e comunidade, exercendo assim papel educativo (BRASIL, 2012).

A consulta de enfermagem está bem descrita desde os anos 80 quando a política de saúde da mulher e saúde da criança quando o pré-natal e o programa de crescimento e desenvolvimento foram iniciados com a enfermeira adotando postura de protagonista modificando a realidade brasileira e definindo a importância da enfermeira junto à gestante e à criança (BRASIL, 2013).

De acordo com a Lei nº 7.498 de 25 de Junho de 1986, Artigo 11, o profissional enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe privativamente assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera.

Gestante

A expectativa e o medo são revelados pelas gestantes no processo da maternidade, os resultados apontam que durante a gestação, elas sofrem alterações significativas em seu comportamento. Esses sentimentos devem-se à

Page 4: A PRÁXIS DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS PRIMIGESTAS: …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · Curso de Enfermagem Revisão bibliográfica A PRÁXIS DO ENFERMEIRO

grande dúvida e incapacidade de enfrentar a nova situação, que neste caso é a presença de um novo indivíduo em sua vida, consequentemente dependente de seu amor, afeto, cuidado, financeiro e as mudanças no seu corpo (SOUZA,

ROSA e BASTIANI, 2011).

“[...] eu fiquei muito assustada. Sei que a dor assim foi algo realmente super incômodo, e a dor é terrível mesmo. Eu achei que foi bem incômodo o processo de dilatação, trabalho de parto. Ficar aguardando as dores, ali, é terrível mesmo, insuportável, mas deu tudo certinho (Mariana, 24 anos) (ALVES et al, 2007)”.

O comportamento inseguro e o medo das situações novas que se apresentam para a recém-mamãe devem ser compreendidos como um pedido de ajuda, ressaltando-se que preferencialmente essa ajuda deve ser concentrada nos afazeres domésticos, permitindo que esta assuma o cuidado com o bebê, com suporte de algum familiar (MOTTA et al, 2004).

O apoio encontrado no enfermeiro pela gestante é descrito por estas como um porto seguro, pois a linguagem utilizada por este profissional é acessível e de fácil entendimento criando um vínculo entre os mesmos inibindo parcialmente a insegurança da mãe (SANTIAGO, 2010).

Tendo em vista as questões apontadas, pode-se inferir que o planejamento sistemático e participativo de ações educativas por parte de todos os profissionais que integram a equipe de assistência obstétrica, com ênfase na promoção da saúde, seria o mais adequado para garantir a eficácia e a satisfação da mulher em relação à obtenção de informação e orientação durante o período gestacional (ALMEIDA, MEDEIROS e SOUZA, 2012).

Enfermeiro

Atuação da enfermagem no processo do cuidar frente às gestantes reúne uma série de benefícios, pois o acompanhamento da etapa gestacional promove segurança e uma proximidade entre profissional e gestante, em que esta cumplicidade garante o bom andamento do binômio mãe e filho (GREGOR, 2011).

A prática da enfermagem obstétrica é bem definida pela política nacional de saúde da mulher e pré-natal desde 1980, momento em que o papel da enfermeira obstetra ficou bem definido e sua atuação cada vez mais enfática frente à gestante (MS, cartilha de pré-natal, 2010).

Os serviços de pré-natal e os profissionais envolvidos devem adotar as seguintes medidas educativas de prevenção e controle da ansiedade: manter o diálogo com a mulher e seu

acompanhante, orientar sobre as rotinas e procedimentos do trabalho de parto, promover visitas das gestantes e acompanhantes ao ambiente de parto, adotar medidas de incentivo do binômio mãe/filho e do aleitamento e enfatizar a autonomia da gestante quanto ao parto. (BRASIL, 2000).

Segundo Amorin 2009, o enfermeiro capacitado em aleitamento materno poderá atuar diretamente não apenas prestando assistência, mas também na promoção e educação prevenindo agravos e doenças. Desta maneira, é necessário o investimento de tempo para ouvir as experiências, crenças e mitos das gestantes oferecendo informações e reciclando as já existentes.

Portanto, uma atenção pré-natal e puerperal qualificada e humanizada se dá por meio da incorporação de condutas acolhedoras e sem intervenções desnecessárias; do fácil acesso a serviços de saúde de qualidade, com ações que integrem todos os níveis da atenção: promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante e do recém-nascido, desde o atendimento ambulatorial básico ao atendimento hospitalar para alto risco (BRASIL, 2006).

Mortalidade Materno-infantil

Avaliar o risco de morte no âmbito da saúde materno-infantil é uma prevenção que constitui desafio para o enfermeiro que, prescindindo de vontade política dos governantes, é um dos profissionais da saúde atuantes nos programas voltados para a redução dos índices de mortalidade materna, e o melhor momento para se investigar tal risco é durante o pré-natal (BARBASTEFANO E VARGENS, 2009).

A Redução da Mortalidade Materna observada no período se deve, em grande medida, à queda da mortalidade materna por causas obstétricas diretas: resultantes de complicações surgidas durante a gravidez, o parto ou o puerpério; decorrentes de intervenções, omissões, tratamento incorreto ou de eventos associados a qualquer um desses fatores. A incidência dessas causas obstétricas saiu de mais de 126 mortes por 100 mil nascidos vivos em 1990 para menos de 43 mortes por 100 mil nascidos vivos em 2011 – redução de quase 67% em 21 anos, o que dá um declínio médio anual de quase 5,1% (BRASIL, 2014).

Puerpério

Após o pré-natal, segue o parto, onde a mulher inicia o período do puerpério. Esta fase é cercada de intensas mobilizações, pois a mulher que agora é mãe, por vezes não entende a transição pela qual está passando. Transição entendida como a passagem, mudança,

Page 5: A PRÁXIS DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS PRIMIGESTAS: …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · Curso de Enfermagem Revisão bibliográfica A PRÁXIS DO ENFERMEIRO

mobilização, modificação de um estado, condição ou circunstância para outra. Pode ocorrer de forma intencional ou de forma inesperada. A transição à maternidade ou papel materno caracteriza-se como transição familiar, pois o impacto das experiências tem sentido para todos os membros da família. As necessidades da família que está gerando o filho devem ser reconhecidas pelos enfermeiros, compreendendo os efeitos da concepção sobre cada membro do núcleo familiar exposto à experiência (ALVES et al, 2007).

Durante a transição à parentalidade materna, o enfermeiro é o profissional que mais intervém junto às mulheres, contribuindo para a adoção do papel materno, e as suas intervenções devem se orientar para a capacitação da mulher a cuidar da criança, a construção da consciência e da capacidade de resposta para a interação com o filho e a promoção da vinculação materno-infantil (GRAÇA, FIGUEREDO e CONCEIÇÃO, 2011).

Sendo assim é fundamental que o profissional de saúde estimule a participação do pai nos cuidados com recém-nascido, não apenas trocando fraldas, mas também acariciando o bebê, dando banho, aliviando as cólicas, entre outros cuidados. Assim por meio de participação efetiva, o pai passa a não se sentir excluído neste período tão importante da vida familiar (FRANCISQUINI, 2010).

Pois é de suma importância a participação do enfermeiro orientando o pai e os avós para que estes estejam juntos desde as consultas de pré-natal ao pós-parto, recomendando e estimulando a participação em casa no momento da amamentação e cuidados com o bebê (BRASIL, 2002).

O enfermeiro responsável pela assistência durante o puérperio deve ajudar os pais em: avaliar os utensílios da criança e determinar o que é mais próprio para o seu uso; ensinar aos pais as táticas e os cuidados com o recém-nascido; providenciar para que seja fornecida supervisão contínua de saúde para a criança e para a mãe; antecipar as mudanças dentro de casa e os hábitos de vida durante os primeiros três meses; informar sobre os recursos que a comunidade

dispõe para assistir aos pais (TERRA e OKASAKI, 2006 apud ZIEGEL e GRANLEY, 1986).

Nesta fase, a puérpera passa por inúmeras modificações e apresenta necessidades articulares, requerendo uma assistência qualificada e humanizada por parte da equipe de saúde, composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos obstetras e pediatras, que atente para as demandas do binômio mãe e filho, valorizando a escuta ativa e considerando as especificidades de cada caso durante o internamento no alojamento conjunto (MOURA, COSTA e TEIXEIRA, 2010).

A importância da presença da equipe de enfermagem no momento em que a mulher se torna mãe proporciona mais segurança e liberdade para a mulher solicitar ajuda, sempre que necessário (MATOS et al, 2010).

Fica evidente a importância do papel desempenhado pelo enfermeiro frente à atenção à mulher, especificamente no pós-natal, devendo prestar uma assistência qualificada e humanizada de forma integral às necessidades da mulher, levando em conta a importância do acompanhamento no pós-parto imediato e ao longo do puerpério (MOURA, COSTA e TEIXEIRA, 2010).

Sendo assim o enfermeiro tem papel de protagonista, pois atua desde o planejamento familiar ao momento do parto, auxiliando a gestante, o casal, os familiares no controle das comorbidades, inseguranças, aleitamento materno e cuidados com o recém nascido.

Considerações Finais

Em virtude do que foi apresentado neste estudo, é possível destacar a importância da práxis do enfermeiro frente às primigestas, por meio de uma assistência humanizada, altruísta e capaz de identificar e minimizar as prováveis modificações gravídicas bio, psico, social e espiritual, vivenciadas de forma intensa e temerosa por estas primíparas que ainda desconhece o processo da maternidade.

Logo as primíparas necessitam de um atendimento diferenciado e holístico e o enfermeiro é o profissional que mais deve estar apito a atender essas futuras mamães intermediando no bom andamento do binômio mãe e filho, por meio da consulta de enfermagem durante o pré-natal, parto e pós-parto, esclarecendo as dúvidas e repassando orientações quanto às mudanças do seu corpo, aleitamento materno, cuidados com o bebê e outras possíveis dúvidas ou curiosidades que as mesmas possam referir.

Mas para isso é fundamental que o enfermeiro tenha uma escuta qualificada, esteja

Page 6: A PRÁXIS DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS PRIMIGESTAS: …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · Curso de Enfermagem Revisão bibliográfica A PRÁXIS DO ENFERMEIRO

preparado profissionalmente com técnicas e habilidades e principalmente tenha satisfação de atuar na saúde coletiva, pois é redundante que o mesmo goste do que faz para desempenhar uma boa assistência.

A complexa relação mãe e filho é assistida de perto pelo enfermeiro desde o planejamento familiar, por meio de orientações quanto a questões nutricionais, sanitárias, escolha do parto, amamentação e cuidados com o bebê, conduzindo a gestação de forma segura.

Sendo assim, fica evidente que a mulher que está para gerar e dar a luz a um filho pela primeira vez vive esse momento de forma intensa e como se fosse único, ainda que a mesma cogite a possibilidade de engravidar novamente, pois tal experiência torna-se mágica, por simplesmente ser a primeira.

Referências

1. ALMEIDA, Nilza Alves Marques; MEDEIROS, Marcelo e SOUZA, Marta Rovery de. Perspectivas de

dor do parto normal de primigestas no período pré-natal. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2012

Out-Dez; 21(4): 819-27.

2. ALVES, Alexandra Maria; et al. A enfermagem e puérperas primigestas: desvendando o processo

de transição ao papel materno. Campina Grande do Sul-PR. Cogitare Enferm 2007 Out/Dez;

12(4):416-27.

3. AMORIN, Marinete Martins. Atuação do enfermeiro no psf sobre aleitamento materno. Rio de

Janeiro: Perspectivaonline, volume 3, numero 9, 2009.

4. BARBASTEFANO, Patrícia Santos e VARGENS, Octavio Muniz da Costa. Prevenção da

mortalidade materna:desafio para o enfermeiro. Rev. Bras. Enferm. [online]. 2009, vol.62, n.2, pp.

278-282. ISSN 1984-0446.

5. BASTOS, CARLOS MANOEL. A enfermeira como ferramenta chave para o binômio mãe e filho. Rio

de Janeiro. Anais do Congresso Brasileiro de Enfermagem, paginas 12-13, 2012.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Assistência pré-natal: Manual

técnico 3 a. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2000.

7. BRASIL, M.S. Secretaria de Política de Saúde. Organização Pan Americana de Saúde. Guia

alimentar para crianças menores de dois anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2002 p. 36-45.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações

Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção

qualificada e humanizada – manual técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,

Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

9. BRASIL, Ministério da Saúde. Cartilha de pré-natal, 2010.

10. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.

Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.

Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.

11. BRASIL, manual de pré-natal, 2013.

12. BRASIL. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: Relatório Nacional de Acompanhamento /

Coordenação: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e Secretaria de Planejamento e

Investimentos Estratégicos; supervisão: Grupo Técnico para o acompanhamento dos ODM. -

Brasília : Ipea : MP, SPI, 2014. 208 p. : il., gráfs., mapas color.

13. BÍBLIA de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira / Morris Cerulho; Rio de Janeiro 2007. Livro

de Genêsis, capitulo 30, versículo 1.

Page 7: A PRÁXIS DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS PRIMIGESTAS: …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · Curso de Enfermagem Revisão bibliográfica A PRÁXIS DO ENFERMEIRO

14. CARRARA, Gisleangela L.R.; OLIVEIRA, Jéssica Priscila de. Atuação do enfermeiro na educação

em saúde durante o pré-natal: uma revisão bibliográfica. Centro Universitário UNIFAFIBE –

Bebedouro – SP. Revista Fafibe On-Line — ano VI – n.6 — nov. 2013 — p. 96–109 — ISSN 1808-

6993.

15. DOTTO, Leila Maria Geromel; MOULIN, Nelly de Mendonça e MAMEDE, Marli Villela. Assistência

pré-natal: dificuldades vivenciadas pelas enfermeiras. Rev Latino-am Enfermagem 2006 setembro-

outubro; 14(5).

16. DUARTE, Sebastião Junior Henrique e ANDRADE, Sônia Maria Oliveira de. O Significado do Pré-

Natal para Mulheres Grávidas: uma experiência no município de Campo Grande, Brasil. Saúde Soc.

São Paulo, v.17, n.2, p.132-139, 2008.

17. FRANCISQUINI, Andréia Rodrigues; et al. Orientações recebidas durante a gestação, parto e pós-

parto por um grupo de puérperas. Cienc Cuid Saude 2010 Out/Dez; 9(4):743-751.

18. GRAÇA, Luís Carlos Carvalho da; FIGUEIREDO, Maria do Céu Barbiéri e CONCEIÇÃO, Maria

Teresa Caetano Carreira. Contributos da intervenção de enfermagem de cuidados de saúde

primários para a transição para a maternidade. Rev Esc Ref. [periódico na internet]. 2011; [citado

2012 nov 15]; 4(3): 27-35. Disponível em:http://www.scielo.gpeari.mctes.

pt/scielo.php?pid=S087402832011000200003& script=sci_arttext.

19. GREGOR, LANCE. A relação profissional paciente acompanhada pelo processo da sistematização

de enfermagem. Revista Brasileira de enfermagem, 2011.

20. MATOS, Thaís Alves; et al. Contato precoce pele a pele entre mãe e filho: significado para mães e

contribuições para a enfermagem. Rev Bras Enferm, Brasília 2010 nov-dez; nov-dez; 63(6): 998-

1004.

21. MOTTA, Maria da Graça Corso; et al. Vivências da mãe adolescente e sua família. Acta Scientiarum.

Health Sciences. Maringá, v. 26, no. 1, p. 249-256, 2004.

22. MOURA, Maria Aparecida Vasconcelos; COSTA, Gabrielli Rodrigues de Mattos e TEIXEIRA, Cláudia

da Silva. Momentos de verdade da assistência de enfermagem à puérpera: um enfoque na

qualidade. Rev enferm UERJ. 2010; 18(3): 429-34.

23. SANTIAGO, MAX. A transcendência da enfermagem. Revista eletrônica de enfermagem, 2010.

24. SARMENTO R, SETÚBAL MSV. Abordagem psicológica em obstetrícia: aspectos emocionais da

gravidez, parto e puerpério. Rev Ciênc Med. 2003; 12(3):261-8.

25. SARNEY, José e PINTO, Almir Pazzianotto. Lei nº 7.498, de 25 de Junho de 1986, artigo 11.

Publicada no DOU de 26 de Junho de 1986. Seção I – fls. 9.273 a 9.275.

26. SOUZA, Zanete Nilda Rebelo de; ROSA, Maria Catarina da e BASTIANE, Janelice de Azevedo

Neves. Maternidade: percepção de gestantes primíparas usuárias do Sistema Básico de Saúde. J

Health Sci Inst. 2011;29(4):272-5.

27. SPINDOLA, Thelma; PENNA, Lúcia Helena Garcia; PROGIANTI, Jane Márcia. Perfil epidemiológico

de mulheres atendidas na consulta do pré-natal de um hospital universitário. Rev Esc Enferm USP

2006; 40(3):381-8.

28. TERRA, Dayse Lúcia Henrique e OKASAKI, Egle de Lourdes Fontes Jardim. Compreensão de

puérperas primíparas sobre os cuidados domiciliares com o recém-nascido. Rev. Enferm. UNISA

2006; 7: 15-20. (TERRA DLH, OKASAKI ELFJ).