a prÁtica da massagem

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a massagem de drenagem linftica manual

1. Preparao do paciente

Pea ao paciente para despir-se a fim de que a parte a ser tratada esteja adequadamente descoberta. Lembre-se que algumas manipulaes, para serem eficazes, devem estender-se at os linfonodos que ficam nos espaos proximais Mulheres podem trajar-se de biquni ou roupas ntimas e homens de sunga.

.

O posicionamento do paciente deve ser decidido de acordo com a rea que vai ser drenada

2-A anamneseSeo A - dados pessoais1. Nome e endereo 2. Nmero de telefone para contato (de dia ou noite, ou celular). 3. Data de nascimento. 4. Estado civil. 5. Profisso. O tipo de trabalho do paciente pode causar estresse e sndromes de uso excessivo, como leses por esforo repetido (LER) OU padres anormais de postura, que levam a desequilbrios da musculatura postural e tenso muscular.

Seo B - sintomas e histrico1. Sintomas atuais. O conjunto de sintomas que levaram o paciente a buscar a massagem registrado nesta seo. Os sintomas so relacionados por ordem de gravidade Histrico de tratamentos anteriores e atuais. Detalhes de todos os tratamentos atuais e recentes so registrados; no caso de qualquer desses detalhes suscitar dvidas sobre a adequao do tratamento por massagem, Condies. Qualquer problema de sade que o paciente tenha registrado aqui. Essa informao necessria para ajudar no delineamento de um quadro geral da sade do paciente e para estruturar o programa de tratamento. Um paciente que sofre de resinados freqentes, por exemplo, pode ter um sistema imunolgico fraco, e o tratamento indicado, neste caso, a massagem linftica.

Conselhos sobre suplementos alimentares e outras abordagens de tratamento podem tambm ser apropriados. Medicao. . Indagar sobre medicamentos, portanto, pode revelar alguma informao crucial. Os pacientes s vezes se esquecem de mencionar que sofrem de insnia, por exemplo, mas recordam-se prontamente disso quando questionados sobre os medicamentos que costumam usar. A insnia pode estar associada com outros sintomas, como depresso e ansiedade. Detalhes adicionais. Questes sobre a dieta e formas de relaxamento podem ser includas nesta seo, para ajudar no esboo do estilo de vida do paciente. . Exerccios. Para o terapeuta, os problemas mais comuns apresentados pelos pacientes so dores lombares, rigidez e tenso muscular. A prescrio de alguns exerccios simples pode auxiliar no tratamento desses distrbios. A dor lombar, por exemplo, com freqncia est associada a excesso de peso ou falta de exerccios. Vale a pena lembrar que, em alguns casos, o prprio exerccio pode ser um fator agravante. A rigidez muscular muitas vezes est relacionada ao excesso de uso durante uma atividade esportiva.

3-A abordagem do tratamentoO valor teraputico da massagem estende-se alm do relaxamento, embora este seja curativo e produza uma srie de benefcios. A maior parte dos movimentos de massagem tem como efeitos teraputicos adicionais o alvio da tenso muscular e a melhora da circulao

.

Entretanto, algumas tcnicas so chamadas de "aplicadas" porque so usadas para atingir um efeito especfico, por exemplo para melhorar a drenagem linftica ou estimular o peristaltismo do clon.

Sua utilizao determinada pela condio que est sendo avaliada; invariavelmente, a massagem aplicada no para curar um distrbio, mas para tratar alguns de seus sintomas .

No existe uma rotina fixa para o tratamento por massagem, e nenhum nmero preestabelecido de vezes em que cada manobra deva ser executada.

Alm disso, a massagem teraputica ou aplicada no significa, necessariamente, uma massagem no corpo inteiro.

Com muita freqncia, o trata mento realizado em apenas uma ou duas regies, por exemplo no abdome e nas costas

.

Pode ocorrer, tambm, de apenas algumas tcnicas serem necessrias para atingir-se o resultado esperado; por exemplo, para estimular a funo de rgos viscerais ou melhorar o retorno venoso .

Massagem uma arte, bem como uma cincia, e cada tratamento, mesmo quando realizado por um profissional com pouco tempo de experincia, deve combinar esses dois aspectos. Alm de conhecer toda a importante bagagem terica, necessrio que o profissional desenvolva a habilidade de reconhecer as tcnicas aplicveis e o tempo necessrio para sua aplicao . Tal capacitao apenas pode ser conquistada se o profissional monitorar constantemente a resposta dos tecidos e, ao mesmo tempo, as informaes fornecidas pelo paciente.

4-Conscientizao quanto postura

Um erro comum em relao eficcia da massagem presumir que o terapeuta deva aplicar golpes fortes, firmes e pesados ou que sejam necessrias mos poderosas e uma considervel fora fsica.

A posio em relao tanto maca de tratamento quanto ao paciente influencia a eficcia e o fluxo das manobras; conseqentemente, o terapeuta precisa assumir a postura adequada antes de tocar a pessoa que receber a massagem. Alm disso, a posio adequada do corpo precisa ser mantida durante toda a massagem. A conscientizao quanto postura, portanto, uma combinao de posio do corpo, descarga do peso corporal e direo da presso.

O peso corporal do terapeuta usado para aplicar presso durante a realizao da massagem.

Assim, devem ser feitos ajustes na postura antes de cada manobra, para a obteno de uma posio confortvel e prtica, que permita ao terapeuta deslocar o peso do corpo para a frente e para trs ou de um lado para outro.

A posio tambm deve permitir uma ao coordenada entre o corpo e as mos, durante a aplicao de diferentes tcnicas de massagem.

A boa postura, portanto, aquela na qual o terapeuta tem os ps bem apoiados no cho e, ao mesmo tempo, plena liberdade de movimentos ***** 0 terapeuta mantm os ps bem apoiados durante todo o tratamento

5-O uso correto das mos

. A presso para a manobra de massagem exercida principalmente pela descarga do peso do corpo, e no pelas mos, e as contraes musculares da mo so, portanto, minimizadas quando as mos esto relaxadas. A essa altura, apropriado introduzir o conceito da regra do "convite". Em qualquer trabalho com as partes moles do corpo, os msculos e, na verdade, quem recebe a massagem no podem ser forados a relaxar. Aumentar a presso, portanto, no leva a um relaxamento mais profundo; isso, na realidade, pode causar mais espasmos. A tranqilidade, portanto, conquistada "encorajando-se" os msculos e o paciente a liberar a tenso, o que, por sua vez, obtido quando as mos do terapeuta esto relaxadas e sensveis s respostas dos tecidos.

Em outras palavras, o terapeuta no deve "entrar de sola" na parede muscular, mas esperar um "convite", medida que os tecidos relaxam e cedem presso. Pela sensao do estado dos tecidos, o terapeuta pode aumentar a sensibilidade de suas mos e, invariavelmente, chegar a um grau de habilidade em que a presso excessiva sempre evitada. . Essa abordagem constitui um fator essencial nas habilidades de palpao e na arte do trabalho com os tecidos moles. Alm de estarem relaxadas, as mos so usadas sem nenhuma abduo ou aduo no pulso. Alm disso, o polegar jamais mantido estendido, mas em posio neutra ou em leve flexo.

6-O ritmo das manobras de massagemAlm de todos os efeitos mecnicos e reflexos da massagem, o relaxamento continua sendo um de seus resultados mais poderosos. Como declaro em outro ponto deste livro, o fato de o paciente poder relaxar e livrar-se da ansiedade suficiente para colocar o corpo em um processo de autocura. O ritmo correto, portanto, importante para cada manobra. O deslizamento contnuo e lento do deslizamento superficial leve o melhor exemplo da massagem para relaxamento, e a tcnica de balano (ver Captulo 4) outro exemplo no qual o ritmo apropriado um aspecto essencial do tratamento. A velocidade da manobra, contudo, no to importante quanto sua regularidade. Isso particularmente verdadeiro quando certas tcnicas de massagem, como a presso e o amassamento, esto sendo realizadas; ambas podem ser relaxantes e, ao mesmo tempo, apresentar outros benefcios.

Outro ponto digno de nota que o ritmo das manobras estabelece o passo do tratamento geral de massagem, e existe uma diferena considervel entre um tratamento desenvolvido sem pressa e com muita reflexo e outro, veloz e superficial. Tambm importante mencionar que estabelecer um bom ritmo para o tratamento geral ajuda o profissional a manter o foco e a se acostumar com o paciente, o que significa que o tratamento diz respeito a curar mais o paciente que os tecidos. Alm disso, quando o terapeuta est relaxado e trabalhando de modo rtmico, o tratamento pode ser expandido e incluir outros aspectos, isto , a energia e os nveis subconscientes. Tendo em mente o corpo sadio, o terapeuta tambm pode usar a intuio para sentir e manipular os tecidos.

6-CADEIAS DE GANGLIOS LINFTICOS GANGLIONARES DA FACE

GANGLIOS INGUINAIS

I. Manobras de massagem linftica1@-_ DeslizamentoO deslizamento linftico distingue-se das manobras similares quanto ao aspecto de ser muito leve e lento. Praticamente no existe presso nessa tcnica: apenas o peso da mo suficiente para mover a linfa pelos vasos superficiais. A direo da manobra sempre para o grupo proximal de gnglios imediato,

e a tcnica executada em um ritmo muito lento, para acompanhar o ritmo do fluxo de linfa

1@-Manobras de deslizamentoComo regra geral, a direo da manobra de deslizamento linftico para o tratamento dos msculos segue aquela do retorno venoso. Contudo, no caso de msculos longos, a manobra executada a partir da periferia do msculo para seu centro, e esta considerada direo mais precisa da sua drenagem linftica.

A)_ Deslizamento com presso leve deslizamento superficialO deslizamento superficial comparvel a acariciar suavemente um bichinho de estimao. Como uma tcnica de avaliao, ele ajuda no exame dos tecidos superficiais em termos de calor, sensibilidade, elasticidade, edema e tnus muscular. Ele ainda serve como uma abordagem confortvel para "fazer contato" com pacientes e amenizar seu nvel de estresse O deslizamento superficial extremamente eficaz na induo de relaxamento

B)-_

Deslizamento com presso profunda deslizamento profundo

A presso forte transmitida aos tecidos mais profundos, melhorando, portanto, a circulao venosa e a drenagem linftica nessas estruturas A medida que o contedo das veias drenado, mais espao criado para o fluxo

sangneo arterial. O tecido muscular tambm se beneficia do maior fluxo sangneo, que o supre de oxignio e fluido plasmtico. Melhorar o retorno venoso facilita a remoo do cido lctico e de outros produtos do metabolismo decorrente da atividade muscular; isso ajuda a relaxar os msculos e a prepar-los, simultaneamente, para esportes fsicos exaustivos. As manobras profundas de massagem tm um efeito de alongamento sobre a fscia superficial e reduzem as formulaes nodulares (reas endurecidas) e a congesto. Como em todos os outros movimentos, a massagem profunda deve ser realizada apenas at serem atingidos os nveis de tolerncia de quem a recebe.

_ Exemplos Deslizamento com a palma das mos Deslizamento com o antebrao

Deslizamento com o polegar

aplicada com apenas um ou dois dedos, torna possvel concentrar a presso em pequenas reas de tecido muscular ; tambm particularmente til onde os msculos se localizam junto ao osso (como o infra-espinhal da escapula). As manobras realizadas alternando-se os dedos so muito curtas e repetidas vrias vezes na mesma rea. Elas so continuadas at que os tecidos comecem a ceder e a sensao de "n" das fibras seja reduzida. As mos podem ento ser movidas para outra seo do mesmo msculo e o deslizamento pode ser reiniciado. O deslizamento com o polegar tem as aplicaes e os efeitos descritos a seguir: 1. Reduo da dor. 2. Reduo da fadiga 3. Reduo do edema

2) Presso intermitenteEssa manobra diferencia-se das tcnicas comuns de massagem por ser aplicada com presso intermitente de bombeamento. Apenas os dedos e a palma da mo so usados; as eminncias tenar e hipotenar no entram em contato com os tecidos. Uma pequena presso aplicada por menos de 1 segundo e suspensa completamente durante o mesmo intervalo de tempo . Esse ciclo de "liga-desliga" repetido continuamente, por um curto perodo. A cada compresso, os tecidos so alongados em duas direes: a primeira localizada em linha com os dedos e, portanto, na mesma direo em que esses apontam; a segunda, em uma direo horria ou anti-horria, rumo ao grupo proximal de gnglios mais prximos. Por exemplo, o profissional permanece junto ao lado esquerdo do paciente que se encontra em decbito dorsal e coloca as mos na regio antero-medial da coxa direita; a direo do alongamento horria, isto , rumo aos gnglios inguinais (Figura 2.17). criada uma ao de bombeamento que auxilia no movimento de fluido atravs dos vasos. Alm disso, os tecidos e os vasos linfticos so alongados em duas direes, longitudinal e transversalmente; como resultado, ocorre uma contrao reflexa da parede muscular dos vasos, o que tambm empurra a linfa para a frente

3)COMPRESSOA-Compresso com as palmas das mos e os dedos: mtodo mais comum de compresso envolve aes sincronizadas de manobras circulares e compresso O A preenso e a presso so mantidas enquanto os tecidos so rolados sobre as estruturas subjacentes, ainda em uma direo circular. medida que o crculo completado, a presso liberada e os tecidos podem voltar a seu estado normal de repouso. A manobra como um todo assemelha-se a uma ao de bombeamento circular, que comea em uma rea e continua em espiral (crculos concntricos) em toda a regio.

A cada compresso, os tecidos so alongados em duas direes: a primeira localizada em linha com os

dedos e, portanto, na mesma direo em que esses apontam; a segunda, em uma direo horria ou anti-horria, rumo ao grupo proximal de gnglios mais prximos. Por exemplo, o profissional permanece junto ao lado esquerdo do paciente que se encontra em decbito dorsal e coloca as mos na regio antero-medial da coxa direita; a direo do alongamento horria, isto , rumo aos gnglios inguinais

III. Manobras de compressoB)_ Amassamentoo amassamento difere da compresso no sentido de os tecidos serem levantados e afastados das estruturas subjacentes, em vez de rolados sobre elas. O amassamento aplicado entre os dedos de uma mo e o polegar da outra, e os tecidos so simultaneamente erguidos e retorcidos de leve, no sentido horrio ou anti-horrio . Depois, a presso

liberada e a posio das mos invertida. Desse modo, a manobra executada com alternncia [a posio de preenso das mos: uma vez que os dedos esquerdos e o polegar direito tenham comprimido os tecidos, io substitudos pelos dedos direitos e pelo polegar esquerdo ara a prxima compresso. A tcnica mais apropriada para E msculos maiores, como os dos membros inferiores, da regio lombar inferior, da regio dos glteos e dos braos.

Movimentos muito leves e lentos de deslizamento Presso delicada, com pausas breves, combinada com leve alongamento manual Compresso com as eminncias tenares/hipotenares ou com a palma da moEsse mtodo de compresso usado nos msculos suficientemente grandes para serem pressionados de modo firme e estirados na direo transversal, como os msculos paravertebrais (prximos coluna), as Manual de Massagem Teraputica Mario-Paul Cassar fibras superiores do trapzio e os msculos glteos. Nenhuma manobra

circular est envolvida nesse mtodo de compresso. Os tecidos so, primeiro, puxados pelos dedos na direo das eminncias tenar/hipotenar, e uma leve presso aplicada durante a manobra, o suficiente para puxar os tecidos. A seguir, as eminncias tenar/hipotenar so empregadas para aplicao de Compresso e rolagem dos tecidos para a frente, sobre as estruturas subjacentes; essa manobra tambm alonga as fibras no sentido transversal. Embora alguma contrapresso seja aplicada com os dedos, a nfase recai sobre a presso com as eminncias tenar/hipotenar. Os tecidos, portanto, so rolados para a frente, em vez de simplesmente apertados. Se cederem o suficiente, os tecidos tambm podem ser rolados

Manobras de compresso circular usando a ponta dos dedosEm alguns msculos, como os da panturrilha, a manobra de compresso realizada com apenas uma mo. Neste caso, o polegar colocado na regio lateral da panturrilha, e os dedos, no lado medial. A presso exercida enquanto a manobra circular aplicada simultaneamente em cada lado da panturrilha, e os tecidos so comprimidos e rolados sobre as estruturas subjacentes de modo similar ao do movimento anterior

Compresso com os dedosUma tcnica de compresso intermitente pode ser aplicada com os dedos, que so colocados rente superfcie cutnea. As mos so posicionadas uma em cima da outra e exercem igual presso, com os dedos estendidos. Simultaneamente compresso, os tecidos so alongados em uma direo circular. Um movimento mnimo das mos ocorre durante essa manobra. Tanto a presso quanto os tecidos so ento liberados para o reinicio do procedimento. A tcnica indicada rara msculos que se apresentam tensos sem estar cronicamente contrados ou fibrticos. , portanto, aplicada junto com outras tcnicas, como o deslizamento superficial.

Compresso combinada com uma ao de rolamento e alongamento Manobras de alongar, erguer e retorcer usando ambas as mos31-

Tcnica de compressoCompresso na regio superior do ombro

Indica-se sua aplicao aos casos de cefalias por estresse ou tenso. Esses estados, contudo, podem fazer os tecidos da rea das costas ficarem muito tensos ou hipersensveis. Por isso, a presso deve ser introduzida gradualmente e as respostas dos msculos e do receptor da massagem levadas em considerao.

_ O grupo principal de msculos tratados por essa tcnica so as fibras superiores do trapzio, o elevador da escapula, as fibras medianas do supra-espinhoso e as fibras superiores dos rombides. 3.2-Postura do profissional

3.3-Procedimento

Use a mo ceflica (aquela mais prxima da cabea) para massagear o lado contralateral da regio torcica e repouse a mo caudal na regio lombossacral ou na regio lombar mediana. Coloque os dedos da mo ceflica na regio anterior do trapzio. Ajuste as eminncias tenar e hipotenar da mesma mo entre a escapula e a coluna, Com os dedos, erga os tecidos de modo suave, evitando qualquer presso excessiva que cause desconforto. Depois, comprima os tecidos com as eminncias tenar e hipotenar enquanto aplica uma contrafora simultnea com os dedos. Com deslizamento mnimo da mo, empurre os tecidos para a frente, para along-los transversalmente com delicadeza; sincronize essa ao com o deslocamento do peso corporal para o p frontal. Solte a preenso exercida pelas eminncia tenar e hipotenar enquanto mantm o contato com os dedos. Posicione a regio tenar da mo entre a escapula e a colin novamente. Erga novamente os tecidos com os dedos e repita o procedimento. A cada manobra, aumente a presso gradualmente; repita a tcnica vrias vezes, at sentir que msculos esto suficientemente relaxados.

IV. Manobras de percusso2) 3) 4) 5)

_ _ _ _

Dgito-percusso Punho-percusso Tapotagem Dedilhamento

Dedos abertos e esticadosQuando essa tcnica executada com os dedos retos, estes devem permanecer bem separados e manterem-se nessa posio a maior parte do tempo. Apenas o dedo mnimo golpeia os tecidos; a borda ulnar da mo no faz nenhum contato nem exerce nenhuma presso

Dedos juntos e flexionados

Uma manobra mais profunda de percusso realizada com os dedos flexionados e juntos. Apenas o dedo mnimo atinge os tecidos, enquanto a mo abaixada; a borda ulnar da mo no faz contato nem aplica nenhuma presso. A mo ento levantada novamente, com um movimento similar ao de percusso do punho

Lado da palma da mo cerrada Mo em conchaComo o nome indica, essa tcnica executada com os dedos levemente flexionados e muito unidos uns aos outros. A mo

posicionada em forma de concha, como se segurasse um pequeno objeto redondo na palma, sem ser fechada. Essa posio mantida enquanto a mo abaixada, emitindo um som oco enquanto golpeia os tecidos, e depois levantada rapidamente. No existe movimento no punho

Uma ao semelhante a um "peteleco", ou pequenas traes, efetuadas com os dedosComo o nome indica, essa tcnica executada com os dedos levemente flexionados e muito unidos uns aos outros. A mo posicionada em forma de concha, como se segurasse um pequeno objeto redondo na palma, sem ser fechada. Essa posio mantida enquanto a mo abaixada, emitindo um som oco enquanto golpeia os tecidos, e depois levantada rapidamente. No existe movimento no punho

V. Tcnicas de frico2) 3) 4) 5) _ Frico no sentido transversal das fibras _ Frico circular _ Frico paralela, ao longo da linha

6) das fibras

VI. Tcnicas de vibrao1. _ Oscilao vertical

Tcnicas de trabalho corporal123_ Tcnica neuromuscular _ Presso no ponto de gatilho _ Alongamento e mobilizao

1. Deslizamento 1. Deslizamento com a palma das mos 2 Deslizamento com o antebrao 3 Deslizamento com o polegar 4 Deslizamento com o punho 5 Deslizamento com a ponta dos dedos1.1

VII. Manobras de deslizamento

1)Deslizamento com presso leve deslizamento superficial 2)Deslizamento com presso profunda deslizamento profundoExemplos Manobras de massagem linftica

Movimentos muito leves e lentos de deslizamento Presso delicada, com pausas breves, combinada com leve alongamento manual

VIII. Tcnicas de effleurage ou deslizamento

2. Deslizamento superficial

O deslizamento superficial comparvel a acariciar suavemente um bichinho de estimao. Como uma tcnica de avaliao, ele ajuda no exame dos tecidos superficiais em termos de calor, sensibilidade, elasticidade, edema e tnus muscular. Este, em si mesmo, um aspecto crucial do relacionamento entre terapeuta e paciente; um resultado positivo do tratamento de massagem

com freqncia depende da forma como o paciente percebe esse toque. Como em outros movimentos, o deslizamento pode ser adaptado a determinada regio do corpo ou a determinado efeito. As variaes incluem mudanas de postura, de ritmo, de mtodo de aplicao e de direo da manobra. Ele ainda serve como uma abordagem confortvel para "fazer contato" com pacientes e amenizar seu nvel de estresse. A palpao da pele para detectar mudanas sutis e diminutas exige que as mos estejam relaxadas, j que a tenso reduz sua sensibilidade. A presso aplicada no nem muito leve nem suficientemente pesada para fazer com que as mos afundem nos tecidos. O deslizamento superficial extremamente eficaz na induo de relaxamento; o processo envolve receptores nos tecidos superficiais que, quando estimulados pelo toque, produzem uma resposta de relaxamento por meio do sistema nervoso parassimptico. A circulao local e sistmica tambm melhorada com o deslizamento superficial leve, que tem um efeito direto e mecnico sobre o retorno venoso, aumentando seu fluxo. Em termos de reflexos, ele tem um efeito tonificante sobre os msculos voluntrios das paredes arteriais (ver Captulo 3).

3. Deslizamento profundoAs tcnicas de deslizamento profundo com freqncia so preferveis as tcnicas de deslizamento superficial - em geral, o paciente considera a presso da manobra to relaxante, seno mais, que a exercida no deslizamento superficial. Em termos de reflexos, a presso profunda tem um efeito inibidor sobre os msculos e seus nervos sensoriais (fusos musculares e receptores do complexo de Golgi). Os impulsos nervosos que chegam da coluna aos terminais neuromusculares (junes nervosas) tambm so inibidos pela presso profunda e, como resultado, as contraes so mais fracas e os msculos relaxam (ver Captulo 3). A presso forte transmitida aos tecidos mais profundos, melhorando, portanto, a circulao venosa e a drenagem linftica nessas estruturas (Brobeck, 1979). A medida que o contedo das veias drenado, mais espao criado para o fluxo sangneo arterial. O tecido muscular tambm se beneficia do maior

fluxo sangneo, que o supre de oxignio e fluido plasmtico. Melhorar o retorno venoso facilita a remoo do cido lctico e de outros produtos do metabolismo decorrente da atividade muscular; isso ajuda a relaxar os msculos e a prepar-los, simultaneamente, para esportes fsicos exaustivos. As manobras profundas de massagem tm um efeito de alongamento sobre a fscia superficial e reduzem as formulaes nodulares (reas endurecidas) e a congesto. Como em todos os outros movimentos, a massagem profunda deve ser realizada apenas at serem atingidos os nveis de tolerncia de quem a recebe. Uma leve sensao de presso ou dor inicial sentida, com freqncia, nos tecidos superficiais; isto geralmente se reduz de forma gradual durante o tratamento. Se a dor for exacerbada com as manobras profundas, estas devem ser interrompidas nessa regio.

4. Deslizamento com o polegarDeslizamento com o polegar outra forma de manobra profunda de massagem. Como aplicada com apenas um ou dois dedos, torna possvel concentrar a presso em pequenas reas de tecido muscular; tambm particularmente til onde os msculos se localizam junto ao osso (como o infra-espinhal da escapula). As manobras realizadas alternando-se os dedos so muito curtas e repetidas vrias vezes na mesma rea. Elas so continuadas at que os tecidos comecem a ceder e a sensao de "n" das fibras seja reduzida. A s mos podem ento ser movidas para outra seo do mesmo msculo e o deslizamento pode ser reiniciado. O deslizamento com o polegar tem as aplicaes e os efeitos descritos a seguir: 1. Reduo da dor. Ele pode ser aplicado em condies como dor na regio lombar, na qual existe dor generalizada e tenso muscular. 2. Reduo da fadiga. Uma vez que aumenta a circulao local dos msculos, combate os efeitos da fadiga. 3. Reduo do edema. O deslizamento com o polegar tambm usado para reduzir edema e aderncias (congesto fibrosa); esses podem apresentar-se, por exemplo, nos tecidos moles adjacentes a uma articulao artrtica.

Calor. A presso do deslizamento com o polegar aumenta a temperatura da fscia nas camadas profundas de tecido. Aquecer a fscia facilita o alongamento das fibras de colgeno no tecido fibrtico.

5. Tcnicas de compresso*As manobras de compresso tambm so chamadas de manipulaes do tecido mole. Este um uso um pouco inadequado do termo, porque todos os movimentos de massagem podem ser considerados de manipulao dos tecidos. Existe uma distino, contudo, j que algumas tcnicas de compresso, especialmente o amassamento, s vezes so realizados sem nenhuma lubrificao dos tecidos. Alm disso, algum grau de manipulao tambm est envolvido. Tanto o amassamento quanto a compresso - as manobras primrias - deslocam e contorcem os tecidos, erguendo-os ou pressionando-os contra as estruturas subjacentes.

6. CompressoCompresso gera presso, que transmitida s estruturas subjacentes. Portanto, pode afetar os tecidos tanto profundos quanto superficiais. Existem vrios mtodos de compresso; alguns so

descritos nesta seo, enquanto outros so includos nos captulos posteriores. Os efeitos e as aplicaes da compresso incluem os descritos a seguir: 1. Alongamento e liberao de aderncias. O efeito essencial da compresso alongar o tecido muscular e a fscia adjacente. Isso representa o resultado adicional de reverter qualquer encurtamento dentro desses tecidos e liberar aderncias. 2. Reduo de edema. A ao de bombeamento da compresso tende a auxiliar o fluxo linftico e a reduzir edemas. Drenar o fluido intersticial tambm remove os resduos metablicos dos tecidos. 3. Aumento na circulao. A circulao local ativada por um efeito reflexo, que causa a vasodilatao das arterolas superficiais. O transporte de nutrientes para os tecidos, portanto, aumentado devido maior perfuso sangnea, e o fluxo venoso do sangue tambm melhorado pela ao mecnica da manobra. 4. Reduo de dor e fadiga. A melhora na circulao ajuda a reduzir a dor e a fadiga nos msculos. Um acmulo de metablitos, incluindo dixido de carbono e fluido (cido lctico catabolizado), criado pelas contraes musculares repetidas ou prolongadas. Como resultado, os msculos tornam-se suscetveis a congesto cida, isquemis, dor e fadiga. A eliminao desses produtos do metabolismo combate a fadiga e prepara os msculos para a atividade fsica desgastante , como exerccios.

Compresso com as palmas das mos e os dedos7. O mtodo mais comum de compresso envolve aes sincronizadas de manobras circulares e compresso. Quando a massagem realizada em um membro - por exemplo, nos msculos anteriores da coxa -, uma mo colocada de cada lado da coxa (Figura 2.12). A presso aplicada medida que as mos descrevem um circulo. A palma de cada mo faz contato e agarra os tecidos, enquanto a maior parte da presso aplicada com as falanges dos dedos. A preenso e a presso so mantidas enquanto os tecidos so rolados sobre as estruturas subjacentes, ainda em uma direo circular.

medida que o crculo completado, a presso liberada e os tecidos podem voltar a seu estado normal de repouso. A manobra como um todo assemelha-se a uma ao de bombeamento circular, que comea em uma rea e continua em espiral (crculos concntricos) em toda a regio. Uma tcnica alternativa executada com as mos colocadas prximas uma outra. Nessa posio, a compresso realizada com ambas as mos, descrevendo um crculo apenas em um lado da coxa. A manobra repetida vrias vezes na mesma rea; as mos so ento deslocadas para outra seo, e a tcnica reiniciada.

Compresso com os dedos e o polegar Em alguns msculos, como os da panturrilha, a manobra de compresso realizada com apenas uma mo. Neste caso, o polegar colocado na regio lateral da panturrilha, e os dedos, no lado medial. A presso exercida enquanto a manobra circular aplicada simultaneamente em cada lado da panturrilha, e os tecidos so comprimidos e rolados sobre as estruturas subjacentes de modo similar ao do movimento anterior. medida que o crculo completado, a preenso liberada e os tecidos podem voltar ao estado normal de repouso. Quando a manobra foi repetida algumas vezes, as mos so movidas para outra seo e a tcnica reiniciada. Esse procedimento

realizado em toda a regio da panturrilha.

8. Manobra de compresso amassamentoEmbora seja tambm um movimento de compresso, o amassamento difere da compresso no sentido de os tecidos serem levantados e afastados das estruturas subjacentes, em vez de rolados sobre elas. O amassamento aplicado entre os dedos de uma mo e o polegar da outra, e os tecidos so simultaneamente erguidos e retorcidos de leve, no sentido horrio ou anti-horrio. Depois, a presso liberada e a posio das mos invertida. Desse modo, a manobra executada com alternncia [a posio de preenso das mos: uma vez que os dedos esquerdos e o polegar direito tenham comprimido os tecidos, io substitudos pelos dedos direitos e pelo polegar esquerdo ara a prxima compresso. A tcnica mais apropriada para E msculos maiores, como os dos membros inferiores, da regio lombar inferior, da regio dos glteos e dos braos. Os efeitos do amassamento incluem:

Em conseqncia, no podem ser comprimidos contra uma parede da fscia para auxiliar seu fluxo sangneo e, portanto, esto suscetveis ao colapso e varicosidade. O amassamento tambm comprime os vasos sangneos mais profundos contra os planos inferiores da fscia, o que resulta em melhora do fluxo sangneo nos vasos, tanto venosos quanto arteriais. 2. Reduo da dor. Como a compresso, a tcnica de amassamento relaxa msculos contrados, aumentando a circulao na regio e alongando as fibras. A melhor circulao tem o efeito adicional

de reduzir a dor e a fadiga nos msculos. 3. Melhora na drenagem linftica. O amassamento melhora a drenagem linftica do tecido muscular e superficial. A contrao dos msculos faz os vasos linfticos se comprimirem contra os planos profundos da fscia, o que tem o efeito de bombear a linfa para a frente. A ao de aperto do amassamento oferece uma compresso similar aos vasos linfticos. 4. Emulsificao da gordura. Quando realizado vigorosamente, o amassamento tende a produzir o efeito de emulsificar a gordura nas clulas superficiais do tecido conjuntivo. Em estado emulsificado, os glbulos de gordura tm maior facilidade para entrar no sistema linftico e tambm para serem metabolizados. 5. Alongamento e liberao de aderncias. Sinnimo da ao da compresso, o componente de toro do amassamento ajuda a romper qualquer aderncia entre os feixes musculares e as camadas de msculos. Alonga as camadas profundas da fscia, as camadas de revestimento entre os msculos e outros tecidos, alm do epimsio, perimsio e endomsio. O amassamento tambm ajuda a romper as cpsulas de colgeno fibroso da celulite.

9-Compresso com as eminncias tenar/ hipotnarEsse mtodo de compresso usado nos msculos suficientemente grandes para serem pressionados de modo firme e estirados na direo transversal, como os msculos paravertebrais (prximos coluna), Nenhuma manobra circular est envolvida nesse mtodo de compresso.

Os tecidos so, primeiro, puxados pelos dedos na direo das eminncias tenar/hipotenar, e uma leve presso aplicada durante a manobra, o suficiente para puxar os tecidos . A seguir, as eminncias tenar/hipotenar so empregadas para aplicao de Compresso e rolagem dos tecidos para a frente, sobre as estruturas subjacentes; essa manobra tambm alonga as fibras no sentido transversal.

10- Tcnica neuromuscularA tcnica neuromuscular (Chaitow, 1987, p. 75) apresenta o efeito duplo e sincronizado de avaliao e tratamento dos tecidos perifricos e dos msculos. Enquanto o polegar ou os dedos deslizam sobre o tecido ou msculo, so palpadas as irregularidades, e a mesma manobra de massagem tem o efeito adicional de tratar essas estruturas pela reduo de ndulos, da rigidez, da hipersensibidade et

Estas, por exemplo, so tratadas pelo aumento na presso e pela repetio do movimento. A intensidade do movimento imediatamente reduzida quando uma rea de "fraqueza" encontrada; de modo similar, a presso aliviada quando os prprios ndulos comeam a ceder presso. Os movimentos so repetidos vrias vezes e, uma vez que o tratamento seja completado em uma regio, as mos so posicionadas em outra rea e o procedimento reiniciado.

11Tratamento de pontos de gatilho (trigger pointsUm ponto de gatilho (Travell 1983, p. 12) localizado pela avaliao de uma rea de tecido que tende a abrigar um ndulo hipersensvel. Os pontos de gatilho podem ser encontrados em tecido fascial e muscular, em ligamentos ou tendes, em tecido cicatricial ou em nveis profundos, dentro de uma cpsula de articulao ou no peristeo do osso. A palpao dessa zona de reflexo enviar, para uma regio distante, uma sensao mais intensa ou mesmo simples. Pontos comuns de gatilho com freqncia so ativos; um exemplo a rea superior do msculo esplnio da cabea e do pescoo (ver Figura 1.2). zona de reflexo tratada da maneira descrita a seguir: _ Aplica-se presso sobre a rea de reflexo com a ponta de um dedo ou do polegar; embora suave, a presso deve ser suficientemente profunda para ativar o ponto de gatilho e, assim, enviar a sensao para uma regio distante. _ A presso no tecido mantida por alguns segundos, depois

suspensa por alguns segundos e, a seguir, reiniciada. O procedimento continua at a reduo da sensao na regio distante, ou por cerca de 1 ou 2 minutos. _ Se o tecido que abriga o ponto de gatilho for um msculo, tendo, fscia ou ligamento, passivamente alongado por cerca de 1 minuto. Durante esta ao, ou bem antes dela, os tecidos so rapidamente resfriados; para isso, pode ser utilizado um aerossol de resfriamento ou cubo de gelo, que restringiro o resfriamento ao msculo, tendo ou ligamento especfico. Usar uma toalha molhada com gua gelada uma opo, mas o resfriamento atingir uma rea maior. _ O processo de aplicao de presso intermitente pode ser repetido se necessrio, e os tecidos resfriados novamente.

I. Tcnicas de massagem linfticaDiversas tcnicas de massagem linftica foram criadas para o alvio do edema, a ponto de o tratamento, com freqncia, ser separado da massagem convencional e praticado como uma terapia completamente individual. Entretanto, a massagem ainda exerce um papel significativo no tratamento do edema, j que a maior parte das manobras tem alguma influncia sobre o fluxo de linfa. Duas tcnicas de massagem aplicadas especificamente para a drenagem de linfa so descritas nesta seo; tambm so includas nas rotinas de massagem subseqentes (nos captulos a seguir).

II. Massagem linftica deslizamento

1) Tcnica de deslizamento superficial Deslizamento longitudinal Efeitos e aplicaes _ Movimentos de deslizamento superficial leve so adotados para induzir o paciente ao relaxamento. _ Esse tipo de manobra melhora o fluxo sistmico do sangue e o fluxo linftico. _ A circulao na musculatura das costas estimulada.

_ As manobras de deslizamento superficial leve podem ser repetidas vrias vezes. Podem ser aplicadas como um aquecimento para outras tcnicas de massagem ou realizadas no trmino da sessoO deslizamento linftico distingue-se das manobras similares quanto ao aspecto de ser muito leve e lento. Praticamente no existe presso nessa tcnica: apenas o peso da mo suficiente para mover a linfa pelos vasos superficiais. A direo da manobra sempre para o grupo proximal de gnglios imediato, e a tcnica executada em um ritmo muito lento, para acompanhar o ritmo do fluxo de linfa. Muito pouca lubrificao aplicada nesse movimento, e as mos permanecem relaxadas enquanto se deslocam pelos tecidos. O contato feito com toda a rea da mo, incluindo a ponta dos dedos e as eminncias tenar e hipotenar. O benefcio do deslizamento linftico estende-se tambm ao tecido muscular, embora, para drenar msculos, seja necessrio um deslizamento mais profundo do que o usado para os tecidos

superficiais, j que necessria uma maior presso para a estimulao das paredes dos vasos profundos por ao reflexa (ver Captulo 3). Como regra geral, a direo da manobra de deslizamento linftico para o tratamento dos msculos segue aquela do retorno venoso. Contudo, no caso de msculos longos, a manobra executada a partir da

periferia do msculo para seu centro, e esta considerada direo mais precisa da sua drenagem linftica.

Para realizar a manobra de deslizamento linftico, o terapeuta pode ficar em p ou sentar-se. No entanto, para manter as mos relaxadas e o ritmo lento da manobra de deslizamento, aconselhvel sentar-se sempre que possvel. Como j dito, a direo do deslizamento linftico segue a dos vasos linfticos . Por exemplo, a massagem linftica na regio posterior da coxa realizada em duas direes. Uma manobra parte do ponto mediano para a regio medial, acompanhando os canais na direo dos gnglios inguinais; um segundo trajeto parte da mesma linha mediana para a regio lateral, e esses vasos tambm drenam para gnglios inguinais, mas seguem uma rota diferente. Na regio anterior, os vasos linfticos vo da regio lateral para a mediai, e o deslizamento linftico ento realizado nesta direo.

Posicione as mos na regio lombossacral, com uma mo em cada lado da coluna . Faa contato com a palma e com os dedos de cada mo. Mantenha as mos relaxadas durante toda a manobra; isso o ajuda a palpar e examinar os tecidos, bem como a monitorar a resposta do paciente. Realize as manobras de deslizamento, com ambas as mos, na direo ceflica (rumo cabea). Aplique presso deslocando o peso corporal para a perna que est frente (voc tambm precisa flexionar o

2) Procedimento

joelho) e acrescentando fora por meio dos braos. Mova as mos em ritmo constante, chegando regio torcica em cerca de 5 segundos; depois, separe as mos, deslizando-as lateralmente na direo dos ombros. Posicione as mos em concha e massageie em torno dos ombros, mantendo a presso. Massageie os msculos prximos coluna e, depois, afaste mais as mos do centro, lateralmente, para massagear o grupo externo de msculos. Aplique presso muito leve no incio, em especial se deseja salientar o aspecto de relaxamento da manobra Aplique presso mais forte para aumentar a circulao mais profunda e reduzir a rigidez na musculatura

Deslizamento em ziguezagueEfeitos e aplicaes

3) Tcnica de deslizamento superficial

_ Essa tcnica, aplicada com muito pouca presso, particularmente relaxante. _ eficaz para aumentar a circulao para toda a regio das costas. _ A manobra tambm pode ser aplicada com um deslizamento mais pesado e realizada, portanto, como um movimento do tipo amassamento em todos os msculos das costas.

.Postura do profissional

Posicione-se ao lado do paciente. Comece na postura ereta,

Procedimento

Coloque as mos na parte inferior das costas, uma no lado ipsilateral e a outra no lado oposto da coluna. Aplique o deslizamento nas costas, fazendo as mos passarem uma pela outra enquanto voc as move para lados opostos, depois repita a manobra na direo contrria. Realize o deslizamento em ziguezague, um pouco mais para cima nas costas, sobrepondo-se manobra anterior, e continue com esse padro, subindo pelas costas. No alto das costas, estenda a manobra de deslizamento para os ombros e para a parte superior dos braos. Repita a srie de manobras descendo pelas costas

ritmo do deslizamento em ziguezague razoavelmente lento e relaxante, durando cerca de 3-4 segundos para percorrer de um lado a outro; um ritmo mais intenso exercer efeito estimulante, em vez de relaxante.

4-Tcnica de deslizamento profundo Deslizamento com reforo das mos

Procedimento

Coloque a mo mais medial no lado ipsilateral da coluna, com a borda ulnar da mo ao lado dos processos da coluna. Palpe e examine os tecidos com essa mo enquanto aplica o deslizamento. Exera presso com a mo mais lateral, cruzando-a sobre a mo mais mediai. Realize o deslizamento com ambas as mos nessa posio, comeando pela regio lombar e movendo-as rumo cabea. Ajuste a presso para adequar-se ao estado de tenso dos tecidos, aumentando a presso em reas rgidas e reduzindo-a onde h menos resistncia.

Efeitos e aplicaes

_ Os benefcios desses movimentos so semelhantes aos de outros mtodos de deslizamento. Com esse mtodo, contudo, possvel aplicar uma presso mais forte. Isso invariavelmente necessrio para os msculos profundos das costas, para o alvio de qualquer tenso e para a melhora na circulao. _ A presso profunda tambm usada para alongar a fscia tensa e reduzir quaisquer ndulos. _ Os msculos que mais se beneficiam dessa tcnica so aqueles prximos coluna, isto , o grupo de msculos paravertebrais, bem como o rombide e o trapzio em cada lado.

Postura

Posicione-se ao lado da maca de tratamento, permanecendo ereto e com os ps levemente afastados. Massageie o lado ipsilateral da coluna

e, depois, contorne a maca de tratamento para trabalhar o outro lado.

4)Massagem intermitente

linftica

-

presso

Essa manobra diferencia-se das tcnicas comuns de massagem por ser aplicada com presso intermitente de bombeamento. Apenas os dedos e a palma da mo so usados; as eminncias tenar e hipotenar no entram em contato com os tecidos. Uma pequena presso aplicada por menos de 1 segundo e suspensa completamente durante o mesmo intervalo de tempo. Esse ciclo de "liga-desliga" repetido continuamente, por um curto perodo. A cada compresso, os tecidos so alongados em duas direes: a primeira localizada em linha com os dedos e, portanto, na mesma direo em que esses apontam; a segunda, em uma direo horria ou anti-horria, rumo ao grupo proximal de gnglios mais prximos. Por exemplo, o profissional permanece junto ao lado esquerdo do paciente que se encontra em decbito dorsal e coloca as mos na regio antero-medial da coxa direita; a direo do alongamento horria, isto , rumo aos gnglios inguinais (Figura 2.17). Seguindo as mesmas diretrizes, a tcnica de presso intermitente pode ser adaptada a outras regies do corpo. Na panturrilha, por exemplo, o movimento aplicado com apenas uma mo (Figura 6.24).

Neste caso, aposio da mo assemelha-se quela adotada para a compresso. Os dois mtodos, contudo, no devem ser confundidos: a massagem linftica por presso intermitente realizada de forma muito leve e sem nenhum movimento dos dedos, enquanto a compresso aplicada com forte presso e algum deslocamento sobre os tecidos. Durante a tcnica de presso intermitente, essencial que as mos mantenham bom contato com os tecidos para facilitar o alongamento. Lubrificantes, portanto, devem ser evitados ou restritos a quantidades mnimas. Em contraste com o movimento de deslizamento linftico, a tcnica de presso intermitente melhor realizada com o terapeuta em p.

A presso intermitente dessa manobra exerce duplo efeito. criada uma ao de bombeamento que auxilia no movimento de fluido atravs dos vasos. Alm disso, os tecidos e os vasos linfticos so alongados em duas direes, longitudinal e transversalmente; como resultado, ocorre uma contrao reflexa da parede muscular dos vasos, o que tambm empurra a linfa para a frente (ver Captulo 3).

5) Tcnicas de percussoO termo comum utilizado para tcnicas do tipo percussivo tapotagem, palavra oriunda do francs tapotement, q ue significa

"pancadinhas leves". Outros termos e tcnicas incluem a percusso, a punho-percusso e o dedilhamento. Esses movimentos tm um efeito hipermico (produzem aumento na circulao local) na pele. Eles tambm estimulam os terminais nervosos, o que resulta em pequenas contraes musculares e em aumento generalizado do tnus. Como regra geral, a maioria dos pacientes considera movimentos de percusso muito revigorantes, embora alguns os considerem relaxantes. Uma interpretao para as manobras desse tipo a de terem uma natureza traumtica, qual o corpo responde com uma contrao muscular. Outra interpretao que a presso registrada pelos mecanoceptores na fscia e pelos receptores do complexo de Golgi nos msculos. Assim, ocorreria uma ao reflexa, que resultaria em pequenssimas contraes dos msculos voluntrios e involuntrios. Diz-se que os msculos esquelticos se beneficiam dessa reao, que ajuda a aumentar seu tnus. Contudo, tal efeito tonificante sobre os msculos esquelticos algo hipottico; o efeito mais provvel dos movimentos do tipo percussivo diz respeito aos msculos involuntrios dos vasos sangneos (ver Captulo 3). A resposta inicial nos vasos sangneos superficiais e profundos a contrao da parede muscular involuntria. Isto seguido pela fadiga motora e, portanto, pela vasodilatao, como demonstrado pela hiperemia que ocorre na seqncia. possvel que as manobras percussivas continuadas por um longo tempo causem fadiga aos receptores nervosos e tornem-se contraprodutivas. Alm disso, os msculos j fracos podem apenas contrair-se por curtos perodos de cada vez e, portanto, no devem ser sujeitos a um tratamento longo, assim como um corredor novato no pode participar de uma maratona. Por essa razo, a durao de cada sesso deve ser compatvel ao estado dos msculos. No tecido sadio, no entanto, os movimentos percussivos so usados com segurana para manter ou melhorar a tonicidade existente. Existem quatro tipos de movimento percussivo: 1. percusso - golpes dados com o dedo mnimo, com os dedos abertos e esticados ou com os dedos crispados; 2. punho-percusso - punho reto, regio palmar; 3. tapotagem - mo em concha; 4. dgito-percusso ou dedilhamento - uma ao de petele-co, ou percusso, com os dedos (chamado incorretamente de "tapa").

1Percusso - golpes com o dedo mnimoQuando essa tcnica executada com os dedos retos, estes devem permanecer bem separados e manterem-se nessa posio a maior parte do tempo. Apenas o dedo mnimo golpeia os tecidos; a borda ulnar da mo no faz nenhum contato nem exerce nenhuma presso. medida

que o dedo mnimo desce e atinge o tecido, os outros dedos caem em cascata sobre ele; depois, so novamente afastados conforme a mo erguida. A mo baixada com uma ao de percusso do pulso e, a seguir, rapidamente levantada, pela mesma manobra de percusso. Um movimento alternado ocorre com as mos: enquanto uma delas levantada, a segunda abaixada. Essa ao alternada repetida vrias vezes. Uma manobra mais profunda de percusso realizada com os dedos flexionados e juntos. Apenas o dedo mnimo atinge os tecidos, enquanto a mo abaixada; a borda ulnar da mo no faz contato nem aplica nenhuma presso. A mo ento levantada novamente, com um movimento similar ao de percusso do punho. adotado um movimento alternado, no qual uma das mos levantada enquanto a

outra abaixada.

X. Percusso com os dedosO movimento percussivo com os dedos realizado com a mo cerrada firmemente e com o lado palmar golpeando os tecidos. Se uma manobra leve necessria, a mo abaixada com uma leve ao de percusso do punho. Para manobras mais profundas, o punho mantido na mesma posio e a curvatura ocorre no cotovelo (punho-

percusso); todo o antebrao, portanto, abaixado enquanto a mo golpeia os tecidos. Pode-se aplicar uma manobra alternada, como j foi descrito. A manobra aplicada aos msculos grandes, como no ventre do gastrocnmio e o grupo do quadrceps da coxa.

XI. Mo em concha tapotagemComo o nome indica, essa tcnica executada com os dedos levemente flexionados e muito unidos uns aos outros. A mo posicionada em forma de concha, como se segurasse um pequeno objeto redondo na palma, sem ser fechada. Essa posio mantida enquanto a mo abaixada, emitindo um som oco enquanto golpeia os tecidos, e depois levantada rapidamente. No existe movimento no punho; o movimento ocorre no cotovelo, e o antebrao abaixado enquanto a

mo levada para baixo (Figura 2.21).

6)DedilhamentoO dedilhamento executado com os dedos unidos e mais ou menos retos; o punho mantido fixo ou com muito pouca flexo. Uma ao de golpeamento leve realizada primeiro

com o lado palmar dos dedos, enquanto estes se flexionam rapidamente nas articulaes metacarpofalangianas. Isso se combina a uma ao suave de mobilizao nos tecidos, principalmente com a ponta dos dedos. Neste estgio, h uma leve flexo das articulaes

interfalangianas. Os dedos so novamente estendidos para o reinicio do movimento. De modo similar ao dos outros movimentos percussivos, o dedilhamento repetido vrias vezes e com as mos alternadas (Figura 2.22).

7) Tcnicas de fricoAs tcnicas de frico so executadas nos tecidos tanto superficiais quanto profundos. Usando a ponta dos dedos ou o polegar, e na maioria dos casos apenas uma mo, os tecidos mais superficiais so mobilizados sobre as estruturas subjacentes.

A tcnica aplicada com muito pouco movimento dos dedos e, para isso, a lubrificao deve ser mnima. A manobra de frico pode ser efetuada em diversas direes: circular, transversal (entre as fibras) ou em uma linha reta ao longo das fibras, embora as duas ltimas sejam geralmente os mtodos preferidos. Embora nem sempre aplicvel, um ritmo pode ser incorporado ao movimento pela coordenao entre a ao do corpo e a das mos. A presso exercida pela descarga do peso do corpo, por meio de uma inclinao para a frente para aplicar a presso e um retorno posio inicial para reduzi-la. A presso com frico profunda pode levar fadiga dos msculos involuntrios, como os das arterolas, mas essa situao temporria precisa ser tolerada para que o tratamento seja realizado de modo eficaz.

1Tcnica de frico transversalA presso de pequena amplitude com a ponta dos dedos costuma ser utilizada para a massagem por frico. Com os dedos bem abertos, so efetuados toques curtos, para a frente e para trs, com a ponta dos dedos. A presso regulada durante todo o tratamento, comeando de forma suave e progredindo gradualmente. A frico com a ponta dos dedos realizada, por exemplo, entre as fibras dos msculos intercostais.

2Tcnica de frico circularNessa manobra de frico, os dedos podem ficar unidos ou levemente separados. A presso aplicada com a ponta dos dedos e mantida enquanto eles descrevem uma srie de pequenos crculos. Os tecidos so rolados sobre as estruturas subjacentes e, sob esse aspecto, a tcnica de frico circular assemelha-se de leve a um movimento de compresso. A principal diferena que a presso mantida durante

todo o movimento de frico, enquanto, no movimento de compresso, ela intermitente. Uma regio muito apropriada para o movimento de frico circular a rea da escpula (Figura 2.24).

Manual de Massagem Teraputica

Mario-Paul Cassar

3Frico com o polegarPara a massagem de algumas regies, o polegar pode substituir a ponta dos dedos. Movimentos para a frente e para trs so aplicados do mesmo modo que no movimento de frico com a ponta dos dedos.

8) Tcnicas de vibrao e agitaoPara a manobra de vibrao, os dedos geralmente so mantidos abertos e estendidos, mas tambm podem ficar juntos uns dos outros. A ponta dos dedos usada para agarrar a pele e os tecidos superficiais com delicadeza. Nessa posio, uma presso intermitente aplicada com toda a mo, sem suspender o contato da ponta dos dedos com a pele. A presso baixa e aplicada muito rapidamente, para criar movimentos de vibrao fina. Essa tcnica diferencia-se dos movimentos de percusso por no causar uma contrao reflexa dos msculos esquelticos, embora afete os msculos involuntrios. A agitao similar vibrao, porm mais pronunciada. usada uma mo, que repousa sobre o msculo ou tecido de modo similar ao do movimento de deslizamento, com os dedos muito unidos. Entretanto, quando executado em reas como o abdome, o movimento aplicado com os dedos abertos. A ao de agitao realizada de lado a lado e sem nenhum deslizamento da mo, criando uma vibrao que chega aos tecidos superficiais e profundos. Ela tambm produz efeito sobre os rgos viscerais. Alm de ser administrada como uma tcnica de massagem e, portanto, ser digna de participar da rotina da massagem, a vibrao obtida de forma muito eficiente com os dispositivos eltricos atuais. Em algumas regies, a agitao inevitavelmente combinada a um movimento de vibrao - o abdome um bom exemplo.

Para permitir que o terapeuta decida sobre a adequao da massagem, as seguintes questes devem ser abordadas:1. A condio aguda, subaguda ou crnica? 2. Qual a finalidade da massagem - por exemplo, a melhora na circulao, o relaxamento ou a remoo de toxinas? 3. Que regies do corpo precisam ser trabalhadas? A massagem deve ser aplicada em determinada rea ou deve ser sistmica? 4. Que funo orgnica ou sistema corporal a massagem deve influenciar? 5. Que tcnicas de massagem podem ser aplicados ?

IndicaesA massagem uma indicao para uma condio patolgica quando tende a apresentar benefcios ao tratamento. A massagem invariavelmente administrada como um adjunto de outras abordagens, mdicas ou complementares, e em alguns casos apenas executada com a aprovao de um mdico. Nesse estgio, importante considerar a aplicao da massagem para diferentes tipos de condio. _ Nos distrbios constitucionais mais generalizados, o papel da massagem estimular a eliminao de toxinas e resduos - substncias oriundas de infeces, inflamaes, espasmos musculares e alteraes similares. A massagem atinge seus objetivos pela influncia sobre a circulao, em particular a do retorno venoso e linftico. Benefcios adicionais ocorrem com o relaxamento dos msculos e, igualmente significativo, com o relaxamento do paciente. Um efeito indireto mas relevante a estimulao do sistema nervoso autnomo, que, por sua vez, melhora a produo de secrees glandulares

Todos os movimentos de massagem tm um efeito de normalizao sobre as zonas reflexas, quer sejam reas de dor referida direta, relacionada a uma disfuno orgnica, quer seja uma mudana tecidual indireta. Alm disso, algumas tcnicas de massagem (como a tcnica neuro-muscular) podem ser aplicadas a zonas especficas, relacionadas com determinado distrbio ou rgo. _ Nas condies mais especficas, como alteraes patolgicas, a massagem aplicada para ajudar a aliviar alguns dos sintomas associados ao problema.

3. SISTEMA LINFTICOEdemaEdema o excesso de fluido nos tecidos extravasculares e, portanto, fora do sangue e dos vasos linfticos. O acmulo pode ser intracelular (no interior das clulas) ou no tecido intersticial (entre as clulas) e estar localizado em uma regio ou espalhado sistemicamente pelo corpo (Tabela 4.1). O edema est associado a dano tecidual e a disfuno em um rgo, e suas causas variam de insuficincia cardaca ou renal a linfomas, infeces ou hipoproteinemia. Embora a massagem seja indicada para a remoo de qualquer acmulo de fluido, sua aplicao pode ser limitada pela complexidade da formao do edema. A etiologia do distrbio precisa ser determinada em todos os casos, e a aprovao do mdico necessria quando existe qualquer apreenso sobre o tratamento. Algumas tcnicas de massagem - o deslizamento superficial em particular - ajuda a drenar a linfa, empurrando mecanicamente o fluido dos vasos superficiais para os vasos profundos. Alm disso, o fluido linftico bombeado para a frente por contraes dos vasos linfticos; as contraes ocorrem como uma ao reflexa s manobras de massagem. As manobras de massagem linftica provocam um efeito mais especfico. Uma aplicao direta de massagem linftica utilizada na reduo do edema em torno do tornozelo - resultante, na maioria das vezes, de longos perodos na posio em p - ou na reduo do edema de joelho, causado por excesso de uso. O edema crnico pode exigir diversas sesses e movimentos adicionais, como tcnicas de vibrao.

4. Edema e insuficincia renalO edema pode ser precipitado por doenas renais, como glomerulonefrite e sndrome nefrtica, estreitamente relacionadas. Esses distrbios levam a uma perda excessiva de protenas plasmticas, excretadas na urina. A reduo nas protenas plasmticas cria uma baixa presso osmtica plasmtica, o que impede o trnsito do fluido do tecido intersticial para as vnulas. Nesse caso, o edema formado pelo acmulo de fluido nos tecidos intersticiais. A reteno de fluidos reduzida pela manobra de massagem, embora o tratamento seja paliativo at a cura da infeco renal. A massagem sistmica aplicada para auxiliar a eliminao de toxinas pelos rins. Tcnicas mais especficas de massagem para melhorar a funo renal podem ser aplicadas nas zonas reflexas. Manobras na rea dos rins so contra-indicadas quando existe inflamao e sensibilidade intensa.

Manual de Massagem Teraputica Tabela 4.1 Exemplos de edema Edema sistmico e bilateral Locais primriosPernas na posio em p ou em movimento Regio lombar deitado Pnis e escroto deitado Lbios genitais deitado Plpebras e face aps o sono e deitado Causas Problemas renais Trombose da veia renal Diabete Lpus eritematoso sistmico Doena amilide Reteno de sdio Ao de hormnio antidiurtico Edema bilateral das pernas Causas Insuficincia renal Insuficincia cardaca Cirrose heptica Anemia Estase venosa Tnus muscular deficiente Edema pr-menstrual Longos perodos na posio em p ou sentada

Mario-Paul Cassar

Temperatura ambiental alta Carcinoma Repouso prolongado em leito Falta de movimento Obstruo do fluxo de linfa linfedema Hereditariedade Depsitos de gordura Reteno de sdio e gua Obstruo da veia cava inferior na Edema unilateral da perna Causas Trombose Embolia Tromboflebite Edema da metade superior do corpo Causas Obstruo da veia cava superior ou de suas

por ex., no paciente com artrite reumatide por ex., no cncer dos gnglios linfticos, no por ex., doena de Milroy por ex., no lipoedema devido ao de hormnio antidiurtico da pituitria posterior devido a tumor, cisto ovariano, aumento do tero gravidez

devido a tumor, fibrose crnica do mediastino,

LinfedemaNo linfedema, ocorre uma perturbao no fluxo de linfa. O fator de precipitao um bloqueio nos vasos linfticos ou uma insuficincia mecnica do sistema linftico. O linfedema primrio congnito ou se desenvolve na puberdade ou na idade adulta; suas causas so desconhecidas. Um segundo tipo, mais comum, o linfedema crnico, que com freqncia ocorre aps tratamento com radiao contra cncer, especialmente contra cncer de mama. Ele tambm observado aps a remoo dos gnglios linfticos, por exemplo os da virilha, axila ou pelve. A disfuno do sistema linftico e o linfedema resultante tambm surgem de bloqueios nos vasos linfticos causados por infeces, leses nos vasos linfticos, cncer e espasmos dos vasos linfticos. As manobras da massagem linftica podem ser aplicadas para auxiliar a drenagem do fluido linftico. O tratamento particularmente til como adjunto de outros procedimentos, como colocao de faixas, coletes e exerccios. Seu efeito benfico, contudo, pode ser limitado pela Manual de Massagem Teraputica Mario-Paul Cassar intensidade e durao da condio. Alm disso, a massagem linftica contra-indicada quando o paciente apresenta leses cutneas ou qualquer outro tipo de doena bacteriana ou fngica. aconselhvel realizar o tratamento com autorizao do mdico do paciente.

Flacidez muscularA medida que a artrite progride, alguns dos msculos associados articulao afetada podem enfraquecer gradualmente, sobretudo quando o indivduo se torna menos mvel ou fica confinado ao leito. A tonificao dos msculos, portanto, indicada, e o exerccio certamente uma das melhores opes. Manobra de massagem deslizantes ou circulares so aplicadas para melhorar o tnus dos msculos; elas devem ser repetidas com freqncia. Manobras suaves de percusso podem provocar alguma dor na articulao subjacente e, por isso, aconselhvel que sejam realizadas por um curto perodo e restritos aos msculos superficiais. A mobilizao suave da articulao ajuda a estimular os proprioceptores articulares, o que, por sua vez, melhora o tnus muscular. Essa mobilizao passiva um procedimento adotado principalmente para os membros. Um mtodo eficaz de tonificao o de contraes isomtricas, no qual a articulao colocada em variados graus de flexo e extenso. O terapeuta primeiro apoia e fixa o membro em uma posio. Depois, ensina o paciente a contrair um grupo de msculos (por exemplo, os adutores), enquanto o profissional se ope ao movimento. Assim, os msculos precisam contrair-se contra a resistncia oferecida pelo terapeuta. Todos os msculos do membro (por exemplo, aqueles associados com a articulao da pelve) podem ser contrados e tonificados pela aplicao desse procedimento.

Fibrosite e fibromialgiaDesde que o termo "reumatismo muscular" foi introduzido pela primeira vez por Adler em 1900 (citado por Danneskiold-Samsoe et al, Manual de Massagem Teraputica Mario-Paul Cassar 1982), muitos outros nomes tm sido usados para descrever essa condio de dor muscular: fibrosite, fibromialgia, sndrome de dor miofascial, pontos milgicos e pontos de gatilho, entre outros. Fibrosite uma sndrome acompanhada de sintomas como cefalias, exausto,

desconforto abdominal e irritabilidade intestinal. O termo fibromialgia, como fibrose, usado com freqncia para descrever um grupo de distrbios reumticos no-artrticos, caracterizados por dor, sensibilidade e rigidez. Estes so agravados por estresse fsico ou mental, trauma, exposio a umidade ou frio e padres de sono irregulares.

Tabela 4.3 Caractersticas da fibromialgiaDores generalizadas ou rigidez nos msculos,

que perduram por mais de 3 mesesPresena de cinco ou mais pontos de gatilho

(reas de hipersensibilidade), principalmente nas inseres muscularesSensibilidade na palpao dos tecidos

superficiais, por exemplo, durante a rolagem da peleParestesia (formigamento e adormecimento da

peie) sem causas bvias, como um problema na raiz nervosaPerturbaes no sono Fadiga geral Irritabilidade intestinal Ansiedade Cefalias Ausncia de fatores artrticos; portanto, ESR e fatores reumatides normais A condio afeta mais mulheres que homens Inicia-se aps os 30 anos

Locais freqentes para a fibrose, ou fibromialgia, so a regio lombar (tambm chamada de lumbago), o ombro e o msculo do trapzio, a rea esterno-clidomastidea, o trax e a coxa. Em termos clnicos, a fibrosite (ou fibromialgia) refere-se dor muscular combinada com alteraes nodulares. O distrbio pode ser secundrio a doenas nas articulaes ou ser uma condio primria. Tem sido postulado que a dor da fibrosite se deve inflamao das clulas musculares, com resultantes sensibilidade geral, dor ou rigidez. Focos particulares de alterao de sensibilidade dentro dos msculos so chamados de pontos de gatilho. Uma sugesto tem sido a de que a condio resulte da tenso contnua nos msculos. O paciente tpico de fibrosite o que tem um estilo de vida muito ativo e, provavelmente, dedica-se em excesso ao trabalho, sujeitando-se a constante tenso; a estrutura musculoesqueltica, portanto, est sob um estresse contnuo. Como j dito, a condio de fibromialgia surge a partir da fibra ou clula muscular. A tenso no msculo produz hipoxia, ou falta de oxignio, para a fibra muscular. Bipsias de tecido muscular por meio de microscpio eletrnico mostraram que, no reumatismo muscular, existe degenerao das mitocndrias, junto com depsitos de glicognio. Isto supostamente ocorre pela hipoxia, e leva a uma reduo da capacidade metablica oxidativa dentro do msculo. O glicognio no consumido devido degenerao das mitocndrias e, conseqentemente, os depsitos de glicognio dentro do msculo aumentam. As fibras musculares sofrem uma leve inflamao e degenerao Fassbender, citado por Danneskiold-Sams^e e et ai, 1982). A mioglobina encontrada no tecido muscular. uma protena, tambm descrita como um pigmento respiratrio, com alta capacidade de transporte de oxignio. Alm disso, supostamente melhora a difuso do oxignio para a clula muscular. A mioglobina pode vazar das fibras musculares para o plasma do sangue venoso. No est claro se este vazamento est associado destruio das fibras musculares; contudo, a taxa de vazamento do msculo aumenta quando h tenso e dor, ou medida que a fibrosite avana. Em um experimento, observou-se que, aps uma srie de massagens, o nvel de mioglobina plasmtica reduzia-se, enquanto os sintomas de fibrose diminuam. Embora houvesse, inicialmente, um aumento no nvel da mioglobina plasmtica aps a massagem, o retardo na taxa de vazamento de mioglobina indicava que as fibras musculares no estavam mais tensas e inflamadas. Ao reduzir a tenso nos msculos, a massagem pode, portanto, inverter o processo de fibrosite (Danneskiold-Samsoe et al, 1982). Outra teoria prope que a fibrosite seja uma doena do tecido conjuntivo, e no da clula muscular. Ela afeta principalmente o componente fibroso de tecido conjuntivo dos msculos, os tendes, os ligamentos e os tecidos periarticulares (em torno das articulaes). A

fscia dentro do msculo (isto , das fibras e dos feixes musculares) est particularmente propensa inflamao. Essa condio conhecida por termos como fibrosite intramuscular, reumatismo muscular e miosite intersticial. A fibrosite tambm pode afetar a fscia subcutnea (paniculite) e o revestimento fibroso que envolve os nervos (por exemplo, citica). Um estudo mostrou que as fibras dos msculos com fibrosite esto conectadas a uma rede de fibras reticulares e elsticas. Essa rede interconectada de finos fios entre as fibras musculares , supostamente, a causa da dor. Conforme se contrai, uma clula muscular exerce uma trao sobre as outras clulas a ela conectadas por esses filamentos, e a trao nos filamentos pode causar dor. Isso tambm pode fazer as clulas de conexo contrairem-se, e a contrao forada de outras clulas eventualmente causa fadiga muscular, que tambm leva dor (Bartels e Danneskiold-Samsoe, 1986). muito provvel que a fadiga cause hipoxia e inflamao, resultando em formao de fibras reticulares. O efeito mais benfico da massagem o relaxamento. Como j foi observado, a pessoa com fibrosite tende a ficar muito ansiosa e tensa. As tcnicas de relaxamento, junto com habilidades de manejo do estresse, mudana no estilo de vida e alteraes nos padres de sono, so necessrias como parte do tratamento contnuo. Tcnicas de massagem muito suave, como o deslizamento, so aplicadas para induzir o relaxamento e aliviar a dor. Tcnicas de compresso e amassamento so includas para auxiliar no alongamento dos tecidos e romper quaisquer aderncias entre as fibras musculares. O deslizamento superficial com o polegar aplicado nas origens e inseres dos msculos para reduzir quaisquer reas nodulares e hipersensveis. As reas de dor referida ou de a lteraes teciduais, em geral presentes, tambm so tratadas com deslizamento com o polegar e tcnica neuromuscular. importante obter umfeedback do paciente durante todo o tratamento, especialmente nas primeiras sesses, quando um nvel de tolerncia precisa ser estabelecido. Pontos de gatilho so tratados com presso intermitente (que deve ser tolervel para o paciente), seguida por alongamento passivo suave. O resfriamento dos tecidos durante o alongamento ajuda a normalizar os terminais nervosos sensoriais. Se a fibrosite progrediu para o estgio em que o paciente se encontra inativo por causa da dor, a massagem usada para melhorar a circulao e reduzir qualquer acmulo de metablitos ou toxinas. A aplicao de uma bolsa quente ajuda a aumentar o suprimento sangneo e, portanto, a reduzir a isquemia nos msculos, o que particularmente til nas condies crnicas. Em situaes agudas,

bolsas de gelo podem ser mais benficas, sobretudo em reas de ponto de gatilho.

1.

As costas

. condio geral das costas avaliada antes de qualquermassagem. .O procedimento se aplica, em particular, quando o paciente apresenta alguma dor nas costas.

. Bolsas de gelo podem ser aplicadas na rea da leso, para a reduoda dor e do edema. O msculo pode ser tratado aps o estgio agudo, para prevenir aderncias e formao excessiva de tecido cicatricial. . neste caso, a massagem ajuda em seu alvio e alongamento. . Tcnicas de deslizamento so aplicadas para aumentar a circulao para os msculos bem como para as articulaes; tambm ajudam a reduzir tenses musculares

. benefcios da massagem so aumento na circulao, reduo da dor,relaxamento para o paciente (o estresse pode deflagrar um ataque) e manuteno de alguma tonicidade na musculatura. . A massagem indicada para reduzir a dor referida e melhorar o funcionamento no rgo envolvido, por meio de um trajeto reflexo