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  • A POLTICA DE RECURSOSHUMANOS NA GESTO FHC

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  • A POLTICA DE RECURSOSHUMANOS NA GESTO FHC

    Coleo Gesto PblicaBraslia

    2002

    Ministrio do Planejamento, Oramento e GestoSecretaria de Gesto

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  • NORMALIZAO: DIBIB / CODIN / SPOA

    Presidente da RepblicaFERNANDO HENRIQUE CARDOSO

    Ministro do Planejamento, Oramento e Gesto

    GUILHERME GOMES DIAS

    Secretrio-ExecutivoSIMO CIRINEU DIAS

    Secretrio-Executivo AdjuntoPEDRO CSAR LIMA DE FARIAS

    Secretria de Gesto

    EVELYN LEVY

    Secretrio de Recursos HumanosLUIZ CARLOS DE ALMEIDA CAPELLA

    Presidente da ENAPESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAO PBLICA

    REGINA PACHECO

    Equipe Editorial:MARIANNE NASSUNOCRISTVO DE MELOCARLOS H. KNAPP

    Equipe do Programa Valorizao do ServidorJOS ANTNIO DOS SANTOS - DIRETOR;

    ALEKSANDRA PEREIRA DOS SANTOS;ALEXANDRE LAMEIRAS CARVALHO;DULCE APARECIDA DE CARVALHO;

    GENRIO VIANA FILHO; ROGRIO CARDOSO MACHADO;MARIA DA PENHA BARBOSA DA CRUZ CARMO;

    MARIA HELENA SIQUEIRA RODRIGUES;MRCIO ROBERTO DE ALMEIDA;

    SELMA TEREZA DE CASTRO ROLLER QUINTELLA;ROGRIO CARDOSO MACHADO

    Secretaria de Recursos HumanosSecretaria-Adjunta

    AssessoriaNcleo de Planejamento

    Coordenao Geral de Estudos e Elaborao e Aplicao da LegislaoCoordenao Geral de Procedimentos JudiciaisCoordenao Geral de Operaes e Produo

    Coordenao Geral de Estudos e Informaes GerenciaisAuditoria de Recursos Humanos

    Gerncia Regional de Administrao de Pessoal do DF e RJ

    MINISTRIO DO PLANEJAMENTO ORAMENTO E GESTOSECRETARIA DE GESTO

    ESPLANADA DOS MINISTRIOS, BLOCO K 4 ANDARCEP: 70.040-906 Braslia DF

    FONES: (61) 429-4905FAX: (61) 429-4917

    www.planejamento.gov.br - www.gestaopublica.gov.brE-MAIL: [email protected]

    Coleo Gesto PblicaVOLUME 5

    LIVRO BRANCO DE RECURSOS HUMANOSEquipe tcnica:

    Alexandre Kalil PiresEvelyn Levy

    Jos Antnio dos Santos e equipe do Programa Valorizao do ServidorLuiz Carlos de Almeida Capella e equipe da Secretaria de Recursos Humanos

    Marianne Nassuno (organizadora)Nelson MarconiRegina Pacheco

    Reviso: Helena Jansen

    permitida a reproduo total ou parcial desde que citada a fonte.

    Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto.

    A Poltica de Recursos Humanos na Gesto FHC / Ministrio doPlanejamento, Oramento e Gesto. Braslia : MP, SEGES, 2002.108 p.

    1. Recursos humanos I. Ttulo

    CDU 658.3

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  • SUMRIO

    1. APRESENTAO 7

    2. ORIENTAES ESTRATGICAS 9

    3. DIAGNSTICO INICIAL E O PLANO DIRETOR 13

    4. PERFIL DOS RECURSOS HUMANOS DA ADMINISTRAO PBLICA FEDERAL 19

    5. A CONSTRUO E O DESENHO DOS CARGOS E CARREIRAS: ATUALIDADE E PERSPECTIVAS 23

    6. REMUNERAO, VALIA RELATIVA, AVALIAO DE DESEMPENHO E INCENTIVOS

    (PECUNIRIOS E NO PECUNIRIOS) 27

    7. ESTRATGIAS DE RECRUTAMENTO, UM BALANO DA EXPERINCIA RECENTE 39

    8. COMPETNCIAS EM UM MUNDO DE MUDANAS: O PAPEL E A ORGANIZAO DA CAPACITAO 43

    9. SISTEMAS DE INFORMAO PARA A GESTO E O CONTROLE SOCIAL 47

    10. DESBUROCRATIZAO, REVISO E SIMPLIFICAO DA LEGISLAO DE RH 53

    11. GESTO DAS DESPESAS DE RECURSOS HUMANOS 65

    12. REGIME PREVIDENCIRIO DO SETOR PBLICO 73

    13. TICA E CONTROLE DE CONDUTA 77

    14. UMA PROPOSTA DE AGENDA PARA O FUTURO 79

    15. PROPOSTA DE ATUALIZAO DA POLTICA DE RECURSOS HUMANOS DO PODER

    EXECUTIVO FEDERAL 85

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  • APRESENTAO

    A gesto de Recursos Humanos no Governo Fernando Henrique Cardoso precisaser melhor compreendida pela sociedade. Trabalhamos nos ltimos oito anos parachegar a um quadro de servidores mais enxuto e mais qualificado, movido pelocompromisso com resultados, consciente de que cada atividade dentro do serviopblico tem uma funo social, comprometido com a tica e com a transparncia.

    Essa transformao implicou requalificar servidores pblicos para novas funes,mais adequadas s novas demandas da sociedade. E redirecionar o quadro de pessoal,com a realizao de concursos, estmulos a cursos de graduao e especializao,valorizao das carreiras estratgicas e implementao de sistemas de remuneraopor desempenho.

    O gasto com pessoal constitui o segundo maior item de despesas no financeirasda Unio, abaixo apenas do pagamento de benefcios da Previdncia Social. Maspassamos a gastar melhor; estimulando a produtividade; retendo e atraindo quadrosmais qualificados; mudando, em sntese, o perfil do servidor pblico.

    O trabalho na rea de gesto rduo, contnuo e nem sempre percebido na suamagnitude. Entretanto, acredito que construmos nesses oito anos as bases parauma mudana substancial no padro de qualidade do servio pblico. Ficamosmais prximos do padro de exigncia da prpria sociedade, que paga impostos equer servios.

    Nesta publicao, o leitor encontrar o registro dos esforos realizados no sentidode construir uma burocracia profissional, qualificada para os enormes desafios queo Governo Federal tem que enfrentar.

    Sabemos que muito ainda precisa ser feito nessa rea. E, neste sentido, acreditoque a publicao poder facilitar o trabalho da nova equipe de governo, na medidaem que contm um balano das aes j realizadas.

    GUILHERME DIASMINISTRO DO PLANEJAMENTO,

    ORAMENTO E GESTO

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  • 8

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  • 9

    2. ORIENTAES ESTRATGICAS

    O incio do primeiro mandato do Presidente FHC coincide com umconjunto de transformaes no contexto e na forma de atuao do Esta-do cujos contornos aparecem naquele momento:

    1. as mudanas do papel do Estado, que se retrai em reas onde ainiciativa privada pode prover servios de maneira mais satisfatria;tem incio o processo de privatizao e a conseqente necessidadede exercer a atividade regulatria de maneira ampliada;2. a descentralizao da responsabilidade pela proviso de serviosa estados e municpios, atribuindo Unio o papel de estabelecerdiretrizes gerais, financiar e controlar a implementao de polticas,especialmente nos campos social e ambiental, adequando-se ao mar-co constitucional;3. a presena cada vez mais forte de organizaes da sociedade civilrealizando aes de interesse pblico;4. a necessidade de conter o crescimento das despesas com pessoal;5. a necessidade de oferecer mais e melhores servios aos cida-dos;6. a necessidade de atuar de modo essencialmente estratgico, arti-culando atores em convergncia no desenvolvimento do pas, esta-belecendo parcerias e focalizando sua atuao em reas cuja rele-vncia foi incrementada pelo processo de globalizao;7. a exigncia, por parte da sociedade, de um processo de governanatransparente e tico.A implementao de um programa que pudesse responder adequa-damente a esse quadro no poderia se realizar sem a colaboraocompetente de um corpo de funcionrios pblicos preparado.

    O desafio de constitu-lo se mostrou nada pequeno, tendo em vistaque as qualificaes do quadro administrativo herdado estavam bastan-te distantes das que haviam se tornado necessrias.

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  • 10

    Para dar conta dessas transformaes era preciso: Adequar o perfil da fora de trabalho s novas funes do Estado; Aumentar a oferta de oportunidades atrativas de trabalho no

    setor pblico tanto para os potenciais ingressantes como para os seusatuais integrantes;

    Investir permanentemente em qualificao dos servidores parao alcance do perfil adequado e para que eles efetivamente agregassemvalor aos processos de trabalho;

    Definir uma estrutura de incentivos que aumentasse a motiva-o, valorizando o desempenho;

    Promover o gerenciamento eficaz, tico e coerente com os n-veis de responsabilidade;

    Selecionar os novos quadros atravs da identificao das compe-tncias necessrias.

    A fim de obter tais resultados, foi imprescindvel atuar sobre o perfilda fora de trabalho da administrao federal. A nfase nas novasfunes do Estado exigia um quadro enxuto e altamente qualifica-do, movido pelo compromisso com resultados, e no apenas pelocumprimento de formalidades legais. Sabia-se que a agenda de reformaseria longa tanto em funo da rigidez constitucional, que vedava ademisso de servidores e garantia a estabilidade plena, quanto porse tratar de uma profunda mudana cultural (Pacheco, 2002)1.

    Nesse sentido, as aes empreendidas precisam de tempo para ama-durecer. Nas palavras do Ministro do Planejamento, Oramento e Ges-to Guilherme Dias, a gesto de Recursos Humanos, a partir da Refor-ma do Estado desenvolvida no atual governo, equivale a uma verdadei-ra revoluo silenciosa (...). Alguns frutos desse trabalho j comeam aaparecer, mas no se trata de uma ao imediatista. Os resultados, defato, sero contabilizados pelos prximos governos.2

    As medidas adotadas conciliaram as restries fiscais com a pro-moo da mudana do perfil e da qualificao dos Recursos Hu-manos. Assim, a Nova Poltica de Recursos Humanos do Governo Fe-deral levou em considerao dois aspectos como ponto de partida. Oprimeiro refere-se constatao de que o quadro de pessoal do Estado

    1Pacheco, R. S . (2002), O controle do aumento de efetivos na funo pblica brasileira. In INA-Instituto

    Nacional de Administrao, A Reinveno da Funo Pblica. Lisboa, INA, pp.49-68.2 Dias, G . G. (2002). Discurso do Ministro do Planejamento, Oramento e Gesto para o Seminrio

    Capital humano e governana: balano e desafios para a administrao pblica. Braslia: mimeo

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  • 11

    precisava ser fortalecido num contexto de restries fiscais; o segundodiz respeito ao reconhecimento de que as pessoas, o capital humano o recurso mais importante de que dispem as organiza