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III anno DOMINGO, 15 IDE MARÇO DE 1903 N.° 87 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRICOLA Assiguatura .. Anno, iSoóo réis; semestre, 5 oo réis. Pagamento adeantado. li para o Brazil, anno. 2$5oo réis (moeda lbr:ej. A Avulso, no dia da publicação, 20 reis. £ EDITOR — José Auguslo Saloio I*!BÍ>licações «5 Annuncios— r.a publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios na 4.“ pagina; contracio esp:ciai. Os auío- graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados. PROPRIETÁRIO José Augusto Saloio EXPEDIEN TE . 4 cceltaiu-se com grati dão ({iincsquei* noticias que sejam de issíeresse publico. A POLÍTICA' Estão altamente nubla dos os horisontes da polí tica e presagiam próxima tempestade. Mas no tini de contas é facil que seja, como costu ma di/,er-se,-uma tempes tade n’um_copo dagua. Que triste espectáculo estão dando os nossos po liticos, degiadeando-se mu tuamente! Se em vez dis so, esquecendo offensas, não fazendo caso de ódios nem de rancores, se unis sem.sob a mesma bandeira para tratar do futuro do seu paiz, que bello seria es se proceder! Como a pa- tria lhes fica ria-grata! Ha muito que fazer, que trabalhar, para levantar a nossa pobre terra do aba timento em que jaz. Se meia duzia de homens de boa vontade, patriotas de dicados e amantes do tor rão que lhes foi berço, mettessem denodadamen te mios á obra, animando as artes, protegendo as in dustrias, fazendo deste pri vilegiado cantinho do Oc- cidente, a que a Natureza outhorgou os seus mais ubérrimos dons, o que elle realmente deve ser, como teriam direito á nossa ve neração e ao nosso amor! Mas não. Preferem as lu- ctas intestinas, as intrigas do poder, as injurias e os doestos dirigidos mutua- mente nas pugnas políti cas, ao que poderia hon- >'al-os e chamar sobre os Seus nomes as bênçãos da Posteridade. Triste decadencia! JOAQUIM DOS ANJOS. CU IDADOS APÍCOLAS EMMARÇO E’ regra geral que: tra balhando activamente as abèlhas das colmeias mó- Veis de manhã e de tarde, abrandando apenas o mo vimento na força do calor, ao meio dia; sendo grande o numero de abêlhas em pregadas no serviço de ventilação; sendo pouco numeroso o grupo occu- pado em beber agua, o enxame está vigoroso e forte. A actividade na colheita, azafama em sair, e a en trada das obreiras çárré^ gadas de póllen e abarro tadas de néctar, provam que a mestra, é vigorosa e que o enxamè se Sente fe liz e satisfeito. Uma abundante colhei ta de nectar traz a neces sidade de fortes correntes dar para que evaporem, de prompto, a agua em excesso que o nectar pos- sue, e que é necessário eli minar para que o mel, mais tarde, fermente com facilidade. Vendo o apicul tor que o numero de abe lhas empregadas na venti lação augmenta de dia pa ra dia, tem a certeza _de que a colheita de mel é cada vez maior; diminuin do o numero de ventilado ras está provado que dimi nuiu tambem, por qual quer motivo, a colheita do mel, sendo por isso neces sário verificar immediata- mente qual o motivo de tal acontecimento. Perto do colmeal deve haver um bebedouro ex tenso mas pouco fundo, semeado de pequenas pe dras onde as abelhas vão buscar a agua de que ca recem. Quanto mais activa for a colheita menos agua be bem as abelha, por isso que o nectar que colhem contem sempre um exces so de agua. Emqupnto, no periodo activo da produ cção do nectar as abelhas procurarem pouco a agua, bem vae ao enxame; logo que ellas a buscarem com sofreguidão, é signal de que a colheita diminuiu, ou mesmo paralysou, e as abe lhas estão a alimentar-se com o mel operculado existente na colmeia. Se, pelos seguros signaes exteriores, que apontamos, se vir que tudo na colmeia corre bem, não se lhe to ca ainda neste mez. Po rém, se houver, por qual quer motivo, duvidas quan to ao seu estado, escolhe- se um bom dia de sol e procede-se ao exame da colmeia, de tarde, das qua tro para as cinco horas, occasião melhor que a do activo calor, para tal servi ço, tendo mais a vanta- A , , * ; gem de, apoz o exame, sobrevir a noite que acal ma o enxame justamente irritado pela violação do seu domicilio. O apicultor colloca-se por a parte posterior da colmeia, levanta a tampa, tira a téla ou télas que co brem os quadros e applica a toda a colmeia, pelo lado interno, uma boa dóse de fumo, servindo-se para isso do fUmigador, typo Bíngham, um dos melho res para e.->te serviço. Com uma faca forte des pegam-se os quadros, caso as abelhas os tenham su periormente unido ás tra vessas que os supportam, por meio de um pouco de própolis. Desligados todos os quadros, tira-se o pri meiro, levantando-o verti calmente, applica-se fumo ás abelhas que os cobri rem dos dois lados, e, de pois de bem entorpecidas pelo fumo, varram-se por meio das barbas duma pen- na de pato, para o interior da colmeia. Verifica-se se o favo es tá bom e, no caso affirma- tivo, torna-se a introduzir na colmeia, collocando-o no logar onde se encontra va; no caso de possuir de feitos substitue-se por ou tro quadro apenas com cera moldada. P ouzado o primeiro qua dro, tira-se o segundo, procedendo com elle como para com o primeiro, e assim a seguir até ao ulci- mo. De tempos a tempos torna-se necessário appli- car um pouco de. fumo ás abelhas que procurarem sair de entre o vasio dos favos para a parte superior da colmeia, o que se deve evitar com cuidado. Se todos os quadros es tiverem bem, cobrem-se com a téla, põe-se a tam pa á colmeia e deixa-se es ta em socego. - . Se, porém, a colheita de mel for nulla e a criação di minuta, é signal de que a mestra está, sendo indis pensável procural-a e ma- tal-a, para as abelhas- ob terem uma mãe de salva ção que fortaleça o enxame. Possuindo-se mestras de reserva, pode fornecer-se- lhes uma depois de haver o cuidado de lhe dar um perfume, intenso por meio da pulverização de qual quer liquido arom itico (li quido em que não entre alcool, ether nem acido al gum), ou da polvilhação de um pó de perfume forte, e dar o mesmo perfume ao enxame. Se não se der á mestra nova o mesmo cheiro que o do enxame, este mata a mestra logo que ella lhe for fornecida, o que não acontece no caso de não haver entre ambos diífe- rença de cheiro. Se a criação abundar, mas o numero de obreiras for pequeno, mette-se no interior da colmeia umas pequenas ped rasdenaphta- lina e faz-se o mesmo em outra colmeia muito forte. Fecham-se as aberturas de entrada á colmeia fraca, e, no dia seguinte, na força do calor, põe-se a colmeia fraca no logar da forte e esta no da fraca. Abrem-se as portas de entrada á col meia fraca e as abelhas da forte, que andavam por fo ra na colheita, enriquecem assim a colmeia debilitada. Tambem se pode forta lecer, depois de dar o mes mo cheiro a duas colmeias algumas horas antes, tirar da colmeia forte dois ou tres favos com criação e as abelhas que os cobri rem, e mettei-os na col meia fraca, no logar de ou tros': vasios que :se passam para a colmeia forte. Se houver falta cie ali mentação, fornece-se sob a forma de xarope ou mel, que se coiloca em recipi ente chato, no centro do fundo da colmeia durante a noite, retirando de ma nhã pela abertura que pa ra tal fim ha no supporte da grande maioria das col meias moveis. Não se que rendo dar ás abelhas ali mentos liquidos dispõem- se pedras de assucar candi sobre os .quadros, por bai xo da téla, pedras què alli se deixam ficar até as abe lhas as consumirem por completo. Se a colmeia estiver in vadida pela tinha ou pelo bolor não pode haver hesi tações nem dezejos de poupar um ou outro favo. Passam-se immediatamen- te as abelhas para uma colmeia nova com quadros todos com cera moldada, verificandõ-se depois com attenção se a postura co me ea activamente logo que os primeiros favos es tiverem completos. A passagem faz-se tiran do os quadros um a um, fumigando-os e despejan do as abelhas com as bar bas de uma penna de pato sobre os quadros da col meia nova. As abelhas que ficarem das paredes da colmeia varrem-se para o supporte, aggiomeram-se no centro d’eíle, pousa-se-lhe em ci ma um pequeno cortiço vasio para onde se fazem subir. Em estando no cor tiço despejam-se sobre as outras já imtalladas na col meia nova. A cera.tirada da colmeia doente derrete-se logo e a colmeia e quadros escal dam-se com agua a fer ver, e lavam-se. depois com agua com uma mão cheia de sulfato de ferro, sulfuram-se por ultimo e, uma e outros, só se utili- sam depois de bem areja dos durante uma semana. Ao enxame installado na colmeia nova dá-se sus tento esti nulante durante oito dias 011 mais, se a co lheita de nectar for peque na. EDUARDO SEQUE IR V. Da Ga~ela das A U rias). iteeiíiss de caridade A commissão promoto ra da recita de caridade annunciada para o dia 12 do corrente, resolveu, em

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Page 1: A POLÍTICA'€¦ · a colheita menos agua be bem as abelha, por isso que o nectar que colhem contem sempre um exces so de agua. Emqupnto, no periodo activo da produ cção do nectar

III a n n o DOMINGO, 15 IDE MARÇO DE 1903 N.° 87

S E M A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R A R I O E A G R I C O L A

A ssiguatura ..Anno, iSoóo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. l i para o Brazil, anno. 2$5oo réis (moeda lbr:ej. AAvulso, no dia da publicação, 20 reis. £

EDITOR— José Auguslo Saloio

I*!BÍ>licações«5 Annuncios— r.a publicação. 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncios na 4.“ pagina; contracio esp:ciai. Os auío- graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados.

PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

.4cceltaiu-se com grati dão ({iincsquei* n otic ias que sejam de issíeresse publico.

A POLÍTICA'Estão altamente nubla­

dos os horisontes da polí­tica e presagiam próxima tempestade.

Mas no tini de contas é facil que seja, como costu­ma di/,er-se,-uma tempes­tade n’um_copo dagua.

Que triste espectáculo estão dando os nossos po­liticos, degiadeando-se mu­tuamente! Se em vez dis­so, esquecendo offensas, não fazendo caso de ódios nem de rancores, se unis­sem.sob a mesma bandeira para tratar do futuro do seu paiz, que bello seria es­se proceder! Como a pa- tria lhes fica ria-grata!

Ha muito que fazer, que trabalhar, para levantar a nossa pobre terra do aba­timento em que jaz. Se meia duzia de homens de boa vontade, patriotas de­dicados e amantes do tor­rão que lhes foi berço, mettessem denodadamen­te mios á obra, animando as artes, protegendo as in­dustrias, fazendo deste pri­vilegiado cantinho do Oc- cidente, a que a Natureza outhorgou os seus mais ubérrimos dons, o que elle realmente deve ser, como teriam direito á nossa ve­neração e ao nosso amor!

Mas não. Preferem as lu- ctas intestinas, as intrigas do poder, as injurias e os doestos dirigidos mutua- mente nas pugnas políti­cas, ao que poderia hon- >'al-os e chamar sobre os Seus nomes as bênçãos da Posteridade.

Triste decadencia!JO AQ U IM DOS ANJOS.

CUIDADOS APÍCOLAS EM MARÇO

E’ regra geral que: tra­balhando activamente as abèlhas das colmeias mó- Veis de manhã e de tarde, abrandando apenas o mo­

vimento na força do calor, ao meio dia; sendo grande o numero de abêlhas em­pregadas no serviço de ventilação; sendo pouco numeroso o grupo occu- pado em beber agua, o enxame está vigoroso e forte.

A actividade na colheita, azafama em sair, e a en­trada das obreiras çárré ̂gadas de póllen e abarro­tadas de néctar, provam que a mestra, é vigorosa e que o enxamè se Sente fe­liz e satisfeito.

Uma abundante colhei­ta de nectar traz a neces­sidade de fortes correntes dar para que evaporem, de prompto, a agua em excesso que o nectar pos- sue, e que é necessário eli­minar para que o mel, mais tarde, fermente com facilidade. Vendo o apicul­tor que o numero de abe­lhas empregadas na venti­lação augmenta de dia pa­ra dia, tem a certeza _de que a colheita de mel é cada vez maior; diminuin­do o numero de ventilado­ras está provado que dimi­nuiu tambem, por qual­quer motivo, a colheita do mel, sendo por isso neces­sário verificar immediata- mente qual o motivo de tal acontecimento.

Perto do colmeal deve haver um bebedouro ex­tenso mas pouco fundo, semeado de pequenas pe­dras onde as abelhas vão buscar a agua de que ca­recem.

Quanto mais activa for a colheita menos agua be­bem as abelha, por isso que o nectar que colhem contem sempre um exces­so de agua. Emqupnto, no periodo activo da produ­cção do nectar as abelhas procurarem pouco a agua, bem vae ao enxame; logo que ellas a buscarem com sofreguidão, é signal de que a colheita diminuiu, ou mesmo paralysou, e as abe­lhas estão a alimentar-se com o mel operculado existente na colmeia.

Se, pelos seguros signaes exteriores, que apontamos, se vir que tudo na colmeia corre bem, não se lhe to­

ca ainda neste mez. Po­rém, se houver, por qual­quer motivo, duvidas quan­to ao seu estado, escolhe- se um bom dia de sol e procede-se ao exame da colmeia, de tarde, das qua­tro para as cinco horas, occasião melhor que a do activo calor, para tal servi­ço, tendo mais a vanta-A , , • * ;gem de, apoz o exame, sobrevir a noite que acal­ma o enxame justamente irritado pela violação do seu domicilio.

O apicultor colloca-se por a parte posterior da colmeia, levanta a tampa, tira a téla ou télas que co­brem os quadros e applica a toda a colmeia, pelo lado interno, uma boa dóse de fumo, servindo-se para isso do fUmigador, typo Bíngham, um dos melho­res para e.->te serviço.

Com uma faca forte des­pegam-se os quadros, caso as abelhas os tenham su­periormente unido ás tra­vessas que os supportam, por meio de um pouco de própolis. Desligados todos os quadros, tira-se o pri­meiro, levantando-o verti­calmente, applica-se fumo ás abelhas que os cobri­rem dos dois lados, e, de­pois de bem entorpecidas pelo fumo, varram-se por meio das barbas duma pen- na de pato, para o interior da colmeia.

Verifica-se se o favo es­tá bom e, no caso affirma- tivo, torna-se a introduzir na colmeia, collocando-o no logar onde se encontra­va; no caso de possuir de­feitos substitue-se por ou­tro quadro apenas com cera moldada.

P ouzado o primeiro qua­dro, tira-se o segundo, procedendo com elle como para com o primeiro, e assim a seguir até ao ulci- mo.

De tempos a tempos torna-se necessário appli- car um pouco de. fumo ás abelhas que procurarem sair de entre o vasio dos favos para a parte superior da colmeia, o que se deve evitar com cuidado.

Se todos os quadros es­tiverem bem, cobrem-se

com a téla, põe-se a tam­pa á colmeia e deixa-se es­ta em socego. - .

Se, porém, a colheita de mel for nulla e a criação di­minuta, é signal de que a mestra está, sendo indis­pensável procural-a e ma- tal-a, para as abelhas- ob­terem uma mãe de salva­ção que fortaleça o enxame.

Possuindo-se mestras de reserva, pode fornecer-se- lhes uma depois de haver o cuidado de lhe dar um perfume, intenso por meio da pulverização de qual­quer liquido arom itico (li­quido em que não entre alcool, ether nem acido al­gum), ou da polvilhação de um pó de perfume forte, e dar o mesmo perfume ao enxame.

Se não se der á mestra nova o mesmo cheiro que o do enxame, este mata a mestra logo que ella lhe for fornecida, o que não acontece no caso de não haver entre ambos diífe- rença de cheiro.

Se a criação abundar, mas o numero de obreiras for pequeno, mette-se no interior da colmeia umas pequenas ped rasdenaphta- lina e faz-se o mesmo em outra colmeia muito forte.

Fecham-se as aberturas de entrada á colmeia fraca, e, no dia seguinte, na força do calor, põe-se a colmeia fraca no logar da forte e esta no da fraca. Abrem-se as portas de entrada á col­meia fraca e as abelhas da forte, que andavam por fo­ra na colheita, enriquecem assim a colmeia debilitada.

Tambem se pode forta­lecer, depois de dar o mes­mo cheiro a duas colmeias algumas horas antes, tirar da colmeia forte dois ou tres favos com criação e as abelhas que os cobri­rem, e mettei-os na col­meia fraca, no logar de ou­tros': vasios que :se passam para a colmeia forte.

Se houver falta cie ali­mentação, fornece-se sob a forma de xarope ou mel, que se coiloca em recipi­ente chato, no centro do fundo da colmeia durante a noite, retirando de ma­nhã pela abertura que pa­

ra tal fim ha no supporte da grande maioria das col­meias moveis. Não se que­rendo dar ás abelhas ali­mentos liquidos dispõem- se pedras de assucar candi sobre os .quadros, por bai­xo da téla, pedras què alli se deixam ficar até as abe­lhas as consumirem por completo.

Se a colmeia estiver in­vadida pela tinha ou pelo bolor não pode haver hesi­tações nem dezejos de poupar um ou outro favo. Passam-se immediatamen- te as abelhas para uma colmeia nova com quadros todos com cera moldada, verificandõ-se depois com attenção se a postura co­me ea activamente logo que os primeiros favos es­tiverem completos.

A passagem faz-se tiran­do os quadros um a um, fumigando-os e despejan­do as abelhas com as bar­bas de uma penna de pato sobre os quadros da col­meia nova.

As abelhas que ficarem das paredes da colmeia varrem-se para o supporte, aggiomeram-se no centro d’eíle, pousa-se-lhe em ci­ma um pequeno cortiço vasio para onde se fazem subir. Em estando no cor­tiço despejam-se sobre as outras já imtalladas na col­meia nova.

A cera.tirada da colmeia doente derrete-se logo e a colmeia e quadros escal­dam-se com agua a fer­ver, e lavam-se. depois com agua com uma mão cheia de sulfato de ferro, sulfuram-se por ultimo e, uma e outros, só se utili- sam depois de bem areja­dos durante uma semana.

Ao enxame installado na colmeia nova dá-se sus­tento esti nulante durante oito dias 011 mais, se a co­lheita de nectar for peque­na.

E D U A R D O S E Q U E IR V.

Da Ga~ela das A U rias).

iteeiíiss de caridadeA commissão promoto­

ra da recita de caridade annunciada para o dia 12 do corrente, resolveu, em

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O D O M I N G O

consequência de já ter a casa passada, dar duas re­citas nas noites de 20 e 21 do corrente.

As pessoas que já com­praram bilhetes para o pri­meiro espectáculo teem, caso queiram, direito aos' mesmos logares mediante a quantia de 200 réis por cada um.

tiu, além de muitas pessoas das su s relações.

Foram distribuídas es­molas pelos pobres.

la ccu d io

Pela uma hora e meia da madrugada de 9 do cor­rente, incendiou-se numa das chaminés do predio de habitação do sr. Joaquim José Lucas, uma porção de chouriços que alli estavam a corar. Felizmente o pre­juízo foi pequeno:

-c«Sf38epS r—Ooeieçii grave

Tem passado nestes úl­timos dias seriamente in- commodada a extremosa esposa do nosso amigo, sr. Antonio Joaquim da Silva Batana. E1 seu medico as­sistente o sr.. dr. Ventura.

Estimamos-lhe o com­pleto restabelecimento.

iia isivcrsario

Completa ámanhã o seu22.0 anniversario natalicio a ex.ma sr.a D. Alda Adeli- na Ferreira Sequeira, es­posa do nosso bom amigo, sr. Joaquim Nunes Sequei­ra, conceituado commer­ciante da praça de Leiria.

Daqui lhe enviamos as nossas felicitaeões.

Missas

Em co mm em o ração do primeiro mez do falleci- mento da ex.nia sr.a D. (íer- trudes da Silva Tavares Rodrigues, resaram-se na manhã de 9 áo corrente duas missas, uma na egre­ja da freguezia e outra na egreja da Misericórdia -suí- fragando a alma daquella boa senhora.

As missas foram manda­das rezar pela familia da extincta, que a ellas assis­

D csordcm eèíí c;»lei;i

Na cadeia desta villa, pelas 9 horas da manhã de 10 do corrente, José d’01i- veira Cardoso vibrou uma facada no peito de*Antonio Caramello, por este lhe ter dado uma bofetada. Começou a desordem por o Caramello querer entrar na prisão do Cardoso e es­te não consentir, empur- rando-ó e provócartdo-o de palavras obscenas.

Ambos estão presos pe­lo crime de furto.

SBatalha de ílnrcs

Uma commissão com­posta de alguns cavalhei­ros d’esta villa, tenciona fa­zer uma batalha de flores, no domingo de Paschoa.

ftn ip o dc am adores

Este grupo, composto de 12 figuras, sob a direcção do sr. José Cândido Rodri­gues d’Annunciação, ten­ciona estreiar-se no dia 21 de maio dando um passeio a Ferreira do Alemtejo.

Oxalá não fique tudo em aguas de bacalhau!

DECLARACAO>

O abaixo assignado vem por este meio publicamen­te fazer vêr a toda a gente que estando preso na ca­deia desta comarca, accu- sado no roubo da cera fei­to ao sr. Domingos Tava­res no dia 12 de fevereiro findo, e sendo interrogado por differentes vezes, se provou a sua innocencia, sendo no dia 8 do corren­te posto em liberdade.

Agradece a todas as pes­soas que se interessaram por elle.

Aldegallega, 14 de mar­ço de 1903.Jacintho Rodrigues Man-

a lavada.

C O F R E B E P E R Q L A S

Ao nosso companheiro e amigo

JOÃO ANTONIO DA SILVA LIMA

Pobre de ti! Tão doente!N o rosto tal pallide*!Essa mudança quem fe?,D alegria para a dôr?F o i a triste-enfermidade,Que, como um ladrão subtilNa vida primaverilQui^ i'Qubar-te ao nòsso amor?

F o i, sabemos. Teu sorriso Alegre, bom, jovial N uma tristeza mortal Breve aqui se converteu.Porque scismas? Núnca esqueças Bellos tempos prazenteiros Cada um dos companheiros E ' sempre um amigo teu.

Olha p ra nós! Não receies Da vida 0 tristonho enfado;Seremos sempre a leu lado,Ou na alegria ou na dôr.Emquanto nós existirmos 0 ’ nosso irmão, nosso amigo;Nunca o pesar inimigo Vem roubar-te ao nosso amor!

21 de março de 1891.JO A Q U IM DOS ANJOS.

PENSAMENTOS

Ensinar a ler é accender lume; toda a syllaba lança faiscas.— Victor Hugo.

— Dae-nos educação e mudaremos, em menos de um seculo, a face d Europa.— Leibnitz.

— E perigoso ser servido por todos, e peior não ser contraditado por ninguém.— Gladstone.

— Os que não vêem as difficuldades dos seus comine l- timentos, teem por si a força da idéa do exilo. E pre­ciso vêl-as e vêr ao mesmo tempo como se, resolvem pa­ra não descoroçoar.— Bernardino Machado.

g o

A N E C D O T AS

Entre dois marinheiros.— 0 Antonio. .. olha.tanta gaivota! Bem certo éque

as gaivotas annunciam temporal desfeito.— Qual historia, homem! A mim sempre o que me

annuncia o mau tempo, é a bolsa vasia.1111111111 f1111111111111

Na rua encontraram-se dois amigos.— Estimo encontrar-te, Pedro. Tens ahi cinco tostões

que não te façam falta?— Tenho, sim, responde o outro com a maior fra n ­

queza.— Emprestas-mos. . . Muito obrigado. . . Mas espe­

ra: olha que são falsos!— Bem sei; é p o r isso mesmo, que não me fazem

falta.. .

LITTERATURAAdastra

(Continuado do n.° 86)

Eu estava radiante de alegria. .

— Além d’isso tens os pulsos muito fraquit.os, e isso é o diabo para um ho­mem do mar.

A conversa tomava de repente para mim um ca­minho inesperado. Se os pulsos eram fracos, e isso era o diabo para um ho­mem do mar, que me im­portava a mim o que o mestre dizia que eu tinha dentro da cabeça?

Olhei para minha mãe. Minha mãe sorria.

— Ainda agora, conti­nuou meu tio, estive a conversar com o padre prior a teu respeito. Aquil-lo é que é vida, meu filho; padre!

— Não quero! disse eu, dando um murro em cima da mesa. Não quero ser padre.

— Ninguém te obriga, rapaz. Ha outras vidas tão boas ou melhores até. Me­dico, por exemplo.

— Não quero!E olhando pela janella,

vi no extremo horisonte, lá onde o céo vae beijar o mar, alvejar uma vélasi- nha, que me pareceu estar tambem do meu partido, gritando-me lá de longe:

-— Fazes muito bem. Não queiras ser medico, não queiras ser padre. Olha para mim. A felicidade sou eu.

— Pois não queiras! gri­tou meu tio.

E começou a passeiar pelo quarto, tirando g,an­des fumaças do cachimbo.

Eu, espantado dn minha audacia, tinha baixado tris­temente os olhos, e, muito amuado, coçava a cabeça.

— Lá no collegio, duran­te estes annos, tens muito tempo para te decidires, disse meu tio parando di­ante de mim. Ámanhã par­tes commigo para Lisboa.

Lisboa!Este nome soou-me aos

18 FOLHETIM

Traducção de J. DOS ANJOS

D E P O I S í r P E C C A D OIJ v ro prim eiro

11

Estendeu a rijão no pastor, que lh ’a apertou. Depois. n 'o querendo incommodar s> ultima.; etju.sões das duascreanças,começou a descer a coi- lina. Mas quando tiohfl dado uns cin- coflfita passos ouviu correr atraz d‘el- le. E ra a Magdalena que se apressava para 0 alcançar.

.—J á se despediram? perguntou ejje, — Sím. senhor; um beijo depressa

se dá. Vamos, a caminho; se tem

boas pernas, chegamos lá depressa.Iam ura ao lado do outro, apres­

sando o passo, e depres;a chegaram á estrada. O Adriano voltou-se e viu o pastar em pé no ponto mais alto da collina. Cumprimentou-o com a mão e disse á Magdalenasinha:

— O P.edro manda-lhe ura ultimo beijo.

Ella voltou se e sorriu-se acenando cDnn o lenço. O Pedro l vantou o chapéo e agitou o no ar. Ao fim de .algujj; minutos, como tivessem de afrouxar o passo, o Adriano disse:

— Aquelle rapaz parece que lhe tem muito amor.

— De quem fala o senhor? pergun­tou a rapariga, como se fosse arran­cada subitamente ás suas graves re­flexões.

— De quem ha de s c ? do Pedro Guillemale. respondeu o Adriano.

— Ah! sim, o Pedro, disse ella, acompanhando a phrase com um le­ve movimento de hombros, eu tam­bém gosto muito d elle.

— Está desposta a casar com elle, Magdalenasinha?

A esta pergunta, a rapariga voltou para o Adriano o rosto que se tor­nou subitamente serio e corado por uma onda de s, ngue; os olhos toma­ram-lhe uma expressão singular e adi- vinhav..m-se-lhe. sem os comprehen- der, os sentimentos mais contrários; a final respondeu:

— Casar com elle, eu! casar com um guardador de carne ros, nunca !

— Pois é o que eile espera.— Disse-lh’o a si?— Não mas comprehendi-o eu.— Estim o que se enganasse, tanto

por causa d’elle como por minha; porque so o estimo bastante para ter

pena dc lhe causar um desgosto, não o estimo tanto que. queira ser mulher d'elle.

— Com quem quer então casar, Magdalenasinha? proseguiu o A dria­no, achando um encanto singular n ’aquella conversa.

— Ainda não sei; mas com certeza que será com um homem mais rico que o Pedro.

— E ’ ambiciosa! E ' verdade que quando uma rapariga tem uns olhos tão bonitos como o céo, tudo se lhe desculpa.

Cont nuaram o caminho sem tro­carem mais uma palavra. A Magdale­na ia adeante, pensativa e melancóli­ca. e o Adriano, aleg ando os olhos com a visão daquella creatura cheia de seducções, começava a compre- hender que se tinha enganado quan­do a suppuzera ingénua c simples.

— -Estarei verdadeiramente illudi- do? perguntou elle a si mesmo. Quan­do a vi pela prim eira vez, não tinha e periencia nem vaidade. Andara por aqui a sr.a Telemaco?

Depois de andarem meia hora, ao fim de um atalho appareceu-lhes dc repente a cidade de Antraigues, com grande surpreza do Adriano, quc náo esperava estar tão perto.

— Com o pude eu perder-me hon­tem á noite? perguntou elle.

— Vou dizer-lh'o, respondeu a rt' pariga; é porque a meia legua d'nqul o senhor, enganado pela escoridá°i deixou a estrada e tomou,'sem saber, o caminho do B rúlou, do vulcáo '’*• lho de que viu os restos ainda agofr

(Continua)

Page 3: A POLÍTICA'€¦ · a colheita menos agua be bem as abelha, por isso que o nectar que colhem contem sempre um exces so de agua. Emqupnto, no periodo activo da produ cção do nectar

O DOMI NGOouvidos como uma palavra

Lisboa! Eu ia partir para Lisboa, que nunca tinha visto, mas cujo nome só me despertava na imagi­nação mil sonhos encanta­dores, mansões de fadas, prodígios de riqueza!

Er°"ui immediatamente a cabeça e, cheio de ale­gria, ri de rijo.

Olhei novamente para minha mãe. Minha mãe, coitadinha, chorava.

_Vamos, disse-me meutio, batendo-me com a mão no hombro. Vae ves­tir o teu fatinho preto, que tens que te despedir.

Lisboa! Lisboa!Eu via minha mãe cho­

rar, mas este grito da alma fazia-me calar o coração.

O mestre na escola, adi­ante de todos, deu-me um grande abraço e disse-me:

— Continua a estudar, meu rapaz. Sic ilttr ad as- tra.

Eu, muito envergunha- do, para faàer alguma coi- za bafejava a pala do bonet e limpava-a depois com a manga da jaleca.

Aquelle latinorio ficou- me no ouvido. Quando es­tudei latim ençontrei-o. Boa vontade não lhe falta­va, pobre mestre!

A’ noite, dpois da ceia,o tio Bernardo julgou de­ver falar-me:

— Quando ás vezes me esqujço para ahi horas in­teiras a fumar no meu ca­chimbo, vocês põem-se a rir e dizem, que eu bem sei: «Lá está o tio Bernar­do no Brazil.» Pois é bom que o saibas, antes que o aprendas, nem tudo são rosas na vida. E olha que na vida do mar os espi­nhos são muitos. Quando a gente volta e chega á sua casa, esquece tudo. Quantas vezes a cardada não levou o diabo! O qu passou, passou. Quando se olha para traz, não s vè senão aquillo de que se tem saudades.

(Continua)]JOÁO D A C A M A R A .

do Tribunal de esta comar­ca, no dia 22 do mez de março pelo meio dia, para ser vendido por preço su­perior ao abaixo designa­do, o direito e acção queo referido executado tem como comproprietario nos prédios adeante relaciona­dos e dos quaes é us.ufru- ctuaria Luiza Violante da Costa, mãe do mesmo exe­cutado, a saber: Umas ca­sas que servem de adega, cóm um pateo, sitas no Largo da Misericórdia, de Alhos Vedros, no valor de 8$ooo réis.— Umas casas para habitação situadas no

rgo da Misericórdia da mesma villa, no valor de 22 $ooo réis.—-Uma fazen­da composta de terra de semeadura, vinha, arvores

fructo, pinhal e sobrei- 'os, situada no Campo da Forca, da referida fregue­zia de Alhos Vedros, forei- a em 3$ooo réis annuaes

.10 Marquez de Pombal, não constando que tenha audemio, no valor de réis

4Ó$ooo.São citados para a dita

3raça quaesquer crédores incertos nos termos do n.n

,° do art.° 844 do codigo rocesso civil.

Aldegallega do Ribatejo,28 de fevereiro de 1903.Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O %

Oliveira Guimarães.O E S C R IV Á O

José Maria de Mendonça.

ANNUNCIOS

a n n u n c i o

(“1 / Publicação)

Pelo Juizo de Direito de esta comarca, cartorio do i.° officio, e execução hv- pothecaria que move o Mc gistrado do M.° P.9 de es ta comarca, contra Pedro da Costa, de Alhos Vedr

ANNUNCIO

A U

sito na villa da Moita, que he propôz o auetor Ma­

nuel José da Costa, casa­do, proprietário, morador na mesma villa da Moita.

As audiências neste jui­zo teem logar todas as se­gundas e quintas feiras de cada semana, pelas dez ho- ■as da manhã, no tribunal udicial de esta comarca,

sito na rua do Caes, d’es- ta villa de Aldegallega, e se algum d’aquelles dias br santificado, não estan­do comprehendido em fé­rias, terão logar no dia seguinte se não for tam­bem santificado ou feriado.

Aldegallega do Ribate- o, 27 de fevereiro de 1903.

O ESCRIVÁO

Anlonio Augusto da Silva Coelho.

Verifiquei a exactidão.

O JUIZ DE DIREITO

Oliveira Guimarães.

I J . i l

(<§.“ B»Eílslí<í, i54*ão)

Pelo Juizo de Direito da Comarca de Aldeia Galle ga do Ribatejo, e cartorio do escrivão Silva Coelho, correm edites de ses*senta dias, citando Maria do Car mo Jorge, viuva de Alfre­do dos Santos, por si e co mo tuctora e legitima ad­ministradora de sua filha menor impúbere Maria, ausentes em parte incerta para comparecer por si ou seu bastante procurador, sob pena de revelia, na se­gunda audiência de este juizo, posterior ao praso dos editos, a contar da pu­blicação do segundo an­nuncio no «Diario do Go­verno», afim de vir accu- sar a citação, e assignar o praso de uma audiência para contestar ou deduzir os embargos que tiver por conveniente á acção de despejo por falta de paga-

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Publicado por Julio Gama— Collaborado pelos re­dactores da Gaveta das Aldeias.

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A G U E R R A AN GLO -: O ER faz passar ante os olhos do leitor todas as «grandes bat; lhas, combates» e «escaramuças» d ’esta prolongada e acérrima lueta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos, verdadeiros prodígios de heroismo e tenacidade, em que são egualmente a.'miráveis a coragem e de­dicação p: triotica de vencidos e vencedores.

Os incidentes variaJissimos d'esta contenda é tre !a poderosa Inglater ra e as duas p e q u n a s republicas sul-afriçanas, decorrem atravez de verda­deiras perpecias. portal maneira cii-ama.ticas e pittorescas, que dão á G U E R ­RA A N G L O -B O E R . conjunctamente com o irresistível attractivo dum a nar­rativa histórica dos nossos d as, o encanto da le in ra romantisada.

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