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SEMINÁRIO DE POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA A Política Externa e Doméstica dos Governos Vargas e JK

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Page 1: A Política dos Governos Vargas e JK

SEMINÁRIO DE POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRAA Política Externa e Doméstica dos Governos Vargas e JK

Page 2: A Política dos Governos Vargas e JK

Alice AlcântaraDérick CarvalhoNatália BarcelosPaulo Magalhães

Page 3: A Política dos Governos Vargas e JK

SEGUNDO GOVERNO VARGASPeríodo de 1951-1954

Page 4: A Política dos Governos Vargas e JK

A VISÃO VARGUISTA DO BRASIL NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Page 5: A Política dos Governos Vargas e JK

"(...)a política externa de um país não pode constituir

atitude escolástica, mas tem que ser a resultante de um conjunto de circunstâncias,

realidades e interesses nobres, sujeitos às variações

do panorama geral do mundo. Mas ninguém deixará

de reconhecer que os assuntos internacionais, depois da última guerra,

assumiram tal relevância que todas as demais atividades

humanas a ela se ligam diretamente".

Page 6: A Política dos Governos Vargas e JK

"Hoje devemos estar presentes onde quer que

um problema internacional esteja em exame. E,

mesmo quando não formos parte direta, não terá por isso diminuído, na mínima

parcela, a nossa corresponsabilidade".

Page 7: A Política dos Governos Vargas e JK

"Nenhum país - nem mesmo os geograficamente periféricos com relação aos campos de força dos maiores acontecimentos – pode

dar-se ao cômodo automatismo de permanecer como espectador,

apto apenas a aceitar pequenos papéis ocasionais, a oferecer-se para simples mediações, ou a

defender cenicamente os nobres postulados teóricos universais. Para as nações, passou a ser

perigoso o ideal de uma existência introvertida".

Page 8: A Política dos Governos Vargas e JK

Uma visão pan-americanista

"A fraternidade é o sistema inspirador da vida da América. Temos origens comuns, crescemos das

mesmas raízes políticas, seguimos análogos estádios de evolução e devemos, portanto, repartir

equitativamente as parcelas de responsabilidade histórica. Somos ramos de uma só família e

trabalhamos pelo advento de um mundo mais firme nos seus fundamentos, sem discórdias, ambições,

disputas ou rivalidades".

Page 9: A Política dos Governos Vargas e JK

A Guerra Fria como variável que influencia esta visão pan-americanista

Page 10: A Política dos Governos Vargas e JK

Os interesses nacionais

Page 11: A Política dos Governos Vargas e JK

O Brasil e a Europa

Page 12: A Política dos Governos Vargas e JK

"Estreitando os nossos laços políticos, econômicos e culturais com a Europa,

estaremos prestando também um serviço relevante a todo o hemisfério. Pois hoje, não é

possível ser um amigo real da América, sem ter sempre na

devida conta os interesses da Europa".

Page 13: A Política dos Governos Vargas e JK

O Brasil e a Argentina

Page 14: A Política dos Governos Vargas e JK

O Brasil e os Estados Unidos

Page 15: A Política dos Governos Vargas e JK

A Política de Barganha

Guerra da Coreia

Page 16: A Política dos Governos Vargas e JK

A Política de Barganha

Câmara Mista Brasil-EUAPetrobras e Eletrobrás

Page 17: A Política dos Governos Vargas e JK

POLÍTICA INTERNA: VARGAS RETORNA NOS BRAÇOS DO POVO

Page 18: A Política dos Governos Vargas e JK

O PROJETO NACIONALISTA DE VARGAS• No primeiro ano de mandato, Vargas enviou ao Congresso Nacional

um projeto de criação de uma empresa petrolífera estatal ( que viria a ser a Petrobras). Além disso, liberou a organização sindical, com o objetivo de estimular a sindicalização, flexibilizando as leis que regiam relações entre organizações de trabalhadores e o Estado

• Plano Lafer (Plano Nacional de Reaparelhamento Econômico), que tinha o objetivo de nortear as prioridades econômicas do governo;

• Em 1952, foi criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDS) para aumentar a produção, por meio de planos técnicos com o apoio financeiro;

Page 19: A Política dos Governos Vargas e JK

• 1953 – Criação da Petrobras, 100% estatizada. Também se estatizou o Sistema Nacional de Geração de Energia Elétrica.

Page 20: A Política dos Governos Vargas e JK

• Depois da entrada de Vargas à Presidência, sindicatos buscaram recuperar perdas salariais acumuladas no governo Dutra, com isso ocorreram mais duas Greves Gerais, uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo;

• Reajuste de 100% dos salários.

• Jornais e emissoras de rádio passaram a servir de meios de difusão de acusações e pensamentos da UDN (União Democrática Nacional);

• Estado Nacional não conseguia se articular com a burguesia industrial em prol da construção da sociedade industrial avançada.

Page 21: A Política dos Governos Vargas e JK

• Em agosto de 1954, ocorreu então o atentado da rua Toneleros, feito por um pistoleiro, em que Carlos Lacerda saiu levemente ferido, e teve seu amigo, major Rubens Vaz, morto ( não se sabe se foi armado por Vargas). Com isso, as forças de oposição passaram a se organizar para exigir a renúncia ou a deposição do presidente;

• No mesmo mês, foi assinado um manifesto por 27 generais do Exército que exigiam a renúncia imediata do presidente;

• No amanhecer do dia seguinte ao manifesto, dando um desfecho a crise política, Vargas se suicidou, deixando uma carta testamento.

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A NOTÍCIA DO SUICÍDIO GEROU GRANDE COMOÇÃO E REVOLTA NA GRANDE MASSA DA POPULAÇÃO, QUE PASSOU A ACUSAR A UDN E OUTROS SETORES INTERNACIONAIS COMO CAUSADORES DA MORTE DO ADORADO PRESIDENTE

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MEMORIAL GETÚLIO VARGAS

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GOVERNO JUSCELINO KUBITSCHEKPeríodo de 1956-1961

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PLANO DE METAS

"CINQUENTA ANOS DE PROGRESSO, 5 ANOS DE GOVERNO"

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• Foi eleito presidente pela coalizão do Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

• Objetivando promover desenvolvimento no país, logo deu início ao Plano de Metas, conjunto de 31 metas distribuídas em seis grupos: transporte, energia, alimentação, indústria de base, educação e a construção de Brasília.

• A difusão da Teoria Desenvolvimentista da Cepal (Comissão Econômica para América Latina da ONU) foi essencial para mover a ideia de que o desenvolvimento somente é possível com a industrialização. JK executou-a com intensa intervenção do Estado.

Page 28: A Política dos Governos Vargas e JK

• O principal investimento adquirido foi na indústria automobilística, com a entrada de grandes montadoras como a Ford e a General Motors, além do avanço de outros setores industriais.

• As desvantagens desse crescimento foram principalmente o aumento da inflação pela maior emissão de papel moeda e aumento da dependência externa uma vez que as multinacionais passaram a controlar esses setores de acordo com seus interesses, remetendo os lucros e usando da barganha política para manter-se.

Page 29: A Política dos Governos Vargas e JK

• JK — Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro, com gasolina brasileira. Quer mais quer? JECA — Um prato de feijão brasileiro, seu doutô!

• A charge mostra um dos efeitos da política de JK, Mais de 90% deste plano - Plano de Metas - esteve voltado para área de transporte, energia e indústria, deixando de lado outras áreas de interesse social como saúde e educação, aumentando os contrastes sociais já existentes no Brasil.

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• O projeto ousado e muito criticado de JK foi a transferência da capital do Brasil para o interior, enfrentando oposição política por conta dos custos e também de boa parte da população "apegada" ao Rio de Janeiro.

• Brasília significou mudança para um novo desenvolvimento ao país, e alteração do foco do litoral para chamar a atenção a outras regiões do Brasil. JK proveu os recursos públicos para a construção, acompanhando-a de perto.

• O jornalista mineiro Otto Lara Resende afirmou que "Brasília é produto de uma conjunção rara de quatro loucuras: Juscelino, Israel, Niemeyer e Lúcio Costa."

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Lúcio Costa foi arquiteto e urbanista modernista que ganhou o concurso público para o projeto de Brasília (o plano piloto)

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Plano piloto (imagem de satélite).

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• Oscar Niemeyer foi arquiteto modernista e diretor da Novacap. Trabalhou com Lúcio Costa primeiramente em 1935 na projeção da Obra do Berço no Rio de Janeiro e depois no Pavilhão do Brasil na feira mundial em Nova Iorque.

• Reconhecido internacionalmente pelos seus traços

curvilíneos e funcionais, valorizando o design. Responsável por 83 construções apenas em Brasília, incluindo Palácio da Alvorada, Congresso Nacional, Catedral de Brasília e Palácio do Planalto.

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• Congresso Nacional e a representação do poder legislativo (da esquerda para a direita): o Senado Federal, mais fechado, simbolizando a ponderação, experiência e validação reflexiva de regras e leis; e a Câmara dos Deputados, mais aberta, simbolizando a abertura a novas ideias, aos anseios e opiniões da população representados pelos seus deputados.

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Quadro de Oscar Niemeyer do memorial JK. O símbolo nazista representa a oposição ideológica frente a suas próprias convicções ( Niemeyer era filiado ao Partido Comunista do Brasil). Com o golpe em 1964, impedido de trabalhar no Brasil, teve de se exilar. Mudou-se para a França onde ficou até 1979.

Page 36: A Política dos Governos Vargas e JK

"E contra a pressão do mais reacionário, lá está a figura de JK dominando a cidade que sonhou e construiu.15/12/1981"

Page 37: A Política dos Governos Vargas e JK

• Israel Pinheiro da Silva foi presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacp), responsável principalmente pela execução das obras.

• Desde seu mandato como deputado, apoiou a ideia da

transferência da capital brasileira, acreditando que o "espírito de Brasília é tudo que se antepõe ao derrotismo sistemático, à esterilidade do negativismo".

Page 38: A Política dos Governos Vargas e JK

• Da esquerda para a direita, Oscar Niemeyer, Israel Pinheiro, Lúcio Costa e Juscelino Kubitschek analisam o projeto de Brasília.

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PLANO DE METAS E CONSOLIDAÇÃO DO CAPITALISMO INDUSTRIAL NO BRASIL

• Brasil recebia maior fluxo de investimento estrangeiro enviado à América Latina.

• Investimento estrangeiro se dirigiu de forma crescente à Indústria.

• Desenvolvimento da indústria de bens de capital (equipamentos e máquinas), de bens intermediários (cimento, aço, etc.)e de bens de consumo (populares e de luxo).

• Desenvolvimento industrial aumentava poder de consumo e mercado interno. Aumento do PIB.

Page 40: A Política dos Governos Vargas e JK

• Crescimento da desigualdade de renda.• Crescimento do setor de produtos de luxo.• Indústria automobilística como símbolo de progresso e

riqueza.• Criação de hidrelétricas para fornecimento de energia.• Desenvolvimento concentrado no Sudeste.• Criação da Sudene para resolver problemas econômicos e

sociais no Nordeste.

Page 41: A Política dos Governos Vargas e JK

• Em suma, o governo JK teve muitas conquistas ainda que não tenha conseguido recuperar totalmente o desgastado quadro econômico e social remanescentes no país.

• Em meio as críticas e oposições, ainda podemos afirmar que os governos de JK e Vargas deixaram suas marcas na História do Brasil e na memória dos brasileiros.

• "Naquela época, arquitetura e arte, utopia e arte, política e arte eram dimensões inseparáveis."

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POLÍTICA EXTERNA DO GOVERNO JK• A política externa de Juscelino Kubitschek pode ser dividida

em 2 partes, de 56-58 onde ocorre um alinhamento direto aos EUA, e de 58-61 onde ocorre uma revisão de tal alinhamento com o lançamento da OPA.

• Reafirmação de solidariedade política aos americanos e à “causa ocidental”.

• Cessão da ilha de Fernando de Noronha, para a instalação de uma base americana.

• A OPA como principal iniciativa diplomática do governo JK, representou o aprofundamento do multilateralismo.

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• Ofensiva no plano econômico em busca de garantir investimentos externos tanto público como privado.

• Foco na negociação de acordos regionais que estabilizassem as cotações internacionais do café, e ampliação de flexibilidade dos empréstimos fornecidos por entidades internacionais.

• Criação da Operação Pan-Americana• Crise no Ministério das Relações Exteriores• Reação dos EUA à OPA

Page 44: A Política dos Governos Vargas e JK

• Proposta de criação para o que mais tarde seria conhecido como o “ Comitê dos 21”.

• O difícil diálogo com os EUA.• A atuação brasileira dentro do “ Comitê dos 21”.• A tensão entre Brasil e EUA no período entre 58-59 que

acaba resultando na ruptura do Brasil com o FMI.• O desafio cubano, e como este afetou as relações entre EUA

e América Latina.

Page 45: A Política dos Governos Vargas e JK

• Em 1959 o comando do Itamaraty passas por novas mudanças , mas não há alteração na maneira como a politica externa brasileira era conduzida, mantendo a OPA como prioridade.

• A visita do presidente Eisenhower ao Brasil em 1960,e como está visita representou uma transição no cenário latino americano.

• Conferência da Costa Rica em 1960, onde foi discutida a crise entre EUA e Cuba.

• A Ata de Bogotá

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SINFONIA DA ALVORADA – TOM JOBIM E VINICIUS DE MORAESNo príncipio era o ermoEram antigas solidões sem mágoa.O altiplano, o infinito descampadoNo princípio era o agreste:O céu azul, a terra vermelho-pungenteE o verde triste do cerrado.Eram antigas solidões banhadasDe mansos rios inocentesPor entre as matas recortadas.Não havia ninguém. A solidãoMais parecia um povo inexistenteDizendo coisas sobre nada.Sim, os campos sem alma (...)

Sim, era o Homem,Era finalmente, e definitivamente, o Homem.Viera para ficar. Tinha nos olhosA força de um propósito: permanecer, vencer as solidõesE os horizontes, desbravar e criar, fundarE erguer. Suas mãosJá não traziam outras armasQue as do trabalho em paz. Sim,Era finalmente o Homem: o Fundador. Trazia no rostoA antiga determinação dos bandeirantes,Mas já não eram o ouro e os diamantes o objetoDe sua cobiça. Olhou tranqüilo o solCrepuscular, a iluminar em sua fuga para a noiteOs soturnos monstros e feras do poente. (...)Sim, ele plantariaNo deserto uma cidade muita branca e muito pura...

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS• Arquivo Público do Distrito Federal. "Arquitetos". • DALIO, Danilo José. A Barganha Nacionalista-Pragmática: a política externa

do segundo governo Vargas para os Estados Unidos. Unicamp, 2009.• Instituto do Terceiro Setor. Catetinho: o Palácio de Tábuas.• MARTINS, Sebastião; Kao. O Engenheiro da Utopia: Israel Pinheiro e seu

tempo. • RABELO, Ricardo. Plano de Metas e consolidação do capitalismo industrial

no Brasil.• InfoEscola.• Educação UOL.• Educação Globo: Resolução da questão 39 do ENEM 2013.

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