a perturbação de pânico pdf

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C o m p re e n d e r a s u a n a tu re za Carlos Lopes Pires Carlos Lopes Pires Carlos Lopes Pires Carlos Lopes Pires, PhD & Maria Angeles Lude Maria Angeles Lude Maria Angeles Lude Maria Angeles Ludeñ ñ ña a a, Student PhD Instituto de Psicologia Cognitiva da Faculdade de Psicologia Universidade de Coimbra Lisboa 6 de Janeiro de 2011 Telm: 914452144 Telm:913475982

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Page 1: A perturbação de pânico pdf

Compreend

er a sua natu

reza

Carlos Lopes PiresCarlos Lopes PiresCarlos Lopes PiresCarlos Lopes Pires, PhD & Maria Angeles LudeMaria Angeles LudeMaria Angeles LudeMaria Angeles Ludeññññaaaa, Student PhD Instituto de Psicologia Cognitiva da Faculdade de Psicologia

Universidade de Coimbra

Lisboa 6 de Janeiro de 2011

Telm: 914452144 Telm:913475982

Page 2: A perturbação de pânico pdf
Page 3: A perturbação de pânico pdf

� Pode definir-se episódio ou ataque de pânico como uma experiência súbita de medo intenso ou de intenso mal-estar, fazendo-se acompanhar de sintomas físicos que incluem, mais frequentemente, aumento do batimento cardíaco, palpitações, dor no peito, ciclos respiratórios curtos, tonturas, sensações de estranheza, despersonalização e tensão muscular.

� Deve existir um período bem distinto em que predominaram queixas de medo intenso ou desconforto, igualmente, em que pelo menos quatro dos seguintes sintomas se desenvolveram subitamente, atingindo um pico em 10 minutos:

� 1. PalpitaPalpitaPalpitaPalpitaçççções, forte batimento cardões, forte batimento cardões, forte batimento cardões, forte batimento cardííííaco ou aceleraaco ou aceleraaco ou aceleraaco ou aceleraçççção do batimento cardão do batimento cardão do batimento cardão do batimento cardííííacoacoacoaco� 2.2.2.2. SuoresSuoresSuoresSuores� 3.3.3.3. Tremores ou estremecimentosTremores ou estremecimentosTremores ou estremecimentosTremores ou estremecimentos� 4.4.4.4. Dificuldades em respirarDificuldades em respirarDificuldades em respirarDificuldades em respirar� 5.5.5.5. SensaSensaSensaSensaçççção de sufocoão de sufocoão de sufocoão de sufoco� 6.6.6.6. Desconforto ou dor no peitoDesconforto ou dor no peitoDesconforto ou dor no peitoDesconforto ou dor no peito� 7.7.7.7. NNNNááááuseas ou maluseas ou maluseas ou maluseas ou mal----estar abdominalestar abdominalestar abdominalestar abdominal� 8.8.8.8. SensaSensaSensaSensaçççção de tonturas, de desequilão de tonturas, de desequilão de tonturas, de desequilão de tonturas, de desequilííííbrio, de cabebrio, de cabebrio, de cabebrio, de cabeçççça oca ou de desmaioa oca ou de desmaioa oca ou de desmaioa oca ou de desmaio� 9.9.9.9. DesrealizaDesrealizaDesrealizaDesrealizaçççção (isto ão (isto ão (isto ão (isto éééé, sentimento de irrealidade) ou despersonaliza, sentimento de irrealidade) ou despersonaliza, sentimento de irrealidade) ou despersonaliza, sentimento de irrealidade) ou despersonalizaçççção (sentirão (sentirão (sentirão (sentir----se desligado/a de si se desligado/a de si se desligado/a de si se desligado/a de si

mesmo/amesmo/amesmo/amesmo/a� 10.10.10.10. Medo de perder o controlo ou de enlouquecerMedo de perder o controlo ou de enlouquecerMedo de perder o controlo ou de enlouquecerMedo de perder o controlo ou de enlouquecer� 11.11.11.11. Medo de morrerMedo de morrerMedo de morrerMedo de morrer� 12.12.12.12. Parestesias (entorpecimento ou formigueiros)Parestesias (entorpecimento ou formigueiros)Parestesias (entorpecimento ou formigueiros)Parestesias (entorpecimento ou formigueiros)� 13.13.13.13. SensaSensaSensaSensaçççção de frio ou de calorão de frio ou de calorão de frio ou de calorão de frio ou de calor

Page 4: A perturbação de pânico pdf

� Desordem de pânicoDesordem de pânicoDesordem de pânicoDesordem de pânico: Ocorrência recorrente de ataques de pânico seguidos de pelo menos 1 mês de apreensão persistente sobre ter outro, preocupação sobre as consequências desses ataques, ou uma mudança significativa no comportamento relacionado com esses ataques (ex: não querer andar só).

� AgorafobiaAgorafobiaAgorafobiaAgorafobia: a principal característica da agorafobia é a ansiedade/medo sobre e evitamento/fuga de lugares ou situações das quais escapar poderá ser difícil ou embaraçoso, ou em que o socorro não é viável em caso de ataque de pânico (ex: um restaurante).

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Toda a gente experimenta emoções

Mesmo que não “saiba” o que são

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Na verdade, elas são uma constante da vida

sempre presentes em todos os momentos e

circunstâncias

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Algumas vezes são emoções boas que podem até ser suscitadas por certas paisagens e nos fazem sentir bem, talvez mesmo fazendo parte de um

mundo belo

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Outras vezes e outras paisagens, pelo contrário, suscitam-nos másemoções e lembram-nos aquilo que de pior existe no ser humano

Page 9: A perturbação de pânico pdf

Não pretendendo ser simplista,

poderemos dizer que um dos vectores

orientadores da História Humana tem

sido o controlo das suas condições de

existência, a melhoria do seu bem-

estar. E este está intrinsecamente

ligado às emoções, aos sentimentos,

aos afectos.

Page 10: A perturbação de pânico pdf

� Emoções boas

� Emoções más

� E para que servem estas emoções?

� Só as boas prestam ou são

desejáveis?

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Ao longo do desenvolvimento da nossa espécie fomos preparados

para responder às ameaças

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4. Quando uma emoção se torna disfuncional, patológica,

SIGNIFICA que se tornou um estorvo, uma fonte de sofrimento para nós e talvez mesmo para os

outros

Torna-se central na nossa vida

1. As emoções ajudam a nossa orientação no mundo

2. Alertam-nos para aspectos a que, particularmente, devemos prestar

mais atenção

3. Dentro destas, as negativas constituem alarmes para ameaças, indicando-nos aspectos sobre os

quais é urgente proceder a mudanças

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Estamos pois preparados/as para responder a múltiplas ameaças.

E o primeiro passo é o alarme

Ansiedade

Medo

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Um alarme indica-nos que alguma coisa devemos fazer para fazer face a uma ameaça

Geralmente,

Enfrentamos a ameaça

ou

FUGIMOS

Devido à natureza enganadora do medo orientado por sensações corporais

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Significam: preciso estudar caso contrário terei maus resultados

Estudo

Quando tratamos o medo como um problema em si

mesmo

Significa: o medo é uma ameaça

EstudoMedo

Ameaça

Page 16: A perturbação de pânico pdf

Falemos de “ansiedade”, “medo”

Ansiedade, Medos

Seres sobrenaturais, escuro, estar sozinho, danos corporais, exames,

aparência, morte, cobras

AnsiedadeAfecto negativo

Sintomas somáticos de tensãoOrientada para o futuro

Sentimento de falta de controlo

MedoAfecto negativo

Forte activação do S. N. SimpáticoReacção de alarme imediata

Episódio de pânicoMedo ocorrendo desproporcionalmente

Três tipos: situacionalmente desencadeado;inesperado; mais provável de acontecer em certas

situações

Alarmes

As emoções têm uma função filogenética e individual.

Não são aberrações.

Perturbação de Pânico

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Mas do que fogequem foge do pânico?

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Um modo de vida

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Mas fugir para onde ou de quem?

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Estes alarmes tornam-se FALSOS, já que são accionados na ausência de perigo real.

Quando se tornam alarmes falsos tornam-

se disfuncionais (patológicos), isto é, não

servem para adaptar, evoluir, desenvolver,

mas para bloquear, regredir.

Page 23: A perturbação de pânico pdf

Interpretação incorrecta

Crê que o medo correspondeà existência de um perigo real

Mas REALMENTE esse perigo não existe Se sinto medo é porque há

perigo

Page 24: A perturbação de pânico pdf

Será que posso

enlouquecer?

E se começo a falar com as paredes?

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Mas é apenas medoum falso alarme

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Central na perturbação de pânico é o medo de perder o controlo

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Desarrollo de Agorafobia

Vulnerabilidad Psicológica Generalizada Vulnerabilidad Biológica Generalizada

Stress

Falsa Alarma

Alarma Aprendida

Vulnerabilidad Psicológica Específica

Aprehensión de Ansiedad

Trastorno de Pánico

Asociación con Sensaciones Somáticas

Trastorno de

Pánico con

Agorafobia

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� Medo de perder controlo sobre si mesmo/a

PontesFilasEstádiosCinemasAuto-estradasElevadoresAviõesGaragens subterrâneasSupermercadosMultidões

Situações

CaírEnlouquecerDoençaTonturasAcontecer “alguma coisa”Fazer a alguémSuicidar-seDeprimir-se

Sobre si

Agorafobia

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O sistema de saúde moderno baseia-se na prescrição de drogas

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� 1. Não cura1. Não cura1. Não cura1. Não cura

� a) Actua como um paliativo

� b) Retira a pessoa do contexto, dando a ilusão de que melhora

� 1. Potencia danos iatrog1. Potencia danos iatrog1. Potencia danos iatrog1. Potencia danos iatrogéééénicosnicosnicosnicos

� a) Alterações emocionais

� b) Alterações somáticas

� C) Desesperança

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� Com base na evidência

� Empiricamente validados

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�1. Benzodiazepines are associated with a less good outcome in the long term and should not be prescribed for the treatment of individuals with panic disorder.

�2. Sedating antihistamines or antipsychotics should not be prescribed for the treatment of panic disorder.

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� Interventions that have evidence for the longest duration of effect, in descending order are:

� F psychological therapy

� F pharmacological therapy (antidepressant medication)

� F self-help

Page 37: A perturbação de pânico pdf

For most people, Psychological therapy should take the form of weekly sessions of 1-2 hours and should be completed within a maximum of 4 months of commencement.

Page 38: A perturbação de pânico pdf

� O mecanismo de desenvolvimento e manutenção do medo

� Interpretação errada dos sintomas

Fase educativa

Procedimento básico de desactivação ansiosa para promover o auto-controlo

E outras técnicas de controlo respiratóriodiafragmático natural ou com imposição mecânica

Contornos geraisdo tratamento psicológico da perturbação de pânico

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� Exposição Interoceptiva

� Exposição Exteroceptiva

Fase

Terapêutica

Contornos geraisdo tratamento psicológico da perturbação de pânico

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� Ênfase em procedimentos de auto-controlo cognitivo e emocional

Fase de Seguimento

ou preventiva

Contornos geraisdo tratamento psicológico da perturbação de pânico

Page 41: A perturbação de pânico pdf

� A dependência de drogas como impeditivo terapêutico

� A possibilidade de redução terapêutica

� O mito dos tratamentos combinados

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A existência de medicação, habitualmente, traduz-se na necessidade de proceder a alterações significativas no tratamento psicológico

A perturbação de pânico, quando não tem outras complicações, tem um excelente prognóstico no que respeita ao tratamento psicológico, não ultrapassando, por norma, os dois meses

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� Pharmacological interventionsPharmacological interventionsPharmacological interventionsPharmacological interventions

� The following must be taken into account when deciding which medication to offer:

� F the age of the patient

� F previous treatment response

� F risks

� F the likelihood of accidental overdose by the person being treated and by other family members if appropriate

� F the likelihood of deliberate self-harm, by overdose or otherwise

� F tolerability

� F the preference of the person being treated

� F cost, where equal effectiveness is demonstrated

Page 46: A perturbação de pânico pdf

� All patients who are prescribed antidepressants should be informed, at the time that treatment is initiated, of potential side effects (including transient increase in anxiety at the start of treatment) and of the risk of discontinuation/withdrawal symptoms if the treatment is stopped abruptly or in some instances if a dose is missed or, occasionally, on reducing the dose of the drug.

� Patients started on antidepressants should be informed about thedelay in onset of effect, the time course of treatment, the need to take medication as prescribed, and possible discontinuation / withdrawal symptoms. Written information appropriate to the patient’s needs should be made available.

� Unless otherwise indicated, an SSRI licensed for panic disorder should be offered.

Page 47: A perturbação de pânico pdf

� Psychological therapy should be delivered only by suitably trained and supervised people who can demonstrate that they adhere closely to empirically grounded treatment protocols

� Psychological therapy in the optimal range of duration (7–14 hours in total) should be offered.

� For most people, Psychological therapy should take the form of weekly sessions of 1-2 hours and should be completed within a maximum of 4 months of commencement.

� Briefer Psychological therapy should be supplemented with appropriate focused information and tasks Where briefer Psychological therapy is used, it should be around 7 hours and designed to integrate with structured self-help materials

� For a few people, more intensive Psychological therapy over a very short period of time might be appropriate