a partilha

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BRIGA UNIDA... FAMÍLIA QUE Quinta-feira 10/01/2013 TEATRO. Texto que consagrou o ator Miguel Falabella como dramaturgo, A Partilha ganha nova montagem após 23 anos de sua estreia nos palcos brasileiros: trazendo de volta praticamente o mesmo elenco para reviver a cômica e tocante história de quatro irmãs que discutem suas vidas em meio ao velório da matriarca, o espetáculo é atração amanhã e sábado em Maceió, no Teatro Gustavo Leite, em Jaraguá. Para saber como se deu esse reencontro familiar sob todos os aspectos, a Gazeta conversou com as atrizes Arlete Salles e Patricya Travassos. O bate-papo você confere nesta edição LUÍS GUSTAVO MELO REPÓRTER Elas poderiam ser da sua família, da vizinhança ou daquela turma anima- da que você acabou de co- nhecer no clube, na ma- nhã do último domingo. Protagonistas da comédia dramática A Partilha, as ir- mãs Maria Lúcia, Regina, Selma e Laura são assim: personagens críveis, capa- zes de comover e de fazer rir em meio a situações nas quais as mesquinhari- as da classe média são iro- nizadas sem piedade. In- terpretada por Susana Vi- eira, Regina é uma jovem senhora namoradeira, des- prendida e de bem com a vida. Já Maria Lúcia (Arle- te Salles) é uma perua que deixou para trás um casa- mento de décadas para vi- ver um grande amor em Paris. De natureza oposta à das duas irmãs, Selma (Patricya Travassos) é uma caretona amargurada que vive presa à monoto- nia de num casamento in- feliz, enquanto Laura (Thereza Piffer), a mais nova, pode ser descrita co- mo a mais séria e inteli- gente das quatro. Encenada pela primeira vez há 23 anos, A Partilha retrata o pensamento e o modo de ser dessas quatro mulheres (quase que) completamente diferentes entre si, que precisam che- gar a um acordo quanto aos bens a serem divididos após a morte da mãe. Co- mo é de se esperar, é a partir das brigas e discus- sões acerca de como os ob- jetos pessoais da falecida serão desmembrados que lembranças e diferenças de caráter e personalidade começam a surgir. ATEMPORAL Primeiro texto de fôle- go de Miguel Falabella, que também assina a dire- ção da peça, A Partilha tem apresentações ama- nhã e sábado (12) em Ma- ceió, no Teatro Gustavo Leite, em Jaraguá. Espetá- culo cuja inesperada re- percussão, lá no início dos anos 1990, rendeu ao en- tão iniciante dramaturgo o Prêmio Molière de melhor autor, a montagem confir- ma a atemporalidade da obra, que, segundo a atriz Patricya Travassos, ainda que tenha sofrido pouquís- simas alterações, repete o êxito alcançado há duas décadas, no sentido de to- car fundo e de provocar ri- sos na audiência. Equalizar comicidade e drama na medida exata não é tarefa fácil, mas com inteligência e sensibilida- de Falabella parece ter achado o tom certo, a pon- to de mostrar que mesmo um velório pode servir de cenário para o humor. Isso sem falar que a peça lida com um tema universal, permitindo ao espectador não apenas envolver-se com o universo das perso- nagens, mas também, a partir desse envolvimento, refletir sobre seu próprio universo afetivo – daí sua extraordinária capacidade de comunicação. A ideia de reencenar o texto surgiu em 2010, quando a peça completa- ria 20 anos de sua estreia, em janeiro de 1990. “A ideia era comemorar a maioridade do espetácu- lo”, disse Arlete Salles à reportagem. Devido à difi- culdade de conciliar a agenda do elenco original, a remontagem só foi possí- vel dois anos depois, com a atriz Patricya Travassos interpretando a persona- gem de Natália do Vale, atualmente comprometida com as gravações da nove- la Salve Jorge. Para o leitor ficar sabendo mais sobre o reencontro dessa ‘família’, a Gazeta conversou com as atrizes Arlete Salles e Patricya Travassos. Confira o pingue-pongue a seguir. Gazeta. A Partilha foi ence- nada pela primeira vez no comecinho dos anos 1990 – e fez uma bela carreira durante os seis anos em que permaneceu em cartaz. Houve algum receio em re- tornar ao espetáculo de- pois de tantos anos? Deu para sentir aquele ‘friozi- nho’ na barriga? Arlete Salles. Como tive- mos uma temporada de mais de seis anos e por ter- mos passado esse tempo afastadas do texto, tive- Curta-metragem O Que Lembro, Tenho disputa prêmio no Festival do Júri Popular. B6 mos uma visão distancia- da das personagens, o que nos deu uma certa intimi- dade. De forma que nos ensaios já percebíamos e sentíamos uma certa segu- rança no que estávamos voltando a fazer... Sendo assim, o friozinho na bar- riga foi só aquele que to- dos nós sentimos antes de entrar no palco. No momento em que o elenco se reuniu para os ensaios deu para sentir lo- go se a química entre as atrizes ainda funcionava? Acredito que sim. À medi- da que o Miguel fazia as marcações de cena, o tex- to e as antigas marcas vi- nham naturalmente. To- das sentíamos que as per- sonagens ainda estavam vivas dentro de nós. Tal- vez melhoradas, pela ex- periência que acabamos por adquirir ao longo de nossas carreiras. Imagino que a ideia de apresentar o espetáculo para um novo público deva ter gerado uma boa dose de ansiedade na equipe. Houve realmente essa expectativa? Na verdade a ideia era co- memorar a maioridade do espetáculo, que foi um grande sucesso desde sua estreia. Claro que tínha- mos uma expectativa de como seria a aceitação ho- je, e ficamos surpresas por sermos novamente um su- cesso de público em to- dos os lugares pelos quais já passamos. Talvez um dos pontos mais significativos do espetácu- lo seja o fato de muitas das situações surgidas em cena não estarem assim tão dis- tantes da realidade. Eu gostaria de saber se você, Arlete, já conheceu alguém como alguma dessas mu- lheres? Tem conhecimento de alguma história seme- lhante na vida real? Alguém semelhante a al- guma das personagens certamente, porque a peça fala do relacionamento de irmãs, e são quatro irmãs diferentes – o que faz o público se identificar com alguma delas. Elas não deixam de ser pessoas nor- mais, com sentimentos e atitudes iguais aos das pessoas que conhecemos e com as quais convivemos. Você trabalha ao lado de Miguel Falabella há bas- tante tempo. Gostaria de saber como você o conhe- ceu, e a que atribui a afini- dade que permitiu a vocês dois estabelecer esse rela- cionamento profissional tão duradouro? Nós nos conhecemos fa- zendo uma novela chama- da Amor com Amor se Pa- ga, de autoria de Ivani Ri- beiro, e a partir daí fize- mos outros trabalhos. Cer- tamente o humor nos uniu. O Miguel é um óti- mo comediógrafo. ‡ Continua na pág. B2 ARLETE SALLES ATRIZ “À medida que o Miguel fazia as mar- cações de cena, o texto e as anti- gas marcas vinham naturalmente. Todas sentíamos que as personagens ainda estavam vivas dentro de nós. Talvez me- lhoradas, pela experi- ência que adquirimos ao longo de nos- sas carreiras” PAULA KOSSATZ/DIVULGAÇÃO VANESSA MOTA/DIVULGAÇÃO Patricya, Susana, Arlete e Theresa em A Partilha como Selma, Regina, Maria Lúcia e Laura: história universal

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Artigo no Jornal Gazeta de Alagoas sobre A Partilha.

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Page 1: A Partilha

BRIGA UNIDA... FAMÍLIA QUE

Quinta-feira 10/01/2013

TEATRO. Texto que consagrou o ator Miguel Falabella como dramaturgo, A Partilha ganha nova montagem após 23 anos de sua estreia nos palcos brasileiros:

trazendo de volta praticamente o mesmo elenco para reviver a cômica e tocante história de quatro irmãs

que discutem suas vidas em meio ao velório da matriarca, o espetáculo é atração amanhã e sábado

em Maceió, no Teatro Gustavo Leite, em Jaraguá. Para saber como se deu esse reencontro familiar sob todos os aspectos, a Gazeta conversou com

as atrizes Arlete Salles e Patricya Travassos. O bate-papo você confere nesta edição

LUÍS GUSTAVO MELO REPÓRTER

Elas poderiam ser da sua família, da vizinhança ou daquela turma anima-da que você acabou de co-nhecer no clube, na ma-nhã do último domingo. Protagonistas da comédia dramática A Partilha, as ir-mãs Maria Lúcia, Regina, Selma e Laura são assim: personagens críveis, capa-zes de comover e de fazer rir em meio a situações nas quais as mesquinhari-as da classe média são iro-nizadas sem piedade. In-terpretada por Susana Vi-eira, Regina é uma jovem senhora namoradeira, des-prendida e de bem com a vida. Já Maria Lúcia (Arle-te Salles) é uma perua que deixou para trás um casa-mento de décadas para vi-ver um grande amor em Paris. De natureza oposta à das duas irmãs, Selma (Patricya Travassos) é uma caretona amargurada que vive presa à monoto-nia de num casamento in-fel iz , enquanto Laura (Thereza Piffer), a mais nova, pode ser descrita co-mo a mais séria e inteli-gente das quatro.

Encenada pela primeira vez há 23 anos, A Partilharetrata o pensamento e o modo de ser dessas quatro mulheres (quase que) completamente diferentes entre si, que precisam che-gar a um acordo quanto aos bens a serem divididos

após a morte da mãe. Co-mo é de se esperar, é a partir das brigas e discus-sões acerca de como os ob-jetos pessoais da falecida serão desmembrados que lembranças e diferenças de caráter e personalidade começam a surgir.

ATEMPORAL Primeiro texto de fôle-

go de Miguel Falabella, que também assina a dire-ção da peça, A Partilhatem apresentações ama-nhã e sábado (12) em Ma-ceió, no Teatro Gustavo Leite, em Jaraguá. Espetá-culo cuja inesperada re-percussão, lá no início dos anos 1990, rendeu ao en-tão iniciante dramaturgo o Prêmio Molière de melhor autor, a montagem confir-ma a atemporalidade da obra, que, segundo a atriz Patricya Travassos, ainda que tenha sofrido pouquís-simas alterações, repete o êxito alcançado há duas décadas, no sentido de to-car fundo e de provocar ri-sos na audiência.

Equalizar comicidade e drama na medida exata não é tarefa fácil, mas com inteligência e sensibilida-de Falabella parece ter achado o tom certo, a pon-to de mostrar que mesmo um velório pode servir de cenário para o humor. Isso sem falar que a peça lida com um tema universal, permitindo ao espectador não apenas envolver-se com o universo das perso-

nagens, mas também, a partir desse envolvimento, refletir sobre seu próprio universo afetivo – daí sua extraordinária capacidade de comunicação.

A ideia de reencenar o texto surgiu em 2010, quando a peça completa-ria 20 anos de sua estreia, em janeiro de 1990. “A ideia era comemorar a maioridade do espetácu-lo”, disse Arlete Salles à reportagem. Devido à difi-culdade de conciliar a agenda do elenco original, a remontagem só foi possí-vel dois anos depois, com a atriz Patricya Travassos interpretando a persona-gem de Natália do Vale, atualmente comprometida com as gravações da nove-la Salve Jorge. Para o leitor ficar sabendo mais sobre o reencontro dessa ‘família’, a Gazeta conversou com as atrizes Arlete Salles e Patricya Travassos. Confira o pingue-pongue a seguir.

Gazeta. A Partilha foi ence-nada pela primeira vez no comecinho dos anos 1990 – e fez uma bela carreira durante os seis anos em que permaneceu em cartaz. Houve algum receio em re-tornar ao espetáculo de-pois de tantos anos? Deu para sentir aquele ‘friozi-nho’ na barriga? Arlete Salles. Como tive-mos uma temporada de mais de seis anos e por ter-mos passado esse tempo afastadas do texto, tive-

Curta-metragem O Que Lembro, Tenho disputa prêmio no Festival do Júri Popular. B6

mos uma visão distancia-da das personagens, o que nos deu uma certa intimi-dade. De forma que nos ensaios já percebíamos e sentíamos uma certa segu-rança no que estávamos voltando a fazer... Sendo assim, o friozinho na bar-riga foi só aquele que to-dos nós sentimos antes de entrar no palco.

No momento em que o elenco se reuniu para os ensaios deu para sentir lo-go se a química entre as atrizes ainda funcionava? Acredito que sim. À medi-da que o Miguel fazia as marcações de cena, o tex-to e as antigas marcas vi-nham naturalmente. To-das sentíamos que as per-sonagens ainda estavam vivas dentro de nós. Tal-vez melhoradas, pela ex-periência que acabamos por adquirir ao longo de nossas carreiras.

Imagino que a ideia de apresentar o espetáculo para um novo público deva ter gerado uma boa dose de ansiedade na equipe. Houve realmente essa expectativa? Na verdade a ideia era co-memorar a maioridade do espetáculo, que foi um grande sucesso desde sua estreia. Claro que tínha-mos uma expectativa de como seria a aceitação ho-je, e ficamos surpresas por sermos novamente um su-cesso de público em to-

dos os lugares pelos quais já passamos.

Talvez um dos pontos mais significativos do espetácu-lo seja o fato de muitas das situações surgidas em cena não estarem assim tão dis-tantes da realidade. Eu gostaria de saber se você, Arlete, já conheceu alguém como alguma dessas mu-lheres? Tem conhecimento de alguma história seme-lhante na vida real? Alguém semelhante a al-guma das personagens certamente, porque a peça fala do relacionamento de irmãs, e são quatro irmãs diferentes – o que faz o público se identificar com alguma delas. Elas não deixam de ser pessoas nor-mais, com sentimentos e atitudes iguais aos das pessoas que conhecemos e com as quais convivemos.

Você trabalha ao lado de Miguel Falabella há bas-tante tempo. Gostaria de saber como você o conhe-ceu, e a que atribui a afini-dade que permitiu a vocês dois estabelecer esse rela-cionamento profissional tão duradouro? Nós nos conhecemos fa-zendo uma novela chama-da Amor com Amor se Pa-ga, de autoria de Ivani Ri-beiro, e a partir daí fize-mos outros trabalhos. Cer-tamente o humor nos uniu. O Miguel é um óti-mo comediógrafo. ‡ Continua na pág. B2

ARLETE SALLES ATRIZ

“À medida que o Miguel fazia as mar-

cações de cena, o texto e as anti-

gas marcas vinham naturalmente. Todas

sentíamos que as personagens ainda

estavam vivas dentro de nós. Talvez me-

lhoradas, pela experi-ência que adquirimos

ao longo de nos- sas carreiras”

PAULA KOSSATZ/DIVULGAÇÃO

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Patricya, Susana, Arlete

e Theresa em A Partilha como

Selma, Regina, Maria Lúcia e

Laura: história universal

Page 2: A Partilha

GAZETA DE ALAGOAS, 10 de janeiro de 2013, Quinta-feira2 Caderno BB

melhores textos de Miguel Falabella, tem sido sucesso de bilheteria e de crítica aonde quer que vá.

O texto passou por alguma adaptação para dialogar com a realidade atual? Houve duas correções mí-nimas, uma sobre o valor de um apartamento e ou-tra sobre uma carta, que passou para e-mail. Só.

No espetáculo você contra-cena com a Arlete Salles, atriz de uma outra escola de humor. Na sua opinião, essa confluência entre ta-lentos de estilos diversos pode trazer algo de novo para o texto? Há espaço pa-ra improvisos no palco? Improvisos, exatamente, não. O texto é muito bem

Coronel Frederico

Pinto Sampaio,

comandante do 59º BIMtz: o anfitrião da

feijoada de logo mais

Dona Yeda Rocha Cavalcanti Jucá, uma das quatro famosas Irmãs Rocha

O casal de magistrados dr. José Agnaldo e dra. Verônica Correia de Carvalho Souza Araújo. Ela de idade nova, hoje

ROMEU DE LOUREIRO [email protected]

Manaus na Copa Por especial gentileza, o desembargador Juarez Mar-ques Luz, entregou em mãos a este colunista um exemplar da Revista Cidade de Manaus remetida pelo jornalista e publisher Fábio César, documentando a movimentação geral daquela capital que sediará uma etapa da Copa 2014 – para o que, aliás, está sendo le-vantada a imponente Arena da Amazônia. A revista divulga as atrações turísticas da terra – em termos de turismo cultural (a começar do imponente e histórico Teatro do Amazonas) e de turismo ecológico (na flo-resta vizinha). Mas, reconhece as deficiências da ca-pacidade hoteleira, sugerindo o paliativo da hospeda-gem a bordo de navios dos cruzeiros costeiros.

ANDRÉ FON / CORTESIA

CLAUDEMIR MOTA / CORTESIA

ESTÚDIO ANDRÉ FON / CORTESIA

FEIJOADA & APRESENTAÇÃO O comandante do 59º BIMtz, coronel Frederico Pinto Sampaio, oferecerá, logo mais (das 12 horas em diante), no Círculo Militar, um almoço, na base da feijoada tradicional, para apresentar o seu subs-tituto indicado, tenente-coronel Carlos Feitosa Ro-drigues. Na lista restrita de convidados, autorida-des militares e civis e membros da Sociedade Ami-gos do referido batalhão (Soabhef) e da Sucursal de Alagoas da Aore.

DE BERÇO ILUSTRE Notabilizado por sua atuação como Curador de Menores, o novo procurador-geral de Justiça, Sér-gio Rocha Cavalcanti Jucá, pertence, por via ma-terna, a uma das quatro mais antigas linhagens da nossa açucarocracia, pois o Engenho dos Rocha, já figura num mapa, datado de 1612, do Vale do Rio de São Miguel, estampado no Livro que Dá Razão do Estado do Brasil. Trata-se do Engenho Sinimbu, futura “trincheira da República”, em 1817.

ANIVERSARIANTE VIP Festejando aniversário, hoje, a juíza de Direito Verônica Correia de Carvalho Souza Araújo (senhora desembarga-dor José Agnaldo de Souza Araújo). Como sempre, cercada de ho-menagens dos colegas de toga, familiares e le-gião de amigos.

∫ Festejando idade nova, hoje, a arquiteta e fi-

lantropa Mariângela Wanderley de Paiva Guima-

rães (sra. Antônio José Cabral Guimarães).

∫ Outra festejada aniversariante deste dia: a jovem empresária Milena Tenório de Barros .

∫ O aniversariante mais cumprimentado desta

data será, porém, o arquiteto Mário Aloísio Barre-

to de Melo, superintendente do Iphan-AL.

DE IDADE NOVA Circulando de idade no-va (31 anos) desde on-tem e em evidente esta-do de gravidez, sua al-teza real, Katherine Eli-z a b e t h M i d d l e t o n Windsor-Mounbbaten, duquesa de Cambridge e esposa do príncipe William, da Grã-Breta-nha.

FIGURAS DE DESTAQUE O imperador d. Pedro II concedeu a Imperial Or-dem da Rosa a Francisco da Rocha Cavalcanti, se-nhor de dois engenhos. No século 20, quatro da-mas da família se projetariam, em nível nacional, como quituteiras: as famosas Irmãs Rocha (Barty-ra, Jacy, Maria e Yeda). Aliás, D. Maria Rocha Ca-valcanti Accioli obteria a consagração, também, como memorialista, com o livro Fatos, Personagens e História de São Miguel dos Campos. E Serginho Jucá (filho) herdou o talento culinário da avó d. Yeda: já se tornou chef de cuisine famoso.

O casal Maria Carolina (nascida Pinto Costa) e dr. Sérgio Rocha Cavalcanti Jucá, ele o novo

procurador geral de Justiça

CLAUDEMIR MOTA / CORTESIA

“O TEXTO É MUITO BEM AMARRADO”

DIZ PATRICYA

CONTINUAÇÃO DA PÁG. B1. Uma das fundadoras do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, a atriz conta como foi se integrar ao elenco vencedor da peça de Falabella

LUÍS GUSTAVO MELO REPÓRTER

Gazeta. Miguel Falabella escreveu A Partilha há mais de duas décadas, mas a peça cativa plateias que sequer haviam nascido quando o espetáculo estre-ou, entrou em cartaz pela primeira vez. Na sua opi-nião, a que se deve a pere-nidade da obra? Patricya Travassos. Acho que além de ter sido uma peça que fez muito suces-so e tem um nome no mer-cado, acho que o sucesso se deve ao tema e à ma-neira de abordá-lo. A peça fala sobre relações familia-res, a relação de quatro ir-mãs que se reencontram para a partilha dos bens da família depois da morte

Serviço O quê: apresentação da comédia dramática A Partilha, com Arlete Salles, Susana Vieira, Patricya Travassos e Thereza Piffer Direção: Miguel Falabella Onde e quando: no Teatro Gustavo Leite – Centro Cultural e de Exposições (rua Celso Piatti, s/n, Jaraguá), amanhã e sábado (12), com sessões no horário das 21h Ingressos: de R$ 60 a R$ 120 Ponto de venda: estande Sua Chamusca (Maceió Shopping) Classificação: 12 anos Informações: 3235-5301 e 9925-7299

PATRICYA TRAVASSOS ATRIZ

“Sempre vem para o trabalho o nosso en-tendimento da persona-gem, o nosso humor e a nossa emoção. E tudo isso vai surgindo nos ensaios. Naturalmente e organicamente”

amarrado. Mas volta e meia surgem cacos e brin-cadeiras entre nós que acabam sendo incorpora-das ao texto.

Você começou no teatro em meados dos anos 1970, no revolucionário grupo Asdrúbal Trouxe o Trombo-ne. Já na década de 80 cri-ou e roteirizou projetos inovadores na televisão, além de também trabalhar no cinema. Em qual desses meios você mais se realiza artisticamente? Gosto do trabalho e não li-go muito para o meio. Se a peça for boa, ótimo. E a mesma coisa acontece com televisão. Ruim mes-mo é ter que fazer alguma coisa em que sua alegria não está ali. ‡

da mãe. E faz isso com emoção e humor.

Nessa nova montagem vo-cê vive a personagem Sel-ma, que originalmente foi interpretada por Natália do Vale. Você adicionou al-gum elemento novo ao pa-pel? Chegou a conversar com o Miguel Falabella a

respeito de como seria o tom de sua interpretação ou algo assim? Sempre vem para o tra- balho o nosso entendi-mento da personagem, o nosso humor e a nossa emoção. E tudo isso vai surgindo nos ensaios. Na-turalmente e organica-mente. Não trabalhamos nada teoricamente. Tudo que surgiu veio natural-mente e com a prática.

É difícil assumir um perso-nagem numa peça que con-ta com anos e anos de es-trada e com um elenco já bastante afinado? De forma alguma. Isso só ajuda. Entrei sabendo que estava fazendo uma peça que é uma grife. Além de ser considerado um dos

MARCOS RIBAS/FOTO RIO NEWS

No camarim, Patricya Travassos se prepara para a apresentação da peça no Teatro Shopping Frei Caneca, em São Paulo