a parábola do joio

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A parábola do joio – Erva daninha no trigo (Mt 1324-30) As parábolas que Jesus ensinou junto ao Mar da Galiléia (Mateus 13, Lucas 8, Marcos 4) destinavam-se a definir o reino de Deus tanto quanto o Sermão do Monte. Mas estas histórias e comparações tinham o efeito oposto sobre aqueles cujo coração tinha sido estupidificado pela religião mundana dos escribas e fariseus. Na escuridão de seu entendimento o reino do céu era ainda mais mistificado (Mateus 13:11-15). A razão é, como Robert F. Capon observou, que as parábolas de Jesus expõem retratos do domínio do céu que reduzem a picadinho as expectativas religiosas do povo. Pessoas "más" são premiadas. Pessoas "boas" são repreendidas. E, "em geral, a idéia de todo o mundo de quem deveria ser o primeiro ou o último leva liberalmente um banho de água fria". (The Parables of the Kingdom, pág. 15). Mas não há maior mistério nas parábolas do reino do que a quase completa ausência de ênfase na simples providência divina — absoluta ou imediata — o tipo que pareceria inseparável da própria idéia de domínio de Deus. É ainda a crença geral que se Deus, que não é só completamente justo mas também poderoso, estabelecesse um reino, ele só poderia existir onde toda a impiedade fosse destruída. Se o seu é o reino da absoluta justiça, como pode ser dito, em qualquer sentido, que esse reino exista onde a impiedade não somente parece estar presente, mas até prevalece? Esta questão é, realmente, apenas a extensão de um assunto mais fundamental que tem deixado o homem perplexo durante séculos: como pode haver mal num mundo governado por um bom Deus? Para alguns é fácil. Se Deus quer estabelecer seu reino, qual é a necessidade de demora? Ele tem o poder. Por que ele simplesmente não quebra as cabeças, joga fora os canalhas e torna tudo lindo? E aí há uma segunda questão semelhante que muitos, Trench entre eles, acreditam ser o assunto tratado nesta parábola. Como pode ser real o reino do céu se existe dentro dele todos os tipos de falsidade e hipocrisia? Ainda que haja considerável controvérsia quanto a qual das questões acima a parábola de Jesus se refere, dificilmente pode haver qualquer dúvida séria de que ela fala de uma ou de outra delas. A história do joio semeado no campo, encontrada apenas em Mateus (13:24-

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A Parábola Do Joio

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A parbola do joio Erva daninha no trigo (Mt 1324-30)As parbolas que Jesus ensinou junto ao Mar da Galilia (Mateus 13, Lucas 8, Marcos 4)destinavam-se a definir o reino de Deus tanto quanto o Sermo do Monte. Mas estashistrias e comparaes tinham o efeito oposto sobre aqueles cujo corao tinha sidoestupidificado pela religio mundana dos escribas e fariseus. Na escurido de seuentendimento o reino do cu era ainda mais mistificado (Mateus 13:11-15). A razo , comoRobert F. Capon observou, que as parbolas de Jesus expem retratos do domnio do cuque reduzem a picadinho as expectativas religiosas do povo. Pessoas "ms" so premiadas.Pessoas "boas" so repreendidas. E, "em geral, a idia de todo o mundo de quem deveriaser o primeiro ou o ltimo leva liberalmente um banho de gua fria". (The Parables of theKingdom, pg. 15).Mas no h maior mistrio nas parbolas do reino do que a quase completa ausncia denfase na simples providncia divina absoluta ou imediata o tipo que pareceriainseparvel da prpria idia de domnio de Deus. ainda a crena geral que se Deus, queno s completamente justo mas tambm poderoso, estabelecesse um reino, ele spoderia existir onde toda a impiedade fosse destruda. Se o seu o reino da absoluta justia,como pode ser dito, em qualquer sentido, que esse reino exista onde a impiedade nosomente parece estar presente, mas at prevalece? Esta questo , realmente, apenas aextenso de um assunto mais fundamental que tem deixado o homem perplexo durantesculos: como pode haver mal num mundo governado por um bom Deus? Para alguns fcil. Se Deus quer estabelecer seu reino, qual a necessidade de demora? Ele tem o poder.Por que ele simplesmente no quebra as cabeas, joga fora os canalhas e torna tudo lindo?E a h uma segunda questo semelhante que muitos, Trench entre eles, acreditam ser oassunto tratado nesta parbola. Como pode ser real o reino do cu se existe dentro deletodos os tipos de falsidade e hipocrisia?Ainda que haja considervel controvrsia quanto a qual das questes acima a parbola deJesus se refere, dificilmente pode haver qualquer dvida sria de que ela fala de uma ou deoutra delas. A histria do joio semeado no campo, encontrada apenas em Mateus (13:24-30,36-43), segue imediatamente aps a parbola do semeador. Nesta, Jesus j haviainsinuado que a justia (o solo bom) ter de florescer num mundo onde muitos rejeitam oreino de Deus (o solo da beira do caminho) e outros a recebero de modo superficial einfrutfero (solo pedregoso e espinhoso). Na histria do joio ele parece recomear por ondeparou na do semeador, para tornar explcito o que antes fora apenas sugerido. O reino docu , na verdade, destinado a crescer e abrir o seu caminho no corao de um mundo ondeo mal no somente muito vivo e ativo, mas continuar a s-lo at que esse mundo acabe.Para dizer o mnimo, esta uma surpresa, e para muitos, um choque incrvel. Est pelomenos 180 graus defasado da idia de muitas pessoas sobre o reino do cu. Para elas, oreino do cu no ter vindo at que toda a impiedade seja destruda. O reino tem que vir peloparadoxo que Lutero chamou "o poder da mo esquerda" de Deus: dando para ganhar,perdendo para vencer, morrendo para viver."Outra parbola lhes props, dizendo: O reino dos cus semelhante a um homem quesemeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigodele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. E, quando a erva cresceu e produziu fruto,apareceu tambm o joio" (Mateus 13:24-26).Nossa reao imediata a esta parbola poderia ser, "Que tipo de fazendeiro este,descuidado de manter as ervas fora de seu campo, dormindo quando deveria ter estadoalerta?" Mas o fazendeiro desta parbola no um homem negligente que no fez nenhumesforo para manter seu campo livre de ervas, passando seus dias dormindo quando deveriater sido consciencioso. Seu trigal forte. Ele dormiu somente quando os trabalhadoresdedicados dormem: de noite. O problema que ele tem um inimigo que no se deter diantede nada para destruir aquilo em que ele no teve parte nem interesse em plantar. As ervasno so descobertas mais cedo porque elas no so esperadas e porque as ervassemeadas so to parecidas com o trigo quando brotam que o seu disfarce no foidescoberto enquanto no comearam a pr a cabea de fora. O joio (em grego zizanion,especificamente ciznia, Lolium Temulentum), era uma gramnea anual que parecia muitocom trigo at que amadurecesse. Arndt e Gingrich definem-no como "ciznia, capim-cevadinha, uma erva perturbadora nos trigais, parecida com trigo" (pg. 340). Thayer diz que "um tipo de ciznia, trigo bastardo, parecendo trigo, exceto que seus gros so pretos"(pg. 272).Ento por que essas ervas perturbadoras no seriam removidas imediatamente? No porqueno estivessem sugando o solo, e desafiando o trigo por nutrimento, e no porque nofossem agora facilmente identificveis, mas porque qualquer esforo para erradicar as ervas,agora crescidas e enraizadas seguramente e misturadas com o trigo, arrancaria tambm otrigo. Esperem, o fazendeiro disse aos seus servos, "at a colheita".A nossa vida urbana tem nos afastado de conceitos de agricultura. Conceitos que permitiriam entender de formarpida algumas grandes verdades. Creio que assim com a parbola do joio.Veja a parbola contada por J esus:O Reino dos cus como um homem que semeou boa semente em seu campo. Mas enquanto todos dormiam,veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e se foi. Quando o trigo brotou e formou espigas, o joiotambm apareceu.Os servos do dono do campo dirigiram-se a ele e disseram: O senhor no semeou boa semente em seu campo?Ento, de onde veio o joio?Um inimigo fez isso, respondeu ele. Os servos lhe perguntaram: O senhor quer que o tiremos?Ele respondeu: No, porque, ao tirar o joio, vocs podero arrancar com ele o trigo. Deixem que cresamjuntos at a colheita. Ento direi aos encarregados da colheita: J untem primeiro o joio e amarrem-no em feixespara ser queimado; depois juntem o trigo e guardem no meu celeiro (conforme Mateus 13:24-30, NVI)Voc sabe o que o joio?Voc responderia: uma espcie de erva daninha que cresce junto com o trigo. At a meio que bvio. Masns urbanos perguntaramos: por que no d arrancar erva daninha do meio da plantao, como se faz numahorta? a que comea a particularidade da histria. Veja s:1) o joio no crescia automaticamente. Ele era plantado pelos inimigos do dono da plantao. Tanto isso eracomum que semear joio em campo alheio por motivo de vingana era considerado um crime previsto pelalegislao romana. Semea-lo era uma forma de concorrncia desleal, pois o joio enfraquece o campo, sugandonutrientes que do contrrio seriam destinados ao trigo;2) o joio, ou Lolium temulentum, tambm chamado de joio barbado, um tipo de ervilhcea. extremamenteparecido com o trigo enquanto est na erva, quase irreconhecvel. S se pode distingui-lo do trigo naproximidade da ceifa, mas mesmo assim a separao manual e trabalhosa;3) para que serve o joio? Para nada. S para atrapalhar, e como. Aps separado do trigo, deve ser queimado.Algumas convices que surgem dessa parbola, reforadas at pela explicao que J esus d depois, versosadiante (Mateus 13:36 a 43):H joio no meio do trigo!Que no reste dvida. Quem tem ouvidos oua. No h mono-cultura. Dentro das nossas igrejas sempreexistiram e sempre existiro lobos no meio dos cordeiros. J oio plantado pelo maligno inimigo no meio do trigoplantado por J esus. J oio que est l para atrapalhar o crescimento do trigo, para roubar nutrientes, para desviara ateno, para... se possvel estragar o trigo.I mpossvel identificar quem joioQuando so novinhos no existe diferena visvel entre trigo e joio, pelo menos perceptvel a ns, merosmortais. A Deus sim, mas Ele tem a situao sob controle e j previa isso. E a mim, e a cada um, pessoalmente?Tambm sim, pois o Esprito que est em mim testifica (a mim) que eu sou filho de Deus. Eu e Deus podemossaber a meu respeito.Expressamente proibido arrancar joioComo saber o que joio? A separao tem hora e encarregados certos, e no vamos ter nada a ver com isso.Portanto, nem percamos tempo tornando-nos caadores de joio. Que contemos com ele pois J esus assim alerta,mas que o deixemos onde est.Nem tudo o que parece trigo trigoNem todo aquele que parece salvo salvo. Nem todo aquele que se diz salvo salvo. Mesmo que seja membroda mesma instituio-sociedade-igreja que voc. Mesmo que seja lder, mesmo que dirija louvor, mesmo quefaa estudos bblicos e que seja aparentemente bastante srio com Deus. Pode ser joio.No v aceitando qualquer alimento sem saber a procednciaO trigo precisa de nutrientes sadios, que s podem vir de Deus. Caso contrrio definha, estaciona, nodesenvolve.Um dos maiores males das nossas igrejas de hoje (alis, sempre foi assim) a eterna oferta & procura delderes heris, personalistas, sacerdotes modernos, intermedirios entre o povo e Deus. Candidatos a agentesdistribuidores da seiva de Deus que se faz necessria para o desenvolvimento do trigo.Que tenhamos muito cuidado. Que fiquemos longe dos extremos, nem tanto ao mar, nem tanto terra. Deusmanda e institui lderes, pastores, profetas, mestres, administradores, coordenadores, etc, conforme a Suasoberana vontade. Portanto, normal, sadio e necessrio que um mestre desenvolva seu dom e ensine aPalavra, ajudando outros a entende-la. necessrio que um lder exera seu dom e lidere, sendo umaautoridade na igreja. Como distinguir um lder verdadeiro de um personalista? Como no aceitar um mestre queensina a Palavra?Trigo que cresce sadio trigo que cresce com a seiva dada por Deus. Trigo feliz bebe na fonte. E se algumoutro lder-trigo falar de algo que no bate com a fonte, no aceite! E se o mestre-trigo ensinar algo que novenha da fonte, delete! V beber direto da fonte. Sero eles joio? Que importa saber? Importa que nossocrescimento seja provido por Deus. Na dvida, s beba e coma da fonte. E s siga quem comprovadamentetambm o faz. Ambos estaro bebendo da mesma fonte, nunca um do outro.Trigo ter um destino; joio ter outroO que nos leva a lembrar que as nossas igrejas locais so formadas por trigo e por joio (que porcentagemcadaum? Ora, esquea isso). A igreja verdadeira de J esus, a eterna e universal, s de trigo. Certo dia, o Filho dohomem enviar os seus anjos, e eles tiraro do seu Reino tudo o que o faz tropear e todos os que praticam omal. Eles os lanaro na fornalha ardente, onde haver choro e ranger de dentes. Ento os justos brilharocomo o sol no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos oua (vs. 41 a 43)Para que falar sobre tudo isso? Para que um artigo como esse?Para lembrar do que J esus mesmo disse.Para lembrar que igreja nenhuma salva. S J esus salva. S pela graa e pelo sacrifcio de J esus que somossalvos, e isso no vem de ns, para que nenhum de ns se glorie.Para lembrar que no meio das igrejas existe joio no meio do trigo. Existem lobos no meio dos cordeiros. Bodesmisturados s ovelhas. Colocados al por quem no quer que o reino de Deus se estabelea. O joio est l parafazer o trigo tropear, e para praticar o mal.Aquele que tem ouvidos oua./~/~/~/~~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/~/FAQ 04 - O Trigo e o Joio.OBJ EO verdade que h apostasia na I grej a Adventista do Stimo Dia. Mas os apstatas so o j oio que permanecer naI grej a at o fim do mundo, o tempo da ceifa..RESPOSTAA parbola do trigo e do joio, como outras parbolas e profecias, mal-entendida, mal-intepretada e mail-empregada pormuitos adventistas bem intencionados. Uma parbola apenas uma comparao entre coisas terrenas e celestiais e pode serusada onde for apropriado. No se deve us-la onde no se aplica. A parbola do trigo e do joio tem diferentes aplicaes. Vamosconsider-las uma a uma..Primeira AplicaoLeiamos a parbola como est na Bblia:"Props-lhe outra parbola, dizendo: O reino dos Cus semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo;mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se. Quando, porm, a ervacresceu e comeou a espigar, ento apareceu tambm o joio. Chegaram, pois, os servos do proprietrio e disseram-lhe: Senhor,no semeaste no teu campo boa semente? Donde, pois, vem o joio? Respondeu-lhes: algum inimigo que fez isso. E os servos lhedisseram: Queres, pois, que vamos arranc-lo? Ele, porm, lhes disse: No; para que, ao colher o joio no arranqueis com ele otrigo. Deixai crescer ambos juntos at a ceifa. E, por ocasio da ceifa, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, e atai-o emmolhos para o queimar; o trigo, porm, recolhei-o no meu celeiro. Ento Jesus, deixando as multides, entrou na casa. Echegaram-se a Ele Seus discpulos: Explica-nos a parbola do joio do campo. E Ele, respondendo, disse: O que semeia a boasemente o Filho do homem, o campo o mundo, a boa semente so os filhos do reino; o joio so os filhos do maligno; o inimigoque os semeou o diabo; a ceifa o fim do mundo; e os ceifeiros so os anjos." Mateus 13: 24-30, 36-39.No difcil entender a explicao de Jesus.Recapitulando:a) O trigo representa os filhos de Deus.b) O semeador do trigo representa Jesus Cristo.c) O campo representa o mundo.d) O joio representa os mpios (filhos de Satans).e) O semeador do joio representa o diabo.f) A ceifa representa o fim do mundo.g) Os ceifeiros representam o anjos.Nessa primeira aplicao da parbola os filhos de Deus, o trigo, esto neste mundo e no podem sair deste campo antes dofim, por ocasio da vinda de Jesus. Ento os anjos ajuntaro o joio para ser queimado e levaro o trigo pra o celeiro celestial. Diz oEsprito de Profecia:"Est bem diante de ns o dia em que os justos sero atados como precioso gro em molhos para o celeiro celestial,enquanto os mpios so, como o joio, ajuntados para o fogo do ltimo grande dia. Mas o trigo e o joio crescem juntos at a ceifa.No desempenho dos deveres da vida os justos at o fim sero postos em contato com os mpios. Os filhos da luz esto espalhadosentre os filhos das trevas, para que o contraste seja visto por todos. Assim devem os filhos de Deus proclamar 'as virtudes dAqueleque vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz'." - Testemunies, vol. 5, pg. 100..Segunda AplicaoNo Esprito de Profecia lemos as seguintes declaraes:" 'O campo'. disse Cristo, ' o mundo'. Precisamos, porm, entender isso como significativo da Igreja de Cristo no mundo." -Parbolas de Jesus, pg. 70.Aqui temos outro campo - a Igreja. Nesse campo h trigo e joio:"Ao mesmo tempo que o Senhor traz para a Igreja os verdadeiramente convertidos, Satans traz para sua comunho pessoasno convertidas. Enquanto Cristo semeia a boa semente, Satans semeia o joio. Duas influncias oponentes se exercemcontinuamente sobre os membros da Igreja. Uma influncia opera a favor da purificao da Igreja, e a outra a favor da corrupodo povo de Deus." - Testemunhos para Ministros, pg. 46."A boa semente representa aqueles que so nascidos da palavra de Deus, da verdade. o joio representa uma classe que fruto ou encarnao do erro, de princpios falsos. 'O inimigo que o semeou o diabo.' Nem Deus, nem os anjos jamais semearamsemente que produzisse joio. A ciznia sempre lanada por Satans, o inimigo de Deus e do homem."Di aos servos de Cristo ver misturados na congregao crentes falsos e verdadeiros. Anseiam fazer alguma coisa parapurificar a Igreja..."O verdadeiro carter desses pretensos crentes no plenamente manifesto. ..."Por haver na Igreja membros indignos no tem o mundo direito de duvidar da verdade do cristianismo, nem devem oscristos desanimar por causa desses falsos irmos. Como foi coma Igreja primitiva? Ananias e Safira uniram-se aos discpulos.Simo, o mago, foi batizado. Demas, que abandonou a Paulo, era considerado crente. Judas Iscariotes foi um dos apstolos. ...[Cristo] Disse que at o fim do tempo havia falsos irmos na Igreja." - Parbola de Jesus, pg. 70 a 73."Cristo ensinou claramente que aqueles que perseveram em pecado declarado devem ser desligados da Igreja. mas no vosconfiou ajuizar sobre caracteres e motivos. Conhece demasiado bem nossa natureza que nos delegasse esta obra. Se tentssemosdesarraigar da Igreja os que supomos serem cristos esprios, certamente cometamos um erro. ... Muitos que se julgam cristossero finalmente achados em falta. ... Mas Deus v o corao. O joio e o trigo devem crescer juntos at a ceifa, e a colheita ofim do tempo da graa." - Parbolas de Jesus, pgs. 71 e 72.Nessa segunda aplicao da parbola muda-se inteiramente o quadro. O trigo e o joio no permanecero neste campo, aIgreja, at a vinda de Jesus. Como diz o testemunho? Recapitulando os pargrafos anteriores:a) O trigo representa almas convertidas, nascidas da Palavra de Deus, verdadeiros crentes.b) O semeador do trigo representa Jesus Cristo.c) O campo representa a Igreja.d) O joio representa os membros inconversos, pretensos crentes, falsos irmos, membros indignos, etc.e) O semeador do joio representa Satans.f) A ceifa representa o fim do tempo da graa.Quando ser a ceifa desse campo? Quando o joio deve ser arrancado? Cumpre-nos entender que o joio representa os que noso verazes de corao e seu real carter no est revelado. Por isso Jesus disse que no devemos julgar carter nem motivos.Mas quando o fruto est maduro que se deve fazer com o joio? Devemos deixar ainda na igreja a planta m? Definitivamente no.Eles devem ser arrancados ou erradicados. "Muitos h que nunca saberemos, mas o que revelado torna a igreja responsvel eculpada, a menos que revele determinado esforo para erradicar o mal. Limpai o acampamento, pois nele h antema." -Testemunhos para Ministros, pg. 428.Erradicar e arrancar a raiz tm o mesmo significado. Quando uma pessoa que no pensvamos fosse joio agora revela queno trigo, produz fruto (pecado aberto) e o fruto amadurece, preciso prontamente tratar de seu caso. O joio deve ser ceifado,desarraigado. O tempo da colheita, nesse caso, qualquer tempo em que o fruto amadurea. No podemos deix-lo na Igreja ata vinda de Jesus. A ltima oportunidade para a ceifa, na Igreja, fim do tempo da graa, como foi referido acima. (Parbolas deJesus, pg. 72). Mesmo em nosso dias h uma ceifa de trigo e de joio, conforme o seguinte testemunho:"Foi-me mostrado um comboio avanando com a velocidade do relmpago. O anjo ordenou-me olhar cuidadosamente. Fixei osolhos nesse trem. Parecia que o mundo inteiro ia embarcando nele, que no faltava ningum. Disse o anjo: Eles esto se reunindoem feixes para serem queimados. ..."Perguntei ao anjo se ningum havia escapado. Ele me mandou olhar em direo oposta, e vi um pequeno grupo viajando porum caminho estreito. Todos pareciam estar firmemente unidos, ligados pela verdade, em companhias ou grupos. Disse o anjo: 'Oterceiro anjo est unindo-os ou selando-os em grupos para o celeiro celestial." - Primeiros Escritos, pgs. 88 e 89.Esses grupos so atados em feixes, alguns para serem queimados e outros para serem levados ao celeiro celestial. Na vidacomum a colheita do cereal ocorre algum tempo antes de ser levado para o celeiro. So atados molhos e feixes e deixados nocampo por pouco tempo. Quando Jesus vier o trigo e o joio j estaro atados em feixes. Ele ento levar o trigo para o celeirocelestial, o reino do Pai, e o joio ser queimado.Lembremos-nos de que na primitiva Igreja Crist houve joio, e o Esprito de Profecia faz meno de alguns que se enquadramnessa classificao. Ananias, Safira, Simo, o mago, Demas, Judas e outros. Oportunidades lhes foram dadas de se arrepender emudar a vida e se tornarem precioso trigo. Mas por amarem o prprio eu e esse mundo mais do que Deus foram separados daIgreja. A Bblia e o Esprito de Profecia no dizem que todo o joio se converter:"O Salvador no aponta a um tempo em que todo o joio se tornar trigo." - Parbolas de Jesus, pg. 75. Nem mesmo nomundo todos os mpios (o joio) se convertero, mas alguns deixaro as fileiras de Satans e se tornaro sditos do reino de Deus..Terceira AplicaoAlm do mundo e da Igreja h outro campo, segundas estas citaes:"Caso houvesse sido mantida a fidelidade e vigilncia, se no tivesse havido sono ou negligncia por parte de algum, o inimigono teria tido to favorvel ensejo de semear joio entre o trigo. Satans nunca dorme. Est vigilante e aproveita todo ensejo parafazer seus agentes disseminarem erros, que encontram solo propcio em muito coraes no santificados." - Testemunhos Seletos,vol. 1, pg. 311." 'O semeador semeia a palavra.' Cristo veio para semear o mundo com a verdade. Durante todo o tempo, desde a queda dohomem, tem Satans lanado a semente do erro. ... Desde a queda do homem Cristo tem sido o revelador da verdadeincorruptvel, a 'Palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.' " - Parbolas de Jesus, pgs. 37 e 38."A semente lanar ao p do caminho representa a Palavra de Deus quando cai o corao de um ouvinte desatento." -Parbolas de Jesus, pg. 44.Aqui temos outros campo - o corao. Recapitulando as declaraes anteriores:a) O trigo representa a Palavra de Deus, a verdade.b) O semeador do trigo representa Jesus Cristo.c) O campo representa o corao.d) O joio representa o erro.e) O semeador do joio representa Satans.Quando ocorrer a ceifa nesse campo? Deve o joio (o erro) ser deixado nesse campo at que Jesus venha, at o fim do mundo? claro que no. Se o joio (o erro, o pecado etc.) for deixado no corao dos seres humanos at o fim do tempo da graa, eles seperdero para sempre. Quando devem ser arrancados esses males? Sem dvida alguma devem ser ceifados agora, antes do fimda graa.Outro ponto importante que se deve considerar na parbola do trigo e do joio a tolerncia que devemos ter com os quesuspeitamos ser joio. No podemos julgar os motivos e conhecer os coraes. Mesmo que estejamos convictos de que um membrodeva ser disciplinado importante importa que sejamos cautelosos, porque haver os que compadecer da pessoa em vez de secolocarem a favor do direito. O Esprito de Profecia nos diz:"Se as pessoas forem merecedoras se ser separada da Igreja como Satans o foi de ser expulso do Cu, tero quem lhes tomeas dores. H sempre uma classe que mais influenciada por indivduos do que pelo Esprito de Deus e pelos sos princpios: e, emseu estado no consagrado, essas pessoas esto sempre prontas a tomar o partido do erro e pr a compaixo e simpatiajuntamente com os que menos a merecem. Esses simpatizantes exercem poderosa influncia sobre outros. Vem-se as coisas sobum aspecto errado, ocasiona-se grande mal e muitas so as almas arruinadas." - Testemunhos Seletos, vol. 1, pg. 312.Por outro lado se a Igreja sabe que um membro est em pecado aberto e no toma medidas decisivas para arrancar o mal, aprpria Igreja se torna culpada perante Deus."Ele quer ensinar ao Seu povo que a desobedincia e o pecado so excessivamente ofensivos aos Seus olhos e no devem serconsiderados levemente. Ele nos mostra que quando Seu povo se encontra em pecado, devem-se tomar imediatamente medidaspositivas para tirar este pecado do meio deles a fim de que Seu desagrado no fique sobre todos."Se, porm, os pecados do povo so passados por alto por aqueles que se acharam em posio de responsabilidade, odesagrado de Deus estar sobre eles, e Seu povo, como um corpo, ser responsvel por estes pecados. No trato do Senhor comSeu povo no passado Ele mostra a necessidade de purificar a Igreja de erros. Um pecador pode difundir trevas que excluam a luzde Deus de toda a congregao." - Testemunhos Seletos, vol. 1, pg. 334."Deus considera Seu povo, como um corpo, responsvel pelos pecados existentes individualmente nas pessoas entre eles. Se osdirigentes da igreja negligenciarem descobrir com diligncia os pecados que acarretam o desagrado de Deus corporao eles setornaro responsveis por esses pecados." - Testemonies, vol. 3, pg. 269.Usar a parbola do trigo e do joio para justificar pecado e pecadores na Igreja imprprio, errneo e enganoso. No sejamosembalados no bero de uma errnea interpretao da parbola do trigo e do joio...