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SECRETARIADO DIOCESANO DA PASTORAL DAS VOCAÇÕES DIOCESE DO PORTO 2013/2014 Vocações: As Vocações testemunho da verdade (Caritas in veritate, 9) ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe A ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

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SECRETARIADO DIOCESANO DA PASTORAL DAS VOCAÇÕES DIOCESE DO PORTO

2013/2014

Vocações: As Vocações testemunho da verdade (Caritas in veritate, 9)

ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe

A ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

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ROGAI

NOVO PLANO DA ORAÇÃO DIOCESANA PELAS VOCAÇÕES CONSAGRADAS E SACERDOTAIS

11 Novembro 2013 – 16 Novembro 2014

• O novo plano do ROGAI decorrerá, à semelhança do ano passado, em ritmo semanal, em cada Vigararia, percorrendo cada uma das Paróquias com uma hora de oração diária diante do Sacrário.

• O plano que se apresenta segue ordem alfabética e distribui as 52 semanas do ano, do seguinte modo: 44 semanas pelas 22 Vigararias (cada Vigararia encarrega-se de organizar o calendário de 2 semanas); as 8 restantes ficarão a cargo dos Seminários, dos Institutos Religiosos e Seculares, das Reitorias e Secretariados da Pastoral.

• As expressões da oração podem ser diversificadas: Vigílias, Liturgia das Ho-ras, Rosário, Exposição do Santíssimo… (encontrará subsídios em http://www.seminariodobompastor.pt)

• Esta dinamização pela oração pode abrir a um outro conjunto de actividades que a configurem quase como Semana Vocacional, atendendo aos vários des-tinatários, com uma atenção especial à família e juventude.

• Quinta-feira Vocacional (primeira quinta-feira do mês) - para que a oração do ROGAI se possa prolongar e intensificar numa oração mais constante.

Rogai ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe (Mt 9, 38; Lc 10, 2)

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SEMANA | DIAS VIGRARIA SEMANA | DIAS VIGRARIA

46 11-17.11.2013 Semana dos Seminários (10-17.11.2013)

47 18-24.11.2013 Vila Nova de Gaia – Sul

48 25.11-1.12.2013

Amarante

49 2-8.12.2013 Arouca – Vale de Cambra

50 9-15.12.2013 Baião

51 16-22.12.2013 Castelo de Paiva – Penafiel

52 23-29.12.2013 Espinho – Ovar

1 30.12-5.1.2014

Felgueiras

2 6-12.1.2014 Gondomar

3 13-19.1.2014 Lousada

4 20-26.1.2014 Maia

5 27.1-2.2.2014 Semana do Consagrado (26.1-2.2.2013)

6 3-9.2.2014 Marco de Canaveses

7 10-16.2.2014 Matosinhos

8 17-23.2.2014 Oliveira de Azeméis - S. João da Madeira

9 24.2-2.3.2014 Paços de Ferreira

10 3-10.9.2014 Paredes

11 10-16.3.2014 Porto Nascente

12 17-23.3.2014 Porto Poente

13 24-30.3.2014 Santa Maria da Feira

14 31.3-6.4.2014 Santo Tirso

15 7-13.4.2014 Trofa – Vila do Conde

16 14-20.4.2014 Valongo

17 21-27.4.2014 Vila Nova de Gaia – Norte

18 28.4-4.5.2014 Vila Nova de Gaia – Sul

19 5-11.5.2014 Semana das Vocações (4-11.5.2014)

20 12-18.5.2014 Amarante

21 19-25.5.2014 Arouca – Vale de Cambra

22 26.5-1.6.2014 Baião

23 2-8.6.2014 Castelo de Paiva – Penafiel

24 9-15.6.2014 Contemplativos e Famílias (15.6.2014)

25 16-22.6.2014 Espinho – Ovar

26 23-29.6.2014 Felgueiras

27 30.6-6.7.2014 Gondomar

28 7-13.7.2014 Lousada

29 14-20.7.2014 Maia

30 21-27.7.2014 Marco de Canaveses

31 28.7-3.8.2014 Matosinhos

32 4-10.8.2014 Reitorias da Cidade do Porto

33 11-17.8.2014 Institutos Religiosos

34 18-24.8.2014 Institutos Religiosos

35 25-31.8.2014 Institutos Seculares

36 1-7.9.2014 Oliveira de Azeméis – S. João da Madeira

37 8-14.9.2014 Paços de Ferreira

38 15-21.9.2014 Paredes

39 22-28.9.2014 Porto Nascente

40 29.9-5.10.2014

Porto Poente

41 6-12.10.2014 Santa Maria da Feira

42 13-19.10.2014 Santo Tirso

43 20-26.10.2014 Trofa – Vila do Conde

44 27.10-2.11.2014

Valongo

45 3-9.11.2014 Vila Nova de Gaia – Norte

46 10-17.11.2014 Semana dos Seminários (10-17.11.2014)

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ORAÇÃO DIOCESANA PELAS VOCAÇÕES CONSAGRADAS E SACERDOTAIS

ROGAI

“Que não haja uma paróquia ou comunidade onde não se reza diariamente pelos seminários”. Motivados pelas palavras do então Bispo do Porto (D. Ma-nuel Clemente, Mensagem para a Semana dos Seminários, 2008) iniciou-se no Ano pastoral 2008-2009 esta proposta de oração designada ROGAI, procu-rando colocar a cultura vocacional e as vocações no centro das preocupações pastorais da Diocese do Porto, nomeadamente as vocações sacerdotais e religiosas.

A cada ano se vai repropondo (ver quadro da proposta para o Ano pastoral 2013-2014) com o objetivo de formar uma “cadeia” ininterrupta de oração.

QUINTA-FEIRA VOCACIONAL (Primeira quinta-feira do mês)

É da tradição, e bem enraizada em muitas comunidades cristãs, a devoção da Primeira Quinta-feira do mês, ou da Hora santa. Associado à espiritualidade do Apostolado de Oração, de devoção eucarística e ao Sagrado Coração de Jesus, este é um tempo requerido logo nas revelações de Jesus a Santa Maria Margarida de Alacoque (1647-1690): “... e para me acompanhares na humilde oração que Eu apresentei a meu Pai, no meio de todas as minhas angustias, todas as quintas-feiras, levantar-te-ás, entre as onze horas e meia noite, para comigo prostrares durante uma hora, com o rosto em terra, assim para aplacar a ira divina, pedindo misericórdia para com os pecadores, como para adoçar, de alguma maneira, a amargura que Eu sentia com o desamparo em que me deixavam meus apóstolos, o qual me obrigou a lançar-lhes em rosto o não terem podido velar uma hora comigo.”

Por ser quinta-feira, dia da Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, entendeu-se oportuno chamar aí, a um momento de Adoração Eucarística e, ou, à Eucaristia a intenção das vocações sacerdotais. Assim o repropomos, para que aquela oração do ROGAI que acontece em cada comunidade paroquial (e vicarial) em dois mo-mentos no ano, se possa prolongar e intensificar numa oração mais constante, e assim confirmar essa prática tão oportuna e profícua na vida da Igreja.

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A ORAÇÃO COMO ITINERÁRIO DA PASTORAL VOCACIONAL[PONTIFÍCIA OBRA PARA AS VOCAÇÕES ECLESIÁSTICAS. Novas Vocações para uma Nova Europa, Janeiro 1998, 27. a)]

A LITURGIA E A ORAÇÃO

A liturgia significa e indica ao mesmo tempo a expressão, a origem e o ali-mento de toda vocação e ministério na Igreja. Nas celebrações litúrgicas se faz memória do agir de Deus no Espírito, a que se ligam todas as dinâmicas vitais do cristão. Na liturgia, que culmina com a Eucaristia, se exprime em toda a sua plenitude, a vocação-missão da Igreja e de todo crente.Da liturgia vem sempre um apelo vocacional para quem participa. (77) Toda celebração é um evento vocacional. No mistério celebrado o crente não pode deixar de reconhecer a própria vocação pessoal, não pode deixar de ouvir a voz do Pai que, no Filho, pela força do Espírito, o chama a se doar igualmente pela salvação do mundo.

A oração também se torna caminho para o discernimento vocacional, não só porque Jesus mesmo convidou a rogar ao dono da messe, mas porque é so-mente na escuta de Deus que o crente pode chegar a descobrir o projeto que Deus mesmo traçou: no mistério contemplado, o crente descobre a própria identidade, «escondida com Cristo em Deus » (Cl 3,3).

E mais, a oração é a única que pode acionar aquelas atitudes de confiança e de abandono, indispensáveis para pronunciar o próprio « sim» e superar medos e incertezas. Toda vocação nasce da in-vocação.

Mas a experiência pessoal da oração, como diálogo com Deus, também pertence a essa dimensão: mesmo quando é «celebrada» na intimidade da própria « cela », é relação com aquela paternidade da qual deriva toda vo-cação. Tal dimensão é mais evidente do que nunca na experiência da Igreja das origens, cujos membros eram assíduos «na fração do pão e na oração» (At 2,42). Em tal comunidade, toda decisão era precedida pela oração; toda escolha, sobretudo para a missão, se dava num contexto litúrgico (At 6,1-7; 13,1-5).

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É a lógica orante que a comunidade havia aprendido com Jesus quando, diante das «multidões cansadas e combalidas como rebanho sem pastor, ele havia dito: «A messe é grande mas os operários são poucos. Por isso, rogai ao Dono da messe, para que mande operários à sua messe»» (Mt 9, 36-38; Lc 10,2).

Nestes últimos anos, as comunidades cristãs da Europa têm desenvolvido múltiplas iniciativas de oração pelas vocações, que encontraram grande res-sonância no Congresso. Em muitos casos, nas comunidades diocesanas e paroquiais, a oração que se tornou «incessante», dia e noite, é uma das es-tradas mais percorridas para criar nova sensibilidade e nova cultura vocacio-nal favorável ao sacerdócio e à vida consagrada.

O ícone evangélico do «Dono da messe» conduz ao coração da pastoral das vocações: a oração. Oração que sabe «olhar » com sabedoria evangélica o mundo e cada homem na realidade de suas necessidades de vida e de salva-ção. Oração que exprime a caridade e a «compaixão » (Mt 9,36) de Cristo para com a humanidade, que hoje também se mostra como « um rebanho sem pastor » (Mt9,36). Oração que exprime a fé na voz poderosa do Pai, o único que pode chamar e enviar para trabalhar na sua vinha. Oração que exprime a viva esperança em Deus, que jamais deixará faltar à Igreja os « operários » (Mt 2,38) necessários para levar a bom termo a sua missão.

No Congresso, suscitaram muito interesse os testemunhos sobre a experi-ência de lectio divina em perspectiva vocacional. Em algumas dioceses, são muito difundidas as « escolas de oração » ou « escolas da Palavra ». O princí-pio em que se inspiram é aquele, já clássico, contido na Dei Verbum: « Todos os fiéis adquiram a sublime ciência de Jesus Cristo, com a leitura freqüente da Divina Escritura, acompanhada pela oração ». (78)

Quando tal ciência se torna sabedoria que se nutre de freqüentação habitual, os olhos e os ouvidos do crente se abrem ao reconhecer a Palavra que chama sem cessar. Então o coração e a mente estão em condição de acolhê-la e de vivê-la sem medo.

(77) Por si mesma a liturgia é um apelo. Ela é o lugar privilegiado onde todo o povo de Deus se encontra

de modo visível e se realiza o mistério da fé » (Proposições, 13). (78) Dei Verbum, 25.

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PROPOSTAS PARA A PASTORAL DAS VOCAÇÕES SACERDOTAIS[Congregação para a Educação Católica e Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais. Orientações pastorais para a promoção das vocações ao minis-tério sacerdotal, 25 março 2012]

11. As vocações sacerdotais são o fruto da acção do Espírito Santo na Igreja. Nal-guns países regista-se um vigoroso e promissor florescimento das vocações sa-cerdotais, que encoraja o prosseguimento no caminho da promoção vocacional.

A Igreja, consciente da necessidade das vocações ao sacerdócio, reconhece que elas são um dom de Deus e roga, com súplicas incessantes e confiantes ao Senhor, para que Ele as conceda com generosidade.

«É o próprio Cristo, o “Senhor da messe”, que escolhe os seus operários. A sua chamada é sempre imerecida e inesperada. E contudo, no mistério da aliança de Deus connosco, somos chamados a cooperar com a Sua Providência e a utilizar o poderoso instrumento que Ele confiou nas nossas mãos: a oração! Eis quanto o próprio Jesus pediu que fizéssemos: “Rogai, portanto, ao Senhor da messe que envie trabalhadores para a Sua messe” (Mt 9, 38)» (36).

A oração toca o coração de Deus; torna-se uma grande escola de vida para os fiéis, ensina a olhar o mundo e as necessidades de cada ser humano com sabedoria evangélica; e sobretudo une os corações na mesma caridade e na compaixão de Cristo pela humanidade (37).

A experiência de muitas Igrejas locais atesta que um número considerável de jovens sente o chamamento ao sacerdócio ministerial especialmente nas comu-nidades nas quais a oração constitui uma dimensão constante e profunda. […]

17. Nas comunidades eclesiais ocorre encorajar um verdadeiro movimento de oração para pedir vocações Senhor. «A oração cristã, de facto, nutrindo-se da Palavra de Deus, cria o espaço ideal para que cada um possa descobrir a verdade do ser e a identidade do projecto de vida pessoal e irrepetível que o Pai lhe confia. É necessário, portanto, educar em particular as crianças e os jovens para que sejam fiéis à oração e à meditação da Palavra de Deus: no

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silêncio e na escuta poderão ouvir o chamamento do Senhor ao sacerdócio e segui-lo com prontidão e generosidade» (52).

Devem ser sustentadas e incrementadas algumas iniciativas que apresen-tem uma comunidade concorde na oração pelas vocações.

Desta forma, o Centro diocesano para as vocações poderia propor e orga-nizar a iniciativa do “mosteiro invisível”, que envolve muitas pessoas, dia e noite, na oração contínua pelas vocações sacerdotais.

A “quinta-feira vocacional” constitui um momento tradicional de oração co-munitária mensal para os sacerdotes e as vocações sacerdotais, centrali-zado na adoração eucarística.

O “Dia Mundial de Oração pelas Vocações” e o “Dia do Seminário” repre-sentam dois momentos de notável relevância para a oração, a catequese e o anúncio vocacional nas comunidades cristãs.

(36) JOÃO PAULO II, Discurso aos Membros da Associação “Serra Internacional” (7 de Dezem-bro de 2000), in Insegnamenti XXIII-2 (2000) 1050; Cf. Discurso aos Sócios do movimento para as vocações sacerdotais “Serra Internacional” (29 de Março de 1980), in Insegnamenti III-1 (1980) 759-761.(37) Cf. JOÃO PAULO II, Mensagem para o XXXVIII Dia Mundial de Oração pelas Vocações (6 de Maio de 2001): AAS 93 (2001) 98-102.(52) Pastores dabo vobis, n. 38: AAS 84 (1992) 721.

O MAGISTéRIO

PAULO VI[Radiomensagem para a I Jornada Mundial de Oração pelas vocações, 1964 (tradução do SDPV-Porto)]

“Rogai ao Senhor da Messe para que mande trabalhadores” para a sua Igreja (Cfr. Mt 9,38). Percorrendo com olhar ansioso a infinidade dos cam-pos espirituais verdejantes, que em todo o mundo esperam mãos sacerdo-tais, brota da alma a invocação angustiada ao Senhor, segundo o convite de Cristo. Sim, hoje como então, “a Messe é grande, mas os operários são poucos” (id. 9, 37): poucos, em relação às crescentes necessidades

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de cuidados pastorais; poucos, face às exigências do mundo moderno, aos seus rumores de inquietação, às suas necessidades de clareza e de luz, que requerem Mestres e padres compreensivos, abertos, atualizados, face àque-les que, embora afastados, indiferentes ou hostis, esperam, no entanto, do sacerdote um modelo vivo irrepreensível da doutrina, que ele professa. E, sobretudo, escasseiam estas mãos sacerdotais no campo das missões, onde quer que haja homens, irmãos a catequizar, a socorrer e a consolar.

[…]Eleve-se ao céu a nossa Oração: a partir as famílias, das paróquias, das comunidades religiosas, dos corredores dos hospitais, das multidões de crianças inocentes, para que aumentem as Vocações, e sejam conformes à vontade do Coração de Cristo.

JOÃO PAULO II[Mensagem para a 41ª Jornada Mundial de de Oração pelas vocações, 2004]

Rezemos pelas vocações!

Na Carta Apostólica Novo millennio ineunte observei que “se verifica hoje, não obstante os vastos processos de secularização, uma generalizada exi-gência de espiritualidade, que em grande parte se exprime precisamen-te numa renovada carência de oração” (n. 33). É nesta “carência de oração” que se insere o nosso pedido coral ao Senhor, a fim de que “mande trabalha-dores para a sua messe”.

Constato com alegria que, em muitas Igrejas particulares, se formam cená-culos de oração pelas vocações. Nos Seminários maiores e nas Casas de for-mação dos Institutos religiosos e missionários já se realizam encontros com esta finalidade. Numerosas famílias são pequenos “cenáculos” de oração, que ajudam os jovens a responder com coragem e generosidade ao apelo do Mestre divino.

Sim! A vocação ao serviço exclusivo de Cristo na sua Igreja constitui um dom inestimável da bondade divina, dom este que se há-de implorar com insis-tência e humildade confiante. O cristão deve abrir-se-lhe cada vez mais, per-manecendo atento a fim de não desperdiçar “o tempo da graça” e “o tempo da visita” (cf. Lc 19, 44).

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A oração ligada ao sacrifício e ao sofrimento reveste um valor particular. O sofrimento, vivido como cumprimento daquilo que falta à sua própria car-ne, “aos sofrimentos de Cristo, a favor do seu Corpo, que é a Igreja” (Cl 1, 24), torna-se uma forma de intercessão mais eficaz do que nunca. Muitos doentes, em todas as partes do mundo, unem os seus sofrimentos à Cruz de Jesus, para implorar vocações santas! Eles acompanham-me espiritualmen-te também a mim, no ministério petrino que Deus me confiou, e oferecem à causa do Evangelho uma contribuição inestimável, embora muitas vezes de modo totalmente oculto.

BENTO XVI[Mensagem para a 50ª Jornada Mundial de de Oração pelas vocações, 2013]

As vocações sacerdotais e religiosas nascem da experiência do encontro pes-soal com Cristo, do diálogo sincero e familiar com Ele, para entrar na sua vontade. Por isso, é necessário crescer na experiência de fé, entendida como profunda relação com Jesus, como escuta interior da sua voz que ressoa dentro de nós. Este itinerário, que torna uma pessoa capaz de acolher a cha-mada de Deus, é possível no âmbito de comunidades cristãs que vivem uma intensa atmosfera de fé, um generoso testemunho de adesão ao Evangelho, uma paixão missionária que induza a pessoa à doação total de si mesma pelo Reino de Deus, alimentada pela recepção dos sacramentos, especialmente a Eucaristia, e por uma fervorosa vida de oração. Esta «deve, por um lado, ser muito pessoal, um confronto do meu eu com Deus, com o Deus vivo; mas, por outro, deve ser incessantemente guiada e iluminada pelas grandes orações da Igreja e dos santos, pela oração litúrgica, na qual o Senhor nos ensina continuamente a rezar de modo justo» (Enc. Spe salvi, 34).

A oração constante e profunda faz crescera fé da comunidade cristã, na certe-za sempre renovada de que Deus nunca abandona o seu povoe que o sustenta suscitando vocações especiais, para o sacerdócio e para a vida consagrada, que sejam sinais de esperança para o mundo. Na realidade, os presbíteros e os religiosos são chamados a entregar-se de forma incondicional ao Povo de Deus, num serviço de amor ao Evangelho e à Igreja, num serviço àquela esperança firme que só a abertura ao horizonte de Deus pode gerar.

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FRANCISCO [Regina Coeli, IV Domingo de Páscoa, 21 de Abril de 2013]

Mas numa certa altura, referindo-se às suas ovelhas, Jesus disse: «O meu Pai, que mas deu...» (Jo 10, 29). Isto é muito importante, é um mistério pro-fundo, não fácil de compreender: se me sinto atraído por Jesus, se a sua voz aquece o meu coração, é graças a Deus Pai, que incutiu em nós o desejo do amor, da verdade, da vida e da beleza... e Jesus é tudo isto em plenitude! Isto ajuda-nos a compreender o mistério da vocação, especialmente das chama-das a uma consagração especial. Às vezes Jesus chama-nos, convida-nos a segui-lo, mas talvez não nos damos conta que é Ele, precisamente como aconteceu com o jovem Samuel. Hoje há muitos jovens, aqui na praça. Vós sois numerosos, não? Vê-se... Eis! Jovens, sois muito numerosos hoje aqui na praça. Gostaria de vos perguntar: ouvistes alguma vez a voz do Senhor que, através de um desejo, de uma inquietação, vos convidava a segui-lo mais de perto? Ouviste-lo? Não ouço. Eis... Tivestes o desejo de ser apóstolos de Jesus? É preciso pôr a juventude em jogo pelos grandes ideais. Vós pen-sais nisto? Concordais? Pergunta a Jesus o que Ele quer de ti e sê corajoso, sê corajosa! Pergunta-lhe! Atrás e antes de cada vocação para o sacerdócio ou para a vida consagrada há sempre a oração forte e intensa de alguém: de uma avó, de um avô, de uma mãe, de um pai ou de uma comunidade... Eis por que Jesus disse: «Pedi, pois, ao Senhor da messe — ou seja, a Deus Pai — que envie operários para a sua messe!» (Mt 9, 38). As vocações nascem na oração e da oração; e só na oração podem perseverar e dar fruto. […] Invo-quemos a intercessão de Maria, que é a Mulher do «sim». Maria disse «sim» durante toda a sua vida! Ela aprendeu a reconhecer a voz de Jesus, desde quando o trazia no ventre. Maria, nossa Mãe, nos ajude a reconhecer cada vez melhor a voz de Jesus e a segui-la, para caminhar pela vereda da vida.

[Encontro com os Jovens da Região da Úmbria, discurso, 4 de Outubro de 2013]

Dois elementos essenciais, sobre o modo como reconhecer esta vocação ao sacerdócio ou à vida consagrada. Rezar e caminhar na Igreja. Estas duas coisas andam juntas, estão interligadas. Na origem de cada vocação à vida consagrada há sempre uma forte experiência de Deus, uma experiência que não esquecemos, que recordamos durante a vida inteira! Foi a que Francisco

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teve. E isto não o podemos calcular, nem programar. Deus surpreende-nos sempre! É Deus que chama, mas é importante ter uma relação quotidiana com Ele, ouvi-lo em silêncio diante do Tabernáculo e no íntimo de nós mes-mos, falar-lhe, receber os Sacramentos. Manter esta relação familiar com o Senhor é como deixar aberta a janela da nossa vida, a fim de que Ele nos faça ouvir a sua voz, o que Ele deseja de nós. Seria bom ouvir-vos, ouvir os sacer-dotes aqui presentes, as religiosas... Seria muito bom, porque cada história é única, mas todas começam a partir de um encontro que ilumina profunda-mente, que sensibiliza o coração e compromete a pessoa inteira: os afectos, o intelecto, os sentidos, tudo. A relação com Deus não se refere unicamente a uma parte de nós mesmos, mas diz respeito a tudo.

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INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS

Esta ficha é dirigida diretamente a Agentes de Pastoral Vocacional, tendo em vista determinar com mais precisão o grau de conhecimento e convicção pessoal acerca da Pastoral Vocacional.

LEITURA E ASSIMILAÇÃO DO DOCUMENTO

1. Ler atentamente o documento. Clarificar as palavras ou expressões que não se entendem ou de que ignoramos o seu significado no contexto. Em seguida, assinale-se com um lápis:

• O que é que não entende (?)• O que é que parece que está a mais (+)• O que é que está em falta, na sua opinião (–)• O que é que sublinharia, como mais importante de tudo (_)

2. Indique os três aspetos mais importantes deste documento concreto.

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QUESTÕES PARA APROFUNDAR EM GRUPO

1. Destacar as conquistas e as metas ainda não alcançadas pela atividade de oração pelas vocações, e elencar as razões que justificam a sua necessidade.

2. Programar no contexto do calendário de atividades da Comunidade cristã a proposta do ROGAI e da Quinta feira Vocacional.

3. Elaborar um portefólio que reúna esquemas vários de oração pelas vocações.

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SECRETARIADO DIOCESANO DA PASTORAL DAS VOCAÇÕES

DIOCESE DO PORTO

Rua D. António Barroso, 1014445-396 ERMESINDE | Telf. 229 741 341

[email protected]