IGREJA PRESBITERIANA BETANIA EM SÃO FRANCISCO ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL CLASSE: A ORAÇÃO – O CAMINHO PARA QUEM BUSCA A AMIZADE COM DEUS

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INTRODUÇÃO E APLICAÇÃO

AULA 01

Domingo, 18 de março de 2012.

Marcelo Augusto de Oliveira

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INTRODUÇÃO Marcelo Augusto

1. Introdução

“O homem que conhece a Deus ouve seus passos na marcha dos

eventos cotidianos, percebe-o próximo para ajudar e escuta sua

resposta à súplica da oração em uma centena de acontecimentos

exteriormente banais e insignificantes, onde outro homem pode

apenas falar da incrível coincidência, do espantoso acidente

ou da série peculiar de eventos.

Eis por que períodos em que a vida de fé é forte e os homens

rendem-se a Deus entusiasticamente, também são períodos ricos

em milagres.” (Walter Eichrodt)

Talvez seja tão difícil falar de oração, como obter uma

vida prática de oração. Há muitos motivos que embaraçam tanto

um como outro. Falar ou estudar sobre oração é especialmente

complicado porque esse não é um tema teológico, onde há muito

o quê ensinar ou aprender; não há grandes divergências entre

estudiosos ou mesmo uma didática sobre oração. Há, na verdade,

alguns poucos ensinos bíblicos sobre oração (basicamente: ore

sempre, seja para pedir, seja para agradecer) e muitos

exemplos de gente como eu e você orando ao Pai, em nome do

Filho, pelo Espírito Santo.

Por outro lado, colocar em prática esse ensino de ORAR

SEM CESSAR (I Ts. 5:17) encontra muitas barreiras em nós e eu

gostaria de começar enunciando algumas dessas barreiras:

(a) orar cotidianamente exige de nós uma transparência, uma

vontade de colocar para fora todo o nosso lado obscuro,

todas as nossas mazelas, e, cá entre nós, fazer isso com

frequência nem sempre é fácil; encontrarmo-nos com nós

mesmos todos os dias, com nossos pecados, para que sejam

confessados e perdoados, não é um encontro muito

agradável; assim, nossa relação com Deus geralmente é de

aproximação e fuga; corro para Ele e fujo Dele;

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(b) a oração, infelizmente, foi transformada em algo solene,

cheia de regras ou formas: em pé, de joelhos, com as mãos

para o alto ou espalmadas ou juntas; devemos usar o

pronome pessoal na segunda pessoa do singular (TU),

quando no linguajar normal usamos o pronome na terceira

pessoa (ELE ou VOCÊ); não notamos que estamos orando

quando andamos, corremos, nadamos e falamos com Deus

sobre um assunto, fazemos um pedido ou agradecemos pela

água gelada, pelo sol, pela praia ou outra coisa

qualquer;

(c) podemos pensar, e geralmente pensamos, em oração como uma

disciplina, um exercício, um esforço; de um modo geral,

não nos exercitamos como deveríamos e tudo que é

esforçado é, assim que for possível, abandonado.

Portanto, somos ruins em exercício ou disciplina e, por

isso, somos ruins em oração.

O que difere o Deus da Bíblia dos demais deuses? Qual é o

diferencial do Deus cristão?

- Será que é a vida de santidade e bondade? – Não, não é.

Várias religiões pregam uma vida de boa ética.

- Será que é uma resposta para a morte? – Não, não é. Várias

religiões equacionam isso de outras maneiras, como

reencarnação, ou com uma vida no paraíso para todas as

pessoas.

O QUE DIFERE O DEUS DA BÍBLIA DE QUALQUER OUTRO DEUS É A SUA

PESSOALIDADE, A SUA DECISÃO DE SE RELACIONAR EM INTIMIDADE COM

OS HOMENS.

O grande diferencial do livro de James Houston é encarar

a oração não como uma disciplina, mas como uma forma de estar

na companhia de Deus. Orar é construir uma amizade, é

compartilhar a vida com Aquele que é doador da vida.

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Mas, isso não é possível, irmãos, se não estivermos dispostos

a ser discípulos, andar com Jesus, ouvir de Jesus sobre todo e

qualquer assunto da nossa vida. Aliás, relembrem-se o que eu

disse antes, esse é um dos motivos da nossa dificuldade de

orar: ORAR EXIGE ENTREGA DA NOSSA VIDA A ELE. Deixamos de orar

sempre que queremos manter o controle da nossa vida e para não

permitir que o Senhor tome conta daquela área e que nos

“obrigue” a fazer o que não queremos.

2. Aplicação

Vamos refletir nesses dias sobre os três (e talvez muitos

outros) motivos que nos impedem de orar:

(a) a necessidade de entregar tudo a Deus, de se expor

completamente;

(b) o apego ao formalismo, associado à dificuldade de visualizar a

oração no dia a dia e

(c) a dificuldade com o exercício, a disciplina –, mas também vamos

refazer nosso compromisso de seguir a Deus, ser seu discípulo, de

aceitar Sua vontade para nossa vida, de cumprir qualquer que seja

sua ordem ou vontade.

Sugiro que oremos assim:

Pai, eu quero reafirmar meu amor por ti,

minha necessidade de seguir-Te,

porque eu sei, Senhor, que tu és um Deus amoroso.

Quero, Senhor, tornar-me um amigo Seu,

desfrutar da Sua intimidade;

quero ouvir Sua voz e obedecer.

Ajuda-me, Senhor, a lidar com minhas mazelas e pecados,

sem esmorecer, sem me sentir inferiorizado ou desprezado.

Ajuda-me, Senhor, a Te amar mais.

Recebe-me, Senhor, nos Seus braços de amor

e perdoa os meus pecados.

Amém.

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