a natureza da informação na era digital
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Aula inaugural da disciplina - Comunicação científica e internet: estudos métricos na web. Contextualiza os períodos descritos por Levy como os três estados do espírito (oralidade, escrita e informática) para refletir sobre a informação no contexto digital. Curso de Biblioteconomia (UFMG)TRANSCRIPT
A natureza da informação na eradigital
Tóp. em Organização e Uso da Informação: 2014 - 1TOUI – COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA E INTERNET: ESTUDOS MÉTRICOS DA INFORMAÇÃO NA WEB.
Prof. Ronaldo Ferreira de Araújo
Belo Horizonte, 08 de abril de 2014
� A CONDIÇÃO DE INFORMAÇÃO: OS CONTEXTOS� Oralidade� Escrita� Informática (Rede Digital)� Escrita e era digital: comparações
� A NATUREZA DA INFORMAÇÃO NA ERA DIGITAL� Estoques e Circulações� Relação sujeito/informação� A “Nova” Escrita (Hipertextual)
Conteúdo Programático
� A informação como “coisa” (estrutura)
O objeto informação
� A informação como “processo” (fenômeno)
� A informação como “conhecimento”(significação)
� Palavra (fala), narrativa, linguagem
� Transmissão oral dos conhecimentos armazenados na memória humana
Oralidade
� Oralidade primária e secundária (LEVY, 1993, p. 77)
� Primária (sem adoção da escrita)� Secundária (complementa a escrita)
Oralidade
Oralidade
�“Nossa memória não se parece em nada com um equipamento de armazenamento e recuperação fiel de informações” (idem, p.78)
� Curto e longo prazo
� Cada vez que procuramos uma lembrança, ou uma informação, a ativação deverá propagar-se dos fatos atuais até os fatos que desejamos encontrar” (idem, p. 79)
� Representação e associação
�“A escrita é uma forma de estender indefinidamente a memória” (LEVY, 1993, p. 90)
� “A escrita permite uma situação prática de comunicação radicalmente nova. Pela primeira vez os discursos podem ser separados das circunstâncias particulares em que foram produzidos” (Idem, p. 89)
� Interpretação, ambiguidade
Escrita
� “À medida que passamos da ideografia ao alfabeto e da caligrafia à impressão, o tempo torna-se cade vez mais linear, histórico” (LEVY, 1993, p.94)
�“A história é um efeito da escrita” (p. 95)
� Separação: memória / sujeito� o saber torna-se um objeto suscetível de análise e exame� recombinações, associações� novo estilo cognitivo
� Documentos fechados
Escrita
� A codificação digital relega a um segundo plano o tema do material
� Digitalização
� “O suporte da informação, torna-se infinitamente, leve, móvel, maleável, inquebrável” (LEVY, 1993, p.102).
Informática (Era digital)
� Quatro pólos funcionais da rede digital
� Produção ou composição de dados, de programas oude representações audiovisuais;� Seleção, recepção e tratamento dos dados, dos sons e das imagens;� A transmissão;� O armazenamento;
(LEVY, 1993, p. 103)� Documentos abertos
Informática (Era digital)
Informática (Era digital)
� Modo de desenvolvimento informacional� Sociedade em rede ;� Estrutura social constituída em torno das redes de
informação (TIC’s).CASTELLS, 2000)
� Memória “virtual”
� Tempo (velocidade)� Leitura;� Acesso à informação;� Construção de significação.
� Espaço� Leitura;� Acesso à informação;
� Memória� intelectual x afetiva;
(BARRETO, 2006)
Relação sujeito/informação
� Estoques
� Diversidade (dos bancos de dados aos bancos de conhecimento);� Crecimento contínuo, fluxo contínuo.
� CIRCULAÇÕES� Redes (descentralizadas);�Despersonalização do conhecimento;� Identidades, trocas, colaboração.
Estoques e Circulações
� Hipertexto (muitas vozes no texto)
� Escrita hipertextual se caracteriza por ter elementos que se associam e se conectam a partir de relações de semelhanças e interesses.
A “Nova” Escrita (Hipertextual)
�Grupo 1: senso geral
��Hipertexto trabalha mais por associação que por indexação.��Hipertexto é um formato para representação não seqüencial de idéias.��Hipertexto é a abolição do enfoque tradicional e linear de processamento da informação.��Hipertexto é não linear e dinâmico.��No hipertexto, o conteúdo não está confinado a uma estrutura e organização.
(RESENDE, 2000)
A “Nova” Escrita (Hipertextual)
�Grupo 2: embasamento técnico-científico
��Hipermídia é um esWlo de se construir sistemas de representação e gerenciamento de informação, através de uma rede de nódulos conectados por links (Halasz, 1988);
��Hipertexto é: 1) uma forma de documento eletrônico; 2) um sistema para gerenciamento de informação, na qual os dados são armazenados numa rede de nós e links. E é visualizado através de programas interativos e manipulado através deum editor (Smith & Weiss, 1988).
A “Nova” Escrita (Hipertextual)
�Grupo 2: embasamento técnico-científico
��Hipertexto conota uma técnica para organização textual da informação numa forma complexa e não-linear, para facilitar a rápida exploração de grandes corpos de conhecimento. Uma interface permite que o usuário visualize o texto nesta base de dados, navegando pelos links conforme sua vontade de explorar novas áreas de interesse. (Weiland & Shneiderman, 1988)
��Janelas na tela são associadas com objetos numa base de dados. Os links entre esses objetos são fornecidos, graficamente, como símbolos rotulados, e na base de dados, como ponteiros. (Conklin, 1987)
A “Nova” Escrita (Hipertextual)
Reflexão 1
“Nenhum tipo de conhecimento, mesmo que pareça-nos tão natural, por exemplo, quanto a teoria, é independente do uso das tecnologias intelectuais”
Levy (1993, p.75)
Reflexão 2
Todos os meios desde o alfabeto fonético ao computadorsão extensões do homem causando, em seudesenvolvimento, uma profunda transformação em seuagir e no seu contexto de vivência. O homem pré-histórico ou tribal existia em harmonia com seus sentidospercebia o mundo igualmente, seja através da audição,do cheiro, do toque, da visão e do paladar. Mas asinovações tecnológicas são extensões das habilidadeshumanas e nesse sentido alteraram todo este equilíbrioperceptivo. Uma alteração que ao mesmo temporeformatou a sociedade que criou a tecnologia.
(BARRETO, 2007)
BARRETO, Aldo de Albuquerque. Mitos e lendas da informação: o texto, o hipertexto e o conhecimento. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v.8, n.1, fev. 2007. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/fev07/Art_02.htm#N15>LEVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993. 208 p.CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 2000. 617 p.RESENDE, Afonsina Maria Guersoni. Hipertexto: tramas e trilhas de um conceito contemporâneo. Revista Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v.10, n.1, 2000. Disponível em : <http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/340/
Referências