a moreninha

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Instituição de Ensino Santa Izildinha A MORENINHA Nomes: Felipe 3ºB Luis Henrique Vinicius

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Page 1: A Moreninha

Instituição de Ensino Santa Izildinha

A MORENINHA

Nomes: Felipe 3ºB

Luis Henrique

Vinicius

São Paulo 21/03/11

Page 2: A Moreninha

A MORENINHA

Instituição de Ensino Santa Izildinha

São Paulo 21/03/11

Page 3: A Moreninha

Índice

Introdução...............................................................................................P.04

Análise do Autor.....................................................................................P.05

Análise da Obra......................................................................................P.07

Tempo e Espaço.....................................................................................P.09

Personagens...........................................................................................P.10

Narrador..................................................................................................P.11

Tipos de Discurso...................................................................................P.12

Page 4: A Moreninha

Introdução

Neste trabalho falaremos sobre o livro Joaquim Manuel de Macedo, “A Moreninha”, explicaremos sobre todo o romance envolvente nessa história e como o autor utiliza todas as características de histórias de romances inicias (descrição dos costumes da sociedade carioca, suas festas e tradições, estilo fluente e leve, linguagem simples, que beira o desleixo, tramas fáceis, pequenas intrigas de amor e mistério, final feliz, com a vitória do amor).

Page 5: A Moreninha

Analise do Autor

Biografia

Nasceu em Itaboraí , em 1820. Fez o curso de Medicina e, no mesmo ano de sua formatura, 1844, publicou A Moreninha, muito apreciado pelo público da época. Foi jornalista, professor secundário, dramaturgo e romancista, obtendo destaque literário com este último gênero. Fundou, em 1849, a 'Revista Guanabara', juntamente com Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre. Morreu no Rio de Janeiro, em 1882.

Bibliografia

Romances

A Moreninha (1844)

O Moço Loiro (1845)

Os Dois Amores (1848)

Rosa (1849)

Vicentina (1853)

O Forasteiro (1855)

Os Romances da Semana (1861)

Rio do Quarto (1869)

A Luneta Mágica (1869)

As Vítimas-Algozes (1869)

As Mulheres de Mantilha (1870-1871)

Sátiras políticas

A Carteira do Meu Tio (1855)

Memórias do Sobrinho do Meu Tio (1867-1868)

Crônicas sobre a cidade do Rio de Janeiro

Memórias da Rua do Ouvidor

Um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro

Page 6: A Moreninha

Dramas

O Cego (1845)

Cobé (1849)

Lusbela (1863)

Comédias

O Fantasma Branco (1856)

O Primo da Califórnia (1858)

Luxo e Vaidade (1860)

A Torre em Concurso (1863)

Cincinato Quebra-Louças (1873)

Cigarro e seu Sucesso (1880)

Poesia

A Nebulosa (1857)

Biografias

Ano Biográfico Brasileiro (1876)

Mulheres Célebres (1878)

Page 7: A Moreninha

Analise da Obra

A importância da obra dentro do Romantismo foi ter sido a primeira obra expressiva deste movimento literário no Brasil. O tema é a fidelidade a um amor de infância. A obra tem valor para o nosso tempo pois resgata sentimentos como honra, fidelidade e amor , valores esses que vêm sendo esquecidos na atualidade.

Anexo I

Ação

O dia de Sant'Ana se aproxima e o estudante de medicina, Filipe, convida seus colegas: Leopoldo, Fabrício e Augusto para a comemoração na ilha, onde mora sua avó, D.Ana, de 60 anos. Os alegres estudantes aceitam o convite com entusiasmo, exceto Augusto. Filipe, para atraí-lo à ilha, faz referência ao baile de domingo, em que estarão presentes suas primas: a pálida, Joana, de 17 anos, Joaquina, loira de 16 e sua irmã, D.Carolina, uma moreninha de 15.

Augusto acaba concordando, mas adverte sobre sua inconstância no amor, dizendo jamais se ocupar de uma mesma moça durante 15 dias. Os rapazes apostam que o amigo ficará apaixonado durante 15 dias por uma única mulher. Se isso ocorrer, terá de escrever um romance, caso contrário, Filipe o escreverá, narrando a inconstância.

Antes da partida, Fabrício envia uma carta a Augusto, pedindo-lhe ajuda para se livrar da namorada, a prima feia e pálida de Filipe, Joana. Durante a estadia, Augusto deve persegui-la e, Fabrício, fingindo ciúmes, termina o romance. Ao se encontrarem na ilha, o colega nega o auxílio e, à hora do jantar, Fabrício torna pública a inconstância amorosa do amigo.

Mais tarde, Augusto conta a D.Ana que seu coração já tem dono; uma menina que, por acaso, encontrou aos 13 anos, numa praia. Nesse dia, auxiliam a família de um pobre moribundo que lhes dá um breve como sinal de eterno amor; o da menina contém o camafeu de Augusto e o dele o botão de esmeralda da garota. O rapaz não a esquece e, como não sabe seu nome, passa a tratá-la por minha mulher. Enquanto narra a história, pressente que alguém o está escutando. Avista à distância a irmã de Filipe, um sucesso entre os rapazes, em especial, Fabrício, apaixonado pelos gestos e peraltices da doce Moreninha.

Chegada a hora das despedidas, Augusto não consegue pensar em outra coisa senão em D.Carolina. Recorda-se da meiguice da menina, quando esta lavava os pés da escrava, que passou mal na ilha por ter bebido além da conta. Retorna no domingo, acertando novo encontro para o final da semana. A Moreninha

Page 8: A Moreninha

corresponde a todos os galanteios, ansiando pela volta. Contudo o pai do rapaz, ao visitá-lo, resolve impedir o retorno à ilha; quer vê-lo estudando, trancado no quarto.

Augusto fica tão abatido que, durante a semana, não consegue deixar o leito, sendo necessária a presença de um médico. Na ilha, a Moreninha, inconformada, se desespera até saber que o rapaz está doente. No domingo, coloca-se no rochedo, esperando o barco, enquanto canta a balada da índia Ahy sobre o amor da nativa pelo índio Aiotin. Na canção, a bela índia tamoia de 15 anos narra que o amado, vindo à ilha para caçar, jamais nota sua presença, mesmo quando lhe recolhe as aves abatidas ou refresca a fronte do guerreiro, adormecido na gruta. Tudo isso retira a alegria de viver da menina que, cansada de ser ignorada, chora sobre o rochedo, formando uma fonte. O índio, dormindo na gruta, acaba bebendo as lágrimas da jovem e passa, primeiro a percebê-la no rochedo, depois a ouvir seu canto e, finalmente, quando bebe da fonte, por ela se apaixona. Um velho frade português traduz a canção de Ahy para a nossa língua, compondo a balada que a Moreninha canta.

De repente, Carolina localiza Augusto e o pai no barco que se aproxima da ilha. D.Ana convida-os para o almoço e a Moreninha, pedida em casamento, dá um prazo de meia hora para dar a resposta, indo para a gruta do jardim, onde há a fonte de Ahy. O rapaz pergunta se deseja consultar a fonte, mas D.Ana, certa da resposta, pergunta-lhe se não deseja, também, refletir no jardim e ele parte imediatamente.

Encontra a menina que, cruelmente, lhe recorda a promessa feita, na infância, junto ao leito do moribundo. Censura-o por faltar ao amor daquela a quem chama de sua mulher. Angustiado, o rapaz a contesta, afirmando se tratar de um juramento feito na infância e de desconhecer o paradeiro da menina. A Moreninha diz que incentivou seu amor por vaidade de moça e por saber de sua inconstância. Lutou para conquistá-lo e deseja saber, agora, quem ganhou, o homem ou a mulher. Augusto responde que a beleza. Carolina conta ter ouvido a história narrada a D.Ana e insiste no cumprimento da promessa.O rapaz desesperado, prefere fugir da ilha, abandonar a cidade e o país. Mesmo que encontrasse a menina, lhe pediria perdão por ter se apaixonado por outra. Repentinamente, arranca de debaixo da camisa o breve com a esmeralda para espanto da Moreninha.

O casal chora pateticamente, Carolina pede a Augusto para procurar 'sua mulher' e lhe explicar o ocorrido e, só, então, retornar. Ele concorda, mas não sabe onde ela está. A Moreninha diz que, certa vez, também, ajudou a um moribundo e sua família, recebendo pelos préstimos um breve, contendo uma pedra que daria o que se deseja a quem o possuísse. Passa o breve ao rapaz, para ajudá-lo na busca, pedindo que o descosa e retire a relíquia. Rapidamente, ele o desfaz e dando com seu camafeu, atira-se aos pés da amada. D.Ana e o pai de Augusto entram na gruta, encontrando-o de joelhos, beijando os pés de Carolina, perguntam o que está

Page 9: A Moreninha

ocorrendo.A menina responde que são velhos conhecidos, enquanto o moço repete que encontrou sua mulher.

Filipe, Fabrício e Leopoldo retornam à ilha para as preparações do casamento e, recordando que um mês havia se passado, lembram a Augusto do romance e ele lhes responde já tê-lo escrito e que se intitula A Moreninha.

Tempo :

Cronológico

No romance “A Moreninha”, o tempo é linear, ou seja, os acontecimentos vão sendo incorporados à história em ordem cronológica, sem recuos nem avanços.

Os eventos narrados desenrolam-se durante os trinta dias pelos quais a aposta entre os estudantes Filipe e Augusto era válida. A aposta foi feita em 20 de julho de 18...:

Exemplo:

"No dia 20 de julho de 18... na sala parlamentar da casa nº; ... da rua de..., sendo testemunhas os estudantes Fabrício e Leopoldo, acordaram Filipe e Augusto, também estudantes, que, se até o dia 20 de agosto do corrente ano, o segundo acordante tiver amado a uma só mulher durante quinze dias ou mais, será obrigado a escrever um romance em que tal acontecimento confesse; e, no caso contrário, igual pena sofrerá o primeiro acordante. Sala parlamentar, 20 de julho de 18... Salva a redação". (Cap. I)

Espaço:

A moreninha se baseia em um ambiente externo, a história se passa na cidade do Rio de Janeiro embora a maioria das cenas aconteçam numa ilha, se tratando de um cenário urbano.

Exemplo:

“A ilha de... é tão pitoresca como pequena. A casa da avó de Filipe ocupa exatamente o centro dela. A avenida por onde iam os estudantes a divide em duas metades, das quais a que fica à esquerda de quem desembarca está simetricamente coberta de belos arvoredos, estimáveis, ou pelos frutos de que se carregam, ou pelo aspecto curioso que oferecem. A que fica à mão direita é mais notável ainda fechada do lado do mar por uma longa fila de rochedos e no interior da ilhapor negras grades de ferro está adornada de mil flores, sempre brilhantes e viçosas, graças à eterna primavera desta nossa boa terra de Santa Cruz.”

Page 10: A Moreninha

Personagens:

Todas personagens são planas e não se alteram durante a história.

Augusto: A figura de Augusto resume um certo tipo de estudante alegre, jovial, inteligente e namorador. Dotado de sólidos princípios morais, fez no início da adolescência um juramento amoroso que retardará a concretização de seu amor por Carolina. Esse impedimento de ordem moral permitirá o desenvolvimento de várias ações até que, ao final da história, Carolina revelará ser ela mesma a menina a quem o jovem Augusto jurara amor eterno.

D. Carolina: É muito jovem e "moreninha" e também travessa, inteligente, astuta e persistente na obtenção de seus intentos. Carolina encarna a jovem índia Ahy, que espera incansavelmente por seu amado Aoitin – uma antiga história da ilha que D. Ana conta a Augusto. No final ela revela para Augusto que era a menina para quem lhe prometera casamento.

Os personagens secundários compõem o quadro social necessário para colocar a história em movimento ou propiciar informações de certos dados essenciais à trama e representam, por meio de alguns tipos característicos, a sociedade burguesa da capital do Império. São eles:

Rafael: Escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. É quem lhe prepara os chás e quem lhe atura o mau humor, levando castigos corporais (bolos) por quase nada.

Tobias: Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-apessoado, falante, muito vivo quanto à questão de dinheiro.

Paula: Ama-de-leite de Carolina; incentivada por Keblerc, bebeu vinho e ficou bêbada.

D. Ana: Avó de Filipe, é uma senhora de espírito e alguma instrução. Tem sessenta anos, cheia de bondade. Seu coração é o templo da amizade cujo mais nobre altar é exclusivamente consagrado à querida neta, Carolina, irmã de Filipe.

Filipe: Irmão de Carolina, neto de D. Ana. Amigo de Augusto, Fabrício e Leopoldo. Também estudante de Medicina.

D. Violante: "D. Violante era horrivelmente horrenda, e com sessenta anos de idade apresentava um carão capaz de desmamar a mais emperrada criança." Meio estabanada, ela quebra a harmonia reinante no ambiente burguês, sem causar transtornos graves.

Keblerc: Alemão que, diante das garrafas de vinho, prefere ficar com elas a tomar parte na festa que se desenrola na ilha. Embriaga-se, mas não perturba o clima de harmonia em que se desenvolve a história.

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Fabrício: Amigo de Augusto, também estudante de Medicina. Está apaixonado por Joaninha, mas dela quer livrar-se por causa das exigências extravagantes da moça. Chega a pedir a ajuda de Augusto para livrar-se da namorada exigente.

Leopoldo: Amigo de Augusto, Filipe e Fabrício; também estudante de Medicina.

D. Joaninha: Prima de Filipe, namorada de Fabrício. Exigia que o estudante lhe escrevesse cartas de amor quatro vezes por semana; que passasse por defronte da casa dela quatro vezes por dia; que fosse a miúdo ao teatro e aos bailes que

Narrador

O romance é narrado em terceira pessoa, com narrador oniscienteEm toda a narrativa, podemos observar que o narrador se dirige a uma outra pessoa, que o Cap. XV nos faz acreditar ser o próprio autor do romance, convidando-o para participar na narrativa como observador dos acontecimentos, não chegando, porém, a ser caracterizado como um narrador onisciente-intruso.

Vejamos alguns trechos da narrativa que poderão nos dar uma melhor visão da onipresença do narrador:

“Quanto aos homens ... Não vale a pena!... vamos adiante. (Cap. III)

“Um autor pode entrar em toda parte e, pois ... não. Não, alto lá! No gabinete das moças ... não senhor; no dos rapazes, ainda bem.” (Cap. XV)

“Sobre ela estão conversando agora mesmo Fabrício e Leopoldo. Vamos ouvi-los.” (Cap. XVI)

“Devemos fazer-lhe uma visita; ele está em seu gabinete ...” (Cap. XIX)

“Deixemos, portanto, o Sr. Augusto entregue a seus cuidados de moço, e tanto mais que já conhecemos o estado em que se acha. Vamos agora entrar no coraçãozinho de um ente bem amável, que não tem, como aquele, uma pessoa a quem confie suas penas, e por isso sofre talvez mais. Faremos uma visita à nossa linda Moreninha” (Cap. XIX)

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Tipo de discurso:

Direto e Indireto

Direto: - Estamos no dia 20 de agosto: um mês!

“- É verdade! Um mês!…exclamou Filipe.”

“- Um mês!… gritaram Fabrício e Leopoldo.”

Indireto: O experimentado velho fingiu ter-se deixado enganar, e retirando-se, trancou a porta ao pobre estudante.

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Conclusão

José Manuel de Macedo consegue nos transportar com a leitura para o século XIX, época em que se passa o enredo do livro. Ele representa os costumes cariocas e a classe dos estudantes, da qual fazia parte na época em que escreveu o livro.

A linguagem utilizada no livro é simples e interativa que introduz o leitor diretamente no centro da ação. São tramas fáceis na qual há um final feliz, e o amor é o vencedor.

O livro é uma critica ao modo de vida daquela época, contrapondo-se com a nossa realidade hoje em dia.

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Bibliografia

http://www.algosobre.com.br/resumos-literarios/a-moreninha.html

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000008.pdf

http://analgesi.co.cc/html/t20821.html

Livro: A Moreninha

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