a mineração no período colonial e as atividades subsidiárias

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A mineração no Período Colonial e as atividades subsidiárias

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Page 1: A mineração no período colonial e as atividades subsidiárias

A mineração no Período Coloniale as atividades subsidiárias

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Introdução• A constatação feita pelos portugueses que o nosso país é rico em minérios não

foi imediata, pois colonizar o Brasil era um investimento caro e arriscado, já que não havia garantias sobre o potencial da colônia.

• Somente no final do século XVII, bandeirantes encontraram reservas auríferas que chamaram a atenção de diferentes populações, inclusive da própria Coroa portuguesa.

• No século XVIII, a região de Minas Gerais passou a vivenciar uma explosão demográfica (de 300 mil para 3 milhões), coma a presença de aventureiros das mais diferentes partes do mundo, inclusive de Portugal, além da própria população colonial que passou a acreditar no rápido enriquecimento.

• Tratado de Methuen (Panos e Vinhos, 1703) – Determinava um acordo comercial entre Portugal e Inglaterra, no qual o vinho português seria comprado pelos ingleses, enquanto os tecidos britânicos seriam vendidos para Portugal, o que levou à decadência da atividade manufatureira portuguesa, contribuindo para que muitos artesãos deixassem a metrópole para tentar a sorte no Brasil.

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Regulamentação das Jazidas• No começo, a exploração do ouro era feita sem controle por aventureiros, de forma

descompromissada e sem pagamento de impostos. Com o passar do tempo, a Coroa instituiu órgãos e tributos para a exploração.

• Intendência das Minas, 1702 – Órgão de fiscalização, administração e policiamento criado pela Coroa portuguesa. Em cada capitania, cujas jazidas auríferas eram encontradas, uma intendência era erguida.

• Datas – Lotes auríferos que eram distribuídos para exploração oficial.• Quinto – 20% da exploração de cada proprietário era destinada à Coroa.• Lavra – Extração do ouro de forma mais sofisticada e complexa, ocorrendo em

grandes propriedades, com um número maior de escravos.• Capitação – Tributo cobrado pelo número de escravos na região.Se comparada à economia açucareira, a mineração possibilitou certa mobilidade social, pois já não existia apenas senhores e escravos, mas sim uma nova classe média colonial, que enriqueceu com os minérios. Surgiram advogados, médicos, comerciantes, etc.

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• O eixo econômico passou do nordeste para o centro-Sul, com isso, o Rio de Janeiro se tornou a capital colonial em 1763. Ocorreu a ampliação da infraestrutura para a acomodação socioeconômica, surgiram novas vilas e povoados, abertura de estradas, hospedarias e casas de fiscalização.

• Chica da Silva: (Não representou uma regra para os escravos da época) Ex-escrava que enriqueceu pela união com um rico contratador (empresário) de diamantes, chegando a circular nos ambientes aristocráticos, sendo recebida, claro, não pela sua origem, mas pela riqueza que ostentava.• Os exploradores criaram estratégias para fugir da fiscalizaçãoe ficar com todo o lucro do ouro. Os contrabandistas dispunham de diversos truques para transportar o outro para fora das Minas Gerais. Utilizavam o corpo de mulas, as escravas, as roupas e imagens de seus ídolos religiosos (“santinho do pau oco”) – Supostas procissões aconteciam e os santinhos nunca mais voltavam, ou ainda o comércio das imagens recheadas de ouro.

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• Casas de Fundição, 1720 – A Coroa portuguesa entendeu que deveria aumentar a fiscalização para combater o contrabando. Essa instituição estava submetida à Intendência das Minas e deveria retirar o quinto e transformar o ouro em barras. Ficava determinado que a circulação e comercialização do ouro da colônia para a metrópole só poderia acontecer oficialmente se esse ouro estivesse em barras e com o selo da Coroa.

• Em 1729 na região do Arraial do Tijuco, atual Diamantina, foram encontrados diamantes. Inicialmente, a exploração foi livre, tendo o explorador que pagar o quinto à metrópole. Como o contrabando era esperado, Portugal criou o Distrito Diamantino, mas o fez tardiamente, perdendo muito dessa riqueza para os contrabandista.

A responsabilidade da exploração dos diamantes foi dada aos contratadores, nobres que antecipavam os lucros dos diamantes à Coroa. Porém, a corrupção e os desvios continuaram.Em 1771, a metrópole estabeleceu a extração real na Região do Distrito, mas era tarde, pois a atividade já estava em decadência.

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• Além dos contrabandos, outros fatores contribuíram para a decadência da exploração dos minérios, como o esgotamento das jazidas e o emprego de técnicas rudimentares.

• A Coroa portuguesa não tinha interesse em ficar com prejuízos e logo decidiu aumentar a tributação, fixando em 100 arrobas de ouro (1469kg) o valor a ser arrecadado em cada vila, por ano. Caso essa meta não fosse cumprida, a derrama seria executada, isto é, soldados portugueses invadiriam qualquer estabelecimento para que a arrecadação fosse completada. Tal medida fez com que a insatisfação popular aumentasse, e fez com que a elite colonial mineradora, que já não suportava mais ter que dividir os lucros com a metrópole, ambicionasse os processos de emancipação.

• O clima de contrariedade, juntamente com os ideais iluministas, que começavam a florescer, e as pressões econômicas internacionais acarretaria, mais adiante, a Inconfidência mineira.

• É importante ressaltar, que com o Tratado de Methuen, uma parte considerável do ouro extraído no Brasil foi para a Inglaterra. Esse evento fortaleceu o sistema financeiro inglês, incentivando a Revolução Industrial, bem como a montagem de uma infraestrutura portuária para escoamento produtivo.

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São marcas da riqueza da região mineradora as obras de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

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Atividades subsidiárias• Algodão: Encontrou espaço para se desenvolver nas regiões do Grão-Pará,

Maranhão, Ceará, Rio de Janeiro e Goiás. Inicialmente, a produção era usada para a fabricação de tecido, mesmo com muitas restrições acerca da proibição das manufaturas no Brasil. Porém, no século XVIII, com a Revolução Industrial, o Brasil passou a ser um importante polo de abastecimento para a Inglaterra.

• Fumo: Teve como principal produtor o Recôncavo Baiano. Serviu como moeda de troca na obtenção de escravos e se desenvolveu paralelamente à economia açucareira.

• Cacau: Era enquadrado como droga do sertão, sendo utilizado como matéria-prima para licores, chocolates e manteigas.

• Mandioca: Era utilizada como alimento pela comunidade pobre da colônia, bem como pela comunidade negra escrava, abastecendo as fazendas e as propriedades, nas quais a atividade econômica se associava ao regime escravista de produção.

• Pecuária: Atividade complementar, aproveitava a margem dos rios e serviu de estratégia colonizadora.