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A LOGÍSTICA APLICADA NA FABRICAÇÃO DE AEROGERADORES e o papel do gestor na melhoria dos indicadores de desempenho envolvendo a sua cadeia de suprimentos BRUNO BRITO (FATEC BAIXADA SANTISTA) [email protected] DANIEL EVARISTO (FATEC BAIXADA SANTISTA) [email protected] MURILO PALOS (FATEC BAIXADA SANTISTA) [email protected] HELCIO PIRES (FATEC BAIXADA SANTISTA) [email protected] WAGNER BASTOS (FATEC BAIXADA SANTISTA) wagnerbts@yahoo,com.br RESUMO A energia eólica é vista com interesse por organizações e corporações como a solução para os problemas de fornecimento de energia no futuro. Essas empresas, com destaque mundial, necessitam de medições de desempenho e indicadores para a melhoria de resultados e mensurar custos dessas operações , fornecendo uma base para a gestão da cadeia logística. O presente trabalho busca fazer uma pesquisa sobre a cadeia de suprimentos dos aerogeradores (geradores movidos pela ação dos ventos) e demonstrar a importância da gestão baseada nos indicadores de eficiência para o melhor resultado das operações. Pesquisas essas feitas em fontes bibliográficas, pesquisas de campo e buscas em materiais acadêmicos produzidos em fontes digitais. Com o intuito de, após fazer uma análise dos resultados obtidos, propor soluções que levem a uma melhor competitividade em níveis de eficiência energética e logística, com isso, reduzindo os custos de fabricação. PALAVRAS-CHAVE: Aerogeradores; Cadeia de suprimentos; Energia eólica ABSTRACT Wind energy is viewed with interest by organizations and corporations as the solution to energy supply problems in the future. These world-leading companies require performance measures and indicators to improve results and measure costs of these operations, providing a basis for logistics chain management. The present work seeks to do a research on the supply chain of the wind generators (wind generators) and demonstrate the importance of the management based on the efficiency indicators for the best result of the operations. Researches done in bibliographical sources, field researches and searches in academic materials produced in digital sources. With the purpose of analyzing the results obtained, we propose solutions that lead to a better competitiveness in levels of energy efficiency and logistics, thus reducing manufacturing costs. KEYWORDS: Wind turbines; supply chain; Wind power

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A LOGÍSTICA APLICADA NA FABRICAÇÃO DE

AEROGERADORES e o papel do gestor na melhoria dos

indicadores de desempenho envolvendo a sua cadeia de

suprimentos

BRUNO BRITO (FATEC BAIXADA SANTISTA)

[email protected]

DANIEL EVARISTO (FATEC BAIXADA SANTISTA)

[email protected]

MURILO PALOS (FATEC BAIXADA SANTISTA)

[email protected]

HELCIO PIRES (FATEC BAIXADA SANTISTA)

[email protected]

WAGNER BASTOS (FATEC BAIXADA SANTISTA)

wagnerbts@yahoo,com.br

RESUMO A energia eólica é vista com interesse por organizações e corporações como a solução para os problemas

de fornecimento de energia no futuro. Essas empresas, com destaque mundial, necessitam de medições

de desempenho e indicadores para a melhoria de resultados e mensurar custos dessas operações ,

fornecendo uma base para a gestão da cadeia logística. O presente trabalho busca fazer uma pesquisa

sobre a cadeia de suprimentos dos aerogeradores (geradores movidos pela ação dos ventos) e demonstrar

a importância da gestão baseada nos indicadores de eficiência para o melhor resultado das operações.

Pesquisas essas feitas em fontes bibliográficas, pesquisas de campo e buscas em materiais acadêmicos

produzidos em fontes digitais. Com o intuito de, após fazer uma análise dos resultados obtidos, propor

soluções que levem a uma melhor competitividade em níveis de eficiência energética e logística, com

isso, reduzindo os custos de fabricação.

PALAVRAS-CHAVE: Aerogeradores; Cadeia de suprimentos; Energia eólica

ABSTRACT

Wind energy is viewed with interest by organizations and corporations as the solution to energy supply

problems in the future. These world-leading companies require performance measures and indicators to

improve results and measure costs of these operations, providing a basis for logistics chain management.

The present work seeks to do a research on the supply chain of the wind generators (wind generators)

and demonstrate the importance of the management based on the efficiency indicators for the best result

of the operations. Researches done in bibliographical sources, field researches and searches in academic

materials produced in digital sources. With the purpose of analyzing the results obtained, we propose

solutions that lead to a better competitiveness in levels of energy efficiency and logistics, thus reducing

manufacturing costs.

KEYWORDS: Wind turbines; supply chain; Wind power

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1. INTRODUÇÃO

Esta pesquisa tem como objetivo, demonstrar a viabilidade do uso da energia eólica no país,

demonstrando os processos envolvidos em sua cadeia de suprimentos. As mudanças que

ocorreram no setor elétrico brasileiro (privatizações) resultaram em novos modos de

contratação e implantação de grandes empreendimentos de energia (ABDI Apud XAVIER,

2004).

Atualmente com o desenvolvimento sustentável, surge a ideia de buscar novas formas de

energia, para o mundo. E este trabalho é importante para mostrar o quanto o Brasil é necessário

para o grande desenvolvimento da energia eólica no mundo, e o quanto o país está se inserindo

neste ramo de energias renováveis.

A medição de desempenho em mercados competitivos é uma ação necessária para todos os

envolvidos que almejam posição de destaque. O desempenho quantifica os resultados das ações

tomadas, definindo a liderança e permanência no mercado globalizado. Os indicadores de

desempenho são desenvolvidos e utilizados visando definir metas operacionais das empresas,

direcionando as melhorias necessárias a consecução dos objetivos financeiros e organizacionais

(KARDEC et al.,2002; NEELY,1998).

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Por culpa do alto custo de fabricação dos aerogeradores, iremos estudar a cadeia de suprimentos

dos mesmos, assim chegaremos a uma provável solução para diminuir estes custos, melhorando

a competitividade da energia eólica.

Segundo BALLOU (2006), o gerenciamento da cadeia de suprimentos destaca as interações

logísticas que ocorrem entre as funções de marketing, logística e produção no âmbito de uma

empresa, e dessas mesmas interações entre as empresas legalmente separadas no âmbito do

canal de fluxo de produtos.

A cadeia de suprimentos é um conjunto de atividades funcionais (transportes, controle de

estoques, etc) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão

sendo convertidas em produtos acabados, as quais se agrega valor ao consumidor

(BALLOU,2006).

As decisões de projeto da cadeia de suprimento são normalmente tomadas pensando-se a longo

prazo e sua alteração repentina é muito cara. Consequentemente, quando essas empresas tomam

essas decisões, devem levar em consideração a incerteza por anteciparem as condições do

mercado em anos vindouros (CHOPRA, 2003).

A pesquisa apresenta a cadeia de suprimentos das seis principais empresas fabricantes de

aerogeradores no Brasil. Além do aerogerador, considerado o responsável por 60% do custo de

um parque eólico (com capacidade unitária de 1,5 a 3 Mw) , temos ainda os itens de

infraestrutura, como fundações e os equipamentos necessários para conectar à rede elétrica, tais

como transformadores, subestação, cabos e inversores.

Segundo Ocacia (2002), empresas e organizações assumem ,cada vez mais, seu interesse na

energia eólica como investimento e solução para os problemas energéticos do futuro. Alguns

países europeus começaram a investor pesado na tecnologia e a construer grandes complexos.

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Na Alemanha são gerados 30 GW de energia com suas turbinas, mais do que o dobro da

capacidade de Itaipu que responde por 24% da demanda brasileira (Burgos, 2007). Segundo o

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), afirmou que os investimentos

globais em energia verde renováveis subiram 17% em 2014, que foram de US$ 270 bilhões em

2014.

Entretanto, a viabilidade econômica dos investimentos esbarra na distribuição geográfica, que

deve considerar velocidade do vento, acidentes topográficos, árvores, construções e grandes

áreas para a implantação dos parques eólicos.

Após a crise de petróleo, ocorrida na década de 70, vários países foram obrigados a buscar

energias alternativas, a procurar segurança no fornecimento e a redução da dependência de

combustíveis fósseis. Aproximadamente 97% da energia consumida no planeta provêm dos

hidrocarbonetos, sendo de conhecimento de todos que as reservas de combustíveis fósseis são

finitas e diminuem na proporção inversa do aumento do consumo mundial. Atualmente, a

repercussão em torno de questões ambientais sobre o uso dos combustíveis fósseis e as

implicações danosas do efeito estufa sobre o planeta intensificaram as buscas por alterrnativas

de energia limpa e sustentável. Entre elas, a energia eólica, que se tornou destaque nas ultimas

décadas com seu avanço tecnológico.

A energia eólica é renovável, portanto, é limpa (não emite CO2); não se esgota; sendo imune a

variação de preços ou importação de combustíveis; instalações modulares e rápidas que se

interligam à rede podendo suprir grandes demandas com facilidade de expansão.

Tem algumas desvantagens: elevado investimento inicial e não é totalmente livre de alguns

impactos ambientais pois os parques eólicos e seus aerogeradores são muito grandes e o ruído

gerado pela sua rotação impede que as populações residam próximo à esses parques (distância

minima de 300m). Em contrapartida, tem-se investido na adaptação das turbinas eólicas para o

uso no mar, contribuindo assim, para um menor impacto ambiental.

Além disso, com os avanços tecnológicos , a tendência é a diminuição dos custos de

implantação, com novos materiais com maior durabilidade e maior eficiência energética.

A energia eólica pode ser considerada uma energia que provém indiretamente do Sol, pois os

ventos surgem do aquecimento diferenciado e não uniforme da atmosfera, creditado a direção

dos raios solares e aos movimentos da Terra. Por esse motivo, a energia eólica seria

fundamental para complementar o abastecimento já existente, em situações críticas de queda

do fornecimento provido de hidrelétricas em épocas de secas e altas temperaturas. Visto que o

período com o maior incidência de ventos é justamente quando ocorre menos chuvas e

predomina o clima seco.

Segundo Marranghello (2004), o Brasil se encontra em situação cômoda pois 80% de sua

geração de eletricidade se dá por hidrelétricas mas, é preocupante a disponibillidade de novas

hidrelétricas que, além de estarem longe dos centros consumidores, também causam muitos

danos ambientais por meio de suas inundações e na construção de suas linhas de transmissão.

Portanto, negligencia-se o desenvolvimento de energias renováveis descentralizadas.

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3. CADEIA DE SUPRIMENTOS

O aerogerador em sua cadeia de suprimentos é constituído pelos seguintes componentes

básicos:

Torre: Responsável por 20 a 25% dos custos dos aerogeradores. Nos parques eólicos instalados

no Brasil são mais comuns as torres cônicas de aço e as híbridas. Recentemente as torres de

concreto vêm ganhando espaço no mercado brasileiro;

Rotor: Compreende as pás, sendo três por aerogerador, com perfis aerodinâmicos nas medidas

de 30 a 70 metros de comprimento e 10 toneladas cada. Fabricados em resina epóxi ou poliéster

com fibra de vidro ou carbono e representa 22% dos custos do aerogerador. As pás são fixadas

em uma estrutura metálica à frente do nacele denominada cubo. Com massa de 7 a 20 toneladas,

o cubo é uma peça de ferro fundido, com rolamentos que fixam as pás, mecanismos e motores

que ajustam o ângulo de ataque das pás. Construído com alta precisão de fundição e usinagem

e formado com liga de alta resistência, sendo seu custo de aproximadamente 1,4% do custo do

aerogerador.

Nacele: É a carcaça montada sobre a torre que abriga uma série de componentes e

subcomponentes como: eixo, gerador, caixa multiplicadora, transformador, sistema de Yaw,

etc.

O eixo principal, construído em aço ou liga metálica de alta resistência, é o responsável pelo

acionamento do gerador, transferindo a energia mecânica da turbina.

O gerador transforma a energia mecânica de rotação em energia elétrica, que necessita de

conversores de frequência, retificadores e inversores. Juntamente ao transformador, que eleva

a tensão do gerador ao mesmo valor da tensão da rede elétrica a qual está conectado.

O Sistema de Yaw tem a função de alinhar a turbina com o vento. Compreende um motor

elétrico que gira a Nacele sobre a torre com o auxílio de um rolamento e engrenagens para o

ajuste da velocidade de giro.

A caixa multiplicadora localiza-se entre o rotor e o gerador, de forma a adaptar a baixa rotação

do rotor à velocidade de rotação mais elevada do gerador. Exige uma manutenção intensiva

pois representa uma fonte de possíveis defeitos. Portanto, exige um sistema hidráulico com

bombas, trocadores de calor e sistemas de comando para lubrificação e refrigeração.

A visão única de árvore do produto é dificultada pelas diferentes tecnologias usadas pelos

fabricantes e também pelas diferentes sistemáticas de compras e nomenclaturas utilizadas.

3.1. Gestão da Cadeia de Suprimentos

O gerenciamento da cadeia de suprimentos é um conjunto de métodos que são usados para

proporcionar uma melhor integração e uma melhor gestão de todos os parâmetros da

rede: transportes, estoques, custos, etc. Esses parâmetros estão presentes nos fornecedores, na

sua própria empresa e finalmente nos clientes. A gestão adequada da rede permite uma

produção otimizada para oferecer ao cliente final o produto certo, na quantidade certa.

Vários níveis de planejamento devem ser considerados: estratégico, tático e operacional. Trata-

se de conhecer sua própria rede de distribuição já existente com os controles de estoques sendo

utilizados e de iniciar uma primeira estratégia de coordenação da entrega dos produtos, iniciada

antes mesmo da fabricação dos mesmos. Além disso, devem-se utilizar os modelos de tomada

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de decisão baseados em programação linear e modelos de transporte, que tornam mais

evidentes os custos e as interdependências entre as etapas

3.1.1. Modelo de Cadeia de Suprimentos

Todo modelo de gestão de cadeia de suprimentos deve incluir maneiras de melhorar a eficiência

– o ganho de rendimento – das atividades seguintes:

Previsão e planejamento do equilíbrio entre oferta e demanda;

Localização de fornecedores de matérias-primas;

Fabricação do produto;

Armazenagem do produto;

Entrega do produto;

Devolução do produto pelo cliente, caso necessário;

Feedback através do serviço de atendimento ao cliente e melhoria do processo, onde necessário.

3.1.2. Planejamento logístico

O planejamento logístico ajudará a reduzir os custos de produção, a velocidade de entrega de

seu produto e a responder rapidamente aos pedidos de seus clientes. Além disso, simplificará o

gerenciamento de seus itens de fornecimento, o seu inventário e seus custos.

Veja onde o planejamento logístico deve ser aplicado:

Logística de entrada (inbound): fluxo de matérias-primas entregues à sua empresa para entrar

no processo produtivo;

Logística interna: circulação das matérias-primas, dos produtos sendo fabricados e dos produtos

acabados dentro de sua empresa;

Logística externa (outbound): transporte dos produtos acabados (envolvendo embalagem,

expedição, manutenção e transporte).

3.1.3. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos

Muitos parâmetros são levados em conta para melhorar a cadeia de abastecimento e reduzir os

custos:

– Reduzir o número de fornecedores, assim se consegue uma relação próxima, uma parceria;

– Reduzir o número de terceirizados, para alcançar o mesmo objetivo;

– Para os produtos acabados, estabelecer canais de distribuição e gestão partilhada de estoques,

assim clientes e fornecedores compartilham custos, lucros e riscos;

– Antecipar a escassez através de históricos e boas previsões de demanda – e ajustar os estoques

adequadamente.

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3.2. Manufatura

Os fornecedores da cadeia são normalmente focados em um determinado componente

essencial. Um fabricante de aerogeradores trabalha com dois ou três fornecedores, portanto,

não dependendo de um único fornecedor. São comuns contratos ou acordos de longo prazo de

forma a garantir o fornecimento e de alta qualidade.

A etapa de manufatura está na verdade relacionada à montagem do cubo do rotor e da nacele

do aerogerador, pois os grandes componentes como a torre e pá são adquiridos ou

subcontratados de terceiros, que fazem a montagem final diretamente no parque eólico, com a

instalação da torre e posterior acoplamento da nacele e do rotor.

As empresas que projetam e montam os aerogeradores (cubo e nacele) são conhecidas como

OEMs (Original Equipment Manufacturers). Algumas OEMs são multinacionais envolvidas em

diversos negócios (GE, Alstom e Siemens). Outras são específicas do setor (Wobben/Enercon

e Vestas).

A terceirização dos componentes é uma forma de reduzir a necessidade de capital e ter acesso

a tecnologias de produção específicas, além de minimizar gastos logísticos, como é o caso das

pás e torres, cuja fabricação local próximo ao parque eólico contribui para a redução dos custos.

Para garantir o suprimento de componentes e controlar custos, algumas OEMs tem participação

acionária ou estabelecem alianças com seus fornecedores em caráter estratégico.

3.3. Parques Eólicos

Os proprietários de parques eólicos detêm a concessão para exploração da energia por períodos

geralmente de 20 a 35 anos, conforme o contrato e possíveis aditivos. São as empresas

responsáveis pela produção (ou geração) de energia eólica. Tendem a ser o centro da cadeia

produtiva, centralizando todas as decisões e serviços necessários para a implantação do parque.

As mudanças que ocorreram no setor elétrico brasileiro (privatizações) resultaram em novos

modos de contratação e implantação de grandes empreendimentos de energia (ABDI Apud

XAVIER, 2004) e em alterações significativas no perfil dos proprietários dos

empreendimentos. Anteriormente os proprietários eram empresas estatais do próprio setor de

energia elétrica e, atualmente, há agentes econômicos diversos, tais como: bancos,

eletrointensivos, construtoras, fundos de pensão, empresas de energia elétrica privadas, etc.

(PORTO, 2007).

Observa-se também um crescente interesse de grandes empresas, como as do setor automotivo,

em serem proprietárias de parques eólicos, e desta maneira suprirem parte da energia consumida

por suas fábricas, dentro do conceito de autoprodução e em ambiente de mercado livre. Neste

caso, a energia gerada pelo parque eólico é injetada no SIN e a empresa pode utilizar um volume

equivalente em sua fábrica.

3.4. Uso Final

Como etapa final da cadeia produtiva, pode ser considerado o estágio de distribuição de energia.

O sistema de distribuição de energia elétrica no Brasil é regulado por resoluções da Agência

Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), as quais se orientam pelas diretrizes estabelecidas nas

leis aprovadas pelo Congresso Nacional e nos decretos estabelecidos pelo Executivo Federal.

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No início dos anos 2000, antes da privatização do setor, não havia separação dos negócios entre

geração e transmissão e distribuição. Hoje as distribuidoras são independentes e responsáveis

pela conexão e pelo atendimento ao consumidor do ambiente regulado (PORTAL, 2015). O

setor privado é responsável por cerca de 70% da energia distribuída no País, ficando os restantes

30% com empresas públicas, municipais, estaduais e federais (ANEEL, 2015).

4. RELATÓRIO LOGÍSTICO DE FABRICANTES

De modo a facilitar o entendimento, a identificação dos fabricantes nacionais de partes e

componentes da cadeia eólica pode ser distribuída e organizada por segmentos que compõem

um aerogerador. Assim, os itens e seus respectivos fabricantes que compõem a cadeia produtiva

de bens e serviços: fornecedores de aerogerador (montadoras ou O&Ms); fabricantes de grandes

componentes – fabricantes de torres e fabricantes de pás; fabricantes de subcomponentes e

insumos para torres; fabricantes de subcomponentes e insumos para o rotor – pás e cubo; e

fabricantes de subcomponentes da nacele.

4.1. Fornecedores de Aerogerador (montadoras)

Os fornecedores de aerogeradores são em sua essência montadoras, pois podem receber

componentes fabricados por outras empresas e realizar apenas a sua integração. A integração

total do aerogerador acontece diretamente no parque eólico, pois somente neste momento a

torre, o cubo, as pás e a nacele são acoplados. A atividade destas empresas, caracterizada como

manufatura, está então associada à montagem da nacele e do cubo do rotor.

Cabe ressaltar que no Brasil, até pouco tempo, era comum a importação praticamente total da

nacele e do cubo por parte das montadoras. O critério do FINAME para obtenção de

financiamento das máquinas exigia um mínimo de conteúdo local da ordem de 60%, o que era

atendido basicamente com a fabricação nacional apenas das pás e torres e complementada com

outros poucos itens. Em dezembro de 2012, porém, o BNDES aprovou uma “metodologia

específica para credenciamento e apuração do conteúdo local para aerogeradores”,

estabelecendo metas físicas, divididas em etapas, que devem ser cumpridas pelos fabricantes

de acordo com um cronograma previamente estabelecido. A iniciativa visa aumentar

gradativamente o conteúdo local dos aerogeradores, por meio da fabricação no País de

componentes com alto conteúdo tecnológico e uso intensivo de mão de obra. Novos modelos

de aerogeradores somente podem ser credenciados com base nesta nova metodologia. Para que

sejam habilitadas a ingressar na nova metodologia, as montadoras devem então executar as

etapas mínimas de fabricação estabelecidas no marco inicial, fixado em 1º de janeiro de 2013,

e firmar um “Termo de Responsabilidade” para cada modelo de aerogerador a ser credenciado

(BNDES,2015). Estas etapas mínimas envolvem, entre outras coisas, a montagem do cubo

(hub) e da nacele no Brasil, em unidade própria.

4.1.1. Fabricantes de Torre

As torres, por suas grandes dimensões (e massa), além do alto impacto no custo do aerogerador,

eram preferencialmente adquiridas de fabricantes locais ou fabricadas localmente em unidades

próprias das montadoras. A nova regra do BNDES passou a exigir, inicialmente, a fabricação

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das torres no País, com pelo menos 70% em peso das chapas de aço fabricadas no Brasil ou

concreto armado de procedência nacional. Gradativamente esta exigência é acrescida de outras

como o uso de elementos internos e percentual de forjados (flanges) de procedência nacional.

As chapas de aço laminado constituem a estrutura básica da torre cônica, fabricada no Brasil

pela USIMINAS, que detêm o monopólio sobre o aço, com custos 30% superiores ao aço de

procedência chinesa ou coreana. Visto que a torre representa 25% do custo do aerogerador, o

uso desse material nacional impacta nos custos dos componentes feitos de aço do aerogerador,

com consequências no custo final do mesmo, diminuindo a competitividade da indústria

nacional.

Um item de grande exigência são tintas de proteção anticorrosiva das torres, que devem resistir

de 15 a 20 anos, em ambientes agressivos. O processo de pintura é considerado um gargalo na

fabricação da torre devido grande volume de tinta necessário, chegando a 1,500 litros por torre,

em três camadas, que levam até cinco horas na secagem entre uma camada e outra, impedindo

a montagem dos elementos internos até sua total secagem.

4.1.2. Fabricantes de Pás

As pás, como as torres, são componentes de grandes dimensões e de significativa

representatividade no custo de um aerogerador (cerca de 20%) e, desta forma, também eram

preferencialmente adquiridas de fabricantes locais. Como a nova metodologia do BNDES

passou a exigir a fabricação de pás no Brasil, em unidade própria ou de terceiros com 60% de

nacionalização, para fins de financiamento, esta preferência foi ainda mais reforçada.Com

exceção das resinas e malhas de fibra de vidro e de fibra de carbono que são importadas pois,

o Brasil não dispõe de fornecedores habilitados com essa tecnologia de fabricação dedicada a

pás eólicas. Constituindo assim, o risco de depender de poucos fornecedores especializados

nesse insumo importado.

4.1.3. Fabricantes de Cubo e Rotor

Devido a algumas montadoras que tem configurações mais robustas, com cubos maiores, para

modelos de porte maior de aerogeradores, tem-se uma dificuldade logística devido as

dificuldades de locomoção dessas peças, que pesam de 3 a 18 toneladas e, que precisam enviar

às empresas de usinagem e estas às empresas de pintura, por vezes, localizadas em outras

cidades, aumentando consideravelmente o tempo de produção.

4.1.4 Fabricante de Componentes da Nacele

A exigência da montagem da Nacele (carenagem) no Brasil e nacionalização dos elementos

estruturais e de um mínimo de subcomponentes confere certa flexibilidade às montadoras, que

podem defini-los com base em suas estratégias tecnológicas. Como consequência, empresas

estrangeiras fornecedoras globais estão sendo atraídas ao país e fornecedores locais estão sendo

desenvolvidos.

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A capacidade de fornecimento de aerogeradores, depende da concentração de pedidos, em

determinados períodos do ano, podendo resultar na incapacidade de atender a toda a demanda.

As torres de aço, por suas grandes dimensões e custo, são produzidas na fase de instalação,

sendo enviadas ao parque logo após a sua fabricação. As torres de concreto são fabricadas

diretamente no parque eólico, limitando o atendimento simultâneo em outras localidades.

Diversos fornecedores de componentes e serviços associados à sua fabricação vêm recebendo

pedidos sazonais, muitas vezes com prazos curtos de entrega, o que acaba comprometendo

preços e volumes no curto prazo.

4.2 Pólos de Produção

Verifica-se a existência de dois grandes polos de produção de componentes: Nordeste, com os

estados da Bahia, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte; outro no Sudeste e Sul, com São

Paulo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

São considerados Arranjos Produtivos Locais (APLs) as aglomerações de empresas localizadas

em uma mesma localidade e que apresentam especialização produtiva e mantenham vínculos

de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais como

governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. As empresas

podem ser desde produtoras de bens e serviços finais até fornecedoras de insumos e

equipamentos, prestadoras de consultoria e serviços, comercializadoras, clientes, entre outros

(ABDI Apud MDIC,2014).

Conforme o observado anteriormente, a escolha da localidade para a instalação das fabricas de

componentes seguiu diferentes motivações como a proximidade aos parques eólicos,

proximidade da cadeia produtiva ou condições de infraestrutura nestas regiões, visando a

redução de custos logísticos para entrega de componentes, considerando as condições relativas

a portos e rodovias e ao significativo impacto econômico dos incentivos dos governos estaduais.

A questão logística é muito importante para as fábricas de pás pois a proximidade com os portos

é de muita importância, devido as grandes dimensões das pás, que chegam a ter 60 metros de

comprimento e seu transporte rodoviário é de alta complexidade sendo que o meio modal

marítimo é a preferência. Visto que a maioria dos parques eólicos se localizam em regiões

litorâneas.

O caso das torres é idêntico, pois as torres são manufaturadas em unidade montada dentro do

parque eólico, devido ao elevado peso de seus pré-moldados, portanto, o transporte rodoviário

se torna inviável. São unidades modulares, móveis que são transportadas de parque em parque.

No caso de torres de aço, se verifica que, por aproveitamento de unidades existentes, e de outro,

a lógica de proximidade de parques e portos.

Apesar do interesse das montadoras em estarem próximas a portos, a maior parte do transporte

dos componentes é feita pelo modal rodoviário. A proximidade aos portos facilita o recebimento

de itens importados e o transporte de grandes componentes como pás, torres e a nacele do

Nordeste para o Sul e, também, para a exportação. Um grande entrave para a logística dentro

do país é a falta de navios especializados que façam o serviço de transporte marítimo de

cabotagem confiável e competitivo para as “cargas de projeto” ou cargas de grandes dimensões.

Atualmente há apenas uma empresa habilitada a operar com navio com esta característica

própria para a eólica.

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Fazendo a comparação com o transporte rodoviário, a cabotagem reduz drasticamente o tempo

de viagem. O transporte de uma pá do Porto de Santos para Fortaleza, por via rodoviária levaria

50 dias, enquanto que por via marítima demandaria no máximo seis dias.

As montadoras apontam dificuldades com a infraestrutura dos portos brasileiros e seu elevado

custo de operação. No modal rodoviário, a legislação exige licenças e uso de caminhões

especiais para o transporte de produtos com peso ou dimensões acima dos limites determinados.

Somando a dificuldade de ter que percorrer longas distâncias em estradas ruins resultam em

custos de fretes elevados, onerando o valor do aerogerador. Essas dificuldades logísticas

incentivam a localização dos fornecedores próximos aos parques. Da mesma forma, seria

interessante a instalação de subfornecedores próximas a essas empresas principais.

5. SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO

Os sistemas de medição de representam a atividade sistemática e contínua de quantificar e

avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade de uma empresa, dos processos internos de

negócio, de um grupo de indivíduos ou de um indivíduo isolado, através de indicadores de

desempenho previamente formulados (LEBAS, 1995).

Os sistemas de medição de desempenho não são entidades estáticas dentro da organização, desta

forma, se faz necessário a reavaliação de seus parâmetros para que a ferramenta acompanhe as

mudanças ocorridas nas configurações e estratégias da organização, a capacidade e velocidade

de adaptação as novas demandas são características fundamentais para utilização efetiva desta

ferramenta (NEELY, 1998).

5.1. O Software ARENA®

Uma das mais importantes ferramentas na medição de desempenho encontra-se em um software

dedicado a fazer simulações virtuais, recriando situações reais, que buscam estabelecer modelos

onde se testam várias configurações possíveis até se chegar a um resultado esperado.

O Software Arena foi criado em 1993 pela empresa americana Systems Modeling e foi

incorporado pela empresa Rockwell Software em 1998. O Arena® “visualiza o sistema a ser

modelado como constituído de um conjunto de estações de trabalho que contém um ou mais

recursos que prestam serviços a clientes (também chamados de entidades ou transações), que

se movem através do sistema” (PRADO, 2014)

Através do Arena, é possível apontar todos os envolvidos em um processo de acordo com a

situação a ser analisada, identificar em qual parte deste processo há um gargalo e assim gerar

um cenário otimizado com base no relatório que o sistema gera. Para isso, é necessário inserir

etapas do processo, números que expressam quantidade e tempo: funcionários, maquinário,

veículo transportador, jornada de trabalho, quantidade de produtos e processos de fabricação

são alguns exemplos que podem ser inseridos no software.

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6. RESULTADO E DISCUSSÃO

Entre as razões para a não aquisição de componentes no mercado nacional está nos custos

internos maiores, falta de capacidade ou capacidade produtiva local limitada, capacidades

ociosas em outros países, preferência por fornecedores globais, ausência de fabricantes locais e

homologados para determinados itens e o custo com tributos, sendo que um aerogerador

importado é taxado em 14% enquanto que na cadeia produtiva nacional totalizam 26,5%.

Somando-se os custos com a aquisição de energia elétrica para a manufatura dos componentes

na operação dos fornos. Um dos fatores que chamam atenção são os custos com logística dos

componentes. Visto que os produtos importados utilizam transporte naval internacional,

enquanto que os fabricados nacionalmente somente podem usar navios de bandeira brasileira,

com custos elevados e pouca disponibilidade. No Brasil não há fabricantes de itens de alta

tecnologia como: sistemas de controle, sensores, anemômetros e alguns insumos da confecção

das torres de concreto e núcleo das pás. Fazendo com que os preços praticados no Brasil sejam

15% superiores aos praticados na Europa. Devido ao alto custo do aço, os custos logísticos, alta

tributação, taxa cambial, custo da mão de obra e alguns tipos especiais de fio ou tecido de vidro.

7. CONSIDERAÇÕES

A conclusão é que no país existem dois polos de produção de turbinas eólicas sendo um no

Nordeste e outro no Sul-Sudeste. Os fatores que influenciaram na decisão de localização das

fabricantes são: proximidade dos parques eólicos e condições de infraestrutura dos portos e

rodovias; proximidade da cadeia produtiva e aproveitamento da instalação fabril existente.

Verifica-se que o tamanho e o peso dos componentes eólicos, as grandes distâncias geográficas

das montadoras e fabricantes de componentes entre Nordeste e Sul e a concentração de

fornecedores de componentes e insumos no Sudeste resulta em grandes dificuldades de

logística.

A solução estaria na realização de investimentos em máquinas e equipamentos, ampliações de

linhas produtivas e a homologação técnica dos produtos fabricados localmente pelas

montadoras.

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