a lenda do loureiro
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Cupido – Vou mostrar-lhe como eu sou superior a ele. Para lhe mostrar a superioridade das minhas flechas, vou atirar duas.
Uma, a de ouro, vou atirá-la a Apolo e vou fazer com que ele fique apaixonado.
Cupido - A outra, de chumbo, que afasta o amor, vou atirá-la sobre a bela ninfa Dafne
Cupido - Assim, ele ficará apaixonado por ela e ela não o vai querer.
Apolo – Ai, fui ferido por uma flecha! E estou a sentir-me apaixonado! Sinto...sinto-me apaixonado por Dafne! Vou conquistá-la, estou tão apaixonado!
Dafne – Que horror, não quero saber dele! Eu não quero namorados!
Narrador – Dafne corria tanto que até parecia que tinha asas nos pés.
Apolo – Não me fujas, Dafne Querida. Deixa-me tocar-te, deixa-me beijar-te. Amo-te muito.
Narrador - Apolo corria imenso e Dafne fugia, cada vez mais desesperada.
Dafne - Ele está quase a apanhar-me. Já me sinto sem forças.
Narrador – De repente, Dafne viu o pai entre as árvores.
Dafne – Pai, salva-me, muda-me a forma do meu corpo para que ele me deixe em paz.
Narrador – O pai fez o que a filha pediu.
Pneu – Está bem, minha filha. Vou ajudar-te.
Narrador - Quando Apolo estava quase a tocar-lhe os cabelos...
Dafne – Estou a sentir-me estranha. Ah! Os meus membros e o meu corpo estão a revestir-se de casca!
Dafne - Os meus cabelos transformaram-se em folhas, os meus braçosmudaram-se em ramos e galhos, os meus pés cravaram-se na terra, comoraízes.
Apolo – Minha amada, estás a transformar-te em arbusto. Estás a transformar-te ...em loureiro!
Narrador - Apolo abraçou-se aos ramos e beijou ardentemente a casca.