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4/11/13 A Lei da Liberdade, Igualdade e Fraternidade

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A Lei da Liberdade, Igualdade e Fraternidade

Enviado por rcneto em Friday, March 29, 2013

O referido trabalho vem trazer para a discusso algumas das leis Naturais ou Divinas e suaimportncia para a humanidade.

A Lei da Liberdade, Igualdade e Fraternidade

Quando falamos de liberdade, igualdade e fraternidade, logopensamos na Revoluo Francesa no qual foi muito influenciadapelos ideais do Iluminismo [1] e da Independncia Americana,que sem dvida houve grande presena de maons, digo, deindivduos maons e no da maonaria como um todo, taiscomo Voltaire, Marqus de Pombal, Montesquieu e outros, eque apesar de ser um evento de grande relevncia histrica,no o objetivo do presente trabalho. A inteno refletirmossobre trs Leis da Natureza ou Leis Divinas.

Dizemos que todas as leis da Natureza so divinas, uma vezque Deus o Autor de todas as coisas, sendo ento eternas eimutveis quanto o prprio Deus. Ela lhe indica o que devefazer e o que no se deve fazer, ento o homem no infelizseno quando se afasta dela [2].

O homem, por ser uma criao divina, est sujeito as leisnaturais, dessa forma, podemos consider-lo livre por origem,isso mesmo que nos primeiros anos de vida no possuacapacidade de usufru-la, mas que com o passar do tempo, com

o desenvolvimento de suas capacidades, tendo pensamentosrelacionados com as necessidades de sua idade, aplica-se olivre-arbtrio s coisas que lhe so necessrias [3].

Pela lgica de sua filosofia e por inspirao de sua f, aMaonaria sente-se impelida a pedir liberdade de conscincia,de intelecto, a proclamar o direito de todos os homens seremiguais ante Deus e ante a lei, sem temor e sem trava alguma,respeitando os direitos alheios. [4].

Quando o VEN.`. M.`. em reunio ordinria do grau 1 perguntapara que nos reunimos aqui?, parte da resposta do Ir.. 1VIG.. : para combater o despotismo, a ignorncia, ospreconceitos e os erros....

O despotismo nada mais do que uma forma de governo

arbitrria em que o poder se encontra nas mos de apenas umgovernante [5], um tirano [6], e por ter como caracterstica aarbitrariedade contrria a liberdade.

Nos remotos sculos passados, em que o crime mais castigadoera o de pensar e a conscincia humana estava ao jugo daIgreja, a Maonaria se ergueu para proclamar o direito quetem toda alma de conhecer a verdade. Sua palavra no h sidoo da liberdade procedente de uma f ou religio, seno o daliberdade de crenas; fundamenta-se em que, assim como odespotismo cria a anarquia, o dogma intransigente a fonteprolfica do asceticismo, e tambm que a nossa raa tem

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consiste em receber

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prolfica do asceticismo, e tambm que a nossa raa temrealizado seus progressos mais rpidos nos campos em que aliberdade h durado mais tempo [7].

Hoje os tempos so outros, e a manifestao contrria aliberdade se d de forma mais sutil do que se pensa. Aexemplo das grandes mdias, que ao invs de serem utilizadaspara erguer o homem e ajud-lo a sair da ignorncia,manipulam as massas, induzindo-as a pensar de forma apropiciar maior retorno econmico e poltico aos interessados.Os temas de discusses nas grandes mdias tm grau derelevncia relativo ao propsito egosta de alguns que tem opoder de fazer de outra forma e de garantir ao homem degozar da verdadeira liberdade de pensar.

No que se trata de liberdade, a Maonaria no proclama tosomente a liberdade religiosa, a de pensar, de conscincia elivre arbtrio, que permite apoiar cada qual naquilo queacredita verdadeiro, mas luta com igual intensidade pela

liberdade que d f alma, emancipando-a do despotismo dadvida e das cadeias do medo. Por isso trata de manter noscoraes dos homens sua confiana na bondade de Deus, novalor da vida e na divindade da alma, confiana que tofacilmente pode ruir no poderoso furaco dos anos [8].

J diante da Lei da Igualdade, podemos dizer que todos oshomens so iguais, uma vez que Deus os criou, e por justo que no poderia ter maior benevolncia com uns e ser maisrigoroso com outros.

Todos os homens so submetidos a mesmas leis da Natureza.Todos nascem com a mesma fraqueza, esto sujeitos asmesmas dores e o corpo do rico se destri como o corpo dopobre. Portando, Deus no deu, a nenhum homem,superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte.Diante Dele, todos so iguais [9].

Deus criou todos os homens de forma igual, mas cada um delespossui maior ou menor vivncia, e a menor ou maior aptidoem realizar algumas tarefas est no grau de sua experincia eda sua vontade, que o livre arbtrio: da, uns se aperfeioammais rapidamente e isso lhe d aptides diversas [10].

Do que dizer ento da desigualdade social, se a mesma no uma Lei Natural, porque existe? Primeiro no h como negarque a vemos diminuir pouco a pouco, pois s lermos sobre ossculos passados, sobre sua realidade social e compararmoscom a que vivemos atualmente, poderemos afirmar querealizamos progresso nesse campo. E pelo fato de aindavivermos num mundo que no perfeito e justo, onde muitaspaixes predominam sobre as virtudes, que se mantm aexistncia da desigualdade.

evidente que a desigualdade, por no ser uma Lei Natural, obra do homem e no de Deus, criada unicamente parasatisfazer suas paixes. Dessa forma, podemos afirmar queessa desigualdade desaparecer juntamente com apredominncia do orgulho e do egosmo, e no ficar seno adesigualdade do mrito.

A fim de promover o progresso da igualdade que a Maonariase rene e trabalha no limites das foras de seus obreiros,desenvolvendo-lhes as virtudes, ajudando-os a vencer suaspaixes e submetendo suas vontades, refletindo assim, comsuas aes no mundo profano, no desenvolvimento de umasociedade justa e humana.

A ltima Lei a mais importante: por ela que o homem podeavanar mais na vida espiritual, porque ela resume todas asoutras [11].

Se procurarmos no dicionrio Aurlio a palavra fraternidade,iremos nos deparar com as seguintes definies: parentesco deirmos; Amor ao prximo; Harmonia, concrdia.

Amar ao prximo fazer-lhe todo o bem que est ao nossoalcance e que gostaramos nos fosse feito a ns mesmos. Tal

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alcance e que gostaramos nos fosse feito a ns mesmos. Tal o sentido das palavras de Jesus: Amais uns aos outros, comoirmos [12].

A caridade, segundo Jesus, abrange todas as relaes quetemos com nossos semelhantes. Ele nos ordena a indulgnciaporque ns mesmos temos necessidade dela. Probe-nos dehumilhar o infortnio, contrariamente ao que se praticafrequentemente. Se uma pessoa rica se apresenta, tem-se porela mil atenes, mil amabilidades; se pobre, parece nohaver mais necessidade de se incomodar com ela. Quanto maissua posio seja lastimvel, mais se deve respeitar antes deaumentar seu sofrimento [12].

J dizia Edwin Markhan em sua poesia: A fraternidade aestrela guia da vida, e crista e o corao de todo o bem;porque ela far renascer de novo na Terra sua poesia, seujbilo, j h tanto tempo perdidos. Ela ungir com uma luznova todos os rostos, desenvolvendo um majestoso vigor naRaa. E at que isso suceda, todos seremos escravos eviajaremos para o p das tumbas.

Deixa o passo livre, que a cegueira dos credos e dos reispassar j. Aparte do caminho das ramas mortas, que nossaesperana est posta nos heris que seguem a estrela paraconstruir o mundo novo, que os sculos passam para que sedeixem o passo livre na Fraternidade. Passo do homem.Segundo Jnior (2010), excluindo a morada de Deus, nada temde mais belo no mundo que o Esprito da Maonaria, cujamisso consiste em transformar a humanidade em uma grandefraternidade redentora, em uma liga de homens livres e nobresempenhados na brilhante empresa de realizar com o tempo, oamor e a vontade do Eterno.

A Maonaria Amizade: ser amigo de todos os homens, sejamquais forem suas diferenas de credo, cor ou condio; nivelartoda a raa humana com o esprito de amizade. Tal o espritoda Maonaria; tal seu ideal, que mesmo no se podendo

realizar imediatamente, tem um valor extraordinrio quando jse ama e trabalha para a sua realizao no futuro [13].

O mundo caminha lentamente para uma grande fraternidade.H muito tempo isso j era anunciado pela Maonaria, que temprofetizado: h de chegar um dia em que todas as naessero reverentes com a liberdade, justas, no exerccio de suafora, e humanas, na prtica da sabedoria; um dia em quenenhum homem se atrever a pisotear os direitos alheios, emque uma mulher no se ver arrastada na perdio por homenssem escrpulos, em que crianas no sero abandonadas pelasociedade. A Maonaria no se dar por satisfeita at que nose haja traado com todos os fios da fraternidade humana umamstica corda de amizade que d a volta em toda a Terra,encerrando dentro de seu crculo a unidade de esprito da raae os laos irrompveis de uma paz perptua [14].

E para finalizar, uso das palavras de nosso Ir.`. Jnior (2010)para dizer que quem queira encontrar o segredoverdadeiro da Maonaria h de se entregar por completoao servio do mundo.

Ricardo Carreiro Neto - A.`.M.`.DEUS, PAZ E LIBERDADE

FEVEREIRO/2012

Referncia Bibliogrfica

[1]G. Mayos (traduzido por Gustavo Silveira Siqueira). Teoria poltica de Kante Herder: Despotismo Esclarecido e Legitimidade da Revoluo". Disponvelem: http://www.ub.edu/histofilosofia/gmayos/4presentacio.htm. Acessoem: 29/01/2012.[2] Allan Kardec. Livro dos Espritos. 1954. Questes 614 e 615.[3] Allan Kardec. Livro dos Espritos. 1954. Questo 844.[4] Jnior, Helvcio de Resende Urbano. MAONARIA Simbologia e Kabbala.Pgina 50. 2010. Editora MADRAS.[5] Wikipdia. Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Despotismo.Acesso em: 29/01/2012.[6] Mini Aurlio O Dicionrio da Lngua Portuguesa. 2010. Editora Positivo.



[6] Mini Aurlio O Dicionrio da Lngua Portuguesa. 2010. Editora Positivo.[7] Jnior, Helvcio de Resende Urbano. MAONARIA Simbologia e Kabbala.Pgina 51. 2010. Editora MADRAS.[8] Adaptado de Jnior, Helvcio de Resende Urbano. MAONARIASimbologia e Kabbala. Pgina 51. 2010. Editora MADRAS.[9] Allan Kardec. Livro dos Espritos. 1954. Nota da questo 803.[10] Adaptado de Allan Kardec. Livro dos Espritos. 1954. Questo 804.[11] Allan Kardec. Livro dos Espritos. 1954. Questo 648.[12] Allan Kardec. Livro dos Espritos. 1954. Nota da questo 886.[13] Adaptado de Jnior, Helvcio de Resende Urbano. MAONARIASimbologia e Kabbala. Pgina 57. 2010. Editora MADRAS.[14] Jnior, Helvcio de Resende Urbano. MAONARIA Simbologia e Kabbala.Pgina 60. 2010. Editora MADRAS.

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