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Abril de 2018 13 A jornada final e solitária do Salvador ECCE HOMO [EIS O HOMEM], DE LOUIS ROYER, RIJKSMUSEUM “No Domingo de Páscoa, comemoramos o evento mais aguardado e mais glorioso da história do mundo. É o dia em que tudo mudou. Naquele dia, minha vida mudou. Sua vida mudou. O destino de todos os filhos de Deus mudou.” Presidente Dieter F. Uchtdorf, segundo conselheiro na Primeira Presidência, “O dom da graça”, A Liahona, maio de 2015, p. 107. O MY FATHER [Ó, MEU PAI], DE SIMON DEWEY Sofrimento incomparável U m mero mortal não consegue conceber a plena impor- tância do que Cristo fez por nós no Getsêmani. Sabemos que Ele suou grandes gotas de sangue de cada poro ao beber até a última gota do cálice amargo que o Pai Lhe dera. Sabemos que Ele sofreu, tanto física quanto espiritual- mente, mais do que é possível a um homem sofrer, sem que morra. Sabemos que, de alguma forma incompreensível para nós, Seu sofrimento satisfez as exigências da justiça, resga- tou das dores e penas do pecado as almas penitentes e pôs a misericórdia ao alcance de todos os que crerem em Seu santo nome. Sabemos que Ele ficou prostrado por terra enquanto as dores e agonias de um fardo infinito O faziam tremer e que Ele desejou não ter que tomar da taça amarga.” Élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apóstolos, “O poder purificador do Getsêmani”, A Liahona, julho de 1985, pp. 9–10. Aplicação pessoal: Embora nem sempre com- preendamos isso, o Salvador sofreu todas as for- mas de dor durante a Expiação. Ele entende toda dor física, desde um osso quebrado até a enfer- midade crônica mais grave. Ele sentiu a escuri- dão e o desespero de doenças mentais como a depressão, a ansiedade, a dependência, a solidão e a tristeza. Sentiu toda ferida espiritual porque tomou sobre Si todos os pecados da humanidade. O élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou: “Num momento de fraqueza, podemos exclamar: ‘Ninguém sabe o que estou passando. Ninguém entende’. Mas o Filho de Deus sabe e entende perfeitamente, por- que Ele sentiu e suportou os fardos de cada um de nós” (“Carregar seus fardos com facilidade”, A Liahona, maio de 2014, p. 90). Chakell Wardleigh Revistas da Igreja A o longo de Sua vida mortal, o Salvador fez muitas jornadas — Sua jornada de Belém para o Egito, quando bebê, Sua jornada de 40 dias no deserto, Suas muitas jornadas para cidades, vilas e lares para ensi- nar, curar e abençoar durante Seu ministério, e muitas outras. Mas há uma jornada que o Salvador teve de enfrentar sozinho, e era uma jornada que somente Ele poderia suportar.

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A b r i l d e 2 0 1 8 13

A jornada final e solitária do Salvador

ECCE

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MO

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O H

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OUI

S RO

YER,

RIJK

SMUS

EUM

“No Domingo de Páscoa, comemoramos o evento mais aguardado e mais glorioso da história do mundo.

É o dia em que tudo mudou.Naquele dia, minha vida mudou.Sua vida mudou.O destino de todos os filhos de Deus mudou.”

Presidente Dieter F. Uchtdorf, segundo conselheiro na Primeira Presidência, “O dom da graça”, A Liahona, maio de 2015, p. 107.

O M

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EU P

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DE S

IMO

N DE

WEY

Sofrimento incomparável

“Um mero mortal não consegue conceber a plena impor-tância do que Cristo fez por nós no Getsêmani.

Sabemos que Ele suou grandes gotas de sangue de cada poro ao beber até a última gota do cálice amargo que o Pai Lhe dera.

Sabemos que Ele sofreu, tanto física quanto espiritual-mente, mais do que é possível a um homem sofrer, sem que morra.

Sabemos que, de alguma forma incompreensível para nós, Seu sofrimento satisfez as exigências da justiça, resga-tou das dores e penas do pecado as almas penitentes e pôs a misericórdia ao alcance de todos os que crerem em Seu santo nome.

Sabemos que Ele ficou prostrado por terra enquanto as dores e agonias de um fardo infinito O faziam tremer e que Ele desejou não ter que tomar da taça amarga.”

Élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apóstolos, “O poder purificador do Getsêmani”, A Liahona, julho de 1985, pp. 9–10.

Aplicação pessoal: Embora nem sempre com-preendamos isso, o Salvador sofreu todas as for-mas de dor durante a Expiação. Ele entende toda dor física, desde um osso quebrado até a enfer-midade crônica mais grave. Ele sentiu a escuri-dão e o desespero de doenças mentais como a depressão, a ansiedade, a dependência, a solidão e a tristeza. Sentiu toda ferida espiritual porque tomou sobre Si todos os pecados da humanidade.

O élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou: “Num momento de fraqueza, podemos exclamar: ‘Ninguém sabe o que estou passando. Ninguém entende’. Mas o Filho de Deus sabe e entende perfeitamente, por-que Ele sentiu e suportou os fardos de cada um de nós” (“Carregar seus fardos com facilidade”, A Liahona, maio de 2014, p. 90).

Chakell WardleighRevistas da Igreja

Ao longo de Sua vida mortal, o Salvador fez muitas jornadas — Sua jornada de Belém para o Egito, quando bebê, Sua

jornada de 40 dias no deserto, Suas muitas jornadas para cidades, vilas e lares para ensi-nar, curar e abençoar durante Seu ministério, e muitas outras. Mas há uma jornada que o Salvador teve de enfrentar sozinho, e era uma jornada que somente Ele poderia suportar.