a invenÇÃo da barra da tijuca: a anticidade...

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118 A INVENÇÃO DA BARRA DA TIJUCA: A ANTICIDADE CARIOCA A área referente ao “sub-bairro” Cidade Jardim, anteriormente à aprovação dos PAL 39.024 e PAL 39.025, era regida pelo Decreto nº 3.046 de 1981 e se enquadrava na Subzona A36 deste decreto, não estando, portanto, dentro das subzonas para as quais Lúcio Costa havia estabelecido a implementação de núcleos urbanos (subzonas A17 e A18). Uma das diferenças entre o que prevê o Decreto nº 3.046/ 81 e o que prevêem os PALs 39.024 e 39.025, é que no decreto as edificações multifamiliares da subzona A36 deveriam ter no máximo 16 pavimentos e no caso dos PALs é permitida construção de 17 pavimentos tipos sobre embasamento com dois pavimentos ou 12 pavimentos tipos sobre pilotis. As incorporadoras são responsáveis pela urbanização da área referente ao empre- endimento Cidade Jardim, assim como por toda a infra-estrutura e áreas públicas de lazer articuladas e que fazem parte da área de doação exigida pelos Projetos de Parcela- mento, como rege a legislação federal 7 . Além das incorporadoras doarem ao município as áreas exigidas, irão executar praças nessas áreas e arcar com este custo. A execução dessas áreas públicas, como as praças, será efetivada aos poucos, conforme for ocorren- do a ocupação da área. Segundo a Incorporadora RJZ Cyrela, não haverá cancelas nos acessos ao “sub-bair- ro” Cidade Jardim e por isso essas áreas de lazer serão consideradas públicas (Figura 4.4). Entretanto, como já colocado, o Decreto municipal nº 14.618/ 96 permite a instalação de guaritas e cancelas em logradouros públicos que sejam para acesso exclusivamente residencial, fechando as vias de acesso aos condomínios. Ainda que tal decreto determi- ne que qualquer cidadão tem o direito de acesso e utilização do logradouro, na prática esse acesso é inibido e controlado pelas administrações dos condomínios. No caso do empreendimento Cidade Jardim acredita-se que o fechamento não ocorrerá porque o “sub-bairro” se localiza numa área importante e de grande fluxo para a região da Barra da Tijuca e Jacarepaguá. A Avenida Embaixador Abelardo Bueno, principal via de acesso ao “sub-bairro” Cidade Jardim, liga as avenidas Ayrton Senna e Salvador Allende. Tal área encontra-se próxima ao Centro Metropolitano proposto por Lúcio Costa no Plano Piloto, sendo que a primeira via é a avenida que foi apontada para ser o eixo norte-sul da região da Bar- ra da Tijuca e baixada de Jacarepaguá, anteriormente denominada Avenida Alvorada. Portanto, não seria viável instalar cancelas, inibindo o acesso por qualquer pessoa que não fosse moradora dos condomínios do “sub-bairro” Cidade Jardim. No entanto, a incorporadora prevê o fechamento das glebas onde serão construídos os condomínios 7 De acordo com a Lei nº 6766 de 1979, a porcentagem de áreas públicas de doação não podem ser inferiores a 35% da área da gleba, salvo nos loteamentos destinados ao uso industrial cujos lotes forem maiores que 150.000m², caso em que a porcentagem da área de doação será reduzida.

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A INVENÇÃO DA BARRA DA TIJUCA: A ANTICIDADE CARIOCA

A área referente ao “sub-bairro” Cidade Jardim, anteriormente à aprovação dos

PAL 39.024 e PAL 39.025, era regida pelo Decreto nº 3.046 de 1981 e se enquadrava na

Subzona A36 deste decreto, não estando, portanto, dentro das subzonas para as quais

Lúcio Costa havia estabelecido a implementação de núcleos urbanos (subzonas A17 e

A18). Uma das diferenças entre o que prevê o Decreto nº 3.046/ 81 e o que prevêem os

PALs 39.024 e 39.025, é que no decreto as edifi cações multifamiliares da subzona A36

deveriam ter no máximo 16 pavimentos e no caso dos PALs é permitida construção de

17 pavimentos tipos sobre embasamento com dois pavimentos ou 12 pavimentos tipos

sobre pilotis.

As incorporadoras são responsáveis pela urbanização da área referente ao empre-

endimento Cidade Jardim, assim como por toda a infra-estrutura e áreas públicas de

lazer articuladas e que fazem parte da área de doação exigida pelos Projetos de Parcela-

mento, como rege a legislação federal7. Além das incorporadoras doarem ao município

as áreas exigidas, irão executar praças nessas áreas e arcar com este custo. A execução

dessas áreas públicas, como as praças, será efetivada aos poucos, conforme for ocorren-

do a ocupação da área.

Segundo a Incorporadora RJZ Cyrela, não haverá cancelas nos acessos ao “sub-bair-

ro” Cidade Jardim e por isso essas áreas de lazer serão consideradas públicas (Figura 4.4).

Entretanto, como já colocado, o Decreto municipal nº 14.618/ 96 permite a instalação

de guaritas e cancelas em logradouros públicos que sejam para acesso exclusivamente

residencial, fechando as vias de acesso aos condomínios. Ainda que tal decreto determi-

ne que qualquer cidadão tem o direito de acesso e utilização do logradouro, na prática

esse acesso é inibido e controlado pelas administrações dos condomínios.

No caso do empreendimento Cidade Jardim acredita-se que o fechamento não

ocorrerá porque o “sub-bairro” se localiza numa área importante e de grande fl uxo para

a região da Barra da Tijuca e Jacarepaguá.

A Avenida Embaixador Abelardo Bueno, principal via de acesso ao “sub-bairro”

Cidade Jardim, liga as avenidas Ayrton Senna e Salvador Allende. Tal área encontra-se

próxima ao Centro Metropolitano proposto por Lúcio Costa no Plano Piloto, sendo que

a primeira via é a avenida que foi apontada para ser o eixo norte-sul da região da Bar-

ra da Tijuca e baixada de Jacarepaguá, anteriormente denominada Avenida Alvorada.

Portanto, não seria viável instalar cancelas, inibindo o acesso por qualquer pessoa que

não fosse moradora dos condomínios do “sub-bairro” Cidade Jardim. No entanto, a

incorporadora prevê o fechamento das glebas onde serão construídos os condomínios

7 De acordo com a Lei nº 6766 de 1979, a porcentagem de áreas públicas de doação não podem ser inferiores a 35%

da área da gleba, salvo nos loteamentos destinados ao uso industrial cujos lotes forem maiores que 150.000m²,

caso em que a porcentagem da área de doação será reduzida.

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Capítulo 4 | A TRANSFORMAÇÃO DOS CONDOMÍNIOS EM UMA MARCA

residenciais fechados como o Reserva Jardim. A Figura 4.4 ilustra o esquema de fecha-

mento das glebas deste “sub-bairro” e a Figura 4.5 mostra o modelo proposto para o

fechamento dos condomínios.

Figura 4.4 − Implantação do empreendimento Cidade Jardim com as marcações dos fechamen-tos do “bairro” e dos condomínios fechados.

Fonte: Incorporadora RJZ Cyrela

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A INVENÇÃO DA BARRA DA TIJUCA: A ANTICIDADE CARIOCA

Figura 4.5 − Imagem dos gradis de fechamento propostos para os condomínios.

Fonte: Incorporadora RJZ Cyrela

De acordo com o arquiteto Alexandre Villas8 − Gerente de Produto da incorporado-

ra RJZ Cyrela − a intenção é que a associação de moradores, formada pelos proprietários

e moradores do “sub-bairro” Cidade Jardim, criada recentemente e denominada de As-

sociação Amigos Cidade Jardim (ASCIJA), garanta a fi scalização e a manutenção dessas

áreas públicas, com o foco na interação e participação coletiva, representando os inte-

resses dos moradores junto aos poderes públicos.

O Reserva Jardim é o primeiro empreendimento lançado no empreendimento Ci-

dade Jardim − projetado pelo escritório Feu Arquitetura − e foi implantado numa gleba

de 42.196m². O lançamento do condomínio deu-se em quatro fases. Sua primeira e

segunda fases foram lançadas em 2007, com o lançamento de três edifícios na primeira

fase e de dois edifícios na segunda fase. A terceira e quarta fases foram lançadas em

2008, com o lançamento de um edifício na terceira fase e dois na quarta e última fase

de lançamentos (Quadro 4.2). O condomínio tem oito torres residenciais de 17 pavi-

mentos cada (Figura 4.6), somando um total de 1.292 unidades residenciais, com uma

variação de onze plantas baixas, que tem apartamentos de 2, 3 e 4 quartos e área entre

78m² e 150m². De acordo com os dados do Quadro 4.1 e as informações disponíveis no

site da incorporadora Cyrela, as plantas de maiores dimensões foram lançadas em 2008

nas duas últimas fases de lançamentos do empreendimento9.

8 Os dados aqui apresentados foram concedidos para esta pesquisa em entrevista, realizada ao arquiteto Alexandre

Villas no dia 11 de maio de 2009, sobre o empreendimento Cidade Jardim e o condomínio Reserva Jardim.

9 Em 2008 foi lançada a primeira fase de outro condomínio fechado do “sub-bairro” Cidade Jardim − o condomínio

Reserva do Parque. Projetado pelo escritório de arquitetura STA Arquitetura, tem seis edifícios, com 1.258 unidades,

construídos numa gleba de 36.561,14m².

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Capítulo 4 | A TRANSFORMAÇÃO DOS CONDOMÍNIOS EM UMA MARCA

Quadro 4.2 – Quadro com as fases de lançamentos do Reserva Jardim por ano.

Fonte: ADEMI − RJ.

Figura 4.6 − Imagem digital de uma das torres residen-ciais do Condomínio Reserva Jardim, primeiro empreendi-mento residencial lançado no Cidade Jardim.

Empreendimentos Endereço BairroAno de

Lançam. TipologiaTotal de

Unidades Incorporador Construtor

Cidade Jardim - Reserva Jardim 1ª Fase (Ed. Jacarandá, Ed. Flamboyant e Ed. Jatobá)

Av. Abelardo Bueno, 1000

Barra da Tijuca 2007

2 , 3 e 4 quartos 510

Carvalho Hosken, RJZ

Cyrela

RJZ Cyrela, Quadra

Engenharia Ltda, Razão

Cidade Jardim - Reserva Jardim 2ª Fase (Ed. Jequitibá e Ed. Jerivá)

Av. Abelardo Bueno, 1000

Barra da Tijuca 2007

3 e 4 quartos 238

Carvalho Hosken, RJZ

Cyrela

RJZ Cyrela, Quadra

Engenharia Ltda, Razão

Cidade Jardim - Reserva Jardim 3ª Fase (Ed. Ipê)

Av. Abelardo Bueno, 1000

Barra da Tijuca 2008

2 e 3 quartos 204

Carvalho Hosken, RJZ

Cyrela

RJZ Cyrela, Quadra

Engenharia Ltda, Razão

Cidade Jardim - Reserva Jardim 4ª Fase (Ed. Figueira, Ed. Ingá)

Av. Abelardo Bueno, 1000

Barra da Tijuca 2008

2 e 3 quartos 340

Carvalho Hosken, RJZ

Cyrela

RJZ Cyrela, Quadra

Engenharia Ltda, Razão

Fonte: <http://www.cyrela.com.br/web/fi cha/cidade-jardim/>. Acesso em 10/jan/2009.

Fonte: Base de Dados ADEMI – RJ.

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A INVENÇÃO DA BARRA DA TIJUCA: A ANTICIDADE CARIOCA

O amplo e variado programa arquitetônico inclui um complexo aquático com-

posto de cinco piscinas recreativas com aquaplays e piscina infantil, raias aquecidas

destinadas à natação, quadras poliesportiva, de vôlei e de futebol de areia, pista de car-

ros infantil, salas de musculação, salão de beleza, mini-horta, pistas de boliche, rinque

de patinação, lan house, salões de festas, cinema, bicicletário, quiosques para comércio

local, entre outra diversidade de usos. Esse condomínio dispõe de um amplo e diversi-

fi cado programa (Figuras 4.7, 4.8 e 4.9).

Figura 4.7 – Implantação do Cidade Jardim com as unidades condominiais locadas e o progra-ma de lazer do “sub-bairro”.

Fonte: Incorporadora RJZ Cyrela.

LEGENDA:

01 - Praça de Entrada com Chafariz02 - Pórtico Monumental03 - Praça Labirinto04 - Cinturão Verde05 - Ciclovia e Passeio06 - Estacionamento de Visitantes07 - 02 Quadras de Tênis08 - 02 Quadras Poliesportivas09 - Quadras Futebol Society (Total 4)10 - Apoio às Quadras com Vestiário11 - Praça Central Contemplativa com Espelho D’água12 - Centro de Comércio de Convivência13 - Praça Chafariz14 - Estação de Ginástica15 - Playground Infantil com Pergolado16 - Pórtico de Entrada17 - Caminho Ecológico

18 - Jardim Florido19 - Pomar20 - Estação de Ginástica21 - Lago Ornamental22 - Deck Contemplativo23 - Espaço Zen24 - Praça do Luau25 - Sport Churrasco26 - Pic-Nic27 - Playground 0-528 - Centro Ecumênico29 - Street Skate30 - 04 Quadras de Vôlei de Praia31 - Bicicross32 - Quadras Poliesportivas33 - Quadras de Tênis (Total 4)34 - Drive Range

35 - Clube36 - Play Aventura37 - Orquidário38 - Espaço Atelier39 - Pet Place40 - Cidade das Crianças41 - Espaço Jogos42 - Family Space43 - Futebol44 - Espaço de Ginástica45 - Água Lúdica46 - Play Lúdico47 - Play Aromático48 - Play Sonoro49 - Espaço das Cores50 - Espaço Yoga

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Capítulo 4 | A TRANSFORMAÇÃO DOS CONDOMÍNIOS EM UMA MARCA

Figura 4.8 − Imagem digitalizada do Espaço Aquático.

Fonte: Disponível em: <http://www.cyrela.com.br/web/fi cha/cidadejardim/>. Acesso em 08/maio/2009.

. Figura 4.9 − Imagem digitali-zada do Playground: pista de carros

Fonte: Disponível em: <http://www.cyrela.com.br/web/fi cha/cidadejardim/>.

Acesso em 08/maio/2009.

Figura 4.10 − Imagem digi-talizada da Pista de Boliche proposta para a área de lazer do Reserva Jardim.

Fonte: Disponível em: <http://www.

cyrela.com.br/web/fi cha/cidadejardim/>. Acesso em 08/maio/2009.

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A INVENÇÃO DA BARRA DA TIJUCA: A ANTICIDADE CARIOCA

Essa diversidade do programa arquitetônico representa os desejos da população

que aspira morar em condomínios residenciais fechados, em especial na Barra da Ti-

juca. As fi guras mostradas realçam a quantidade de itens, que é tão grande e variada

que não falta lazer para todos os tipos de moradores. Para tal proposta não é necessário

buscar a “cidade tradicional”.

O Condomínio Reserva Jardim, construído dentro de um “bairro” projetado repre-

senta os empreendimentos residenciais edifi cados nos últimos anos na Barra da Tijuca,

“pois tem tudo o que um cidadão da cidade contemporânea aspira para o seu lazer, tran-

quilidade e segurança”. Conquanto o Reserva Jardim se localize em uma gleba maior do

que a quadra da cidade tradicional (que tem aproximadamente 10.000m²), tal dimen-

são favorece que desde o princípio o empreendimento possa ser fechado, ao contrário

dos núcleos urbanos do Plano Piloto (com 70.000m²), que “nasceram” abertos.

É importante destacar que a área do “sub-bairro” Cidade Jardim (512.000m²) corres-

ponde à área do Novo Leblon, segundo núcleo residencial lançado na Barra no âmbito

do Plano Piloto. O empreendimento Cidade Jardim foi lançado com características se-

melhantes aos núcleos residenciais, mas o principal diferencial é a divisão em glebas

condominiais menores, ou seja, empreendimentos isolados uns dos outros, como apre-

sentado por meio do condomínio Reserva Jardim.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho procurou compreender as relações entre o planejamento urbano e

a ação dos agentes produtores do espaço - Estado e mercado imobiliário. No âmbito

destas relações discutiu-se a formação da anticidade, em particular o caso da Barra da

Tijuca, no Rio de Janeiro.

Com o intuito de balizar as análises referentes ao processo de ocupação da Barra e

dos modelos de moradia implementados ao longo do tempo, primeiramente foram sis-

tematizados importantes conceitos relacionados à emergência do condomínio fechado

como modelo de moradia das metrópoles contemporâneas e às formas de produção do

capital imobiliário, como a inovação do produto e o sobrelucro de localização. Dentre

estes conceitos estão: a anticidade, que é um modelo que se contrapõe a diversidade

sócioeconômica da cidade tradicional, que busca a homogeneidade, o isolamento; o

sprawl, fenômeno da dispersão da mancha urbana e da fragmentação da ocupação

urbana por meio de loteamentos periféricos e empreendimentos residenciais do tipo

condomínio; e a edge city, caracterizada como um conjunto de edifícios isolados em

uma mesma área, localizados, de um modo geral, próximos a uma grande cidade, com

lojas de conveniência, escolas, hospitais, edifícios de escritórios e comerciais e um am-

plo sistema de segurança.

Em seguida procurou-se compreender o deslocamento espacial da elite carioca até

a Barra da Tijuca, o qual confi rmou a hipótese de que o mercado imobiliário e o Esta-

do foram os principais agentes desse deslocamento espacial. O foco foi o processo de

ocupação e urbanização da Barra, com a apresentação de três modelos de condomínios

fechados lançados em três momentos de ocupação distintos. Por meio desses empre-

endimentos foi possível evidenciar como e quando “nasceu” o condomínio fechado na

Barra da Tijuca e como o mercado tem trazido e incorporado o “morar bem” ao produto

moradia.

Como fenômeno contemporâneo, os condomínios residenciais fechados resultam

de uma conjuntura de fatores, como as condições históricas, a inovação do produto

imobiliário residencial realizada pelo mercado imobiliário, as necessidades de deter-

minadas classes sociais, particularmente as de alta renda, que cada vez mais procuram

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A INVENÇÃO DA BARRA DA TIJUCA: A ANTICIDADE CARIOCA

novas formas de moradia como símbolo de status, bem como a atuação do estado na

implementação de infraestruturas e na produção da legislação urbana que favorece em

geral tais modalidades.

A Barra da Tijuca, recorte espacial selecionado para esta dissertação, é um im-

portante exemplo de um bairro aonde predominam esses grandes empreendimentos

fechados. Trata-se de um bairro carioca de urbanização recente, considerado a última

fronteira de expansão do Rio de Janeiro, cujo modelo de ocupação foi pautado pelos

preceitos do Urbanismo Moderno: o “Plano Piloto”, elaborado em 1968 pelo arquiteto

Lúcio Costa.

O plano urbanístico, encomendado ao arquiteto pelo Estado, surgiu como uma

antítese à Copacabana, bairro da zona sul com intensa ocupação do solo na época. As

grandes glebas, existentes na Barra da Tijuca na ocasião, concentradas nas mãos de

poucos foram a oportunidade perfeita para a implementação de edifi cações isoladas,

cuja fi nalidade inicial era a de facilitar a aeração, mas que trazia consigo um novo mo-

delo de urbanização diferenciado à época.

O modelo proposto pelo Plano Piloto procurou, por meio do traçado viário − devi-

damente hierarquizado − e do zoneamento funcional − com usos e índices claramente

defi nidos − traduzir e implementar os conceitos amplamente difundidos no âmbito da

Carta de Atenas de 1933: morar, trabalhar recrear e circular. A unidade de vizinhança,

conceito importante do Urbanismo Moderno foi utilizado como elemento estruturador

para as áreas residenciais por meio da proposta dos núcleos urbanos residenciais com

torres de apartamentos no centro das glebas, equipamentos urbanos de lazer (clubes),

ensino (escolas) e comércio local, em suas áreas periféricas. As “vias expressas” implan-

tadas pelo estado, favoreceram o uso do automóvel e viabilizaram a articulação daquela

região ao centro e à zona sul, regiões aonde se localizavam o “trabalho”.

Neste contexto, os investimentos do Estado em infraestrutura viária e no pla-

nejamento urbano foram essenciais para a intensifi cação da ocupação da região. As

construções da estrada das Canoas (na década de 1930) e de uma ponte sobre a Lagoa

da Tijuca (em 1939) viabilizaram o fl uxo vindo da Tijuca por meio do Alto da Boa Vista,

possibilitando a ocupação dos primeiros loteamentos da Barra da Tijuca (Tijucamar e

Jardim Oceânico) na década de 1940. As construções da Avenida Niemeyer (em 1922)

e do Elevado do Joá (início da década de 1970) foram primordiais para a ligação de-

fi nitiva da região da Barra da Tijuca com a zona sul carioca. Embora o plano previsse

investimentos em outras importantes infraestruturas - transporte coletivo (sistema me-

troviário) e rede de esgoto – tais investimentos não foram executados.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode se afi rmar que o próprio Plano Piloto associado à presença de grandes gle-

bas na região nas mãos de poucos proprietários, à atuação do mercado imobiliário na

produção de novas formas de moradia e ao aumento da violência a partir dos anos de

1980, foram fatores fundamentais que favoreceram o surgimento e a proliferação dos

condomínios fechados na Barra da Tijuca. Neste contexto, particularmente a concentra-

ção de grandes porções de terras nas mãos de poucos proprietários facilitou a ação do

mercado imobiliário e a privatização dos espaços propostos originalmente.

Se por um lado, os grandes empreendimentos residenciais da Barra da Tijuca

inicialmente responderam às propostas idealizadas por Lúcio Costa: uma unidade re-

sidencial, suprida por equipamentos de lazer, ensino e comércio local com alturas que

respeitavam a geografi a e na escala adequada ao cidadão, por outro, tal modelo pro-

piciou a inovação do produto imobiliário residencial na nova e principal fronteira de

expansão do Rio de Janeiro − a Barra da Tijuca, favorecendo a proliferação do condo-

mínio fechado.

A partir da análise de três modelos de moradia, implementados em três momen-

tos distintos procurou-se entender o “nascimento” do empreendimento – condomínio

fechado – e a evolução da anticidade carioca.

Em um primeiro momento, o caso do condomínio Nova Ipanema ilustra questões

importantes para esta pesquisa. Ainda nos anos de 1970, este primeiro núcleo residen-

cial previsto por Lúcio Costa, por motivos vários, encontrou caminhos para se isolar do

bairro planejado que lhe deu origem. Seja por sua posição geográfi ca, seja por meio de

uma simples cancela que bloqueia o acesso “público”. Segundo entrevistas, o principal

motivo foi o fator segurança, motivo este que acabou por isolar espaços que antes eram

públicos da dinâmica do bairro.

Num segundo momento, o sucesso da ocupação da Barra associou-se às alterações

realizadas no Plano Piloto original por meio dos Decretos nº 324 de 1976 e nº 3.046 de

1981 − que propiciaram o aumento da verticalização, uma maior mistura de usos e a

inovação do produto imobiliário − o condomínio fechado. O condomínio Alfa Barra,

composto de torres de apartamentos e localizado na orla, onde havia sido proibida

pelo Plano Piloto a construção de edifícios altos, traduz o resultado de algumas dessas

modifi cações. Este condomínio, que nasceu de fato fechado, consagra torres isoladas,

vasta e diversifi cada área de lazer, inclusive na orla do bairro.

Já o terceiro modelo analisado – o condomínio Reserva Jardim – acentua tal pro-

duto, determinando o processo de expansão da Barra da Tijuca de modo cada vez

mais disperso e fragmentado. Tal modelo incorpora a natureza como um produto a ser

comercializado, como um “capital ecológico”, e faz do marketing um poderoso instru-

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A INVENÇÃO DA BARRA DA TIJUCA: A ANTICIDADE CARIOCA

mento de comercialização. Além disso, por meio deste caso constata-se uma inovação

da localização com a criação de novos “bairros” dentro da Barra da Tijuca, característica

marcante dos condomínios atuais da região. Isso valoriza a ideia de exclusividade, ge-

rando a ilusão de que foram criadas novas localidades repletas de vantagens associadas

à presença de imensas áreas verdes e diversifi cadas áreas de lazer, propiciando o au-

mento do sobrelucro de localização.

O que ocorre de fato é uma privatização dos espaços públicos previstos inicial-

mente nos núcleos residenciais da Barra (ruas e áreas de lazer). Vale reafi rmar que tal

privatização é consequência direta da ação do estado (responsável pela legislação ur-

bana e obras de infraestrutura) em parceria com a ação do mercado imobiliário, ações

estas que “fogem” do controle do modelo de bairro presente nos ideais propostos por

Lúcio Costa no fi nal da década de 1960.

Embora esses empreendimentos − condomínios fechados − tenham “tudo” para o

cotidiano da sua população, imprimindo inclusive uma “maior segurança” aos seus mo-

radores é fundamental ressaltar que este modelo apresenta um conjunto de problemas,

claramente perceptíveis na cidade contemporânea. Trata-se de um modelo que segre-

ga o espaço residencial para determinadas classes residenciais, que privilegia o uso do

automóvel, que depende de infraestrutura de circulação viária capaz de dar vazão ao

grande fl uxo de veículos dos seus moradores, que ignora o espaço público e, portanto,

ignora a cidade tradicional, contribuindo claramente para a formação da anticidade.

Devido à complexidade do tema, que envolve vários setores e agentes da socieda-

de, esse assunto não se esgota nesta dissertação. A intenção deste trabalho foi ampliar

o debate acerca da infl uência do planejamento urbano e sua articulação com o capital

imobiliário na produção do espaço das cidades, particularmente nos modelos de ocu-

pação residencial e no “estilo” de vida da sociedade contemporânea. É fundamental

que os arquitetos e urbanistas em conjunto com os agentes públicos e privados sejam

capazes de desenhar novas políticas urbanas que possam de fato alterar os rumos que

este modelo vem imprimindo em nossas cidades.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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A INVENÇÃO DA BARRA DA TIJUCA: A ANTICIDADE CARIOCA

ANEXOS

Anexo1

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Anexo2

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A INVENÇÃO DA BARRA DA TIJUCA: A ANTICIDADE CARIOCA

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURAS

Figura 1.1 Avenida Atlântica no início do século XX.Disponível em: <http://www.copacabanadetoledo.blogger.com.

br/>. Acesso em 01/nov/2008.

Figura 1.2 Imagem das obras de duplicação do Túnel

Novo.Fonte: Disponível em: <zrak7.ifrance.com/rio-urb-05b.pdf>.

Acesso em 01/nov/2008.

Figura 1.3 Orla de Copacabana atualmente.Fonte: VILLAÇA, 2001, p.98.

Figura 1.4 Avenida Vieira Souto (Ipanema) em 1930.Fonte: Disponível em: <zrak7.ifrance.com/rio-urb-05b.pdf>.

Acesso em 01/nov/2008.

Figura 1.5 Avenida Vieira Souto atualmente. Fonte: Disponível em: <zrak7.ifrance.com/rio-urb-05b.pdf>.

Acesso em 01/nov/2008.

Figura 2.1 Barra da Tijuca na primeira metade do século XX.Fonte: Gaspar (2004, p.261) apud Lemos (2008, p.88).

Figura 2.2 Construção da Estrada do Joá em 1908.Fonte: PINHEIRO, 2001.

Figura 2.3 Construção da Avenida Niemeyer no início do século XX.Fonte: PINHEIRO, 2001.

Figura 2.4 Barra da Tijuca na década de 1960.Fonte: PINHEIRO, 2001.

Figura 2.5 Construção do Elevado da Encosta do Joá em

1970.Fonte: A Auto-Estrada Lagoa/ Barra – Acesso ao Rio do Futuro

apud Martins (2007).

Figura 2.6 Croquis de Lúcio Costa com a demarcação da área triangular da região da Barra da Tijuca e

baixada de Jacarepaguá.Fonte: COSTA, 1969.

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Figura 2.7 Imagem atual da triangulação da área objeto

do Plano Piloto com os elementos naturais

delimitadores da área. Fonte: MARTINS, 2007, p.27.

Figura 2.8 Croquis de Lúcio Costa: Plano Piloto para a

Barra da Tijuca e Projeto de Brasília.Fonte: LEITÃO e REZENDE, 2003.

Figura 2.9 Croquis de Costa com os eixos norteadores da

ocupação da região objeto do Plano Piloto. Fonte: Estado da Guanabara, 1969.

Figura 2.10 Croquis geral da área do Plano Piloto, dese-

nhado por Lúcio Costa.Fonte: COSTA, 2006.

Figura 2.11 Imagem atual do núcleo residencial Nova Ipa-

nema − casas à esquerda da imagem e torres de apartamentos à direita.Fonte: SÁNCHEZ, Natália. 06 de maio de 2009.

Figura 2.12 Croquis da Implantação do núcleo residencial Nova Ipanema.Fonte: Escritório Musa Arquitetura.

Figura 2.13 Pracinha no interior do condomínio Nova Ipanema.Fonte: SÁNCHEZ, Natália. 06/maio/2009.

Figura 2.14 Condomínio Nova Ipanema e Barra Shopping.Fonte: Arquivo pessoal de Edmundo Musa. 1998.

Figura 2.15 Vias do loteamento de casas do condomínio Nova Ipanema.Fonte: SÁNCHEZ, Natália. 06/maio/2009.

Figura 2.16 Quadras do Clube do condomínio Nova Ipane-ma.Fonte: SÁNCHEZ, Natália. 06/maio/2009.

Figura 2.17 Piscinas do clube do condomínio Nova Ipane-

ma.Fonte: SÁNCHEZ, Natália. 06/maio/2009.

Figura 2.18 Loteamento de casas do condomínio Nova Ipanema. Fonte: SÁNCHEZ, Natália. 06/maio/2009.

Figura 2.19 Guarita e cancelas de acessos do Condomínio

Nova Ipanema.Fonte: SÁNCHEZ, Natália. 06/maio/2009.

Figura 2.20 Escola no interior do condomínio Nova Ipane-

ma. Fonte: SÁNCHEZ, Natália. 06/maio/2009.

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A INVENÇÃO DA BARRA DA TIJUCA: A ANTICIDADE CARIOCA

Figura 2.21 Calçada interna do condomínio Nova Ipane-

ma. Fonte: SÁNCHEZ, Natália. 06/maio/2009.

Figura 2.22 Vias internas do condomínio Nova Ipanema. Fonte: SÁNCHEZ, Natália. 06/maio/2009.

Figura 3.1 Propaganda da Barra da Tijuca no Jornal do

Brasil na década de 80. Fonte: JORNAL DO BRASIL apud EPPINGHAUS, 2004.

Figura 3.2 Vista área do conjunto Alfa Barra. Fonte: Universidade de Los Andes, 1994.

Figura 3.3 Imagem aérea do Alfa Barra com a área dos

equipamentos exigidos pela legislação em

destaque.Fonte: Trabalho da autora na base da imagem de Universidade

de Los Andes, 1994.

Figura 3.4 Edifício Comércio e Igreja. Fonte: Universidade de Los Andes, 1994.

Figura 3.5 Acesso principal da Igreja.Fonte: Universidade de Los Andes, 1994.

Figura 3.6 Clube do Alfa Barra.Fonte: Universidade de Los Andes, 1994.

Figura 3.7 Planta de localização das escolas.Fonte: Universidade de Los Andes, 1994.

Figura 3.8 Fachada da escola. Fonte: Universidade de Los Andes, 1994.

Figura 4.1 Foto aérea com a localização do “subbairro”

Cidade Jardim em período anterior ao lança-mento do Condomínio Reserva Jardim. Fonte: Incorporadora RJZ Cyrela.

Figura 4.2 Publicidade do empreendimento Cidade

Jardim à época do lançamento do condomínio Reserva Jardim em 2007. Fonte: VEJA RIO, 2007, p 16-17.

Figura 4.3 PAL − Projeto de Parcelamento − original

desenvolvido pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro.Fonte: Trabalho desenvolvido pela Incorporadora RJZ Cyrela;

base cartográfi ca da Prefeitura Municipal de Rio de Janeiro.

Figura 4.4 Implantação do empreendimento Cidade

Jardim com as marcações dos fechamentos do “bairro” e dos condomínios fechados. Fonte: Incorporadora RJZ Cyrela

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Figura 4.5 Gradis de fechamento propostos para os con-

domínios. Fonte: Incorporadora RJZ Cyrela.

Figura 4.6 Imagem digital de uma das torres residenciais

do Condomínio Reserva Jardim.Fonte: <http://www.permutalivre.com.br/117190/cidade-

jardim-condominio-reserva-jardim.html>. Acesso em 10/

jan/2009.

Figura 4.7 Implantação do empreendimento Cidade Jar-

dim com as unidades condominiais locadas e o

programa de lazer do “sub-bairro”. Fonte: Incorporadora RJZ Cyrela

Figura 4.8 Imagem digitalizada do Espaço Aquático.Fonte: Disponível em: <http://www.cyrela.com.br/web/fi cha/

cidadejardim/>. Acesso em 08/maio/2009.

Figura 4.9 Imagem digitalizada do Playground: pista de carros.Fonte: Disponível em: <http://www.cyrela.com.br/web/fi cha/

cidadejardim/>. Acesso em 08/maio/2009.

Figura 4.10 Imagem digitalizada da Pista de Boliche do Reserva Jardim. Fonte: Disponível em: <http://www.cyrela.com.br/web/fi cha/

cidadejardim/>. Acesso em 08/maio/2009.

MAPAS:

Mapa 1.1 Mapa de localização de Copacabana, Ipanema

e Leblon.Fonte: Elaboração própria sobre imagem aérea do Google Earth

<http://earth.google.com/>. Acesso em 09/jun/2009.

Mapa 1.2 Mapa de localização da Barra da Tijuca em re-

lação à zona sul e ao centro do Rio de Janeiro.Fonte: Elaboração própria sobre imagem aérea do Google Earth

<http://earth.google.com/>. Acesso em 09/jun/2009.

Mapa 2.1 Foto aérea atual da área referente ao Jardim

Oceânico e Tijucamar.Fonte: Elaboração própria sobre imagem aérea do Google Earth

<http://earth.google.com/>. Acesso em 10/jun/2009.

Mapa 2.2 Mapa do Município do Rio de Janeiro com a

localização da área objeto do Plano Piloto.Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação

Geral. 1977.

Mapa 2.3 Mapa do Sistema Viário do Plano Piloto.Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação

Geral. 1977.

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A INVENÇÃO DA BARRA DA TIJUCA: A ANTICIDADE CARIOCA

Mapa 2.4 Mapa de Subzonas.Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação

Geral. 1977.

Mapa 2.5 Localização do condomínio Nova Ipanema. Fonte: Elaboração própria sobre imagem aérea do Google Earth

<http://earth.google.com/>. Acesso em 09/jun/2009.

Mapa 2.6 Mapa do núcleo urbano Nova Ipanema.Fonte: Elaboração própria sobre imagem aérea do Google Earth

<http://earth.google.com/>. Acesso em 08/jun/2009.

Mapa 3.1 Mapa de Subzonas com as subzonas do bairro

da Barra da Tijuca coloridas.Fonte: Elaboração própria sobre base cartográfi ca da Secretaria

Municipal de Planejamento e Coordenação Geral. 1977.

Mapa 3.2 Mapa de localização do Condomínio Alfa Barra.Fonte: Elaboração própria sobre imagem aérea do Google Earth

<http://earth.google.com/>. Acesso em 09/jun/2009.

Mapa 4.1 Mapa de localização do “sub-bairro” Cidade Jardim.Fonte: Elaboração própria sobre imagem aérea do Google Earth

<http://earth.google.com/>. Acesso em 08/jun/2009.

QUADROS:

Quadro 1.1 Verticalização no Rio de Janeiro _ 1920 − 1933.Fonte: Ferreira, Carlos E. Construção Civil e Criação de empre-

gos. Rio de Janeiro, FGV, p.30 apud Queiroz, 1997.

Quadro 2.1 Parâmetros urbanísticos previstos para as

subzonas do bairro Barra da Tijuca.Fonte: Decreto nº 324 de 1976.

Quadro 4.1 Tabela com lançamento de empreendimentos

residenciais na Barra da Tijuca − em fases. Fonte: Base de dados da ADEMI − RJ.

Quadro 4.2 Tabela com as fases de lançamentos do Reser-

va Jardim por ano. Fonte: ADEMI − RJ.

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GRÁFICOS:

Gráfi co 4.1 Distribuição de imóveis na Região Administra-

tiva da Barra da Tijuca.Fonte: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro.

Disponível em: <http://www.rio.rj.gov.br/planoestrategico/>.

Acesso em: 08/nov/2008.

Gráfi co 4.2 Distribuição de imóveis segundo os bairros da

Região Administrativa da Barra da Tijuca.Fonte: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Disponível em:

<http://www.rio.rj.gov.br/planoestrategico/>. Acesso em: 08/

nov/2008.

Gráfi co 4.3 Gráfi co comparativo entre número de empre-

endimentos residenciais lançados na cidade do

Rio de Janeiro e no bairro da Barra da Tijuca.Fonte: Elaboração própria, gráfi co de Emil Sánchez, base de

dados da ADEMI − RJ.

Gráfi co 4.4 Gráfi co comparativo entre o número de unida-des residenciais lançadas no Rio de Janeiro e no bairro da Barra da Tijuca.Fonte: Elaboração própria, gráfi co de Emil Sánchez, base de

dados da ADEMI − RJ.

Gráfi co 4.5 Gráfi co comparativo entre o número do preço médio do metro quadrado na cidade do Rio de Janeiro e no bairro Barra da Tijuca. Fonte: Elaboração própria, gráfi co de Emil Sánchez, base de

dados da ADEMI − RJ.

Gráfi co 4.6 Gráfi co referente às áreas privativas média do bairro da Barra da Tijuca e da cidade do Rio de Janeiro como um todo. Fonte: Elaboração própria, gráfi co de Emil Sánchez, base de

dados da ADEMI − RJ.

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