a interação do homem com o computador

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    A INTERAO DO HOMEM COM O COMPUTADOR (IHC)

    Anlise dos preceitos semiticos e psicolgicos como instrumentos para a compreenso eestruturao de Interfaces Homem-Computador

    NEILSON S. MOREIRA1, ANGELINA V. S. MELAR2, DANILO L. C. MICALI3

    1. Graduando em Tecnologia em Gesto da Tecnologia da Informao. FATEC- Itu SP [email protected]. Orientadora. Prof do curso de Tecnologia em Gesto da Tecnologia da Informao. FATEC- Itu SP [email protected]. Co-orientador. Prof. do curso de Tecnologia em Gesto da Tecnologia da Informao. FATEC- Itu SP [email protected]

    RESUMO

    Este artigo versa acerca da Interao do Homem com o Computador, a partir da anlise dospreceitos semiticos e psicolgicos utilizados como instrumentos para a compreenso e a estruturaode Interfaces Homem-Computador. Tem como finalidade a divulgao parcial de nossa pesquisa, ondese levantaram fundamentos para a anlise de estruturas de interfaces. Neste sentido, essa pesquisa foiconstruda a partir da anlise de referencial terico e bibliogrfico, sendo que, como substratos dos preceitos semiticos e psicolgicos utilizados como instrumentos da IHC, nos foi dirigida a atenomais especfica para o entendimento estrutural da Semiologia de Ferdinand de Saussure e da Semiticade Charles Sanders Pierce, o Behaviorsismo e a Gestalt. Por fim, concluiu-se que o estudo de Saussuree de Pierce no devem ser desconsiderados pelos construtores de interfaces pois contribuem para omelhoramento da simbologia que se venha a apresentar na tela a um usurio de computador;porquanto o Behaviorismo e a Gestalt contribuem para a formao de estruturas de repetio positivase de padres visuais simplificados, facilitando a vida dos desenvolvedores de interfaces e dos usuriosde computador.

    PALAVRAS CHAVE: interao do homem com o computador (IHC). semitica. psicologia.

    INTRODUO

    O presente trabalho intenta abordar a Tecnologia da Informtica em vista da usabilidade dosrecursos do computador, a partir da criao e do design no desenvolvimento desoftwares e AmbientesVirtuais1, em funo da percepo e da cognio humanas, quer seja do usurio de um computador. Oincio dos estudos acerca da percepo e da cognio humanas quando em contato direto com ocomputador datam, vemos em Rocha e Baranauskas (2003), da dcada de 1980, quando se passa aoferecer, no mercado tecnolgico, os computadores pessoais2.

    Os computadores pessoais, como afirmam Machado e Maia (2007, p. 12), ganham fora

    quando, em 1981, a IBM entra no mercado de microcomputadores com o IBM PC (Personal

    1 Ambiente Virtual entendido aqui, segundo define Oliveira (2000, p. 12), como ambientes computacionais onde haja ainterao do homem com o computador, sendo a atitude do homem egocntrica, e estando com os seus sentidos imersos noambiente criado pelo computador.2 Como vemos em Domingues (2001), em decorrncia do tempo, tornou-se difcil classificar os computadores, tal qual hdificuldade em poder definir a sua funo, visto serem, h um tempo, eletrodomsticos, instrumentos de trabalho, etc. efuncionarem concomitantemente como meio de produo e veiculao, etc.. Ns, sobretudo, adotamos por computadores

    pessoais os equipamentos compostos basicamente por um Gabinete (CPU), um teclado, um mouse e um monitor, adespeito dos computadores portteis:Notebook, Laptop, etc.

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    Computer), criando a filosofia de computadores pessoais. Porm, a famliaIBM PC3 contava com umsistema operacional grande e complexo, lembra-nos Tanenbaum (2003), e isso dificultava um pouco asua interao com o usurio.

    Imersa neste ambiente promissor e, sobretudo, revolucionrio, a Tecnologia da Informticaencontra em empresas fabricantes desoftwares, como os casos daXerox e Apple, um grande interessena compreenso da relao do homem com o computador, levando-as a criarem, em suas plantas,departamentos e laboratrios de usabilidade e design de softwares, dando incio o interesse sobre a

    Interao do Homem com o Computador (IHC).A Interao do Homem com o Computador (IHC), portanto, constitui-se em uma rea da

    Tecnologia da Informtica voltada para a compreenso das relaes do homem com o computador, emseus aspectos lingustico-visuais e psicolgicos, em que sempre se busca melhorar a compreensosemntica4 desta relao, procura da evoluo funcional dos computadores. Como vemos em Rochae Baranauskas:

    O termo Interao Humano-Computador (IHC) foi adotado em meados dos anos 80como um meio de descrever esse novo campo de estudo. E como j dissemos, otermo emerge da necessidade de mostrar que o foco de interesse mais amplo quesomente o design de interfaces e abrange todos os aspectos relacionados com ainterao entre usurios e computadores (ROCHA; BARANAUSKAS, 2003, p. 14).

    A pesquisa semntica da IHC, destarte, encontra os seus subsdios a partir da Filosofia daLinguagem, da Esttica e da Lingustica, ou, mais especificamente, da Semitica5.Para Lopes (2008, p. 15), a cincia que estuda os sistemas de signos, quaisquer que eles sejam e

    quaisquer que sejam as esferas de utilizao, chama-se semiologia ou Semitica6.Logo, a pesquisa semntica em IHC deve ser entendida como o estudo dos signos presentes na

    Interao do Homem com o Computador, os signos que, para Oliveira (2000, p. 8), representam alinguagem de interface entre o homem e o computador, em seu ambiente de comunicao, e segundoas normas prementes.

    No obstante, os signos so os objetos, primeiramente, das obras do linguista suo Ferdinandde Saussure7 (1857-1913) e do estudioso norte-americano Charles Sanders Pierce8 (1839-1914), que,

    3 Pode-se ver em Tanenbaum (2007, p. 13), que a famliaIBM PCconsiste em uma linha de um nico produto, o System/360,

    baseado em circuitos integrados, projetado para computao cientifica e tambm comercial[...] continha muitas inovaes,das quais a mais importante era ser uma famlia de uma meia dzia de maquinas com a mesma montagem e tamanho ecapacidade crescente. Ou seja, a famliaIBM PCtrazia em sua nova arquitetura a sua principal caracterstica e inovao.4 A semntica est aqui compreendida no sentido adotado por Frege (1971), apud Lopes (2008), onde o que se sustenta umalgica em que se postam representadas a referncia, o sentido e a imagem associada, ou seja, compreende-se aqui umaleitura lingustico-visual e psicolgica a qual nos referimos sob o sentido do termo: semntica; em que a referncia dadaao objeto de um signo, o sentido entendido como o modo pelo qual o signo se refere e a imagem associada corresponde subjetividade de associao com o sentido, a partir dos indivduos. J Ferreira (2003, p. 1823), define semntica (do rad. gr.Semantik), como o estudo da relao de significado nos [...]signos e da representao do sentido dos enunciados.5A Filosofia da Linguagem o estudo sobre a origem da linguagem e como o mundo descrito por ela (De que fala o

    filsofo, 2006). Para Japiass e Marcondes (1996, p. 164), a Filosofia da Linguagem surge na Modernidade, na medida emque a linguagem vem a ser considerada um elemento estruturador da relao do homem com o real. Outrora, a esttica tem

    por finalidade examinara dimenso emprica das sensaes, pois uma forma de acesso verdade seria o conhecimentosensvel, fruto do Aufklrung (iluminismo) alemo, e tem como principal fundador o filsofo Alexander GottliebBaumgarten (1714-1762) (ABRO, 1999). Para Santaella (2007), a palavra semitica, antes de ser entendida no sentido desemi-tica, designando quase tica, ou tica pela metade, deve ser compreendida a partir de seu radical grego semeion (ou

    ), que signo, ou seja: a semitica o estudo dos signos. E, para Oliveira (2000, p. 8), a semitica tem por objeto deestudo todas as possveis linguagens e se prope a ver o mundo como linguagem.6 Neste ponto h que se fazer uma breve meno acerca da distino entre o que seja a semiologia e o que seja a semitica,visto que Ferdinand de Saussure adotou o termo semiologia a fim de definir o que concebia como um aspecto da PsicologiaSocial, porquanto Charles Sanders Pierce adotou o termo semitica definindo o que entendia uma parte integrante da lgica,mas, ambos, em suas obras, referem-se ao estudo dos signos, seja partindo da psicologia ou da lgica filosfica e, ambos, setornaram referncia para o estudo lingustico semiolgico ou da semitica atual (LOPES, 2008). Sobre os traos biogrficosacerca de Saussure e Pierce, ver notas 8 e 9.7Ferdinand de Saussure foi um lingista suo, do qual decorre o nascimento da lingstica moderna, ou seja, uma cincia

    geral dos signos: a semiologia (ALMEIDA, 2009). Em seu Curso de Linguistica Geral, Saussure diferencia as relaesintra-sgnicas entre: o signo, o significante e o significado, das relaes extra-sgnicas: relaes que o signo mantm com osdemais signos do enunciado (LOPES, 2008).

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    como veremos, os classificam em:significante e significado (ROSSLER, 2005, p. 29) eprimeiridade,secundidade e terceridade, respectivamente (SANTAELLA, 2007, p. 43,47, 50).

    A classificao dos signos, portanto, objeto de nosso trabalho, posto que, em ltima anlise, ocomputador se enquadra na classe dos objetos de natureza simblica e essa sua natureza deve atrair aateno dos interessados na compreenso da IHC (ROCHA; BARANAUSKAS, 2003).

    Depois, eis que o nosso trabalho volta a sua ateno para o estudo da psicologia presente naIHC, em vista dos mecanismos da percepo humana, em seus resultados oriundos do Behaviorismo e

    da Gestalt9Neste sentido, o objetivo geral o estudo dos preceitos semiticos e psicolgicos utilizados como

    instrumentos para a compreenso e a estruturao de Interfaces Homem-Computador e, com isso,especificamente, visamos melhor compreender: a) O Histrico da IHC; b) A semitica e o estudo dossignos; c) A semiologia de Ferninand de Saussure; d) A semitica de Charles Sanders Perce; e) Osmecanismos da Percepo Humana, f) OBehaviorismo e, g) A Gestalt.

    Este trabalho matiza-se nas Cincias Exatas, pois tem como enfoque o estudo da Tecnologia daInformtica, porm, mantm consistente a sua interdisciplinaridade, pois os seus fundamentos soembasados na Semitica e na Psicologia como referncias, por conseguinte, a metodologia por nsadotada consiste na anlise e na pesquisa bibliogrfica, dada, a priori, a natureza terica destainvestigao.

    AS BASES HISTRICAS DA INTERAO DO HOMEM COM O COMPUTADOR (IHC)

    As bases histricas da Interao do Homem com o Computador, eis que acompanham a histriado homem com o computador, desde o mais remoto sistema computacional.

    Osbacos10, que, segundo Monteiro (2007), datam em registros desde cerca de 2500 a 3000 a.C.11, possuam, sob nossa induo, o seu fator de Interface Homem-Computador, pois ao seu uso seatrelava todo um conhecimento lingustico-visual do aparelho e toda uma pr-condio psicolgica dousurio para a positividade do uso, embora o seu sistema computacional fosse completamentemecnico.

    8Charles Sanders Pierce, diz-nos Dantas (2004), foi um estadunidense graduado em fsica e matemtica (1859) e em qumica

    (1863), estudioso da obra do filsofo (crtico racionalista) alemo Immanuel Kant cujas obras mais importantes so a Kritikder Reinen Bernunft (1781) e Kritik der Praktischen vernunft(1788). A este respeito, ver: Kant (1999) e (2003). Pierce,contudo, dedicou-se ao estudo de lgica e de filosofia, o que lhe abriu o caminho para o estudo da semitica (SANTAELLA,2007).9 O termoBehavior originrio do idioma ingls e incute o sentido de comportamento, assim sendo, o termo Behaviorismosignifica comportamentalismo e, a seu modo, designa uma linha da psicologia denominada Psicologia Comportamental.Despontou pela primeira vez em 1913, quando o estadunidense J. B. Watson publicou um artigo intitulado Psicologia comoos behavioristas a vem, desde ento o estudo comportamentalista em psicologia entendido como Behaviorismo (ROSSO,2005, p. 37). J para Galli (2007, p. 72), a palavra Gestaltteria se originado atravs do idioma alemo, e tem o significado de

    forma ou figura, porm, se faz a traduo dela por configurao. Na psicologia da Gestalt, entretanto, o todo orienta aspartes: o todo determina as partes, tem qualidades prprias e no meramente soma ou agregado das partes constituintes.10 Para Monteiro (2007, p. 13), o conceito de efetuar clculos com algum tipo de equipamento vem dos chineses , sendo que,

    postumamente, se encontram registros de seu uso com os povos babilnicos e romanos. Porm, nos tempos modernos, foi ofilsofo racionalista Blaise Pascal (1623-1662), que, aos 19 anos, na cidade francesa de Rouen, construiu um contador

    mecnico que realizava operaes aritmticas de soma e subtrao atravs de rodas e engrenagens dentadas: a Pascalina.Visto que, relativamente pouco tempo depois, Gottifried Wilhelm Leibniz (1646-1716), construiu uma calculadora maiscompleta que a de Pascal, porque realizava as quatro operaes aritmticas, e no apenas a adio e subtrao, como a

    Pascalina (ibidem , 2007, p. 14). Para Pascal, o princpio de inteligncia oposta razo dos racionalistas outorgava aohomem o conhecimento imediato e intuitivo dos princpios, no sentimentalistas, para se alcanar a essncia da geometria,

    por exemplo, a partir de intuies indemonstrveis, pois, o corao tem razes que a prpria razo desconhece (CHAU,1999b). J Leibniz entendeu que um princpio, por ele denominado como monadismo, proveria a harmonia, pois cadamnada fora regulada em acordo com a adequao de todas as outras mnadas, e esta mnada era o um, ou cada indivduo(CHAU, 1999a).11 Em nossa pesquisa e leituras bibliogrficas, no se encontrou datao anterior a esta para o que entendemos por SistemasComputacionais, to logo, desde j, assumimos, neste trabalho, os bacos como os primeiros Sistemas Computacionais deque se tm notcia.

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    J a computao atual (ou eletro-eletrnica) tem o seu incio reconhecido a partir dos trabalhosde John Mauchly, um dos mentores da construo do computador denominado ENIAC12, que, para Nielson (1993) apud Rocha e Baranauskas (2003), no possua nenhum Paradigma de Interface deUsurio13, embora houvesse, a cabo do usurio, a necessidade de se fazer uma leitura de luzes quepiscam e cartes perfurados, o que, a princpio, nos traz a idia de IHC14.

    O ENIAC, embora lance as bases da computao contempornea, foi logo superado e, com odesenvolvimento dos computadores, desenvolveu-se rapidamente uma nova trajetria de Interfaces15.

    Essa nova trajetria de Interfaces, eis que culmina, por fim, abrangendo, alm dos contextos dehardwares esoftwares, todos os tipos de ambientes onde se insere o uso da Tecnologia da Informtica(ROCHA; BARANAUSKAS, 2003), ou de sistemas computacionais, como mquinas de caf, caixasde banco eletrnicos, aparelho de som de carro, etc., e o seu entendimento deve considerar amplasdisciplinas das trs reas do conhecimento16, como a psicologia, a filosofia e a ergonomia (ROCHA,2002).

    No Brasil, entretanto, a IHC atingiu repercusso e angariou o interesse de pesquisadores emmeados da dcada de 1990, sendo uma das precursoras na rea da IHC a professora Dra ClarisseSieckenius de Souza17, que, alm da orientao de estudos na graduao e na ps-graduao, ofertadasna PUC Rio, organizou, v-se em Prates (2009, p. 4), o primeiro evento de IHC no Brasil, oSimpsio de Fatores Humanos em Sistemas Computacionais (IHC), que aconteceu em outubro 1998.Sendo que o interesse pela IHC se espalhou posteriormente, disseminando-se por diversasuniversidades brasileiras, como a UNICAMP, onde os trabalhos de Baranauskas fundamentamdiversas pesquisas em IHC. (Ibidem, 2009), tal qual a nossa, que, embora no se institucionalize poresta universidade, se faz balizada, primeiramente, nas obras de Rocha e Baranauskas (2003) e Rocha(2002).

    AS BASES SEMITICAS PARA O ENTENDIMENTO DA INTERAO DO HOMEM COMO COMPUTADOR (IHC)

    As bases semiticas para o entendimento da IHC referem-se ao estudo dos signos presentes narelao do homem com o computador. Para Paraense a semitica a doutrina dos signos, asrepresentaes e os fenmenos da significao e comunicao(PARAENSE, 2000, p. 48).

    Portanto, a importncia da semitica para o estudo da IHC consiste, pois, no fato do ambienteda IHC se embasar,strictamente, em um ambiente virtual e, por assim s-lo um ambiente simblico.Conforme visto em Oliveira (2008), os Sistemas Computacionais so, em geral, uma

    virtualizao realizada sobre os fenmenos e processos eletro-eletrnicos de seu meio:

    12Segundo Stallings (2002, p. 19), o termo significa Eletronic Numerical Integrator Computer, ou seja: Computador e

    Integrador Numrico Eletrnico, construdo na Universidade da Pensilvnia (USA). Surgido diante da guerra e atrelado aoArmys Ballistics Reasearch Laboratory, ou, sob nossa traduo livre: Laboratrio de Balsticas das foras armadas (EUA).O projeto teve incio em 1943 e a sua concluso se deu em 1946, pouco tarde para o exerccio blico, porm com eficinciaem seu mbito geral, e se manteve em operao at 1955.13 Para Prado (2001, p. 7), uma Interface a regio de contado entre duas entidades, refletindo em si caractersticas de cadauma delas. J Rocha (2002), descrevera que, alm de ser uma superfcie de contato, uma Interface constitui-se pelas

    propriedades fsicas que [nela] interagem;pelasfunes a serem executadas, e pelo balano entre poder e controle o poder

    e o controle, sob nosso entendimento, referem-se ao cerne da Interface a qual se est atrelado.14 No consideramos, no entanto, como uma incorreo ou mesmo uma contradio Nielson (1993) apud Rocha eBaranauskas (2003), posto entendermos ser do enfoque nielseniano o entendimento de que a IHC acontece segundo os

    paradigmas atuais, base do controle que se tem sobre a usabilidade do sistema (ROCHA, 2002).15Para Nielsen (1993), a Gerao Pioneira dos computadores (1945-1955) debelava uma Interface de programao em batchque, afirma Monteiro (2007), estava fundada em conexes de cabos eltricos; a segunda gerao (1955-1965) era voltada

    para a Interface de Linguagens de Comando; a terceira gerao (1965-1980) possua menus hierrquicos e preenchimento deformulrios, a quarta gerao (1980-1995), teve como Paradigma de Interfaces a Programao Orientada a Objetos, e o queele chama degerao futura (1995-?) j no traz a Interface orientada a comando. 16 As trs reas do conhecimento citadas esto compreendidas aqui da seguinte maneira: Humanas, Exatas e Biolgicas.17 Bacharel em Traduo e Interpretao de Conferncias, mestre em Lngua Portuguesa e Doutora em Lingstica aplicada(PUC Rio) (PRATES, 2009).

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    A virtualizao o processo inverso da atualizao, uma mutao da identidade, umdeslocamento na natureza do objeto considerado. [...] Neste sentido, todo sistemacomputacional constitui-se, em geral, numa virtualizao sobre o domnio ao qual serefere. Talvez isto justifique o intenso uso da palavra virtual aos sistemascomputacionais (OLIVEIRA, 2008, p. 8).

    Por sua vez, Franco (2003) entende que o Ambiente Virtual da IHC, antes se articula a um plano

    tcnico, estratificado em trs intra-estados: o estado quase fsico (composto por sistemas eletrnicos),o estado tcnico-semitico (efetivado pelos sistemas dos programas) e o estado de interface(compreendendo os sistemas de Interao Homem-Computador).

    A contento, entendemos no caber-nos, neste trabalho, adentrar ao estudo tcnico e tcnico-semitico, limitando-nos o interesse ao estudo do estado de interface, focando-nos, primeiramente, nasemiologia, posto que esta, alm da linguagem verbal (falada e escrita), assevera a todos os sistemascorrentes de uso para a comunicao e, sob este aspecto, se est inserida a IHC (PRADO, 2001).

    Depois, contemplaremos a semitica de Pierce, pois entendemos que o estudo da IHC ainda sed pela anlise da relao simblica do homem com o computador e, para Pierce, o signo umarepresentao simblica de um objeto interpretado (ROSSLER, 2000).

    A Semiologia de Ferdinand de Saussure

    A semiologia de Ferdinand de Saussure, essencialmente estruturalista18 (TROIS, 2004, p. 38), setraduz a partir do seguinte axioma19: a lngua um sistema de signos.

    Isso significa que a linguagem se sintetiza em duplas que se complementam numa relaotridica entre signo, significado e interpretante , mas que, sobretudo, mantm uma espcie deindependncia entre si (FRANA, 2009), como nos exemplos do signo e do significado e damutabilidade e da imutabilidade do signo: uma relao que o torna arbitrrio (CRUZ, 2006).

    Por sua vez, a arbitrariedade do signo corresponde ao fato dele representar, sinteticamente, algo.Esse fato representativo, assim sendo, invariavelmente se dispe desassociado de seu elemento primeiro (OLIVEIRA, 2000). Em outras palavras: A pode ser representado pelo signo B, mas arepresentatividade de B existe independentemente do sentido que lhe atribudo por A. Silva (2000, p.39) observa que ao axioma: o signo arbitrrio, incute duas conseqncias inerentes, visto que a

    ligao entre signo e significante arbitrria e cada lngua escolhe os seus prprios significantes.Deste modo, e pensando (observando) pela tica da Tecnologia da Informtica, o sentido

    atribudo simbolicamente ao signo janela, na tela de um computador, independe de haver um objetofsico-material compreendido por um sentido do signo janela e, ainda mais, independe tambm seeste sentido referenciado pela juno das letras j, a, n, e, l, a, ou dos fonemas20 ja,ne, la, e mesmo se o idioma de acesso o portugus.

    A Semitica de Charles Sanders Pierce

    A semitica de Charles Sanders Pierce pode ser sinteticamente aceita como o estudo dos signos,sendo que:

    18 Embora Hessen (2003) e Santos (Sem data) no apresentem em suas obras uma definio acerca do que seja oestruturalismo, em Japiassu e Marcondes (1996) h uma explicao afianando s-lo uma doutrina filosfica que considera anoo de estrutura fundamental como conceito terico e metodolgico.19 Para Japiass e Marcondes (1996, p. 22), um axioma consiste em uma proposio evidente em si mesma. Em outras

    palavras, o ponto de partida para que algo se demonstre evidente. Acerca dos axiomas, basta ver Immanuel Kant (1999) e(2003) ou as suas proposies acerca dos juzos analticos e sintticos a priori e a posteriori (ABRO, 1999, p. 308).20 Para Lopes (2008), os fonemas compreendem o objeto de estudo da fontica, rea que, desde o sculo XIX, se desprendeao entendimento da construo das formas da lngua.

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    O signo uma coisa que representa uma outra coisa: seu objeto. Ele s podefuncionar como signo se carregar esse poder de representar, substituir uma outracoisa diferente dele. [...] Portanto, ele s pode representar esse objeto de um certomodo e numa certa capacidade (SANTAELLA, 2007, p. 58).

    Todavia, o estudo dos signos representa uma busca pela compreenso da habilidade de serepresentar os objetos e das formas de entendimento dos objetos dispostos para o intuito da

    representao. Como vemos em Franco (2003), na interpretao de Pierce os signos so uma classede fenmenos ao lado de outros objetos no semiticos.A diferenciao entre os signos e os objetos simblicos, por sua vez, tridica e pode ser

    expressa da seguinte maneira: h o quali-signo, que se faz representado como cone, o sin-signo, quefaz representar como um ndice e o legi-signo, representado em forma de smbolo (SANTAELLA,2007).

    Para Pierce:

    O signo pode apenas representar o Objeto e referir-se a ele. No pode proporcionarfamiliaridade ou reconhecimento desse Objeto; isto o que se pretende significar,nesta obra, por Objeto de um Signo, ou seja, que ele pressupe uma familiaridadecom algo a fim de veicular alguma informao ulterior sobre esse algo (PIERCE,2008, p. 47, 48).

    Como se faz demonstrado, deste modo, o estudo de Pierce claramente auxilia a compreenso eestruturao da IHC, pois a sua definio sobre os signos significativa e os elementos da IHC, apartir de sua natureza simblica, so compostos por cones, ndices e smbolos.

    AS BASES PSICOLGICAS DA INTERAO DO HOMEM COM O COMPUTADOR (IHC)

    As bases psicolgicas da Interao do Homem com o Computador tm a sua origem naPsicologia Cognitiva que, advindo de escolas como o Behaviorismo e a Gestalt, surge recentemente etem sido considerada como um novo paradigma da psicologia (LOPES; LOPES; TEIXEIRA, 2004).

    Para Rocha e Baranauskas (2003), a Psicologia Cognitiva estuda o comportamento humano

    atravs de processos mentais, com base no Modelo de Processamento da Informao (MPI).O Modelo de Processamento da Informao (MPI), por conseguinte, se origina comfilsofos ecientistas da computao (LOPES; LOPES; TEIXEIRA, 2004).

    O MPI, portanto, sustentado na Abordagem Computacional21, utiliza simulacros cognitivosatravs de programas computacionais em que situaes de cognio e processamento da informaoso testadas (ibidem, 2004).

    Ns, respeitando os limites desta investigao, restringimo-nos ao estudo doBehaviorismo, entendido por ns como um Sistema Perceptual Humano (ROCHA; BARANAUSKAS, 2003) e Gestalt, aceita aqui como o estudo dos Mecanismos da Percepo Humana (ibidem, 2003; ROCHA,2002).

    O Behaviorismo

    O conceito de Behaviorismo, ou comportamentalismo, ascende com John Broados Watson22(1878-1958). Por sua vez, so autores como Ivan Petrovic Pavlov (1849-1936) e Burrhus Frederic

    21 Este termo expressa o que considerado como a simulao da cognio humana por meio de sistemas computacionais,enquanto que a Inteligncia Artificial um modelo artificialmente criado para o processamento de informao e normalmentese d sob a perspectiva de clculos computacionais extremamente complexos (LOPES; LOPES; TEIXEIRA, 2004). 22 luz da teoria clssica do condicionamento, Watson teria se iniciado no Behaviorismo dada uma experincia com umacriana de nove meses, onde se lhe apresentavam um rato branco e, em seguida, havia um rudo intenso ocasionado pelo

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    Skinner (1904-1990) que, a partir dos resultados de seus trabalhos, maximizam a popularidade destacorrente de pesquisa psicolgica (BORTOLOTI; BROCHADO JR., 2008).

    Pavlov, em suas pesquisas, observou que era possvel induzir o comportamento a partir deestmulos exteriormente ofertados, o que denominou porcondicionamento (SPARTI, 2004).

    O condicionamento pavloviano incide em se ofertar um estmulo X, obtendo-se uma resposta Y,sendo que, com o tempo, ou a inmera repetio doestmulo, Y passa a ocorrer de forma que estaresposta vem a ser condicionada, independentemente de se ofertar ou no a primazia do estmulo. Para

    Souza Jr, este condicionamento:

    Consistia, inicialmente, na apresentao de um pedao de carne a um animalexperimentalmente ingnuo e privado de alimento. Logo em seguida, permitia-se que osujeito experimental o comesse. Com a repetio do procedimento, bastava a viso doalimento para que o animal salivasse abundantemente. [...] Este processo demandou umaaprendizagem ou condicionamento, como Pavlov preferiu chamar o fenmeno. (SOUZA JR,2008, p. 59).

    Os resultados de Pavlov nos mostram existirem reaes inerentes em face ao comportamento,porquanto outras reaes so de fato condicionadas. E estas aes (reaes) podero ser, sujeitando-seao estmulo, aprazveis ou repulsveis, a depender do que se apresenta ofertado (BORTOLOTI;BROCHADO JR., 2008, p. 131).

    J a teoria de Skinner, com grande influncia pavloviana (LIMA, 1993), pode ser sintetizada daseguinte maneira: o homem um ser subjetivo, ator de um meio que atua sobre ele (BORTOLOTI;BROCHADO JR., 2008).

    Sinteticamente, os princpios bsicos de Skinner acerca do comportamento humano podem serresumidos da seguinte maneira: o comportamento operante (quando o ser influencia em seu meio); ocomportamento respondente (quando o meio exerce influencia sobre o ser); o reforo (quando, a partirde uma ao, se recebe uma reao: positiva ou negativa), a punio (quando aps uma ao se recebeuma reao punitiva) e a generalizao (quando se desencadeia uma resposta condicionada com baseem uma ao-reao anterior e semelhante) (ibidem, 2008; LIMA, 1993).

    Entendemos, portanto, que para a Tecnologia da Informtica, no que se refere IHC, oentendimento dessas obras imperativo posto que a sua observao deva contribuir para odesenvolvimento de interfaces positivas, a partir do uso repetido de interfaces pelo usurio, como nocaso da construo de caixas de dilogo com o usurio, pois, ao ser constituda de modoconciso,simples e visualmente atraente, no ir denotar no usurio nenhuma averso ao sistema

    A Gestalt

    A Gestalt, grosso modo, tem em sua origem o nome de Fritz Perls23 (1893-1970) como um deseus principais expoentes (BORTOLOTI; BROCHADO JR., 2008, p. 137). Para Andrade (2007), a psicologia da Gestalt trata-se da configurao de algo que toma forma ao se completar, ou seja,qualquer todo estruturado ou organizado.

    Neste sentido, Gestaltdesponta e se coloca como um meio de abranger um aspecto at entodesprezado pelos behavioristas, com a viso pelo todo.Com a contribuio de Galli (2007), podemosnotar que:

    A psicologia da forma tratou de investigar a experincia subjetiva, como a percepo. Esta eradesprezada pelos behavioristas, tida por eles como imprpria para a investigao cientifica,

    pois suas teorias s podiam expressar-se em termos qualitativos, sem ajustar-se a padres depreciso corretamente admitidos (GALLI, 2007, p 74).

    atrito de uma barra de metal , o que condicionou a criana a apresentar a reao de medo, na simples presena do rato(SPARTI, 2004).23 Friedrich Salomom Perls, nascido na Alemanha (Berlin) em 8 de julho de 1893, foi co-autor do livro Gestalt-Therapy(1946), em que so lanadas as bases dessa psicologia (COSTA, 2008).

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    Dentre outros fenmenos da percepo apresentados pelos gestalistas (ibidem, 2007, in passim),nos atentaremos pela pormenorizao do insight:

    O insight compreendido no sentido de se obter uma compreenso imediata sobre algo. quando, para a resoluo de um problema, se consegue uma resposta imediata (BORTOLOTI;BROCHADO JR., 2008).

    Logo, a Gestaltpode contribuir para a construo da IHC, no sentido de fornecer instrumentospara a melhor compreenso do todo, considerando ainda a subjetividade do usurio e o imediatismo

    como um meio para a resoluo de fatores construdos na interface.

    CONCLUSO

    O nosso estudo constata ser imprescindvel considerar a semitica e a psicologia na construode Interfaces, pois a Interao do Homem com o Computador se faz possvel a partir da percepocognitiva de um usurio junto aos signos que, por sua vez, projetam-se na tela do computador: o quevemos na tela de um computador so as suas representaes simblicas.

    Entretanto, a natureza sgnica da Interface Homem-Computador composta por cones, ndicese smbolos que, como vimos, podem ser melhor compreendidos pelo estudo das obras de FerdinandSaussure e de Charles Sanders Pierce, j que buscam as explicaes primeiras acerca da semiologia eda semitica.

    A semiologia est para a IHC fornecendo elementos para a compreenso da representatividadelingustica dos signos de Interface em correlao com o sentido semntico dos objetos materiais, comono caso do signo boto existente e interpretado na Interface, porm com o significado correlato aodo boto fsico-material, e independente dos fonemas que compem as palavras que o representa.

    Descobriu-se ainda que a semitica de Charles sanders Pierce, embora ampla e complexa, podeser sintetizada nos trs preceitos seguintes: o quali-signo, o sin-signo e o legi-signo. Sendo que oquali-signo uma representao geral de um cone que, por sua vez se faz demonstrado sempre que asua imagem represente algo diferente de si mesmo na tela de um computador, como o e doexplorer, por exemplo. O sin-signo, a seu modo, compreende o ndice que, no obstante, representa oindcio de algo que est para acontecer e, tomando por base a IHC, exemplo de ndice o cursorpiscando na tela de um editor de textos indicando que o programa se encontra pronto para se escrever.

    J o legi-signo o smbolo e se correlaciona com a IHC pois a ideia de forma aceita por nossapercepo, quando na utilizao de Interfaces, a simbolizao que feita de algo; um exemplo aimagem da folha do editor de textos simbolizando uma folha de papel com formato, cor, etc.

    Notou-se ainda que se for considerado o fator de ao e reao (Teoria dos ReflexosCondicionados), quando na construo de interfaces repetitivas, oriundo das pesquisas behavioristas, ainterface pode se tornar mais amigvel e facilitadora de assimilao por parte do usurio, pois oconstrutor poder condicion-lo de forma positiva, como ocorre com as caixas de dilogo, porexemplo, onde pode ser fornecido o mnimo de questes possveis para o usurio.

    No obstante, se for considerada a psicologia da forma, como a Gestalt, os padres visuaiscriados podero ser mais aprazveis aos usurios da Interface, posto que se as cores forem maisneutras, por exemplo, o usurio ter menor dificuldade para compreender o padro de Interface emenor ser a chance de ele se enfadar nessa interao, evitando, muitas vezes, uma espcie de cansaovisual.

    Portanto, essa pesquisa nos embasa para afirmar, e afirmamos, que os Fatores Humanos daInterao do Homem com o Computador devem sempre ser considerados quando da construo deInterfaces e, principalmente, em seus aspectos lingustico-visuais e psico-cognitivos, sendo que, nesteempreendimento as teses de Saussure, Pierce, o Behaviorismo e a Gestalt so fundamentais.

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