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A integração de Portugal na União Europeia Raquel Oliveira nº12 12º14

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Page 1: A integração de portugal na união europeia

A integração de Portugal na União Europeia

Raquel Oliveira nº12 12º14

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A integração Europeia e as suas implicações• Em 1 de janeiro de 1986 Portugal entrou na

Comunidade Económica Europeia.• Consumava-se uma das ocorrências mais

importantes da história do nosso país.

Mário Soares a assinar o tratado de adesão de Portugal à CEE em 12 de Junho de 1985

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Da integração a 1992• A integração na CEE segue-se a um período difícil

para os portugueses.• Pouco mais de uma década depois da Revolução

de Abril, ainda existiam dificuldades económico-financeira: elevadas taxas de juro, forte inflação nos salários, desemprego, escasso desenvolvimento tecnológico, débil dinamismo empresarial, carências na rede de comunicações.

• Em 1986 existiram mudanças. • A adesão à CEE proporciona a Portugal vantagens

significativas.

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• Chegam apoios de ordem técnica e um largo afluxo de capitais, no âmbito dos fundos Estruturais e do Fundo de Coesão, destinados a aproximar o país dos níveis de desenvolvimento dos outros países da Comunidade.

• Destaca-se a aplicação de fundos no setor agrícola (PEDAP), na indústria (PEDIP), no emprego e na formação profissional (PODAEEF), na criação de infraestruturas (PRODAC) e na educação (PRODED)

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• O impato dos fundos comunitários e a melhoria da conjuntura internacional fazem-se sentir nos anos seguintes:

• Cresce o número de pequenas e médias empresas; PIB cresce; moderniza-se a estrutura da economia, aumentando o setor terciário; cria-se um vasto programa de obras públicas; reduz-se o défice da balança de transacções correntes; desce a taxa de desemprego e sobe o nível das renumerações; melhoram as regalias sociais (pensões e subsídios de desemprego) e aumenta o consumo privado.

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De 1933 ao fim do século• A agricultura sofre um declínio. Recebe

investimentos comunitários mas não suporta a concorrência europeia.

• A importância do setor primário passa para o setor terciário, cuja expansão se deve ao crescimento das grandes superfícies comerciais, à expansão da área das telecomunicações e do audiovisual e aos progressos da informação.

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• A siderurgia, a química, a construção naval e a eletromecânica reduzem a sua importância.

• Na exportações, os têxteis, o vestuário e o calçado, a madeira e cortiça são ultrapassados pelas máquinas e material de transporte.

• As trocas comerciais com os países da União Europeia e Espanha vai crescendo.

• Investe-se, para além das telecomunicações e das autoestradas, nas redes de gás, eletricidade e abastecimento de água. Construem-se grandes obras, como a Ponte Vasco da Gama e as infraestruturas da Expo’98.

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• O Estado procede à privatização de empresas, proporcionando receitas adicionais.

• A desinflação, a estabilidade cambial e a redução das taxas de juro são favorecidas.

• Portugal integra-se no grupo de 11 membros aderentes à meda única em 1999.

• Vive-se um boom na concessão de crédito, dirigido para os setores da habitação e dos serviços do que para o setor industrial.

Page 10: A integração de portugal na união europeia

• A indústria é o elo mais fraco da economia.• Apesar de investimento de algumas

multinacionais e investimentos estrangeiros, existem dificuldades de competir nos mercados, cada vez mais dominados pelas marcas internacionais.

• As empresas de telecomunicações, de cimentos, de cortiça, de eletromecânica e bancos e distribuidores alimentares cedem ao apelo dos atrativos mercados da América do Sul e da Europa de Leste.

• A Bolsa ganha um importante papel.

Page 11: A integração de portugal na união europeia

A entrada no terceiro milénio

• Ao entrar no terceiro milénio existem dificuldades que Portugal enfrenta.

• Apesar da circulação do euro ter sido um êxito, o país sofre os choques petrolíferos que se vão instalando; o crescimento do terrorismo e efeitos da quebra económica norte-americana e da recessão mundial que se acentuam desde 2008.

• Portugal vê o desemprego a crescer, uma das consequências da deslocações das empresas multinacionais e do encerramento das que não resistem à crise.

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• Algumas empresas refugiaram-se no mercado de angola, que aprece como uma salvação.

• Cresce o endividamento das famílias, aumentam os problemas sociais e diminuem os padrões de vida das populações.

• Portugal confronta-se com as suas fragilidades: pirâmide demográfica deformada; dependência dos combustíveis fósseis; baixo nível de escolaridade e fraca formação profissional; dificuldade em desburocratizar os serviços; défice orçamental crónico; nível excessivo de consumo público; baixo investimento em Investigação e Desenvolvimento.

Page 13: A integração de portugal na união europeia

As transformações demográficas, sociais

e culturais

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Demografia• A população não cessa de envelhecer.• As assimetrias regionais de desenvolvimento

refletem-se nos fluxos migratórios. Apesar de alguns investimentos, o interior possui uma desertificação, enquanto que as periferias de Lisboa e Porto, Algarve e Setúbal têm um aumento da população.

Page 15: A integração de portugal na união europeia

• A melhoria das condições de vida e o impulso da atividade económica colocam Portugal como um país de imigração.

• Desde o fim dos anos 70, as imigrações provém dos países africanos de língua portuguesa e proporciona uma mão de bora desqualificada que se dirige, em maioria, para a construção civil.

• A terminar a década de 80, acentua-se os imigrantes brasileiros, atraídos por um país em crescimento, que lhes proporciona acesso direto à Europa. Uma grande parte emprega-se em restaurantes e comércio.

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• Depois de meados da década de 90, chegam os ucranianos, romenos, russos e moldavos, oriundos de países onde o comunismo se desmoronou e trazem qualificações superiores.

• Muitos imigrantes utilizam Portugal como uma porta de entrada para outros países europeus.

• No último milénio, chegam ao país os chineses, trazendo vitalidade e empreendedorismo, ocupando o comércio e restauração.

• Os imigrantes suprem carências de mão de obra e dinamizam o tecido social, constituindo um importante fator.

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Sociedade e Cultura• A mulher viu o seu papel reafirmado. O seu nível

médio de instrução suplanta o dos homens, a sua entrada no mercado de trabalho introduz modificações na população ativa.

• Na famílias, as relações homem-mulher processam-se em igualdade. O clima familiar revela-se mais aberto e tolerante para os filhos, cada vez mais escolarizados. A tradicional família recua devido aos divórcios, uniões de fato e a existência de mães solteiras.

• Os investimentos na educação são grandiosos.

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• Melhor pagos, com um maior acesso ao crédito, à educação e à segurança social, a população usufrui de um nível superior de vida.

• Mais de dois terços da população têm casa própria, com um automóvel.

• Leem-se mais jornais, revistas e livros. Um dos exemplos mais marcantes é de Saramago, que ganhou o primeiro Prémio Nobel de Literatura.

• Frequentam-se mais os cinemas e espetáculos.• Ganha-se uma preocupação com a imagem e os ginásios e

salões de beleza enchem.

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• A televisão cresce, assumindo-se como veículo de transformação cultural.

• Os telemóveis invadem o país, ajudando a esbater as barreiras do isolamento.

• O exercício da cidadania fica aquém: descuidos ambientais, gastos energéticos, conduta nas estradas e falta de sentido de responsabilidade dos jovens a DST.

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A consolidação da democracia

• A democracia portuguesa está ligada à Europa.• Com a integração na CEE, o país queria preservar

as instituições democráticas. • Desde a integração europeia que o percurso

democrático português se faz sem sobressaltos. • O contato com modelos e padrões de intervenção

pública comuns aos países europeus, a convivência entre os políticos de múltiplos países com solidas tradições de democracia, o contato de instituições homólogas, os acordos e os compromissos criaram teias e vínculos essenciais ao fortalecimento da sociedade democrática.

Page 21: A integração de portugal na união europeia

• As instituições de representação nacional funcionam com normalidade, legitimadas pelo voto popular.

• Existe liberdade e tolerância.• Não existem portugueses refugiados, deportados

ou exilados.• Não há presos políticos. • Devido a estes motivos Portugal usufruiu de

prestígio democrático, merecendo a confiança dos seus parceiros comunitários e do mundo.

• Durão Barroso foi convidado, em junho de 2004, para presidir os destinos da União Europeia, mostrando o prestígio do país.