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A Influência da Música na Aprendizagem da Língua Inglesa

Autor: Josira Gonçalves1

Orientador: Francisco Carlos Fogaça2

Resumo

O artigo tem por objetivo relatar a experiência de atividades didáticas em uma

escola pública do município de Araucária com alunos de 7ª e 8ª séries. Foram

realizadas atividades com a intenção de despertar o interesse do aluno e o efetivo

aprendizado de alguns conteúdos em língua inglesa. Foram trabalhadas as 4

habilidades em atividades dinâmicas e motivadoras para ampliar o conteúdo

lingüístico. A abordagem metodológica de ensino envolveu a utilização de músicas

em Inglês que fossem do repertório do aluno, procurando-se explorar a

compreensão do texto, a gramática, o vocabulário, a oralidade nessa língua, e

promover o letramento crítico do aluno de forma geral. As tarefas foram organizadas

de modo a contemplar diferentes tipos de atividades divididas nos seguintes

momentos: a) atividades de preparação (motivação); b) atividades de exploração

linguístico-textual (elementos lingüísticos e compreensão de texto); c) atividades de

problematização; d) atividades de expansão. O trabalho com canções mostrou-se

um instrumento didático que auxilia e facilita a aprendizagem da língua inglesa,

tendo o poder de tornar as aulas mais interessantes e consequentemente, mais

eficientes e produtivas. Obteve-se resultados satisfatórios, pois, os alunos

interagiram bem em grupo, motivados e interessados pelos conteúdos abordados

nas atividades organizadas em torno das canções.

PALAVRAS-CHAVE: Música, Língua Inglesa, Conteúdo, Atividades

1 Graduação em Letras Português – Inglês. Professora de Língua Inglesa no Colégio Estadual Professora Agalvira B. Pinto no município de Araucária, Paraná 2 Doutor em Estudos da Linguagem. Professor adjunto no curso de Letras da UFPR.

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1 Introdução

O artigo tem por objetivo relatar a experiência da produção e aplicação de

atividades didáticas em uma escola pública do município de Araucária.

A língua inglesa está presente no quotidiano das pessoas, seja em atividades

de lazer, estudos ou profissionais. Por isso, não há como negar a sua importância

como instrumento de comunicação universal. Entretanto, o seu ensino tem sido

precário nos cursos regulares de educação, o que obriga o estudante a procurar

cursos especializados. Levando-se em conta a facilidade de aprendizagem da

criança e, tendo em vista o seu futuro profissional, é importante que o ensino da

língua inglesa comece cedo, pois é nesta faixa etária que a criança aprende mais

facilmente a ultrapassar dificuldades e a melhor compreender o idioma. Deve-se

considerar que os professores necessitam, cada vez mais, procurar meios

diversificados de incentivar o gosto pela aprendizagem. Entre esses meios, pode-se

destacar a música, pois ela desempenha um papel importantíssimo no cotidiano das

pessoas, incluindo-se aí os alunos.

Para o aprendizado de uma língua estrangeira, os exercícios auditivos são

indispensáveis, o que pode ser facilitado com a utilização da música em sala de

aula. Ela pode se tornar instrumento de aprendizagem da língua inglesa, por se

constituir em um excelente trabalho de audição, servindo para treinar a pronúncia e

ampliar o vocabulário, facilitar a aprendizagem da gramática e o desenvolvimento da

capacidade de leitura, contribuindo para ampliar a visão crítica.

E ainda, um ambiente com música é sempre agradável. Ao utilizar músicas

com letras em inglês, pode-se facilitar a compreensão desta língua, tornar as aulas

mais interessantes, possibilitar o estudo de outra cultura e facilitar a aprendizagem

da pronúncia. Todas as pessoas gostam de cantar, nem que seja apenas

balbuciando. Cantar faz bem ao cérebro. Assim, a música pode tornar-se um

elemento motivador da aprendizagem da língua inglesa, o que justifica a escolha

deste tema.

As escolas têm buscado melhorar a qualidade do que ensinam,

compreendendo que o processo de escolarização prepara a pessoa para a vida,

para enfrentar o mercado de trabalho e, enfim, para o viver em sociedade. Nesse

3

contexto, a língua inglesa aparece como uma das condições para preparar a pessoa

para o mercado de trabalho, pois como consta nas Diretrizes Curriculares da

Educação Básica (p. 42), "é o idioma mais usado nas transações comerciais". No

entanto, para isso, os alunos precisam recorrer a cursos extras, pois o aprendizado

costuma ser precário. Entende-se que os professores dessa matéria podem lançar

mão de estratégias, como a utilização da música, para facilitar a aprendizagem.

Diante desse fato, o problema que surge para uma tentativa de resposta é o

seguinte: como lançar mão da música cantada em inglês para tornar as aulas de

língua mais interessantes para o aluno, ocasionando um real aprendizado?

Na primeira parte deste artigo apresentamos a fundamentação teórica que

norteou a elaboração e aplicação das atividades didáticas. Apresentamos também

os objetivos propostos para o trabalho com música – geral e específicos. Em

seguida relatamos a aplicação das atividades propostas na produção didático-

pedagógica. Depois apresentamos a experiência com o GTR (grupo de trabalho em

rede). Finalmente vem a conclusão abordando os resultados alcançados.

2 Fundamentação teórica

A música é um fenômeno presente na população, permitindo o intercâmbio

social, reunindo sensibilidade e raciocínio e possibilitando o aprimoramento da

atenção e da concentração. Ela é uma das manifestações artísticas das mais

importantes na vida humana, justamente por ser de fácil alcance, pois dela se pode

dispor em casa, na rua, em qualquer momento pelo rádio, pela televisão ou por

aparelhos mais específicos.

Quase se pode dizer o mesmo da língua inglesa, pois ela está presente no

cotidiano das pessoas, seja em placas de lojas, propaganda, nas próprias músicas

veiculadas pelo rádio e pela televisão. O simples fato de andar pelas ruas da cidade

leva as pessoas a se depararem, a todo o momento, com palavras em Inglês.

Sua importância é tanta, que consta como disciplina específica desde a

educação básica. No entanto, apesar de constar como disciplina, nem sempre há

aprendizagem de fato. Questiona-se aqui, por que não unir a agradável experiência

de cantar à aprendizagem da língua inglesa. Conforme Pereira (2010, p. 1),

"aprender com música é muito efetivo, pois estimula a função cognitiva, o corpo,

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emoção e audição", O simples ato de ouvir a música pode melhorar a compreensão

oral para reconhecer os sons da língua.

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná

(PARANÁ, 2008, p. 19) dizem que o currículo deve estar vinculado às experiências

do aluno, priorizando "diferentes formas de ensinar, de aprender e de avaliar”. Nessa

mesma linha de raciocínio encontra-se Vigotsky (1989, p. 86), para quem o

desenvolvimento da linguagem ocorre por meio das trocas sociais, em outras

palavras, pelas experiências vividas pelo indivíduo. Para o autor, "o aprendizado

ideal ocorre em ambientes da língua e da cultura estrangeira, quando o aluno está

exposto a um nível de interação com a outra cultura". Pode-se entender que a

exposição à música promove essa interação.

As Diretrizes (PARANÁ, 2008, p. 19) também dizem que "as manifestações

artísticas (...) possibilitam um trabalho pedagógico que aponte na direção da

totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano". Ora, a receptividade à

música é um fenômeno corporal. Logo que a criança nasce, ela já começa a se

utilizar dos sentidos para a captação de sensações e de informações. Nessa fase

acontecem as primeiras experiências musicais das crianças, que Ihes são

fundamentais para o desenvolvimento. Elas crescem ouvindo música e, por isso,

podem aprender pela música.

De acordo com as citadas Diretrizes (PARANÁ, 2008, p.41) a transmissão dos

significados da língua estrangeira deve acontecer por meio de gestos, gravuras,

fotos, simulação ou "tudo que possa facilitar a compreensão". Isto é, não deveria ser

feita somente por meio da tradução, pois isso não levaria o aluno a pensar na língua

que está aprendendo. Assim, pode-se acrescentar nesse "tudo" a canção como

elemento facilitador da aprendizagem do Inglês. Como exemplo, podemos citar o

trabalho de Murphey (1992), que desenvolveu uma experiência com um grupo de

nove alunos, ministrando aulas com músicas populares (folclórica, rock, entre outras)

e até mesmo algumas músicas clássicas, incluindo atividades em que usava letras,

prática de compreensão auditiva e discussão. O autor valorizou mais o conteúdo e

não a forma (gramática). O resultado foi o aprendizado da língua de forma mais

prazerosa.

O que o ensino do Inglês deve pretender, são as quatro habilidades da

competência comunicativa dessa língua, isto é, leitura, escrita, fala e audição.

Também nesses aspectos a música pode se tornar uma ferramenta auxiliar, pois o

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aluno, que frequentemente está exposto a ela, podendo manipular os sons, o ritmo e

até o timbre. Além disso, podemos pensar nas práticas de letramento por meio de

canções como práticas sociais.

Rojo (2008), tendo como base os estudos de Heath (1983), Steet (1984, 1995

e 2003), Barton (1994), Barton e Hamilton (1998), Gee (1996) e outros, discorre

sobre a leitura como letramento escolar. Para ela, as abordagens mais recentes dos

estudos sobre letramento têm apontado para a heterogeneidade das práticas sociais

de leitura, escrita e uso da língua/linguagem em geral em sociedades letradas e têm

insistido no caráter sociocultural das práticas de letramento. A autora afirma que

existem os letramentos dominantes e os vernaculares. Os letramentos dominantes

são feitos nas organizações formais como a escola, as igrejas, o local de trabalho, o

sistema legal, o comércio e as burocracias. Esse tipo de letramento é valorizado

culturalmente no que concerne o conhecimento. Já os letramentos vernaculares têm

sua origem na vida cotidiana, nas culturas locais. São frequentemente

desvalorizados ou desprezados pela cultura oficial.

Conforme Rojo (2008), os estudos de letramento têm se voltado para dar

conta da heterogeneidade das práticas não valorizadas, daí a necessidade de uma

revisão dos letramentos dominantes, em especial, dos escolares. Há que se pensar

que a globalização trouxe muitas mudanças. Também por isso são necessárias

novas formas de letramento. Já não basta a leitura do texto verbal escrito; é preciso

a relação com signos de outra modalidade de linguagem (imagens, fala, música) que

cercam o aluno. Esses textos extrapolam os limites dos ambientes digitais, tendo

invadido também os impressos (jornais e revistas).

Rojo (2008) salienta, ainda, que um dos objetivos principais da escola é

possibilitar que seus alunos possam participar das práticas sociais que se utilizam

da leitura e escrita de maneira ética, crítica e democrática. Para isso, é preciso

ampliar a noção de leitura para o campo da imagem, da música, e não só da escrita

alfabética. Os avanços tecnológicos estão presentes no quotidiano das pessoas

(cores imagens, sons, o design) que se encontram disponíveis na tela do

computador e em muitos materiais impressos que são necessários para agir na vida

contemporânea.

Segundo Lopes (apud ROJO, 2004, p. 37-8), “a linguagem não ocorre em um

vácuo social e textos orais e escritos não têm sentido em si mesmos, mas nos

interlocutores (escritores e leitores) situados num mundo social”. Constroem

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significados os quais são contextualizados para agir na prática social. Isso é

importante no mundo globalizado, pois possibilita o entendimento do contexto de

produção e interpretação. E ainda, ajuda na prática de sala de aula com uma visão

de linguagem que fornece artifícios para os alunos aprenderem na prática escolar.

Ao utilizar a música como instrumento de aprendizagem, o professor estará

indo ao encontro também das próprias Diretrizes, que enfatiza o aprendizado da

comunicação oral e escrita. Nesse sentido, o ensino do Inglês deve constituir-se

num "espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e

cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba as possibilidades de

construção de significados em relação ao mundo em que vive" (PARANÁ, 2008, p.

53). Em qualquer língua a música está presente na vida dos indivíduos. Portanto,

ensinar o Inglês por meio da música, poderá servir para inseri-los "na sociedade

como participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas capazes

de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos" (PARANÁ, 2008,

p. 57)

Marcuschi (2002) defende o uso de vários gêneros textuais como práticas

sócio-históricas. Entende-se que as letras das músicas também formam um gênero

textual, que pode ser utilizado para a produção de conhecimento linguístico. Ela

transmite mensagem e defende pontos de vista. Traz consigo ideologias, traços

culturais e sociais de quem as produziu. Por isso é importante que se conheça sua

letra, mas também, seu contexto de produção para que se possa compreendê-la

melhor.

Muitas vezes, o aluno não aprende a língua estrangeira por falta de estímulo,

acha difícil. No entanto, o nível de dificuldade das letras pode ser apresentado

paulatinamente, à medida que eles aprendem. As letras devem ser discutidas em

sala de aula para a compreensão total, como defende Pinto (2002).

Segundo Costa (2003, p, 111) a canção popular é livre, "não se prende às

amarras de notação"; é de fácil aprendizagem, bem servindo para o que aqui se

propõe, isto é, usá-la para o aprendizado do Inglês. O professor que está

procurando maneiras de introduzir o aluno na linguagem inglesa pode fazê-lo por

meio da música. Os ritmos e as rimas podem contribuir no sentimento e

compreensão dessa linguagem, levando o aluno a aprender a gramática de uma

maneira mais prazerosa. Além disso, a música tem a possibilidade de atingir os

alunos da classe inteira, pois não há nenhum aluno que não goste de música. No

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entanto, de acordo com a constatação de Kanel (1996), apesar de proveitosa, ainda

há entre os professores, hesitação para o uso da música no ensino da língua

inglesa.

Em sala de aula, a música pode servir de motivação para a aprendizagem;

listening (compreensão auditiva); e para facilitar o aprendizado da leitura, do

vocabulário, da gramática e da escrita. A gramática pode ser entendida como um

conjunto de estruturas que ajudam a organizar uma língua (sintaxe, palavras,

expressões). Ela poderia ser apresentada e praticada num contexto significativo,

atendendo as expectativas dos alunos pra que se torne útil e efetiva em situações

cotidianas (HOLDEN, 2009).

Em vez de memorização de regras gramaticais pode-se ensinar gramática

partindo-se de um texto onde sua apresentação seja contextualizada (BRASIL,

2006). Nesse sentido, o estudo por meio de gêneros textuais (as canções são

também gêneros de textos) pode ser uma forma de tornar o aprendizado mais

significativo para os alunos, pois os gêneros textuais fazem parte da comunicação e

das práticas sociais. Seus conteúdos e elementos lingüísticos fazem parte da

realidade do educando.

Perfeito (2007, p. 824-36), corrobora com o ensino da gramática de forma

contextualizada, ao afirmar que o mesmo deve ser inserido nas atividades de

leituras e produção de texto a partir das necessidades ou dificuldades dos docentes.

As atividades, segundo a autora, deveriam levar em conta as concepções de

linguagem que os professores podem assumir. Perfeito (op. cit.) apresenta três

concepções de linguagem: a) linguagem como expressão do pensamento; b)

linguagem como forma de comunicação; c) a linguagem como forma de interação.

Na linguagem, como expressão do pensamento, exige-se clareza e precisão

dos falantes, pois as regras a serem seguidas são as normas do bem falar e do bem

escrever (PERFEITO, 2007). Esse ensino enfatiza a gramática teórico-normativa que

prioriza conceituar, classificar, entender e seguir as prescrições em relação à

concordância, regência, acentuação, pontuação, uso ortográfico, entre outras

normas. Essa prática continua ainda hoje de forma acentuada nas escolas, apesar

de propostas de inovação.

Segundo Perfeito (2007, p. 826) “na linguagem como instrumento de

comunicação, a língua é vista, ahistoricamente, como um código, capaz de transmitir

uma mensagem de um emissor a um receptor, isolada de sua utilização.” A

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linguagem como forma de comunicação focaliza o estudo de fatos linguísticos por

meio de exercícios estruturais e morfossintáticos, buscando hábitos da norma culta.

Procura dar exercícios mecânicos como atividades de seguir modelo, de múltipla

escolha e de completar lacunas.

Perfeito (2007, p. 827) salienta que “conceber a linguagem como forma de

interação significa entendê-la como um trabalho coletivo, portanto em sua natureza

sócio-histórica”. A linguagem, nesse sentido, seria voltada para interações em

práticas que existem em diferentes grupos sociais. A autora afirma que

A linguagem, nesse contexto, é o local das relações sociais em que falantes atuam como sujeitos. O diálogo, assim, de forma ampla, é tomado como caracterizador da linguagem. (...) discurso, gênero e texto, e não mais possibilidades de explicação dos fenômenos básicos da frase, passam a ser considerados. (PERFEITO, 2007, p. 828).

O que Perfeito (2007) propõe é um trabalho gramatical contextualizado,

construído coletivamente, fundamentando-se, sobretudo nos pressupostos teóricos

arrolados a partir das necessidades e realidades diagnosticadas em sala de aula.

O trabalho com canções pode ser feito dentro dessa terceira visão de

Perfeito, pois a música envolve o interesse e a curiosidade do aluno, sendo um

artifício para se ensinar itens gramaticais apresentados e praticados num contexto, e

não de forma isolada. Com as canções, o aluno assimila os conteúdos de uma

maneira descontraída e não preso às regras gramaticais. Elas abrem novas

possibilidades de relacionar-se com o conteúdo. Para isso, as atividades devem

estar relacionadas com as ideias e experiências próprias dos alunos, pois o que é

interessante para eles aumenta a autoconfiança, a motivação e beneficia o

aprendizado.

O ensino da gramática é necessário, porém nem sempre os alunos

conseguem assimilar certas estruturas, pela dificuldade que elas apresentam. Nesse

caso, é importante que o professor seja criativo, inovador e saiba selecionar

atividades interessantes para apresentá-las de uma forma atraente.

É possível apresentar ou revisar um conteúdo gramatical com música. É uma

estratégia eficiente, pois propicia um ambiente tranquilo, reduzindo a ansiedade e

aumentando o interesse e envolvimento do aluno. Além disso, dá uma pausa na

rotina do livro e do caderno. É preciso manter o entusiasmo do aluno e tornar o

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ensino da gramática significativo, de forma a ajudá-lo a usar o idioma no modo mais

eficaz no seu cotidiano.

A música é um gênero relevante para os alunos, pois é algo real para eles e

pode introduzi-los em outra cultura e outra sociedade. Uma aula com música ajuda

muito na interação entre professor e aluno, melhorando o relacionamento entre eles,

pois há uma troca de conhecimento, que ajuda a trazer o processo de aprendizagem

para a vida, tornando-o interpessoal e dinâmico.

2.1 Motivação

A música tem um efeito motivador, pois tende a criar uma atmosfera

descontraída, introduzindo variedade e mudança do ritmo das aulas. Desperta a

criatividade, propiciando uma vinculação afetiva com a aprendizagem. É um recurso

eficaz para o ensino da Língua Inglesa, pois promove a integração entre alunos e

professores. A aula torna-se mais agradável, já que envolve o aluno no processo de

aprendizagem.

Com a música, os alunos se sentem incentivados para aprender, pois ela

desperta seu interesse e curiosidade. Murphey (2002) acredita que é possível

explorar várias habilidades ao mesmo tempo quando se trabalha com atividades

musicais no ensino de uma língua. O autor sugere o uso da música em sala de aula

para influenciar positivamente outras atividades e descontrair mentalmente o grupo,

além de divertir e quebrar a rotina.

Com o uso da música é possível trabalhar a leitura, a gramática, o

vocabulário, as expressões idiomáticas, a pronúncia, a compreensão auditiva e oral,

a escrita e o conhecimento de outras culturas.

2.2 Listening (compreensão auditiva)

Canções podem ser usadas com bastante sucesso no ensino do Inglês,

ajudando os alunos na habilidade da compreensão auditiva. Além disso, há outras

vantagens em usá-las em sala de aula. Ouvir música pode ser uma oportunidade

prática para aprender o novo idioma, tornando-se importante para a oralidade.

Através dela os alunos tomam familiaridade com a pronúncia dos falantes nativos.

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O desenvolvimento e a prática das estratégias de compreensão auditiva em

sala de aula podem ajudar o aluno a melhorar sua compreensão, levando-o a falar o

idioma Inglês fora da classe. Segundo Miragaya (1992), os alunos podem ouvir

música para localizar palavras-alvo, expressões e estruturas; localizar palavras

tocadas na música; reforçar a pronúncia de palavras e expressões desconhecidas.

Já Kanel (1996) sugere atividades de preencher lacunas e correção de passagens

na música, para a apreensão de habilidades de discriminação auditiva. Hancock

(1998), por outro lado, destaca tarefas de localizar palavras que não fazem parte da

música, dando sequências corretas ao receber os versos desordenados e separados

em tiras de papel, ditados, questões interpretativas e exercícios de verdadeiro ou

falso sobre a letra da música. Oxford (1990) sugere atividades de preencher lacunas

onde o aluno conseguir localizar palavras trocadas na música.

2.3 Leitura

A atividade de compreensão de texto (as letras das canções) pode ser

trabalhada em sala de aula por meio de diversos tipos de tarefas, segundo o objetivo

que pretendemos alcançar. Para Miragaya (1992), os alunos leem para responder

questões específicas ou gerais, individualmente ou em pares; também para

identificar grupos de palavras que pertencem a uma categoria específica. Kanel

(1996) relaciona a leitura com a literatura, pois alguns cantores são poetas. Várias

músicas podem ser trabalhadas como poesia, podendo-se também, fazer a

interpretação da letra. Magalhães (1998) usa a técnica da tradução em atividades de

relacionar colunas e atividades em que são selecionadas palavras-chave e

eliminadas da música. Para isso, é fornecida aos alunos, a definição das palavras

em inglês, para que eles descubram as que se enquadram nas definições.

As atividades, no entanto, estão relacionadas à visão que o professor tem do

processo de leitura, uma vez que existem diversas formas de entendermos tal

processo: leitura como extração de sentidos (processo ascendente); leitura como

atribuição de sentidos (processo descendente, do leitor, para o texto); e leitura como

confronto e construção de sentidos, no qual os alunos e o professor constroem

coletivamente os sentidos para o texto.

Para Jordão e Fogaça (2007), o texto é algo ao qual se pode atribuir

significado, podendo ser verbal ou não verbal – por exemplo, uma imagem, um

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vídeo, um objeto, ou um texto escrito ou oral. A leitura deve contribuir para o

desenvolvimento intelectual dos alunos, ajudando-os a desenvolver também a sua

consciência crítica e a fazer a leitura do mundo. É importante que a leitura em sala

de aula seja para um processo de construção de sentidos, em que o leitor é o

construtor de significados e questione implicações de sua visão de mundo. Ler,

nesse sentido, seria repensar nossas percepções, visões de mundo, e desenvolver

formas de atribuição de sentidos.

Segundo os referidos autores (op. cit.), o letramento crítico é o processo de

significação textual absorvido pelos alunos como um processo de construção. A

leitura é uma forma de conhecer o mundo, levando o aluno a interagir com o

discurso. No letramento crítico existem diversas formas de texto. A língua como

discurso e prática social contextualizada e cultural pode ajudar os alunos a

perceberem seu papel na sociedade, tendo experiências de cidadania.

Os alunos conseguirão entender um texto se o assunto for interessante ou se

houver uma razão real para a leitura. Por isso, deve-se privilegiar a contextualização

e a interação para ajudá-los a expor suas opiniões e pontos de vista, a serem

criativos, a terem a mente aberta e a levá-los a adquirir novas maneiras de pensar, a

ver o mundo e refletir sobre seu lugar na sociedade. É necessário formar leitores

independentes e críticos, tornando-os capazes de refletir sobre as possibilidades de

transformação social.

Para uma aula de leitura ser bem sucedida, pode-se seguir os seguintes

momentos (não necessariamente numa seqüência linear), conforme Jordão e

Fogaça (2007): a) Preparação – atividades que ajudam os alunos no contato com o

texto, em que trazem seus conhecimentos prévios e discussões gerais sobre o tema;

b) Exploração – atividades para atribuição de significados, compreensão geral e

específica. O trabalho dos alunos é principalmente em grupo, já que o conhecimento

é construído coletivamente; nesta etapa, o professor pode também sugerir

atividades de expansão, ou atividades que levem o aluno a extrapolar o texto, como,

por exemplo, escrever um diálogo a partir do texto, ou fazer um cartaz temático; c)

Problematização – atividades para professores e alunos discutirem suas crenças e

pressupostos para construírem entendimentos de seus próprios contextos sociais e

questionar as ideias do texto.

Ler em Inglês é uma habilidade muito útil para os alunos. É preciso levar em

conta não só o que eles querem, mas também, como e por quê. Para compreender

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um texto, em geral, há diferentes tipos de conhecimento como, por exemplo, de

mundo, de linguagem e de percepção pessoal. Na abordagem comunicativa

(HOLDEN, 2009) tem-se: a) Atividades antes da leitura (pre-reading) – tem o

objetivo de apresentar o assunto, despertando o interesse do aluno. Deve-se

oferecer um preparo linguístico e estratégias para entendê-lo; b) Atividades

durante a leitura (reading) – destina-se a entender a linguagem, o conteúdo, as

ideias e a intenção do autor. Deve-se interpretar o texto de acordo com o contexto

social em que foi escrito; c) Atividades após a leitura (post-reading) – para

conversar sobre o conteúdo e forma do texto e consolidar o que leram, relacionando

o conteúdo com experiências dos alunos. O professor poderia sugerir mais

atividades, para além daquelas propostas para a compreensão do texto.

2.4 Vocabulário

A música facilita a memorização do vocabulário. Estudar a letra aumenta o

vocabulário do aluno de forma espontânea, principalmente no que se refere às

expressões idiomáticas. As canções trazem significado às palavras, aumentando

significativamente a aquisição de vocabulário (MEDINA, 1993).

Pode-se fazer um levantamento das palavras desconhecidas, identificar as

expressões idiomáticas e procurar seus significados. É importante aproveitar essas

expressões aprendidas para usá-las em outras situações.

Segundo Murphey (2002), a música não é realmente uma das categorias

convencionais de estudo das línguas (gramática, vocabulário, composição, leitura,

compreensão oral ou conversação), mas pode ser conteúdo de qualquer dessas

categorias. O professor pode focar sua aula em qualquer uma das áreas descritas,

usando canções. Ela está em todos os lugares e as aulas de Língua Inglesa podem

ser enriquecidas de informações, reações e sentimentos dos alunos.

3. A produção e aplicação do material

A produção e aplicação do material teve por objetivo geral destacar a

influência da língua inglesa na sociedade atual e a importância de sua aprendizagem

ainda no processo de escolarização. Como objetivos específicos: a) despertar o

interesse dos alunos pelo aprendizado da língua inglesa por meio da música; b)

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facilitar o trabalho de professores de língua inglesa, por meio de material preparado

a partir de músicas com letras em Inglês; c) motivar os alunos a pronunciarem as

palavras em inglês; d) ampliar o vocabulário e sua prática; e) auxiliar na

compreensão de estruturas gramaticais; f) estimular o desenvolvimento da leitura,

possibilitando a compreensão e atividades de interpretação; g) facilitar processo de

socialização do aluno, por meio da canção; h) levar o aluno a reconhecer a

importância do domínio dessa língua na sociedade atual.

Este projeto foi implementado no segundo semestre o ano letivo de 2011 no

Colégio Estadual Agalvira B. Pinto, de Araucária. A escola possui em média 950

alunos, com 35 por turma e não possui estrutura para o ensino de línguas como

laboratório ou sala de vídeo. O trabalho foi realizado em sala de aula e também fora,

no pátio, com alunos de 7ªs e 8ªs séries, com faixa etária entre 13 a 15 anos e com

um nível sócio-econômico de classe média baixa. Para os professores de Inglês da

escola, foi feita uma explanação sobre o projeto.

Os recursos pedagógicos utilizados foram CDs, TV multimídia, pen drive,

câmera digital, aparelho de som, vídeo player e DVD player. Os procedimentos para

implementação do projeto envolveram as seguintes atividades: a) aplicação de um

questionário (ver anexo) com perguntas sobre a importância do ensino da Língua

Inglesa, gosto, estilo musical e cantores preferidos pelos alunos; b) desenvolvimento

de atividades com músicas, visando motivar os alunos e facilitar a aquisição de

vocabulário, listening, speaking, reading e writing; c) desenvolvimento de atividades

com letras de músicas em que o aluno fizesse uso de estratégias sociais como

questionar, trocar ideias, demonstrar empatia, entendimento cultural e que houvesse

interesse e envolvimento; d) utilização de músicas em pen drive na sala de aula; e)

desenvolvimento de atividades utilizando vídeo clip; f) formação de grupos para

cantar músicas em inglês no final do ano.

O início do projeto previa a utilização de cinco canções. No entanto,

conseguimos trabalhar com três delas. As músicas escolhidas para serem

trabalhadas foram: Heal the world (Michael Jackson), Firework (Katy Perry) e

Perfect (Simple Plan). O motivo da escolha foi por serem músicas que fazem parte

do repertório dos alunos. As atividades foram estruturadas da seguinte forma3:

3 Ver material produzido, no anexo 2.

14

• Aula 1 – Atividades Motivacionais -- (Pre-reading): são atividades efetuadas

antes da leitura e que têm como objetivo motivar o aluno para a aula. São feitas

algumas perguntas às quais os alunos respondem de acordo com seu

conhecimento prévio sobre o assunto.

• Aula 2 – Percepção Oral -- (Listening): são atividades feitas para compreensão

auditiva, em que o aluno ouve a música para colocar linhas ou estrofes em

ordem, completar lacunas com palavras que foram tiradas da letra, circular, entre

duas palavras dadas, aquela que ele ouve.

• Aula 3 – Compreensão da Leitura – (Reading Comprehension): são atividades

voltadas para a compreensão do texto da letra da música para entender as ideias

e intenção do autor. Oportuniza o aluno a aumentar sua competência linguística

e desenvolver as estratégias de leitura.

• Aula 4 – Gramática e Vocabulário – (Grammar – Vocabulary): são atividades

elaboradas para ajudar o aluno a fixar melhor as estruturas gramaticais e ampliar

seu vocabulário.

• Aula 5 – Problematização e Expansão – (Post-Reading): é a etapa que vai além

da interpretação e o conteúdo pode ser relacionado com experiências dos

alunos. Podem ser sugeridas mais atividades além daquelas propostas para a

compreensão do texto

Para a realização do trabalho com os alunos, eles responderam a um

questionário inicialmente com perguntas pertinentes a importância do ensino da

Língua Inglesa, Inglês com música, gosto, estilo musical e cantores preferidos por

eles. Concluiu-se com esse questionário que a maioria dos alunos é favorável a

utilização de música em sala de aula. A maior parte deles gosta e tem acesso

regularmente à músicas em inglês, pois fazem parte da vida dos adolescentes e eles

têm facilidade para lidar com as novas tecnologias.

Perguntamos a opinião dos alunos sobre a contribuição da música para

aprender melhor uma LE. A maioria respondeu que sim, que a música contribui

bastante no aprendizado da língua inglesa, que ela ajuda na compreensão auditiva,

na descoberta de palavras novas para enriquecer o vocabulário, ajuda a melhorar a

pronúncia, que é muito importante para aprender uma outra língua, que torna a aula

de inglês mais atraente, facilitando assim um melhor aprendizado.

15

De um total de 77 alunos, 71 disseram ser importante o aprendizado de uma

LE. Desse total, 29 consideram o inglês importante para sua futura profissão, 15

para a comunicação, 9 para o estudo da literatura,12 para entender letras de

música, 7 para a compreensão de filmes, e, ainda, 5 para futuras viagens. Todos os

alunos entrevistados disseram gostar de ouvir músicas em inglês. Entre os estilos

musicais mais mencionadas estão: 19 alunos para “rock”; 8 alunos para “reggae”, 27

alunos para “pop” e 23 alunos para “dance”. Todos os alunos disseram que a

utilização de músicas em sala de aula poderia contribuir para o aprendizado de uma

LE e julgam importante conhecer a letra da canção. Os itens mais relevantes para os

alunos na utilização de canções para aprender inglês foram: a tradução da letra da

música, vocabulário, a compreensão auditiva e pronúncia das palavras da canção.

Aqui estão alguns depoimentos dados pelos alunos ao responderem às perguntas

do questionário:

“A música ajuda no conteúdo”

“Conseguimos aprender com mais facilidade”

“Muitos jovens gostam de música e com a ajuda do inglês seria muito legal”

“Ajuda no aprendizado e a entender melhor a língua”

“É importante para o vocabulário e pronúncia das palavras”

“Cantando em inglês, aprenderíamos melhor”

“Seria muito bom aprender uma língua importante para o nosso dia – a - dia, como o inglês, através

da música”

“Com a música, ficamos mais empolgados em aprender”

“Seria bom aprender uma língua diferente da nossa, através da música”

“Para aprender algumas palavras novas e seus significados”

“Escutando música, gravamos na mente as palavras e assim aprendemos melhor o inglês”

”Aprendemos mais rápido”.

No primeiro dia de aula apresentamos o projeto aos alunos, o qual foi bem

recebido por eles. Dissemos o que esperávamos deles e como seriam avaliados. A

apresentação foi muito interessante e criou-se uma expectativa nos alunos que, a

partir desse dia, vieram mais motivados para as aulas de inglês. Eles participaram

de todas as atividades com muito interesse. Durante a implementação as

dificuldades encontradas foram: a) na escola não havia um rádio que funcionasse

bem; trouxemos um de casa; b) em algumas salas a TV multimídia também não

16

funcionava, e os alunos foram mudados de sala, o que gerou um pouco de confusão

e dispersão por parte deles. Porém, tudo foi solucionado.

As dificuldades enfrentadas se deveram ao fato de que todo projeto inovador

provoca reações de toda sorte. Entretanto, esses detalhes não atrapalharam o

trabalho. As atividades foram bem aceitas e desenvolvidas pelos alunos. Sempre

havia uma turma que gostava mais de participar e cantar do que a outra. A 8ª D era

a mais animada e participativa nas atividades linguísticas, discussões, e também

gostava de cantar as canções.

Tivemos vários ensaios para a apresentação de final de ano e nós

percebíamos o entusiasmo e empenho dos alunos dia após dia. Os ensaios foram

realizados no pátio da escola e eram tão envolventes que até algumas funcionárias

paravam para participar. Os alunos também fizeram trabalhos com cartazes

relacionados aos temas das músicas.

Na avaliação do projeto foi utilizado o método da observação diária realizada

pela professora, na qual foi levado em consideração o interesse e o desempenho

dos alunos nas atividades individuais e em grupos. No final do ano eles fizeram uma

apresentação das músicas para toda a escola no período da tarde. Foi como um

trabalho de conclusão da implementação. Eles cantaram e representaram as

músicas do projeto: “Heal the world”, ‘Firework”, “Perfect” e outras extras, tais como

“I want to know what love is”, “Talking to the moon”, “Imagine”, “Happy Christmas” e “

A Paz.”

A apresentação foi bem apreciada por toda a comunidade escolar, que

elogiou muito o trabalho. Pudemos perceber que é possível aprender inglês através

da música e tornar as aulas mais atraentes. A aceitação das atividades foi muito

boa, tanto por parte dos alunos quanto dos professores e funcionários da escola.

Verificou-se com a aplicação do projeto, que os adolescentes aprendem mais

rápido com músicas, pois as atividades facilitam e ajudam os alunos a se lembrarem

da linguagem mais facilmente, independentemente do foco do professor, seja na

oralidade, na gramática, no vocabulário ou na compreensão de texto. O professor

pode utilizar canções em diversos momentos de uma unidade: a) para apresentar

uma temática nova; b) para encerrar a sequência de atividades; c) no meio de um

projeto para enfatizar o tema; d) ou como o eixo organizador de uma sequência

didática.

17

4. O Grupo de Trabalho em Rede

O GTR (Grupo de Trabalho em Rede) é uma atividade do PDE e caracteriza-

se pela interação à distância entre o professor PDE e os demais professores da rede

pública estadual, cujo objetivo é a socialização e discussão das produções e

atividades desenvolvidas, buscando efetivar o processo de formação continuada já

em curso, promovido pela SEED/PDE.

O objetivo geral do GTR foi destacar a influência da Língua Inglesa na

sociedade atual e a importância de sua aprendizagem ainda no processo de

escolarização. Pretendemos também facilitar o trabalho do professor de Língua

Inglesa por meio do material preparado a partir de músicas com letras em inglês. Os

participantes foram professores de Língua Inglesa da rede pública estadual.

O GTR foi uma experiência muito significativa para este projeto, pois o grupo

de cursistas demonstrou muito interesse e competência na realização das atividades

(temáticas), que era responder a algumas questões sobre: o Projeto de Intervenção;

a Produção didático-pedagógica; as Ações da Implementação.

Na primeira temática, todos os participantes concordaram que a música na

aula de LEM ajuda muito no ensino do conteúdo, despertando o interesse do aluno.

A maioria respondeu que já trabalha com música nas suas aulas de Língua Inglesa.

Na segunda temática, os participantes elogiaram o material didático e acharam a

proposta inovadora e relevante para a escola pública, pelo fato de conter atividades

de acordo com o nível dos alunos e corresponder às expectativas deles. Na terceira

temática, após um relato sobre o andamento do projeto e as dificuldades

encontradas, os cursistas manifestaram o seu apoio e disseram que esses

problemas são comuns nas escolas estaduais do Paraná, que o projeto deveria

continuar firme com seus objetivos, que eles estavam torcendo por um bom

resultado. Os cursistas também contribuíram com ótimas sugestões de atividades.

As interações com os participantes e a troca de idéias contribuíram muito para os

bons resultados do projeto. A tutoria do GTR foi uma etapa muito importante do

PDE, pois houve a oportunidade de socializar o presente projeto e material didático

com os cursistas.

A seguir, alguns depoimentos dados pelos participantes do GTR. Os cursistas

serão denominados C1, C2, C3, e assim por diante, para que suas identidades

sejam preservadas. A percepção dos cursistas do GTR em relação às atividades

18

didáticas desenvolvidas foi bastante positiva, como podemos perceber no

depoimento abaixo.

A sua Produção Didático -Pedagógica é uma super produção!!! Gostei mesmo! Este é o primeiro GTR que vejo contribuições significantes para a nossa prática em sala de aula. Com sugestões e atividades que podemos também usar e adaptar em nossa realidade. Olha que eu fiz os 3GTRs dos anos anteriores. A produção está coerente com o nível dos alunos 7ª e 8ª séries, já que este ano estamos trabalhando com os livros didáticos do estado, keep in Mind ou lINKs. (C1 – 2011)

Alguns participantes destacaram a importância do uso de atividades que

saiam da rotina do dia-a-dia e que explorem recursos que vão além do livro didático,

como podemos perceber no depoimento de C4, abaixo

É isso aí colega... precisamos deixar as aulas muito mais interessantes... Ficamos preocupados em seguir livros e acabamos esquecendo dos ótimos recursos que estão em nossas mãos hoje em dia como os video clipes e as músicas , os quais podemos perfeitamente adequá-los aos conteúdos. Basta querermos fazer a diferença! (C4-2011)

Outros cursistas falaram sobre a importância das atividades serem inovadoras

e motivadoras, que ajudarão os professores no seu dia-a-dia em sala de aula como

no depoimento de C2, abaixo

Josira meus parabéns! Adorei a sua produção didático-pedagógica! Já estava cansada de tanto procurar em livros didáticos alguma idéia nova que pudesse motivar realmente os alunos. Gostei muito da maneira como você elaborou as atividades. Nada ficou cansativo e chato para o aluno. Tenho certeza que você nos ajudou com o seu trabalho. Muito obrigada (C2-2011)

Os cursistas também deixaram muitas contribuições importantes, como

sugestões de atividades com músicas que também ajudam na prática de sala de

aula. Alguns participantes contribuíram com novas sugestões de atividades para as

músicas da produção didática.

Josira, escolhi a música Firework apresentada no seu projeto e apliquei em 1 turma de 1º ano e 1 turma do 2º ano do Ensino Médio - Noturno. Segui as atividades exatamente como proposta no seu projeto e o resultado foi excelente. Os alunos ficaram muito empolgados, participaram da aula, cantaram com muito entusiasmo, também gostaram muito da letra da música. Na primeira aula, quando expliquei que estudaríamos uma música, alguns alunos perguntaram se iríamos cantar porque não gostariam de cantar, só de escutar a música. No decorrer das aulas e após aprenderem

19

a pronúncia, começaram a cantar com os demais alunos e até sugeriram que tivéssemos mais aulas como estas. Apliquei as mesmas atividades desta mesma música com uma turma de 7ª série da tarde. O resultado não foi tão satisfatório como nas turmas de Ensino Médio. Acredito que pelo perfil da turma, que é bem imatura e desmotivada. Mesmo assim, foi importante, pois serviu de experiência para mim. Entendi que este tipo de atividade funciona melhor com turmas mais maduras e participativas. Amei ter participado deste grupo. Você está de parabéns com seu trabalho, pois ele me motivou a trabalhar mais com música. Pretendo por em prática as outras músicas que também são muito interessantes. (C3 – 2011) Considero de fundamental importância para efetivação do aprendizado da língua inglesa a socialização do conhecimento. (...) Para a música FIREWORK eu sugeriria uma atividade que envolveria toda a turma. A turma poderia ensaiar e fazer uma composição do clipe da música de Kate Perry, depois gravar um vídeo, com a ajuda do professor. Poderiam ser selecionadas a equipe que cuidasse da roteirização do vídeo, outra do figurino, outra da gravação e edição do vídeo. Seria uma atividade bacana porque envolveria todo o grupo e acho que eles iriam gostar muito. (...) Para música PERFECT eu sugeriria a organização de uma peça de teatro que envolvesse os alunos e seus pais. A peça seria baseada na música e mostraria alguns dos conflitos entre pais e filhos na idade da adolescência. Este trabalho, também envolveria toda a turma, já que para a criação da peça teria que ser pensado um roteiro, as falas, teria que se pensar no figurino dos personagens e no cenário da peça. Poderiam ser montadas equipes para cuidar de cada uma destas questões. A peça seria apresentada para escola toda. Desta forma, envolvendo os alunos é possível fazê-los se interessar mais pelo aprendizado da língua inglesa, facilitaria também o aprendizado. Já que quando gostamos de algo, fazemos com prazer. (C5 – 2011) Resolvi elaborar essas aulas utilizando uma das músicas e atividades gramaticais que fazem parte da sua produção didático-pedagógica fazendo algumas adaptações com o objetivo de fazer com que os alunos reflitam sobre os problemas sociais que afetam o mundo e também conscientizá-los sobre o que é ser cidadão. Primeiramente será feito um ‘ BRAINSTORM’ (tempestade cerebral - o que vem à sua mente) com a palavra ‘POVERTY’(pobreza), onde questionamentos virão ‘a tona. Tópicos consequentemente serão discutidos tais como: • Políticos corruptos e má administração; • Desvio de verbas que ocasionam os problemas sociais como a

discriminação, violência, direitos das crianças e adolescentes sendo desrespeitados, trabalho infantil, etc. (vídeo -http://www.youtube.com/watch?v=81GvcnBj0FI. Neste vídeo será trabalhado o texto em si, refletindo sobre os diretos da criança).

• Os direitos e os deveres do cidadão ( lembrar sobre os artigos 1@ e 3@ da Constituição brasileira);

• A questão do voto consciente ( nesse momento será apresentado um vídeo o qual reforça a idéia de que é a partir do voto que o cidadão estará dando o primeiro passo para ter um governo mais digno). http://www.youtube.com/watch?v=DD3YX5gqvP8 (C6- - 2011).

5. Conclusão

20

O PDE é muito importante para o aperfeiçoamento dos professores, pois tem

a finalidade de melhorar a qualidade do ensino público no estado do Paraná.

Os resultados obtidos na implementação da unidade didática “Aprendendo

Inglês com música” reforçou a ideia de que a canção tem o potencial de mudar o

ambiente de sala de aula para algo melhor e mais atraente. Portanto, a motivação foi

o fator essencial para o sucesso da implementação da produção didática. Embora,

desafiante, continuamos a acreditar que podemos fazer diferença na vida dos

educandos. Toda atividade realizada com música é normalmente bem aceita pelos

alunos, pois eles participam com muito mais vontade e dinamismo. A utilização de

músicas para o aprendizado de uma língua estrangeira parece despertar o interesse

do aluno, o que torna o processo de aprendizagem muito favorável e gratificante

para educador e educando. Acreditamos que a participação dos alunos na

implementação deste projeto foi uma experiência muito importante para eles. A

aplicação deste material a partir de canções escolhidas como instrumento de ensino

aprendizagem, mostrou que é possível alcançar um resultado positivo e satisfatório.

Ressaltamos também que ao trabalharmos com a música, temos a

oportunidade de explorar bem a oralidade e o trabalho em equipe, pois, há

envolvimento de todos, professor-aluno e aluno-aluno, promovendo a interação

grupal. A experiência com música na aplicação do material didático nos trouxe

reflexão sobre as atividades desenvolvidas em sala de aula, tendo grande efeito nas

práticas pedagógicas nesse ambiente, nos resultados obtidos, e na aprendizagem

do inglês. Percebemos também benefícios concretos e novos recursos para a

prática pedagógica.

Com a aplicação dessas atividades, as aulas tornaram-se mais dinâmicas e

criativas, despertando no educando o desejo de ampliar conhecimentos e

desenvolvendo a visão crítica e reflexiva do aluno. As atividades selecionadas

permitiram ao aluno rever conceitos, refletir sobre suas percepções de realidade,

compreender o mundo de outra forma, compartilhar seus pensamentos com colegas,

confrontar e construir sentidos, ao mesmo tempo em que puderam ter a satisfação

de sentirem-se capazes de compreender letras de canções que tocam nas rádios.

Percebemos que ensinar por meio de canções melhora o desempenho dos

alunos nas atividades. Entre os resultados obtidos estão: a) a desinibição para a

pronúncia das palavras; b) a aquisição de vocabulário atual e relevante para eles; c)

21

o desenvolvimento da percepção auditiva; d) maior compreensão da gramática

estudada por meio das canções, de forma contextualizada; e) o desenvolvimento do

letramento crítico de forma mais ampla. Em suma, a música é um meio que facilita a

explanação e assimilação dos conteúdos didáticos, buscando uma solução para os

problemas de desmotivação, desinteresse e indisciplina tão presentes no cotidiano

das salas de aula de língua inglesa. O Projeto de Intervenção foi elaborado e

aplicado no Colégio Estadual Professora Agalvira B. Pinto com bom êxito e trouxe

para a professora muito crescimento a nível pessoal e profissional.

22

Referências:

AMORIN, Vanessa Magalhães, Vivian. Atividades com música. In______. Cem aulas sem tédio. Porto Alegre: Instituto Padre Reus 1998. BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: SEB/MEC, 2006. COSTA, Nelson Barros da. As letras e a letra: o gênero canção na mídia literária. 2003. KANEL, Kim R. Teaching with music: song-based tasks in the EFL classroom. In: ______. Multimidia language teaching. Tokio and San Francisco: Logos International, 1996. ______. Teaching with music: song -based tasks in the EFL classroom, 1996. HANCOCK, Mark. Singing grammar: teaching grammar through songs.Cambridge: Cambridge University Press, 1998 HOLDEN, Susan. O ensino da língua inglesa nos dias atuais. São Paulo: Macmillan, 2009. JORDÃO, Clarissa e FOGAÇA, Francisco Carlos. Ensino de inglês, letramento crítico e cidadania: um triângulo amoroso bem-sucedido. Línguas e Letras. Vol. 8, n° 14, 1° sem. 2007. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. 2002. MEDINA, S. The effect of music on second language vocabulary acquisition. FEES News (National Network for Early Language Learning), 1993. MIRAGAYA, Ana Maria. On the use of rock 'n' roll songs in the EFL classroom. 1992 . MURPHEY, Tim. Music and song: teacher’s resource series edited by Alan Maleu. Osford: Oxford University Press, 1992.

23

______. Pop Music EFL in the natural enviroment of adolescents. 1992. ______ e ALBER, Jl. A pop song register. 1992. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da Educação. PEREIRA, Erica. O ensino da língua inglesa com música. Disponível em: <http://www.planetaeducacao.com.br>. Acessado em 21/09/2010. PERFEITO, A. M. . Concepções de Linguagem, análise lingüística e proposta de intervenção. In: CLAPFL - I Congresso Latino-Americano de Professores de Línguas, 2007, Florianópolis. Anais... Florianópolis : EDUSC, 2007. p. 824-836. PINTO, Abuêndia Padilho. Gêneros discursivos e ensino de língua inglesa. 2002. ROJO, Roxane. Linguagem em discurso: o letramento escolar e os textos da divulgação científica. A apropriação dos gêneros de discurso na escola. LemD, V. 8, n. 3, set-dez, 2008, p. 581-612. VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

24

ANEXOS

25

ANEXO 1

COLÉGIO AGALVIRA B. PINTO QUESTIONÁRIO Este questionário destina-se para o público-alvo dos alunos das 7ªs e 8ªs séries do Colégio Agalvira B. Pinto – Ensino Fundamental e Médio – Araucária. 1. Você acha importante o aprendizado de uma LE? ( ) sim ( ) não 2. Para você a importância do domínio de uma LE seria voltado para: ( ) trabalho ( ) literatura ( ) música ( ) comunicação ( ) filme ( ) outros Especifique:__________________________________________________ 3. Você gosta de escutar música em inglês? ( ) sim ( ) não 4. Qual estilo musical que você gosta? ( ) rock’n’roll ( ) regaee ( ) pop ( ) dance ( ) romântica ( ) clássica ( ) outros Especifique:___________________________________________________ 5. Você acha que o uso da música contribuiria para aprender melhor uma LE? ( ) sim ( ) não Explique: _____________________________________________________ _____________________________________________________________ 6. Ao ouvir uma música, você a compreenderia melhor se estivesse com a letra? ( ) sim ( ) não 7. A assimilação de um conteúdo gramatical seria melhor se ele fosse previamente visto em uma música antes de entrar no LD? ( ) sim ( ) não 8. De uma nota de 1 a 5 para o uso da música no aprendizado de uma LE (1) pouco importante; (5) muito importante. ( ) gramática ( ) pronúncia de palavras ( ) vocabulário ( ) compreensão auditiva ( ) tradução ( ) compreensão do mundo. Lê-se língua estrangeira para LE e livro didático para LD

26

ANEXO 2

SONG: FIREWORK (Katy Perry)

ATIVIDADES MOTIVACIONAIS – (PRE-READING)

1. Pense e responda às seguintes perguntas:

a) De que maneira você e sua família costumam comemorar datas?

_________________________________________________________________

___________________________________________________________

b) Em que datas ou ocasiões costumamos usar fogos de artifícios?

_________________________________________________________________

___________________________________________________________

c) O que você sente numa comemoração com fogos de artifício e o que eles

significam para você?

_________________________________________________________________

___________________________________________________________

2. Apresentação do videoclipe da música. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=QGJuMBdaqIw&ob=av2e

COMPREENSÃO AUDITIVA – (LISTENING)

Listen to the song and circle the word that you hear

FIREWORK (Katy Perry)

Do you ever feel / deal

Like a plastic tag / bag

Drifting through the wind / thing

Wanting to start amen / again

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Do you ever deal / feel

Feel so paper-thin / thing

Like a house of bars / cards

One blow from caving in / win

Do you ever feel / deal

Already buried keep / deep

Six feet thunder / under

Screams but no one seems to hear a thing / think

Do you know that where’s / there’s

Still a chance for you / true

‘Cause there’s a spark in true / you

You just gotta / cot

Ignite the night / light

And let it shine / line

Just own the nigh / light

Like the Fourth of good bye / July

‘Cause baby, you’re a firework / word

Come on show ‘em what you’re earth / worth

Make ‘em go, “Aah, aah, aah”

As you shoot across the tie / sky

Baby, you’re a firework / word

Come on let your colors first / burst

Make ‘em go, “Aah, aah, aah”

You’re gonna leave them all in awe, awe / we

You don’t have to deal / feel

Like a wasted face / space

You’re original / ordinal

Cannot be placed / replaced

If you only knew / new

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What the future holds / colds

After a airplane / hurricane

Comes a rainbow / arrow

Maybe a reason why / buy

All the doors were closed / enclosed

So you could open one / some

That leads you to the perfect road/ /code

Like a lightning bolt / colt

Your heart will go / glow

And when it’s time you’ll know / blow

You just cot /gotta

Repeat the chorus

Boom, boom, boom

Even brighter than the moon, moon, moon

It’s always been inside of you, you, you

And now it’s time to let it through

‘Cause baby, you’re a firework

Come on show ‘em that you’re worth

Make ‘em go, “Aah, aah, aah”

As you shoot across the sky

Baby, you’re a firework

Come on let your colors burst

Make ‘em go, “Aah, aah, aah”

You’re gonna leave them all in awe, awe, awe

Boom, boom, boom

Even brighter than the moon, moon, moon

Boom, boom, boom

Even brighter than the moon, moon, moon

29

COMPREENSÃO DO TEXTO -- ( READING COMPREHENSION)

Responda às seguintes perguntas:

a) O que significa ¨fogos de artifício¨ nessa música?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

b) Como você interpreta a seguinte frase retirada da letra da música? Você já se

sentiu assim?

Do you ever feel

Like a plastic bag

Drifting through the wind

Wanting to start again

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

c) Como você interpreta a seguinte frase retirada da música? Existe alguma

parecida em português?

“After a hurricane comes a rainbow”.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

d) O que significa a onomatopeia “boom, boom, boom” na música? Com que palavra

esta onomatopeia rima?

Boom, boom, boom

Even brighter than the moon, moon, moon

It’s always been inside of you, you, you

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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e) Por que os fogos de artifício brilham mais do que a lua?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

VOCABULÁRIO / GRAMÁTICA – (GRAMMAR / VOCABULARY)

1. Underline the sentences that are in the Simple Present Tense in the Interrogative

form:

2. Find the sentence that is in the Simple Present Tense Negative form, and change

it to the 3rd person singular

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3. Complete the sentences with the verb in the 3rd person singular of Simple Present

Tense

a) If you only knew what the future _______________(to hold)

b) After a hurricane _________________ a rainbow (to come)

c) So you could open a door that __________ you to the perfect road (to lead)

.

4. Find in the lyrics:

a) two cardinal numbers ______________

b) one ordinal number _______________

c) a month _________________

d) a frequency adverb ___________________

e) cognate words ______________

5. Special dates:

Fourth of July is the Independence Day in the United States. Could you remember

other special dates in your country? Why are they special?

- _____________________________________________________

31

- _____________________________________________________

- _____________________________________________________

PROBLEMATIZAÇÃO – EXPANSÃO (POST-READING)

Reflita e responda às seguintes perguntas:

a) A autora tenta incentivar alguém, que deve estar passando por dificuldades, a ser

otimista, ter autoestima e reconhecer seu próprio valor. Será que é fácil para uma

pessoa deprimida e sem perspectiva de melhora perceber sua capacidade e lutar

por uma vida melhor?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

b) As dificuldades de hoje podem ser um aprendizado e contribuir para o sucesso

de amanhã? Sim ( ) Não ( ) Por quê?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

c) De que maneira esse brilho interior pode se manifestar em alguém?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________