a imprensa universitária de buda a sorrivo da formagäo da...

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s. A Imprensa Universitária de Buda a Sorrivo da Formagäo da Consciéncia Nációnál dos Paises da Europa Central , ■É H /t O -1 i István Monok M í (3 0 0 Tradu^äo: Eliza Nazarian A história do ensino superior na Hungria2 come^a com o Studium ge nerale, responsável, durante toda a Idade Média, pela formagäo de clérigos e de monges. Os primeiros elementos que atestam a existén- cia desses organismos provém de meados do século XIII (relativos, principalraeute, ao Studium generale que funcionava junto ao capítu- lo de Veszprém). No entanto, essas escolas näo podiam conceder a A Impensa Universitária de Buda a Servi^o da Forma^äo da Consciéncia Nációnál... 143

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s.A Imprensa Universitária de Buda a Sorrivo da Formagäo da Consciéncia Nációnál dos

Paises da Europa Central,■É H /t O -1 i Is tv án M onokM í ( 3 0 0 Tradu^äo: Eliza N azarian

A h istó ria do ensino superio r na H u n g ria2 com e^a com o S tud ium ge­nerale, responsável, du ran te toda a Idade M édia, pela form agäo de

clérigos e de m onges. Os prim eiros elem entos que a testam a existén-

cia desses organism os provém de m eados do século X III (relativos,

p rincipalraeu te , ao S tud ium generale que funcionava ju n to ao capítu-

lo de Veszprém). No en tan to , essas escolas näo podiam conceder a

A Im pensa U niversitária de Buda a Servi^o da Forma^äo da Consciéncia Nációnál... 143

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seus alunos o grau de m estre ou de doutor. Em 1335, os m onarcas

da Polőnia, da Boémia e da H ungria se reu n iram em Visegrád, na

H ungria , com o objetivo de negociar seus in teresses econőm icos e

estabelecer um a colabora^äo que pudesse com pensar a influéncia do

Im pério G erm änico na E uropa C entral. Essa colabora^ao estendia-se

tam bém ao cam po do ensino e da cu ltu ra . Depois desse encontro

dós trés m onarcas é que foram fundadas as U niversidades de Praga

(1348), de Cracóvia (1364) e de Pécs (na H ungria, 1367). É evidente que

esta últim a dispunha apenas da faculdade de direito, visto que nunca chegou a perm issäo papal para abrir um a faculdade teológica. Em con-

trapartida , a Universidade de Buda (fundada em 1410), a U niversidade

de P resbourg (criada em 1470) e, por fim, o estabelecim ento criado

no final do século XV por M ath ias C orvinus, em Buda, garan tiam

som ente um a form a^ao teológica. Em regra geral, esses estabeleci-

m entos sobreviveram por apenas a lguns anos após o desaparecim en-

to de seus fundadores. D ispom os de pouquíssim as in fo rm a ^ e s sobre

a a tiv idade ed ito ria l (eventual) em seu meio.

István B áthory - m onarca que reinou em uniäo pessoal na

T ransilvánia , na Polőnia e na L ituán ia - era católico. Em 1581, deu iní-

cio ä funda^ao de um a universidade jesu íta . Obviam ente, a ordem dós

jesu ítas estava pronta para fornecer os professores necessários. Toda-

via, com o as tipografias da cidade estavam nas m äos dos pro testan tes,

a edigáo de obras a serv i£0 do ensino universitário jam ais se realizou. De qualquer m aneira, os jesu ítas foram expulsos da cidade em 1603.

Com a consolida^äo da situa9äo econőm ica e política na T ra n ­

silvánia, o principe calv in ista Gábor B ethlen podia, legitim am ente,

pensar na funda£äo de um a universidade. Sua previsäo era estabelecé-

-la em G yulafehérvár (Alba Iulia), sede do poder principesco, portanto ,

na p róp ria cidade onde havia funcionado a tipográfia curia l, capaz de

fornecer livros de qualidade ao ensino secundário . A m orte precoce

do principe, em 1627, im pediu a realiza£äo de seus am biciosos proje- tos un iversitários.

A Igreja católica, renovada segundo o espírito das p re s c r ib e s

triden tinas, em penhou-se em recato lizar progressivam ente o reino da

H ungria , que fazia p arte do Im pério dos H absburgos. Um elem ento

144 Livros e Universidades

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im portan te deste am bicioso projeto de reconversäo do pais, cuja po-

pu la9äo, na v irada do século XVI para o XV II, era de m aioria pro-

testan te , fői a funda^äo, em 1635, da U niversidade de N agyszom bat

pelo arcebispo de E sztergom , Péter Pázm ány. (Convém observar que

a sede arquiepiscopal, a cidade de E sztergom , esteve sob ocupa9§o

o tom ana en tre 1543 e 1686. A form a^äo definitiva das i n s t i t u t e s

arquiepiscopais fői concluída som ente em 1821, quando o capítulo

re to rnou ä cidade.) Fői a p rim eira un iversidade do país a funcionar

até nossos dias, an tecessora da U niversidade Eötvös Lóránd, de Bu­dapesté. Fői tran sfe rid a para Buda e P este3 pela im pera triz M aria

Teresa, em 1777, na época da reform a geral do sistem a educacional.

Fői a p a r tir dessa un iversidade que se o rig inaram , posterio rm ente ,

o C ollegium M edicum (a un iversidade de m edicina) e o Collegium

G eom etricum (a un iversidade politécnica). Esses dois estabeleci-

m entos to rn a ram -se autőnom os em m eados do século XIX.

O arcebispo M iklós Telegdi tin h a sido o prim eiro a fu n d ar um a

tipográfia na cidade de Nagyszom bat, em 1577. A Im prensa Universi-

tá ria - que funciona in in te rru p tam en te desde o século X V III - con-

sidera essa oficina como sua ancestral, em bora seja verdade que até

1609 ela ten h a pertencido ao capítulo de Esztergom . Com o desapare-

cim ento do capítulo, Péter P ázm ány fundou um a tipográfia arquiep is­

copal, que funcionou ali por apenas tré s anos. A necessidade de livros

por p arte dos leitores e da universidade fundada em 1635 fői atendida pela oficina arquiepiscopal de P resbourg (1609-1617) e, depois, pela

oficina da casa jesu íta da cidade (1623-1652). Na própria N agyszom bat

é que fői fundada, em 1648, a tipográfia que serviu até o final do século

XX á atividade de pesquisa e de ensino dós professores4.

As da tas ilu stres da h is tó ria po lítica da H u n g ria constituem ,

igualm ente , rev iravo ltas na h is tó ria da tipográfia. As lu tas dós hún-

garos co n tra os H absburgos e as cam p an h as m ilita res de liberta-

9äo m ovidas co n tra os tu rco s obrigaram , m uitas vezes, a oficina a

suspender suas ativ idades. Som ente no ano de 1711, da ta da consoli-

da^äo do dom ínio dos H absburgos, é que tem início um a nova fase,

m ais calm a, da v ida da oficina. A nalisando com m aior p ro fund idade

os dois p rim eiros séculos de a tiv idade da Im prensa U niversitária ,

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sobre tudo do ponto de v is ta da com posi£äo tem ática de suas publi-

ca^őes, consta tam os que ela se rv ira näo só ao ensino un iversitário ,

m ás tam bém aos fins politicos da Igreja católica e aos objetivos cul-

tu ra is e educacionais dós H absburgos. Isto é verdadeiro sobretudo

no período depois de 1777, da ta da insta la?äo da un iversidade e de

sua tipográfia em Buda, que vo ltara a ser capital da H u n g ria5. T am ­bém em 1777 foi p rom ulgada a R atio educationis, o édito com a fi-

na lidade de reo rg an iza r com pletam ente a educa^ao no im pério, que

tran sfo rm o u in te iram en te as condi^öes nas quais a un iversidade de-

via funcionar. A ssim , as faculdades de ixaram a cidadezinha do cam -

po p a ra in s ta la r-se na capital, em vias de re c o n s tru 9äo. Os orgäos da

ad m in istra^äo nációnál e a d ié ta só v ieram a se estabelecer na cida-

de em 1848, po r ocasiäo da lu ta de independencia travada con tra os

H absburgos. Com o fracasso do m ovim ento, nos dois decénios que se

seg u iram a 1849, o reg im e funcionou sob um a e s tru tu ra ad m in is tra -

tiva ina lte rada . As g ran d es transfo rm a^öes sociopolíticas, cu ltu ra is

e in stitu c io n a is - inclusive a fo rm a9äo de novas un iversidades - vi-

riam a acon tecer som ente depois do C om prom isso de 1867, p o rtan to

com o nasc im ento da m onarqu ia au s tro -h ú n g ara6.

A instala^äo progressiva da adm inistra^äo estatal dos H absbur­

gos cam in h o u p ari passu com a cato liza^äo da popula£äo do pais.

Na H ungria e na T ransilvänia do final do século XVII, mais da m étá­

dé das pessoas pertenciam a um credo diferente do católico rom ano. Uma p arte im portan te dos húngaros era calvinista, m as havia tam bém

m uitos luteranos, e - na T ransilvänia - a participasäo dos un itários

tam bém era im portante. A quase to talidade dos habitantes alem äes no

pais pertencia ä fé lu terana - apenas os colonos suábios, instalados na

H ungria duran te o século XVIII, vieram das regiöes tradicionalm ente

católicas. Os croatas e os eslovenos continuaram católicos, ao passo

que os russos subcarpatianos, os sérvios e os rom enos seguiam os ri-

tos da Igreja ortodoxa. Aqueles dentre eles, bastan te num erosos, que

näo resistiram ä pressäo de reconhecer a suprem acia de Roma, cons-

titu iram as com unidades gregas católicas. Os arm énios que viviam na

T ransilvänia, em bora conservassem alguns de seus ritos trad icionais, tam bém acabaram por reconhecer a suprem acia papal.

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Na H ungria , a lingua oficial - p o rtan to da ad m in is tra9§o e da

educa^äo - continuou sendo o latim até 1844. Na T ransilvänia , reu-

nida ä coroa húngara em 1848, a lingua oficial tin h a sido o húngaro ,

mas o estudo do latim nunca deixou de ser obrigatório nas escolas.

Assim, näo devem os nos esp an ta r em ver que, no p rim eiro qu arto do

século XIX, os livros em latim estäo sem pre em m aioria en tre as pu-

blicagöes da Im prensa U niversitária . E xam inem os m ais de p e rto a

com posÍ9ao lingu istica das obras saidas dós prelos sem, no entanto , enum erar todas as cifras re levantes7.

Produgäo da Tipográfia de Nagyszombat, 1648-1777

PERÍODO Latim Hung. Alem. Eslov. Rom. Serv. C roata O utro Total Médiaanual

1648 -1673 82 33 2 117 5

1674-1685 75 32 4 4 115 10

1686 -1711 460 104 18 37 1 3 5 2 630 25

1712-1777 3438 265 98 185 1 9 11 4007 66

TOTAL 4055 434 120 228 2 3 14 13 4869

Produgäo da tipográfia em Buda, 1778-1849

PERÍODO Latim Hung. Alem. Eslov. Rom. Serv. C roata Hebreu O utros Total Médiaanual

1778-1803 784 192 295 105 21 118 48 16 1579 65

1804 -1824 415 236 257 43 167 241 34 32 27 1452 72

1825-1849 524 951 372 81 90 312 45 40 52 2157 86

TOTAL 1723 1379 924 229 278 671 127 72 95 5498

Produ$äo da tipográfia, 1850-1866(Neste período, a gráfica produziu apenas manuais e atos oficiais.)

9 Latim Hung. Alem. Eslov. Rom. Serv. C roata Hebreu O utros Total

I 80 235 113 40 09 60 02 85 17 641 43

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A ntes de passarm os ä análise rápida dos dados das tabelas, devo

ressa ltar que, ao longo de todo o século XV III, o núm ero de tipografias

ativas na H ungria e na T ransilvän ia näo parava de aum entar. E nquan-

to no século X V II apenas 29 cidades da H u n g ria abrigavam ofici-

nas gráficas, esse núm ero aum entou progressivam ente ao longo do

século X V III, chegando a 48 em seu final. Além disso, o funciona- m ento dessas oficinas e ra m ais con tinuo do que antes. Na p rim eira

m etade do século XIX, as sedes dós condados se e sfo ^ a v a m para

m o n ta r suas p róp rias oficinas, cujo núm ero, em m eados do m esm o século, aproxim ava-se de u m a cen tena em todo o pais. No to ta l, o

século X V III viu sairem das gráficas húngaras 45 mil obras - o que

equivale ä p ro d u 9äo dos p rim eiros c inquen ta anos do século XIX.

Ora, a construgäo tem ática e lin gu ística da p ro d u 9äo da Im prensa

U n iversitá ria é notável sob diversos aspectos: reflete as tran sfo rm a-

9Őes das po líticas cu ltu ra l, educacional e nációnál levadas a cabo

pela adm in istra^äo vienense.

Vejamos, agora, que conclusőes podem os tira r das cifras já co-

n h ec id as8. Os livros la tinos constituem a m aioria absoluta no curso

de todo o século X V III em re la9äo aos livros im pressos em ou tras

línguas. E ssa p redom inánc ia da lingua la tina se explica pelo fato - já

assinalado - de que o la tim perm aneceu por m uito tem po a lingua

oficial da ad m in istra^äo e da educagäo. A crescentem os im ediata-

m ente que esse fato con tribu iu em larga escala p a ra o ca rá te r fu n ­

d am en ta lm en te arcaico do corpus dos conhecim entos e das le itu ras na H ungria : nos paises ocidentais, as obras que veiculam as novas

ideias säo esc rita s em línguas vernáculas. Na H ungria , é m uito fre ­

quen te um m ecenas generoso propondo-se elevar o nivel da cu ltu ra

geral, m an d a r tra d u z ir p ara o la tim obras m odernas ita lianas, ale-

m äs ou francesas, a fim de que se to rn em acessíveis ao público hún-

garo. A p a rtic ip a 9§o das obras la tinas comec^ou a d im in u ir som ente depois de 1803.

O prim eiro t e ^ o do século XIX é conhecido na h istó ria hún-

gara e transilvan ica com o a E ra das Reform as. Um aspecto im por­

ta n te das refo rm as fői ju stam en te a prom o9äo da cu ltu ra de lingua

húngara , g ra 9as, em parte , á cria9äo de um novo quadro institúciónál.

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Além da criagäo de inúm eras rev istas concebidas em húngaro , ressal-

tem os a constitu icäo da Biblioteca do Reino da H ungria (Bibliotheca

Regnicolaris, 1802) e a cria^äo do M useu N ációnál da H ungria . Na

T ransilvänia , os húngaros católicos e ca lv in istas fundaram suas pró-

prias bibliotecas e seus m useus (Ignáce B atthyány, 1798; Sám uel T e­

leki, 1802). A A cadem ia H úngara de Ciéncias, fundada em 1825, teve

como objetivo a prom o^äo da lingua e da cu ltu ra húngaras (magiares),

ao passo que o p rim eiro d icionário ortográfico da lingua hún g ara viu

a luz em 1831. A g ran d e p reo cu p a 9äo po lítica da nobreza h ú n g ara

fői a jun^äo da T ransilvän ia ä coroa e a refo rm ula9äo das rela^öes da

H ungria com o im pério, no sentido, é claro, de urna independencia

nációnál m aior do que antes.

Como exp licar o g rande núm ero e a tiragem re la tivam ente

elevada das obras publicadas em lingua h ú n g ara e a fraca partic ipa-

9§o dos livros alem äes? Um dos m otivos principais é, sem dúvida, o

fato de que, p a ra a populagäo germ anófona - m ajo ritá ria nas cida-

des era m enos oneroso ad q u irir os livros im pressos na A lem anha

do que financ ia r a edi^äo local (essa carestia se deve, sobretudo , ao

pre^o m uito elevado do papel). Eis o que explica o núm ero re la tiva­

m ente baixo das obras ed itadas em alem äo, num m undo, pőrém , em

que a edi^äo era dom inada pelos im pressores germ anófonos. Näo

esquegam os tam bém que a popu la9äo alem ä - cuja por^äo p rep o n ­

d e r a t e vivia nas cidades rea is livres, beneficiando-se de um poder

m unicipal re la tivam en te elevado - e ra lu te rana , o que faz com que o

forta lec im ento de seu papel politico näo figurasse en tre os objetivos

p rio ritä rio s da co rte vienense. A ssim , o núm ero de livros alem äes

aum entou apenas em paralelo com o crescim ento da po p u la9äo a le ­

mä cató lica e ru ra l, devido a um a política conscien te im plan tada p e ­

los H absburgos. Os e s fo ^ o s v ienenses com v ista ä g e rm an iza 9äo da

lingua oficial do pais näo obtiveram sucesso, m ás é ind iscu tivel que a

Im p ren sa U n iversitária publicou inúm eros docum entos oficiais em

lingua alem ä (sobretudo depois do fracasso da revolta húngara em fa­

vor da independencia).E in teressan te observar os progressos da partic ipa9äo das publi-

ca9Öes em linguas eslovaca, rom ena e sérvia, sobretudo se analisarm os

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esses núm eros em com para9äo com a com posi9äo étnica da popula9äo

do pais (a H ungria e a T ransilvänia juntas) em 1840:

40 mil eslovenos

240 mil judeus

340 mil croatas (incluindo os sokcis)

440 mil rutenos

560 mil sérvios

1040 mil alemäes 1210 mil romenos

1680 mil eslovacos

4 330 mil húngaros.

O num ero de livros em lingua croata perm anece insignifi-

cante, m as isso se explica, sem dúvida, pelo fato de que os editores

de Z agreb fo rneceram ao publico as edÍ9Őes de que ele tin h a neces-

sidade. A quantidade de livros eslovacos publicados pela Im prensa

U niversitária já havia sido espetacu larm ente baixa quando atuava em

Nagys-zom bat; o periodo em que se tran sferiu para Buda tra z consigo

um a d im in u i9äo suplem entar. C ertam ente , na regiäo se ten trional da

H u n g ria (.Hungaria Superior), podiam -se en co n tra r tipografias que

produziam livros em eslovaco, m as m esm o assim fica evidente que a ad m in is tra 9äo vienense näo tin h a qualquer in te ^ ä o de estim u la r as

veleidades cu ltu ra is dos eslovacos. Em con trap artid a , os rom enos e

os sérvios foram beneficiados po r alguns gestos benevolentes prove-

n ien tes da corte. Isso se explica, sem dúvida, pelo baixíssim o nível de

cu ltu ra geral da popula9ao rom ena e sérvia - um problém a gravíssi-

mo que a ad m in is tra9§o queria rem ed iar a qualquer custo.

O estudo da com posi9äo linguística das publica9Öes é particu-

larm ente im portan te , porque nas regiőes cen tro-europeias o conceito

de “na9äo” corresponde a um a com unidade essencialm ente linguística,

ao contrário do que acontece na Europa Ocidental, onde a na9äo - na

m aioria dos casos - é um a con stru 9äo política: a com unidade dos ha-

b itan tes de um territó rio específico, que aceitam o idiom a falado pelo

soberano como lingua da adm in istra9äo. Para as com unidades étn icas

150 Livros e Universidades

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da Europa Central, a existéncia da cu ltu ra e da lite ra tu ra nacionais é o

signo m aior que atesta sua existéncia nációnál. A atividade da Im pren-

sa U niversitária de Buda - conduzindo sua politica de publicacäo em

estreita colaboragäo com a adm inistra^äo cen tral - influenciou direta-

m ente a form a9äo da consciéncia nációnál desses povos9.

NOTAS

1 E sse e s tu d o fői e s c r i to d e n tro d o p ro g ra m a T Á M O P 4 .2 .2 .C -1 1 /1 /K O N Y -2 0 1 2 -0 0 0 8 .

2 D ie u n g a risch e U n ivers itä ts b i ld u n g u n d E uro p a , o rg . v o n M á r ta F o n t & L á sz ló S zög i, P écs ,

B o rn u s , 2001.

3 A c a p ita l d a H u n g r ia m e d ie v a l fői B uda , so b o c u p a sa o t u rc a e n tr e 1541 e 1686. A p ó s a sa id a

d o s o to m a n o s , a s t r é s c id a d e s - B uda , P e s t, e Ó b u d a - t in h a m , j u n ta s , u m a p o p u la ijäo d e d o z e m il

h a b ita n te s . A r e c o n s t ru 9 äo te v e in ic io a p e n a s n o c o m e ^ d o s é c u lo X V III , e o s m o n a rc a s

(C arlo s I I I , d e p o is M a ria T e re sa ) c o n s tr u ír a m s e u s p r im e iro s p a lá c io s n a d é c a d a d e 1730.

A in d a q u e a im p e r a t r iz t e n h a a c e le ra d o os tra b a lh o s e a lu g a r - te n é n c ia t iv e s se su a se d e e m B uda ,

a D ié ta in s ta lo u - s e em P e s te so m e n te em 1848. A m a io r ia d a s D ié tá s e n tr e 1541 e 1848 a c o n te c e u

em P re s b o u rg (B ra tis la v a ). Ó b u d a , B uda e P e s te fo ra m re u n id a s em 1873, so b o n o m e d e B u d a p e s te .

4 Iv án y i B é la -G árd o n y i A lb e r t , A K irá ly i M a g y a r E g y e te m i N y o m d a tö rté n e te 1577-1927 (H is tó r ia da

T ip o g rá fia R ea l U n ivers itá r ia ), B u d a p e s t, K M E N y, 1927; K ä fe r I s tv á n , A z E g y te m i n yo m d a n é g y szá z

éve, 1577-1977 (4 0 0 a n o s da T ipográ fia U n ivers itá r ia ), B u d a p e s t, M a g y a r H e lik o n , 1977.

5 Cf. H a im a n G y ö rg y -M u szak E rz sé b e t-B o rsa G ed eo n , A n a g yszo m b a ti je z su ita ko llégium és a z

eg yetem i nyom da leltára, 1773 (O In ven tá rio dos L ivros, das C artas, e t das F erram en tas do Colégio Jesu íta

e daT ipografia U niversitária de N aygszom bat, 1773), B u d ap est, B alassi K iadó, 1997.

6 Cf. M illén a ire de l ’h is to ire de H o n g rie , o rg . P é te r H a n á k , B u d a p e s t, C o rv in a , 1986;

H is to ire d e la T ra n sy lv a n ie , o rg . d e B éla K ö p e c z i, B u d a p e s t, A k a d é m ia i K iad ó , 1992; N e m e sk ü r ty ,

I s tv á n , N o u s , les H o n g ro is , H is to ire de H o n g r ie , B u d a p e s t, A k a d é m ia i K iad ó , 1994; K ö p e c z i B éla,

H is to ire d e l ’h isto ire d e la c u ltu re h on g ro ise , B u d a p e s t, C o rv in a , 1994.

7 T y p o g ra p h ia U n ivers ita tis H u n g a r ic a e B u d a e 1777-1848, o rg . p o r P é te r K irály , B u d a p e s t,

A k a d é m ia i K iad ó , 1983. pp . 4 7 9 -4 9 9 : In d e x l ib ro ru m s e le c to ru m in T y p o g ra p h ia U n iv e rs i ta t is

H u n g a r ic a e B u d ae 1777-1848 im p re ss o ru m .

8 O r e g is tr o c o n tín u o d o s liv ro s a n tig o s e a in te g r a 9 áo d o s r e s u l ta d o s em b a n c o s d e d a d o s v i r tu a is

n o s ú l tim o s q u in z e a n o s p e rm it i ra m o s u rg im e n to d e n u m e ro s a s o b ra s a té e n ta o d e s c o n h e c id a s

ou n äo id e n tif ic a d a s . J á q u e c e rc a d e u m a d e z e n a d e n o v a s e n tr a d a s d iz re s p e ito a p e n a s á Im p re n sa

U n iv e rs i tá r ia d e B uda , as c o n c lu ső e s q u e se p o d e m t i r a r d o e s tu d o e s ta t ís t ic o d e 1977 n äo p re c is a m

se r m o d if ic a d a s .

9 Cf. P é te r K irá ly , N a tio n a l E n d ea vo u rs in C en tra l a n d E a s te rn E u rope a s R e fle c te d in the P u b lica tio n s

o f th e U n iv e rs ity P ress o f B uda , 1777-1848, B u d a p e s t, O K M , 1993.

A Im pensa U niversitária de Buda a Servi^o da Forma^ao da Consciéncia Nációnál... 151

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UNIVERSIDADE DE SÄO PAULO

reitor M arco Antonio Zago

v ice-reitor Vahan Agopyan

ESCOLA DE COMUNICA9ŐES E AKTES

diretor E duardo H enrique Soares M onteiro

vice-diretora Brasilina Passarelli

DEPARTAMENTO DE JORNALISMO

E EDITORA^ÄO

chefe Dennis de Oliveira

COM-ARTE

PR O FE SS O R E S RE SPO N SA V E IS

M arisa M idori Deaecto

Plinio M artins Filho

Thiago Mio Salla

G e s t ä o 2017 11° Se m e s t r e

A D M IN IST R A T IV ©

Anna C lara Ferro, Giovanna Oliveira

CO M E R C IA L

Alice De Lucca, A nna Carolina Serikyaku,

A rthur Aleixo, Beatriz H onrado, Filipe D’Elia,

Rodrigo Orsi

E D IT O R IA L

A ndré C arrilho dos Santos, Francisco Bresolin,

Isabella Sato, Lara Salgado, Raissa Cardoso,

Luis Guilherm e Ribeiro, M arina Timm

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Marisa Midori Deaecto

Plinio Martins Filho(o rg s .)

Livros e Universidades

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C opyright 2016 by autores

F IC H A C A T A L O G R A F IC A E L A B O R A D AP E L O S E T O R D E C O L E ^ O E S E S E R V I^ O S DA B IB L IO T E C A

BR A S I L I A N A G U IT A E J O S E M IN D L IN

D 2781

L iv ro s e U n iv e r s id a d e s / o r g a n iz a d o r e s : M a r i s a M id o r i

D e a e c to , P l in io M a r t in s F i lh o . - S ä o P a u lo :

C o m - A r te , 2017. 3 9 2 p.

IS B N : 9 7 8 -8 5 -7 1 6 6 -1 7 3 -8

1. L iv ro . 2 . U n iv e r s id a d e . 3. E d i to r a s u n i v e r s i t á r i a s .

I. D e a e c to , M a r i s a M id o r i . I I . M a r t in s F i lh o , P l in io .

I I . T i tu lo .

C D D 0 0 2 .0 7 0

D ire i to s r e s e r v a d o s á

C O M -A R T E

Editora Laboratório do Curso de Editora9äo da USP

R u a P ro f. L ú c io M a r t in s R o d r ig u e s , 4 4 3 B lo co 2 S a la 10

C id a d e U n iv e rs i tá r ia 0 5 5 0 8 - 9 0 0 S ä o P a u lo S P B rasil

t . (11) 3 0 9 1 -4 0 1 6 e d i to r a c o m a r te @ u s p .b r

P r in t e d in B ra z il 2017

Foi f e i to o d e p ó s i to leg a l

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Onde se queimam os livros,

acaba-se queimando pessoas.

Par a

Ivan Teixeira (1950-2013)

A ndré Schiffrin (1935-2013)

A ndrew Brown (1950-2013)

M arco Santoro (1949-2017)

In memóriám

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EdilSp, História Viva Marisa M idori Deaecto 9

Editoras Universitárias Plinio M artins Fitho 23

Editores e Escritores no Mercado de Leírás 27

1. P esq u isan d o a H is tó ria do L ivro no B rasil Laurence Hallewell 29

2. E d ito ra s U n iv e rsitá ria s , p a ra Qué? Paulo Franchetti 39

A Edicáo de Livros Universitários na Alemanha e na Itália 47

3. C om ércio de L ivros e C iéncia na A lem anha:D esenvo lv im en to e In te rd ep en d én c ia s de u m a Relagäo D ificil Ursula Rautenberg 49

4. A lgum as O bservances sob re a E d if äo U n iv e rs itá ria na I tá lia de H oje Edoardo Barbieri 63

5. L ivros e U niversidades na Itália C entro-M eridional: D ire trizes p ara um B alanfo Marco Santoro 85

Entre Livros de Papel e Livros Digitais: A Convivéncia Possivel 113

6. P o r Que os L ivros A inda T ém Im p o rtá n c ia John Donatich 115

7. L ivros, B ytes ou A m bos? Andreas D egkw itz 131

Livros e Universidades: Produväo, Circula^äo e Hecepcün das Obras Cientificas 141

8. A Im p ren sa U n iv e rs itá ria de B uda a Servi^o d a Form a^äo d a C onsciéncia N ációnál dos P a ises da E u ro p a C en tra l, 1648-1866 István Monok 143

9. O que é Ser L ivreiro e Im pressor da Universidade na F ranca sob o A ntigo Regime Frédéric Barbier

Livros e Ldiröes no Mundo Ibérico 177

10. Os U n iv ersitá rio s e os L ivros D idá ticos n a E sp an h a (1845-1936) Jean-Fran^ois Botrel 179

11. O M ercado do L ivro, a E di?äo e a U niversidade em P o rtu g a l:T ragos C o n tem p o rán eo s Nuno Medeiros 195

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A Escrita dos Livros 221

12. M em ória das E d ifő es e G estos de L e itu ra Jerusa Pires Ferreira 223

13. A E sc rita E n tre a L in g u ística e as A rte s G ráficas M ichel M elot 231

14. Fenom enologia, Sím bolo & H is tó ria no C onceito de L ivro Ivan Teixeira 243

Editoras Universitárias na Franca 253

15. As E d ito ra s U n iv e rsitá ria s F rancesas: E n tre o M odelo P úblico e o P rivado, u m R econhecim en to S im bólico D ificil Jean-Yves Mollier 255

16. As P re sses U n iv e rsita ire s de R ennes no A tual C enário E d ito ria l F rances:Urna D inäm ica M u ltifo rm e a S e rv ijo do L ivro e da P esqu isa Denis Rodrigues 269

17. A F orm acäo n os O ficios do L ivro nas U n iversidades F rancesas:O L ugar das C iéncias H u m an as Patricia Sorel 287

Profissionais do Livro: Formavűo Humanistica e Mercado Editorial 295

18. B aby Steps, C om e^ar a A n d a r Valeria Sorin 297

19. O C urso de E d ito ra jä o da ECA-USP: Um P ro je to D em ocrá tico Jósé de Paula Ramos Jr. 309

20 .0 C atálogo como F e rram en ta Pedagógica na Form acäo dos E d ito res Eduardo Pablo Giordanino 315

Desafios da I dicfut Academica no Mundo Contemporaneo 329

21. Sobre o Sen tido da E d ito ra U n iv ersitá ria , sua Filosofia e E stra tég ia s Gonzalo Alvarez 331

22. Os Desafios da E di^ao A cadém ica no M undo C o n tem p o ran eo Bernardo Jaramillo Hoyos 339

Editoras Universitárias e os Desafios Impostos peias Novas M idim 34523. As E dito ras U niversitárias e os Desafios da Publica^äo Academ ica M ary Katherine Callaway 347

24. A E s tru tu ra de N ossa Revolu^äo E d ito ria l Garrett P. Kiely 357

25. Um F u tu ro p a ra a P ublica^äo A cadem ica? Andrew Brown 367

Caderno de Inmgens 377 Organizadores e colaboradores 389