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A Importância do farmacêutico comunitário na dispensação de medicamentos entre idosos na rede pública de saúde: Revisão de Literatura dezembro/2014 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014 A Importância do farmacêutico comunitário na dispensação de medicamentos entre idosos na rede pública de saúde: Revisão de Literatura Aldina Julieta Cruz de Assis [email protected] Atenção Farmacêutica e Farmacoterapia Clínica Instituto de Pós-Graduação - IPOG João Pessoa, PB, 25 de Abril de 2014 Resumo A promoção do uso racional de medicamentos é uma ferramenta importante de atuação junto à rede pública de saúde. Nesse sentido, o farmacêutico comunitário pode contribuir sobremaneira na dispensação de medicamentos, para então eliminar ou minimizar alguns problemas diversos que venham a surgir. A pesquisa foi realizada no período de Janeiro de 2014 à Abril do mesmo ano. As bases: ScienceDirect, Scielo, Medline e Google Acadêmico foram os contribuintes para o levantamento de dados, sem limite de ano ou restrição de tipo de publicação utilizando as seguintes palavras chaves: “Farmácia Comunitária”, “Medicamentos essenciais”, “Dispensação”, “Idoso” e “Saúde Pública”. A composição do presente artigo foi constituída através de um levantamento exploratório, análise de informações e organização de dados encontrados na literatura já existente. Na revisão bibliográfica da presente pesquisa, foram consultadas algumas refeências bibliográficas de acordo com o assunto abordados, artigos publicados na internet facilitou a fundamentação desse trabalho. Os resultados encontrados indicam a priorização da discussão da complexidade da atuação do profissional isoladamente, fazendo uma reflexão sobre os aspectos imprescindíveis para uma dispensação de qualidade, e no que concerne aos cuidados com a saúde do idoso e ao uso apropriado e correto dos medicamentos. Esse processo que vem definindo um modelo de organização em saúde pública, trás consigo a importância de ações que integram a efetividade da farmacoterapia, incluindo o farmacêutico como profissional adequado para fazer a assistência necessária aos idosos que são a faixa etária mais susceptível. O farmacêutico comunitário deve ser primordial como um dos componentes da promoção integral à saúde utilizando o medicamento como um importante instrumento para o aumento da resolubilidade do atendimento aos pacientes. Palavras-Chave: Farmácia Comunitária. Medicamentos. Dispensação. Idoso e Saúde Pública. Introdução O aumento da população idosa no Brasil segue uma tendência já ocorrida em países desenvolvidos, trazendo cada vez mais desafios aos serviços e aos profissionais de saúde (FLORES, 2008). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2005), à medida que a população envelhece a demanda por medicamentos que retardem e tratem doenças crônicas, aliviem a dor e melhorem a qualidade de vida irá continuar a aumenta. Por conviver com problemas crônicos de saúde, os idosos utilizam com frequência os serviços de saúde e são consumidores de grande número de medicamentos (LIMA, 2003 apud MARIM, 2008).

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Page 1: A Importância do farmacêutico comunitário na dispensação de … · 2014-12-17 · entre idosos, na rede pública de saúde. Apresenta-se neste artigo, uma breve discussão de

A Importância do farmacêutico comunitário na dispensação de medicamentos entre idosos na rede pública

de saúde: Revisão de Literatura dezembro/2014

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014

A Importância do farmacêutico comunitário na dispensação de

medicamentos entre idosos na rede pública de saúde: Revisão de

Literatura

Aldina Julieta Cruz de Assis – [email protected]

Atenção Farmacêutica e Farmacoterapia Clínica

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

João Pessoa, PB, 25 de Abril de 2014

Resumo

A promoção do uso racional de medicamentos é uma ferramenta importante de atuação junto à

rede pública de saúde. Nesse sentido, o farmacêutico comunitário pode contribuir

sobremaneira na dispensação de medicamentos, para então eliminar ou minimizar alguns

problemas diversos que venham a surgir. A pesquisa foi realizada no período de Janeiro de

2014 à Abril do mesmo ano. As bases: ScienceDirect, Scielo, Medline e Google Acadêmico

foram os contribuintes para o levantamento de dados, sem limite de ano ou restrição de tipo de

publicação utilizando as seguintes palavras chaves: “Farmácia Comunitária”, “Medicamentos

essenciais”, “Dispensação”, “Idoso” e “Saúde Pública”. A composição do presente artigo foi

constituída através de um levantamento exploratório, análise de informações e organização de

dados encontrados na literatura já existente. Na revisão bibliográfica da presente pesquisa,

foram consultadas algumas refeências bibliográficas de acordo com o assunto abordados,

artigos publicados na internet facilitou a fundamentação desse trabalho. Os resultados

encontrados indicam a priorização da discussão da complexidade da atuação do profissional

isoladamente, fazendo uma reflexão sobre os aspectos imprescindíveis para uma dispensação

de qualidade, e no que concerne aos cuidados com a saúde do idoso e ao uso apropriado e

correto dos medicamentos. Esse processo que vem definindo um modelo de organização em

saúde pública, trás consigo a importância de ações que integram a efetividade da

farmacoterapia, incluindo o farmacêutico como profissional adequado para fazer a assistência

necessária aos idosos que são a faixa etária mais susceptível. O farmacêutico comunitário deve

ser primordial como um dos componentes da promoção integral à saúde utilizando o

medicamento como um importante instrumento para o aumento da resolubilidade do

atendimento aos pacientes.

Palavras-Chave: Farmácia Comunitária. Medicamentos. Dispensação. Idoso e Saúde Pública.

Introdução

O aumento da população idosa no Brasil segue uma tendência já ocorrida

em países desenvolvidos, trazendo cada vez mais desafios aos serviços e aos

profissionais de saúde (FLORES, 2008). De acordo com a Organização Mundial da

Saúde (2005), à medida que a população envelhece a demanda por medicamentos que

retardem e tratem doenças crônicas, aliviem a dor e melhorem a qualidade de vida irá

continuar a aumenta. Por conviver com problemas crônicos de saúde, os idosos utilizam

com frequência os serviços de saúde e são consumidores de grande número de

medicamentos (LIMA, 2003 apud MARIM, 2008).

Page 2: A Importância do farmacêutico comunitário na dispensação de … · 2014-12-17 · entre idosos, na rede pública de saúde. Apresenta-se neste artigo, uma breve discussão de

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014

O uso adequando de medicamentos entre a população, principalmente os

idosos, é de suma importância e com isso vem à necessidade de se adotarem recursos

que visem uma ligação ao tratamento e consequentemente a forma correta de utilização

dos medicamentos. Nesse contexto o uso racional de medicamentos está profundamente

correlacionado a adesão ao tratamento, sendo assim, o autor João (2010), define o uso

racional de medicamento como um método que envolve a prescrição apropriada,

buscando a disponibilidade e preços cabíveis, as adequadas condições de dispensaçao,

bem como a totalidade das doses indicadas, no intervalo estabelecido e no período de

tempo indicado de medicamentos seguros, eficazes e de qualidade.

Como uma ação de saúde pública e parte integrante do sistema de saúde, a

assistência farmacêutica é determinante para a resolubilidade da atenção e dos serviços

em saúde e envolve a alocação de grandes volumes de recursos públicos. (Brasil, 2007).

A assistência farmacêutica como componente do Sistema Único de saúde tem papel

fundamental na efetiva implementação das ações de promoção e melhoria das condições

da assistência à saúde da população. (BARCELOS, 2005). Desse modo “a assistência

Farmacêutica é um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da

saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e

visando ao acesso e ao seu uso racional” (Brasil, 2006).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde 2002 os medicamentos

essenciais são aqueles que atendem as necessidades prioritárias de saúde de uma

população. Os mesmos devem ser acessível no sistema de saúde, de forma constante,

em quantidades suficientes e em formas farmacêuticas adequadas ás necessidades de

saúde, sendo importante a garantia de qualidade, informações adequadas e possuírem

preços justos.

Numa sociedade, o modelo de uso de medicamentos é determinado não

apenas por interesses políticos, fatores estruturais e econômicos. São importantes

também as características interpessoais presentes nas comunicações entre profissionais

de saúde e usuários do sistema de saúde, os conhecimentos, valores e crenças que

determinam a atitudes individuais. (SOARES, 2000 apud NAVES, 2005). A atenção

farmacêutica, um novo modelo, centrado no paciente, surge como alternativa que busca

melhorar a qualidade do processo de utilização de medicamentos alcançando resultados

concretos.

Na concepção de Hepler & Strand (1990), atenção farmacêutica é uma

filosofia de prática em que o paciente é o principal beneficiário das ações do

farmacêutico. Atenção farmacêutica concentra as atitudes, comportamentos,

compromissos, preocupações éticas, funções, conhecimentos, responsabilidades e

habilidades do farmacêutico na prestação de terapia medicamentosa com o objetivo de

alcançar resultados terapêuticos definidos para a saúde do paciente e qualidade de vida.

Algumas mudanças no paradigma da prática farmacêutica são necessárias

para que haja a realização da atenção farmacêutica. Não deve considerar só uma nova

atividade, mais sim um novo modo de exercer a prática profissional em que se troca o

foco central da atuação do profissional farmacêutico, no caso o medicamento em si,

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passando a ser o paciente e a comunidade como um todo. Esse cuidado com o paciente

pode acontecer em várias áreas de atuação do farmacêutico, cujo um dos mais

importantes, compreende as chamadas Farmácias Comunitárias. (BARDIN, 1997 apud

BASTOS, 2007).

No cenário da saúde pública brasileira, a farmácia comunitária abrange um

importante espaço, como local de dispensação de medicamentos e de ininterrupta

promoção do consumo de medicamento para a população. (BASTOS, 2007).

“Dispensação é o ato profissional farmacêutico, que consiste em proporcionar um ou

mais medicamentos, em resposta à apresentação de uma receita elaborada por um

profissional autorizado.” (BRASIL, 2006). Neste momento o paciente é informado e

orientado quanto à utilização adequada do medicamento. Nessa assistência há um

envolvimento social para o qual o profissional habilitado é o farmacêutico, orientando o

paciente para um tratamento satisfatório. (CUNHA, 2002). Considera-se essa

ferramenta como uma brecha que o farmacêutico adquire, para expandir o uso racional,

já que estando próximos do paciente fica fácil ver a necessidade do mesmo e com isso

aconselhar sobre os medicamentos. Fica claro que é importante diminuir barreiras na

comunicação do farmacêutico com o paciente, principalmente sendo ele um idoso.

Diante dessa realidade, o papel do farmacêutico ganha mais relevância científica

e social, principalmente em uma faixa etária em que há a maior probabilidade de

ocorrência de doenças crônico-degenerativas, perdas afetivas e funcionais. Nesse

sentido, esse trabalho priorizou a discussão da complexidade da atuação do profissional

isoladamente, fazendo uma reflexão sobre os aspectos imprescindíveis para uma

excelente dispensação, e no que concerne aos cuidados com a saúde do idoso e ao uso

apropriado e correto dos medicamentos.

Ante o exposto, a proposta desse trabalho é realizar um estudo bibliográfico

relatando a importância do farmacêutico comunitário na dispensação de medicamentos

entre idosos, na rede pública de saúde. Apresenta-se neste artigo, uma breve discussão

de como os idosos necessitam de um acompanhamento assistencial no uso racional de

medicamentos, bem como uma revisão de literatura a cerca de um estudo base, que

ofereça embasamento teórico e cientifico de como o farmacêutico pode auxiliar na

melhoria de qualidade de vida dos pacientes, contribuindo para uma melhora

significativa no tratamento fármaco-terapêutico que esse tipo de paciente esta

submetido. Essa pesquisa visa servir de subsídio a futuros trabalhos em atenção

farmacêutica sobre o tema em questão.

Referencial Teórico

Nas últimas cinco décadas, os acontecimentos ligados aos fármacos fizeram

com que o consumo de medicamentos passasse a ser alvo da preocupação de

profissionais de saúde do mundo inteiro, onde organizações de entidades responsáveis

passaram a investir em ações e programas no sentido de regulamentar, novos agentes

farmacológicos com vista a maior segurança de saúde dos usuários. (CUNHA;

ZORZZATO; CASTRO, 2002). O uso de medicamentos se torna uma questão

significativa em todas as faixas etárias, sendo o paciente idoso como um dos principais

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assuntos de pesquisas, devido algumas singularidades desse grupo etário. O crescimento

da população de idosos pode ser evidenciado em todo o Brasil e atribui-se a este

fenômeno a queda das taxas de fecundidade, da redução da mortalidade e do aumento

da expectativa de vida (FLORES, 2005 apud GERBER, 2013). Os idosos requerem

uma atenção especial, pois necessitam de atendimentos frequentes na monitoração das

doenças crônicas e, às vezes, precisam ser orientados para problemas agudos de saúde

que surjam. (BORTOLON, 2007)

O grande aumento de envelhecimento do idoso brasileiro, processo esse que

vem chamando atenção excessivamente no modelo de organização dos serviços e

praticas assistenciais em saúde, reorientando as mesmas e admitindo que o idoso

represente um grande desafio para as políticas públicas (ANDRADE; SILVA;

FREITAS, 2004). No Brasil, a partir da década de 40, o crescimento da população com

60 anos ou mais tem se mostrado acentuado e a tendência é o aumento do número

absoluto de idosos com doenças crônicas não infecciosas (TEIXEIRA; LEFÈVRE,

2001). As principais classes farmacológicas consumidas pelos idosos são: anti-

hipertensivos(21,28%), diuréticos (11,37%), medicamentos para circulação periférica

(6,53%), antiinflamatórios não-esteróides (5,68%), antianginosos(5,68%), hipnóticos e

sedativos (5,32%) e antiulcerosos. (FLORES; BENVEGNÚ, 2008).

Os medicamentos são considerados a principal ferramenta terapêutica para

recuperação ou manutenção das condições de saúde da população (VIEIRA, 2007). O

consumo de medicamento por idosos possui uma linha delicada entre o risco e o

beneficio, isto é, elevada utilização de medicamentos pode prejudicar a qualidade de

vida do idoso, por conseguinte, são os mesmo que em sua maioria, auxilia a prolongar a

vida. (ANDRADE; SILVA; FREITAS, 2004). O uso inapropriado de medicamentos por

idosos tem se tornado um problema, tanto do ponto de vista humanístico quanto

econômico (APARASU, 1999 apud TEIXEIRA, 2001).

Estudos baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)

no Brasil relata que 50% dos idosos possui renda mensal menor que um salário mínimo

e o gasto médio mensal com medicamentos afeta cerca de um quarto da renda. (MARIN

et al., 2008). Em uma pesquisa feita por Mosegui, 1999 apud Marin, 2008

demonstraram que os idosos compreendem 50% das pessoas que consomem múltiplos

medicamentos, sendo comum encontrar em suas prescrições, indicações e doses

inadequadas, interações medicamentosas, associações e redundância, além disso, o uso

de medicamento sem valor.

Na mesma linha de raciocínio, o consumo de medicamentos em idosos,

requer constantes cuidados, já que, nesta fase da vida do paciente as reações adversas

são mais comuns, enquanto na fase adulta normal, 10% dos pacientes adquirem algum

tipo de reação a medicamentos, após 80anos essa possibilidade pode alcançar 25%.

(CARANDINA, 1998 apud ANDRADE, 2004).

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Embora os medicamentos contribuam de forma significativa para o

tratamento de doenças prevalentes nos idosos, as reações adversas também ocorrem

mais comumente e estão implicadas na ordem de 10 a 31% das admissões agudas em

geriatria. (LAMY, 1990 apud ROMANO-LIEBER, 2002). Para isso o uso racional de

medicamentos é um método importante de atividade junto à sociedade, principalmente

para a população idosa, para senão extinguir, diminuir o problema.

“Uso Racional de Medicamento é definido como um processo que

compreende a prescrição apropriada; a disponibilidade oportuna e a preços

acessíveis; a dispensação em condições adequadas; e o conjunto de doses

indicadas, no intervalo definidos e no período de tempo indicado de

medicamentos eficazes, seguros e de qualidade.” (JOÂO, 2010).

“Por conviver com problemas crônicos de saúde, os idosos utilizam com

frequência os serviços de saúde e são consumidores de grande número de

medicamentos” (LIMA, 2003 apud MARIM, 2008); “que embora necessários em

muitas ocasiões, quando mal utilizados podem desencadear complicações sérias para a

saúde e aumento dos custos individuais e governamentais” (BARROS, 2002 apud

MARIN, 2008)

A promoção da saúde emergiu como marco norteador da Saúde Pública a

partir dos anos 70 e, desde então, vem evoluindo e consolidando-se como um modelo de

ações de saúde (MACHADO et al., 2007). Nesse contexto, desde a criação do Sistema

Único de Saúde (SUS), o Brasil vem experimentando alternativas importantes no seu

sistema público de saúde. Neste ponto, princípios importantes vêm conduzindo a

política de saúde do país, bem como a universalidade do acesso, integralidade da

atenção e equidade. (ROSA, 2005 apud OLIVEIRA, 2010) A Lei número 8.080/1990,

que institucionalizou o Sistema Único de Saúde, possui como valores a generalidade de

acesso aos serviços de saúde e a completude da assistência farmacêutica, cabendo a ele

a execução de ações de assistência farmacêutica integral, inclusive farmacêutica.

(JOÂO, 2010). Dessa maneira, essa universalidade proporcionou à população a chance

de acesso aos serviços de saúde. Entre os serviços do Sistema Único de Saúde, destaca-

se a Assistência Farmacêutica.

A construção do conceito da Assistência Farmacêutica no Brasil teve inicio

no final dos anos 80 no qual estão inseridas as atividades do farmacêutico, como

também as atividades relacionadas aos medicamentos, desde a pesquisa e produção até a

dispensação de forma alternada e integrada. Com o passar do tempo, precisamente 10

anos depois, foi criada a Política Nacional de Medicamentos (PNM), que reorganiza o

conceito da assistência farmacêutica, buscando garantir a eficácia, segurança e

qualidade do medicamento, consequentemente a promoção do uso racional e o acesso

da população aos considerados medicamentos essências, suprindo a necessidade

debatida internacionalmente há anos de racionalizar o uso e aumentar o acesso da

população, reconfirmando que os farmacêuticos deveriam assumir essa

responsabilidade. (ANGONESI; SEVALHO, 2010)

“A assistência farmacêutica pode ser definida como componente das

estratégias de atenção à saúde, dirigidas a promover, manter e restaurar o bem - estar

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físico, psíquico e econômico-social da população e dos indivíduos que a compõem.”

(ROJAS, 1998 apud ANDRADE, 2004) Segundo o Ministério da Saúde, a Política

Nacional de Medicamentos, aprovada pela Comissão Intergestores e pelo Conselho

Nacional de Saúde, tem como foco assegurar a necessária segurança, eficácia e

qualidade destes produtos, o progresso do uso racional de medicamentos e o acesso da

população àqueles medicamentos essenciais. “A disponibilidade de medicamentos

essenciais, uma ferranenta importante para efetividade das ações em todos os níveis de

atenção do sistema de saúde, é considerada um elemento básico na atenção primária em

saúde.” (NAVES, 2005). De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 2006:

Medicamentos essenciais são aqueles que servem para satisfazer às

necessidades de atenção à saúde da maioria da população. São selecionados

de acordo com a sua relevância na saúde pública, evidência sobre a eficácia e

a segurança e os estudos comparativos de custo efetividade. Devem estar

disponíveis em todo momento, nas quantidades adequadas, nas formas

farmacêuticas requeridas e a preços que os indivíduos e a comunidade

possam pagar. A implementação do conceito de medicamento essencial

pretende ser flexível e adaptável a diferentes situações, exatamente, por eles

permanecerem sobre a responsabilidade nacional.

Numa sociedade, o modelo de uso de medicamentos é determinado não

apenas por interesses políticos, fatores estruturais e econômicos. São importantes

também as características interpessoais presentes nas comunicações entre profissionais

de saúde e usuários do sistema de saúde, os conhecimentos, valores e crenças que

determinam a atitudes individuais. (SOARES, 2000 apud NAVES, 2005). Para a

população em geral, e em especial para os idosos, a recomendação acerca do uso

racional de medicamentos, é pratica importante em virtude de múltiplas patologias,

tendo que buscar terapias diferentes, no qual, podem resultar no uso concomitante de

vários medicamentos. Do mesmo modo, torna-se necessária uma estratégia de

administração que reduza as complicações dos efeitos colaterais ou adversos e de

interações medicamentosas. (ANDRADE; SILVA; FREITAS, 2004)

A atenção farmacêutica é uma ferramenta de exercício profissional, onde o

farmacêutico adquire um papel ativo na proteção do paciente, auxiliando o prescritor na

seleção apropriada e na dispensação dos medicamentos, sendo assim o responsável

direto na colaboração com outros profissionais de saúde e com o paciente, para assim

atingir o resultado terapêutico esperado. È um conceito de prática profissional, no qual,

o principal beneficiado dessas ações do farmacêutico é o paciente, que tem a garantia de

acesso a informações de como utilizar adequadamente os medicamentos, contribuindo

assim para o seu uso racional (ANDRADE; SILVA; FREITAS, 2004). No Brasil, a

prática da atenção farmacêutica ainda é incipiente, mas já se observa um compromisso

dos farmacêuticos em relação à sua promoção (ANGONESI, 2010). Hepler & Strand

(1990), definiu atenção farmacêutica como sendo “a provisão responsável da farmacoterapia

com o objetivo de alcançar resultados satisfatórios que melhorem a qualidade de vida dos

pacientes.”

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Na visão dos autores, a Atenção Farmacêutica pode ser:

[...] “a oportunidade da Farmácia para amadurecer como profissão aceitando

a sua responsabilidade social de reduzir preventivamente a morbi-

mortalidade relacionada com medicamentos. Não seria suficiente dispensar o

medicamento correto, nem prover serviços farmacêuticos sofisticados, nem

será suficiente inventar novas funções técnicas. Os farmacêuticos e suas

instituições devem se auto-analisar e começar a dirigir seus esforços para o

bem estar social.” (HEPLER & STRAND, 1990)

Algumas mudanças no paradigma da prática farmacêutica são necessárias

para que haja a realização da atenção farmacêutica. Não deve considerar só uma nova

atividade, mais sim um novo modo de exercer a prática profissional em que se troca o

foco central da atuação do profissional farmacêutico, no caso o medicamento em si,

passando a ser o paciente e a comunidade como um todo. Esse cuidado com o paciente

pode acontecer em várias áreas de atuação do farmacêutico, cujo um dos mais

importantes, compreende as chamadas Farmácias Comunitárias. (BARDIN, 1997 apud

BASTOS, 2007).

No cenário da saúde pública brasileira, a farmácia comunitária abrange um

importante espaço, como local de dispensação de medicamentos e de ininterrupta

promoção do consumo de medicamento para a população. Diversas ações inovadoras

estão surgindo no Brasil dentro das farmácias comunitárias e que estão verdadeiramente

revolucionando na área farmacêutica, atestando que fazer uma dispensação farmacêutica

competente não é ilusão ou mero formalismo sem valor prático. (BRASÍLIA, 2009)

Nesses estabelecimentos os pacientes buscam através dos consumos de produtos ou não,

a reestruturação da sua saúde. (BASTOS, 2007). Na prática diária de uma farmácia

comunitária, são dispensados medicamentos prescritos e isentos de prescrição, além de

outros produtos para a saúde. Na farmácia comunitária, considera-se como fundamental

atividade farmacêutica, a dispensação de medicamentos. De acordo com Angonesi,

2010 a assistência farmacêutica é um conjunto de atividades que reúne vários

profissionais além do farmacêutico. Toda via, a dispensação é exclusivamente atividade

do farmacêutico, momento esse que o profissional tem a oportunidade de aproxima-se

do paciente que vai utilizando o medicamento.

A Lei nº 5991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o Controle

Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos,

e dá outras providências, estabelece que: “o processo de dispensação de medicamentos na

farmácia está sob a responsabilidade do profissional farmacêutico.” Essa mesma lei, define a

dispensação como: “ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos,

insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não”.

Segundo os autores Arias, 1999 apud Galato, 2008 “a dispensação é o ato

farmacêutico de distribuir um ou mais medicamentos a um paciente em resposta a uma

prescrição elaborada por um profissional autorizado.” A receita médica representa o

principal elo de comunicação entre médicos, farmacêuticos e pacientes e para que não

haja falha neste processo, esta deve ser elaborada de acordo com critérios aceitos e

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padronizados. (ALDRIGUE et al., 2006). Nesse sentido Pepe e Castro, 2000 relata que

“o uso adequando dos medicamentos não depende apenas de uma prescrição de

qualidade, mas é também fruto de dispensação responsável. Uma vez iniciando a

consulta médica, dar-se início a uma ambulância de informações que tem sequência na

farmácia, onde os itens das prescrições serão explicadas ao paciente, como: dose certa,

posologia, cuidados especiais ao armazenar o medicamentos, existência de interações e

reações adversa (NEWTON, 1996 apud PEPE, 2000).

Essa função informativa e educativa da dispensação torna-a peça chave na

cadeia da assistência à saúde. (PEPE; CASTRO, 2000). A dispensação de

medicamentos, no caso dos pacientes idosos, deve-se da uma atenção maior em relação

as doses prescritas, ao potencial risco de interação medicamentosa da prescrição com os

que ele já tomam, como também os riscos de alterações de estado de saúde destes

pacientes. Sendo assim o idoso deve ser orientado pelo farmacêutico, quanto ao horário

correto de administração de seus medicamentos, adequando o horário de tomada dos

prescritos em questão com os que eles já estão tomando rotineiramente. (BRASÍLIA,

2009). Em outros países rotineiramente, os profissionais farmacêuticos são adequados

para orientar a respeito dos medicamentos prescritos e dispensados aos idosos, pois

frequentemente vive em contato com o paciente, iniciando assim discussões sobre os

problemas de saúde, falar sobre as doenças crônicas e identificar as razões do

tratamento. (BORENSTEIN, 2003 APUD JUNIOR, 2006).

A dispensação deve ser entendida como integrante do processo de atenção

ao paciente, ou seja, como uma atividade realizada por um profissional da saúde com

foco na prevenção e promoção da saúde... (GALATO et al 2008). Considera-se essa

ferramenta como uma brecha que o farmacêutico adquire, para expandir o uso racional,

já que estando próximos do paciente fica fácil ver a necessidade do mesmo e com isso

aconselhar sobre os medicamentos. Fica claro que , tomou uma dimensão extraordinária

as atribuições do farmacêutico ao dispensar os medicamentos que, hoje, podemos falar

que dispensar não exemplifica apenas entregar o medicamento prescrito, ou indicado

pelo farmacêutico, trata-se do desempenho clínico desse profissional, com a intenção de

disponibilizar ao paciente não só o medicamento, como também os serviços clínicos que

o acompanham favorecendo o uso racional de medicamentos e o cuidado com o

paciente á prováveis problemas relacionado ao uso deste (PRM’s). (BRASÍLIA, 2009)

É importante diminuir barreiras na comunicação do farmacêutico com o

paciente, principalmente sendo ele um idoso.

As habilidades de comunicação do farmacêutico precisam ser desenvolvidas

para promover uma ligação de empatia e transformar todo o processo de dispensação

um procedimento padrão, para assim garantir a qualidade no atendimento ao paciente.

Toda via, é julgado ser o discernimento do farmacêutico sobre o medicamento e as

doenças que acometem os pacientes, um dos fatores mais importantes para o progresso

de um processo de dispensação que vise o desenvolvimento de uma comunicação de

confiança e objetivando assim o uso racional de medicamento. (GALATO et al., 2008).

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Diretamente ou supervisionada pelo farmacêutico, as atividades da

dispensação, além de beneficiar o meio de comunicação de informação do paciente,

estimulará seus interesses para as atividades do farmacêutico. (LEVINSON, 1997 apud

PEPE, 2000). A intensificação da Atenção Primária a Saúde, com a máxima

participação dos farmacêuticos, é um dos focos atual dos líderes em saúde no mundo.

(SANTOS, 2003 apud BORTOLON, 2007). O profissional farmacêutico tem como

obrigação, em determinada situação aconselhar o meio mais correto para que o doente

se sinta melhor com um tratamento, tendo conhecimento sobre indicações e

contraindicações, as interações e o acompanhamento com o médico. (BORTOLON,

2007).

Sempre que possível é desejável, pois, oferecer assistência direta, seja a

nível hospitalar, ambulatorial e comunitária, de modo que, por meio de boa prática,

manifestar sua importância (NAU, 1997 apud PEPE, 2000), particularmente como

integradora das muitas informações adquiridas pelo paciente desde o principio de sua

chegada ao serviço de saúde. (PEPE; CASTRO 2000). Quanto melhor é o crescimento

de elaboração de conhecimento a parti das fontes recebidas no que diz respeito aos

medicamentos, e quanto mais favorável for à relação entre prescrito, dispensador e

paciente, mais próximos estão de atingir um resultado melhor. (PEPE; CASTRO 2000).

Metodologia

A composição do presente artigo é constituída através de um levantamento

exploratório, análise de informações e organização de dados encontrados na literatura já

existente. Na revisão bibliográfica da presente pesquisa, foram consultadas algumas

literaturas de acordo com o assunto em estudo, artigos publicados na internet que

facilitou a fundamentação desse trabalho. A pesquisa foi realizada no período de Janeiro

de 2014 à Abril do mesmo ano. As bases: ScienceDirect, Scielo, Medline e Google

Acadêmico foram os contribuintes para o levantamento de dados, sem limite de ano ou

restrição de tipo de publicação utilizando as seguintes palavras chaves: “Farmácia

Comunitária”, “Medicamentos essenciais”, “Dispensação”, “Idoso” e “Saúde Pública”.

Tal caracterização, além de fornecer um panorama geral e específico sobre os diferentes

textos veiculados sobre o assunto, serviu de base para a realização do artigo.

Conclusão

Através da analise critica de diversos artigos relacionados à importância do

farmacêutico comunitário na dispensação de medicamentos entre idosos, na rede

pública de saúde. Os estudos aqui citados definem que o crescimento da faixa etária no

Brasil, aliado ao envelhecimento e a demanda de idosos acarreta a busca pelo uso

continuo de medicamentos. Esse processo que vem definindo um modelo de

organização em saúde pública, trás consigo a importância de ações que integram a

efetividade da farmacoterapia, incluindo o farmacêutico como profissional adequado

para fazer a assistência eficaz quanto ao uso correto de medicamentos.

Nessa perspectiva, vários pesquisadores na área estão contribuindo para o

desenvolvimento dessa questão uma vez que, a dispensação de fármacos, beneficia a

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comunicação e a busca de informações por parte do paciente. O farmacêutico

comunitário deve ser primordial como um dos componentes da promoção integral à

saúde utilizando o medicamento como um importante instrumento para o aumento da

resolubilidade do atendimento aos pacientes.

Este artigo de revisão tem como concepção, a abordagem que os serviços

farmacêuticos, se tornem efetivamente comprometida não só com o acesso, mas,

também, com o uso racional dos medicamentos e com o sucesso da terapêutica indicada,

além do imprescindível aspecto educativo aos idosos. A grande colaboração resultante

da discussão desses estudos é a confirmação da importância do farmacêutico

comunitário na dispensação de medicamentos entre idosos, devido a relevância desse

assunto na rede pública de saúde.

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