a importância do piano como instrumento harmônico
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Esse trabalho retrata a importância do piano na formação do professor de música, seja na escola pública ou privada.TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁCENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE MÚSICACURSO DE GRADUAÇÃO EM MÚSICA
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO MUSICAL
A IMPORTÂNCIA DO PIANO COMO INSTRUMENTO HARMÔNICO
LUCAS DE OLIVEIRA DELFINO
Trabalha referente a disciplina “Instrumento harmônico II”, ministrada pelo professor Alfeu Araujo.
MARINGÁ2015
Resumo: Esse artigo fala sobre a importância do piano enquanto instrumento
harmônico, a partir da prática do educador musical, apresentando algumas das suas
funcionalidade no processo de ensino, tanto no que se refere ao instrumento apenas
como acompanhamento, quanto no processo de construção e formação musical do
aluno.
Palavras chave: Instrumento harmônico, Coletivo, Educador musical.
A importância do piano como instrumento harmônico
O educador musical traz em sua prática docente a responsabilidade e
obrigação pela formação musical e humana dos alunos que estão sobe sua docência,
seja qual for a realidade ou a estrutura que lhe é palpável, o profissional tem o
compromisso de cumprir com seus objetivos, musicas e extras musicais.aquele tipo de educação musical não orientando para a profissionalização
de musicistas, mas aceitando a educação musical como meio que tem a
função de desenvolver a personalidade do jovem como um todo; de
despertar e desenvolver faculdades indispensáveis ao profissional de
qualquer área de atividade, como, por exemplo, as faculdades de
percepção, as faculdades de comunicação, as faculdades de concentração
(autodisciplina), de trabalho em equipe, ou seja, a subordinação dos
interesses pessoais aos do grupo, as faculdades de discernimento, análise e
síntese, desembaraço e autoconfiança, a redução do medo e da inibição
causados por preconceitos, o desenvolvimento da criatividade, do senso
crítico, do senso de responsabilidade, da sensibilidade de valores
qualitativos e da memória, principalmente, o desenvolvimento do processo
de conscientização do todo, base essencial do raciocínio e da reflexão.
(Koellreutter, 1997)
Quando falamos de estrutura, principalmente na rede pública e se tratando da
área da música, temos uma certa dificuldade na aquisição de instrumentos, mas o ser
humano por si só carrega um instrumento inato ao corpo, a voz. Um instrumento
muito completo, complexo, mas de fácil acesso, pois se temos alunos, temos
instrumentos para trabalhar.
Então diante dessa perspectiva o educador precisa de ferramentas para
trabalhar, e o piano torna-se uma ferramenta de extrema importância, sendo um
instrumento harmônico muito completo, a funcionalidade de poder conduzir melodias
enquanto se harmoniza, a diversidade de timbres, a riqueza de exploração do som, a
facilidade de visualização para modulações, entre outros. Esse conjunto de fatores
somam no processo de ensino, todos esses elementos juntos, fortalecem e sustentam
as práticas musicas em sala.
O piano enquanto acompanhamento em sala de aula, auxilia na sustentação da
afinação, firma o andamento, e enriquece a prática musical. No processo de
preparação vocal, o piano direciona as vozes para uma afinação mais precisa,
geralmente se toca a harmonia e a melodia simultaneamente, o que da uma base de
sustentação para os estudantes, essa base trás uma sensação de segurança, como se
alguém estivesse caminhando ao nosso lado nos dando apoio, o piano ajuda a
construir o caminho melódico despertando essa afinação nos alunos.
No processo de sensibilização musical, o piano com a sua diversidade de
timbres, e vasta altura, é capaz de produzir diversos tipos de sons, sendo esses sons,
capaz de despertar diversas sensações, de acordo com a particularidade de cada
prática, é necessário que o corpo do aluno esteja adequado a essa prática, a conexão
de corpo com a música torna o resultado sonoro mais internalizado e significativo no
processo de compreensão do aluno.
Trazendo o piano para uma outra proposta, onde o foco ainda é a educação
musical, porém partindo do ensino coletivo de piano. Diante de uma realidade onde se
tenha um piano por aluno, ou até mesmo um teclado, a prática coletiva de forma
pensada, é totalmente viável. Em uma proposta como essa, destacasse a construção de
unidade, quando se consegue construir essa unidade já está incutido diversos
elementos musicas, tais como pulso, andamento, timbre, intensidade, ritmo, etc. O
coletivo faz com que tenhamos que transformar nossos elementos, a ponto de se
integrar ao todo, em outras palavras, instiga ao aluno a explorar novos sons, até que
ele consiga se conectar ao todo. Apesar de ser um texto direcionado ao ambiente
acadêmico, as palavras de (COSTA e MACHADO, 2012) correspondem a esse
ambiente também.
E que o ensino de piano em grupo proporciona, aos alunos de piano
como segundo instrumento, maior motivação. Esta decorre do
ambiente em grupo e das múltiplas possibilidades de atividades
oferecidas pelos docentes, atividades estas que tornam as aulas mais
dinâmicas e musicais. Enquanto o ensino tradicional focava na
aquisição de repertório e habilidades técnicas pelos graduandos, o
ensino complementar de piano em grupo busca sobretudo
desenvolver a musicalidade do aluno, instrumentalizando-o melhor
para vencer os desafios técnicos e harmônicos do instrumento.
Assim, valoriza-se a improvisação, a criação de arranjos, a técnica,
a harmonização e o repertório, sem que nenhum desses aspectos
perca sua importância (COSTA e MACHADO, 2012, p. 5).
Por fim, destaco que o instrumento piano, enquanto instrumento harmônico, é
possuidor de uma infinidade de possibilidades que não foram contempladas nesse
artigo, destaquei apenas algumas delas, mas o piano não se limita apenas a estas, o
que o torna um instrumento ainda mais interessante, não digo que indispensável, mas
sim que de grande valia ao professor de música.
Referências:
KOELLREUTTER, H. J. Educação e cultura em um mundo aberto como contribuição
para promover a paz. In: CADERNOS DE ESTUDO – EDUCAÇÃO MUSICAL N.
6. Org. Carlos Kater. Belo Horizonte: Atravez; EMUFMG; FEA; FAPEMIG, 1997a.
p. 60-68.
COSTA, Carlos Henrique; MACHADO, Simone Gorete. Piano em grupo: livro
didático para o ensino superior, volume 1. Goiania: PUC Goiás, 2012.