A importância do Carl Orff na Educação Musical

O trabalho do Orff se iniciou com professores de Educação Física, onde havia integração da música e do movimento. Os princípios norteadores eram de Dalcroze que enfatizava o desenvolvimento ritmo, movimento e linguagens artísticas.A partir da ideia de trabalhar diretamente com crianças pequenas surgiu o conceito da Música Elemental, isto é, música primordial que envolve fala, dança e movimento; parte do ritmo serve de base à educação da primeira infância.Para Orff o ritmo é a base para a qual se assenta a melodia e, em sua proposta pedagógica deveria vir do movimento, enquanto a melodia nasceria dos ritmos da fala, a partir das cantilenas, rimas e parlendas; assim como os mais diversos jogos infantis que fazem parte do vocabulário sonoro infantil. A pratica de improvisação desempenha um papel capital na prática pedagógica de Orff. Outra conduta bastante utilizada são os ostinatos, onde qual se pode improvisar vocalmente ou com instrumento, valeria a pena dizer que Orff parte da escala penta tônica para à aprendizagem de música, por uma questão cronológica, pois historicamente o modelo penta tônico surgiu antes da tonalidade.Ideia tal que se faz coerente com os pensamentos da música elemental, além do fato dessa escala ter caráter circular e não direcional, comporta super posições de todos os seus componentes sonoros, o que não ocorre no modelo diatônico (maior/menor).

Como dizia Mark:”Orff considerava importante limitações à criança a escala penta tônica... porque é mais fácil para ela, ser criativa nesse modo.”(MARK,1986,p.121)

Embora a abordagem siga instrumentos musicais muito bem definidos, paulatinamente oferecidos às crianças, elas se confrontam muito mais estreitamente com a expressão do que com o aprendizado de regras, se essas regras existem, são estruturais nas composições das obras musicais, não são enfatizadas às crianças além do necessário.