a importância das células-tronco na recuperação da saúde
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estudo sobre células tronco e seus avanços na medicina no tratamento de pessoas.TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FARMÁCIA
TRABALHO COMPLEMENTAR DE BIOLOGIA PARA NP1
Santos
Abril / 2014
Campus Santos / Turno manhã
UNIVERSIDADE PAULISTA
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FARMÁCIA
A IMPORTÂNCIA DAS CÉLULAS-TRONCO NA RECUPERAÇÃO
DA SAUDE
Trabalho realizado pelos alunos:
Marco Antonio de Moura Junior ra: C12HCD-4
Karina Moraes da Silva ra: C255AB-8
Adelson Ramos Alves ra: C25970-5
Aldo Luís Sábio Júnior ra: C14IFA-9
Priscila da Costa Prado ra: C06CGJ-8
Abril de 2014
Prof.ª Milene Sampaio Clemente
Santos
Abril de 2014
Campus SANTOS / Turma: FM1A41
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Sumário
Introdução.........................................................................................................04
Extração das Células-Tronco............................................................................05
Definição de Potência.......................................................................................05
Células-Tronco Adultas....................................................................................06
Células-Tronco Embrionárias...........................................................................08
Reações Religiosas...........................................................................................10
Legislação sobre sua utilização........................................................................10
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer.......................................................12
Novas Descobertas...........................................................................................13
Vantagens.........................................................................................................13
Desvantagens....................................................................................................14
Considerações Finais .......................................................................................15
Referências ......................................................................................................16
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Introdução
Com o passar dos anos os órgãos e tecidos do corpo humano perdem continuamente sua
capacidade de funcionamento, seja por por alguma doença ou envelhecimento natural.
Hoje em dia na saúde pública o método para manter a vida de pacientes afetados por estes
problemas é o transplante de órgãos. No entanto esse tipo de procedimento atende a uma
parcela muita pequena da população, seja por escassez de doadores ou impossibilidade
de transplantes de certos tecidos humanos, como muscular e nervoso. Além disso, os
transplantes tem um custo muito alto, o que é de grande importância no Brasil, visto que
esses procedimentos são pagos pelo Ministério da Saúde. Dentro desse contexto, as
células-tronco se apresentam como uma fonte potencialmente ilimitada de tecidos para
transplante.
As células-tronco, células-mães ou células estaminais são células que possuem a melhor
capacidade de se dividir dando origem a duas células semelhantes às progenitoras. As
células-tronco de embriões têm ainda a capacidade de se transformar, num processo
também conhecido por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos,
nervos, músculos e sangue. Devido a essa característica, as células-tronco são
importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em
terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, Diabetes mellitus
tipo 1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula
espinhal, nefropatias entre outras.
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EXTRAÇÃO DAS CÉLULAS–TRONCO
Há três possibilidades de extração das células-tronco. Podem ser adultas, mesenquimais
ou embrionárias:
Embrionárias – São encontradas no embrião humano e são classificadas como
totipotentes ou pluripotentes, devido ao seu poder de diferenciação celular de outros
tecidos. A utilização de células estaminais embrionárias para fins de investigação e
tratamentos médicos varia de país para país, em que alguns a sua investigação e utilização
são permitidas, enquanto em outros países é ilegal. O STF (Supremo Tribunal Federal)
autorizou as pesquisas no Brasil.
Adultas – São encontradas em diversos tecidos, como a medula óssea, sangue, fígado,
cordão umbilical, placenta, e outros. Estudos recentes mostram que estas células-tronco
têm uma limitação na sua capacidade de diferenciação, o que dá uma limitação de
obtenção de tecidos a partir delas.
Mesenquimais – Células - tronco mesenquimais, uma população de células do estroma
do tecido (parte que dá sustentação às células), têm a capacidade de se diferenciar em
diversos tecidos. Por conta desta plasticidade, essas células têm sido utilizadas para
reparar ou regenerar tecidos danificados como ósseo, cartilaginoso, hepático, cardíaco e
neural. Além disso, essas células apresentam uma poderosa atividade imunossupressora,
o que abre a possibilidade de sua aplicação clínica em doenças imunomediadas, como as
autoimunes e também nas rejeições aos transplantes. Em adultos, residem principalmente
na medula óssea e no tecido adiposo. Existem as células-tronco totipotentes ou
embrionárias, que conseguem dar origem a qualquer um dos 216 tecidos que formam o
corpo humano; as pluripotentes, que conseguem diferenciar-se na maioria dos tecidos
humanos, e as células-tronco multipotentes que conseguem diferenciar-se em alguns
tecidos apenas.
DEFINIÇÃO DE POTENCIA
As células-tronco podem se classificar de acordo com o tipo de células que podem gerar:
Totipotentes: podem produzir todas as células embrionárias e extra embrionárias;
Pluripotentes: podem produzir todos os tipos celulares do embrião, menos placenta e
anexos;
Multipotentes: podem produzir células de várias linhagens;
Oligopotentes: podem produzir células dentro de uma única linhagem;
Unipotentes: podem produzir somente um único tipo celular maduro.
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Células Tronco (CT), podem ser definidas como células com:
1º: Grande capacidade de proliferação e auto renovação;
2 º: Capacidade de responder a estímulos externos e dar origem a diferentes linhagens
celulares mais especializadas.
Assim, teoricamente, estas células poderiam ser multiplicadas no laboratório e induzidas
a formar tipos celulares específicos que, quando transplantados, regenerariam um órgão
doente. O impacto econômico desta "medicina regenerativa" pode ser avaliado na Tabela
1, que mostra o custo por ano nos Estados Unidos de pacientes com diferentes doenças
teoricamente passíveis de tratamento com células-tronco.
CÉLULAS-TRONCO ADULTAS
As CTs adultas que mais conhecemos são as presentes na medula óssea, que desde a
década de 1950 são utilizadas no tratamento de diferentes doenças que afetam o sistema
hematopoiético. As CTs estão presentes em muitos tecidos adultos, onde atuam na
manutenção dos mesmos, repondo células mortas. Porém, as CTs presentes no adulto
eram vistas tradicionalmente como restritas em seu potencial de diferenciação a somente
células do tecido onde elas residem. Por exemplo, as CTs hematopoiéticas são capazes de
regenerar o sangue após destruição daquele tecido por irradiação, e células do fígado
proliferam na tentativa de regenerar aquele órgão. A partir do final da década de 1980, o
sangue do cordão umbilical e placentário de recém-nascidos tornou-se uma fonte
alternativa de CT’s hematopoiéticas - no recém-nascido, essas células ainda não
migraram para o interior dos grandes ossos e se encontram no sangue circulante – com
algumas vantagens sobre a medula óssea: não necessita de uma compatibilidade completa
entre doador e receptor; apresenta menor risco de desenvolvimento da doença do enxerto
versus hospedeiro; e está disponível imediatamente quando necessário, ao contrário dos
bancos de medula óssea, que armazenam somente dados sobre o doador. Mais
recentemente, o transplante de SCUP (Sangue de Cordão Umbilical e Placentário) vem
sendo utilizado também para o tratamento de doenças não hematológicas,
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especificamente as doenças genéticas do metabolismo síndrome de Hurler e da doença de
Krabbe, esta última uma condição neurodegenerativa.
Em 1993, foi inaugurado o primeiro banco de sangue de cordão para uso público nos
Estados Unidos (New York Blood Center, Nova Iorque, Estados Unidos) para
complementar os bancos de doadores de medula óssea. Atualmente, os Estados Unidos
possuem mais de sessenta mil amostras de sangue de cordão armazenadas para uso
público, e pretendem atingir uma meta de 150 mil amostras para poder atender toda sua
população.
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) foi pioneiro na criação de um banco
público de sangue de cordão em 2001. Segundo o site do INCA, hoje a capacidade deste
banco é de três mil unidades de sangue de cordão, que deve ser expandida até dez mil
amostras. Em 2004, foi criada pelo Ministério da Saúde uma rede nacional de bancos de
sangue de cordão (Rede BrasilCord), composta inicialmente pelo INCA, Hospital
Israelita Albert Einstein (HIAE), Hemocentro de Ribeirão Preto e UNICAMP. Segundo
o site do HIAE, a Rede BrasilCord tem como objetivo a coleta de vinte mil amostras de
sangue de cordão para uso público, o que "atenderá a toda a diversidade genética da
população brasileira [...]". Não é claro como este número foi calculado, mas levando-se
em conta bancos de sangue de cordão de países como Japão, que até 2006 já tinha vinte
mil amostras para atender sua população significativamente mais homogênea do que a
nossa, acredito que vinte mil seja uma estimativa muito baixa para a Rede BrasilCord ter
algum impacto em saúde pública no Brasil.
Apesar de muito empenho e divulgação, até julho de 2007 somente o INCA e o HIAE
atuavam como bancos de sangue de cordão, o que significa que somente partos realizados
na Maternidade Municipal Carmela Dutra e na Pró Matre no Rio de Janeiro, e no HIAE
em São Paulo são passíveis de terem o sangue de cordão do recém-nascido doado para a
Rede BrasilCord. E enquanto as maternidades participantes no Rio de Janeiro atendem a
população geral, diversificada, daquela cidade, a única maternidade atuante no Estado de
São Paulo, a do HIAE, atende principalmente uma classe econômica que pode arcar com
o alto custo de um parto ali. Consequentemente, a variabilidade étnica das amostras
daquele banco de cordão deve ser muito baixa e não representar toda a diversidade
genética da nossa população. Assim, em termos de saúde pública, seria mais eficiente as
coletas de sangue de cordão para a Rede BrasilCord serem sempre feitas em maternidades
que atendam a diversidade étnica/genética da população brasileira. A iniciativa da criação
da rede de bancos públicos no Brasil é de extrema importância para a saúde de nossa
população, mas para que tenha de fato impacto, ela deve contemplar a natureza
diversificada de nossa população, o que deve se refletir na escolha dos pontos de coleta e
em um cálculo realista da meta de número de amostras armazenadas.
Mas e o uso de CTs para o tratamento de doenças mais comuns? O Brasil se destaca pelo
grande número de testes clínicos em andamento com CTs adultas, que avaliam o uso
terapêutico mais amplo destas células em diferentes doenças, incluindo doenças
cardíacas, autoimunes, como lúpus e diabetes e trauma de medula espinhal (Figura 1).
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Estes estudos estão em andamento e os resultados preliminares indicam que pelo menos
não há efeitos adversos do transplante autólogo de CTs da medula óssea. Resta ainda
analisarmos se existe algum efeito terapêutico das mesmas naquelas doenças. É
importante frisar que os esses tratamentos são experimentais e ainda não podem ser
oferecidos à população.
Fonte: SciELO,2013.
Finalmente, novas fontes de CTs adultas vêm sendo caracterizadas e incluem material
lipoaspirado e a polpa do dente de leite. Ainda é cedo para sabermos quais dessas células
cumprirão sua promessa terapêutica, mas elas ilustram o quanto ainda temos que aprender
sobre os diferentes nichos de CTs no organismo adulto.
CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS
Em animais, o desenvolvimento embrionário começa com a fecundação de um óvulo por
um espermatozoide. As primeiras divisões celulares dão origem a cinquenta a cem células
aparentemente idênticas. Porém, à medida que o embrião se desenvolve, suas células
iniciam um processo de diferenciação, se comprometendo em dar origem a tipos
específicos de tecido do indivíduo adulto. A primeira etapa de diferenciação visível no
embrião de camundongo se dá quando este atinge o estágio de blastocisto (Figura 2). Ali,
observa-se duas populações distintas de células: aquelas que vão dar origem aos tecidos
extraembrionários, como a placenta, e outras, as células da chamada massa celular interna
(MCI), que darão origem a todos os tecidos do embrião. E apesar destas células terem
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este potencial amplo, ainda não foi determinado em que tecido cada uma se transformará,
ou seja, elas são células indiferenciadas.
Fonte:SciELO,2013.
Apesar da enorme expectativa do uso terapêutico destas células, até julho de 2007, não
havia nenhum teste clínico com CTs embrionárias em seres humanos em andamento no
mundo todo Antes de começar os testes clínicos injetando CTs embrionárias em
pacientes, há algumas questões fundamentais que devem ser resolvidas.
A segurança dessas células: Se por um lado sua plasticidade as torna uma fonte de
qualquer tecido para transplante, por outro ela representa um perigo. Quando injetadas
em seu estado nativo em camundongos imune deficientes, as CTs embrionárias podem
formar teratomas, tumores compostos de vários tecidos diferentes. Assim, antes de
injetarmos estas células no paciente (seja ele um camundongo ou uma pessoa), temos que,
primeiro, induzi-las no laboratório a se transformar no tipo celular que nos interessa. Caso
contrário, no organismo elas se multiplicam e podem se diferenciar descontroladamente
formando tumores. Ou seja, antes de utilizarmos as CTs embrionárias como fonte de
tecidos para transplante, temos que domar a diferenciação destas células para que elas
gerem apenas os tecidos de interesse.
Compatibilidade entre as CTs embrionárias e o paciente: Em qualquer transplante, é
necessário existir uma compatibilidade entre doador e receptor para que o órgão não seja
rejeitado. O mesmo deve acontecer com um transplante de CTs embrionárias. Como
garantir que teremos CTs embrionárias compatíveis com todos os pacientes? Uma forma
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seria criar um banco dessas células, cada uma derivada de um embrião diferente, e
procurar uma compatível com o paciente. Porém, nossa experiência com bancos de
medula óssea demonstrou que isso é extremamente difícil de se conseguir.
Possível Solução: Uma alternativa seria então criar CTs embrionárias "sob medida", ou
seja, geneticamente idênticas ao paciente. Com as técnicas de clonagem, podemos criar
um embrião clonado do paciente e dele extrair as CTs embrionárias. Estas poderiam então
gerar tecidos 100% compatíveis com o paciente. Esta técnica chama-se clonagem
terapêutica e, apesar de já ter sido realizada em diferentes modelos animais, até julho de
2007 não havia sido feita com sucesso em seres humanos. Além disto, dada a necessidade
de um grande número de óvulos para cada clonagem terapêutica, esta estratégia não é
promissora como forma de terapia para a população geral. Por isso, novas estratégias
deverão ser desenvolvidas para a geração de tecidos imunocompatíveis a partir de CTs
embrionárias humanas de forma a viabilizar seu uso terapêutico em larga escala.
É importante ressaltar que, apesar da clonagem terapêutica resolver a questão da
compatibilidade das CTs embrionárias, infelizmente ela não poderia ser utilizada em
indivíduos com doenças genéticas. As CTs embrionárias geradas a partir das células
destes pacientes também carregariam o gene defeituoso, e por isso não seriam capazes de
gerar tecidos sadios para transplante E enquanto não podemos utilizá-las como agente
terapêutico, temos muito a aprender com as CTs embrionárias. Ao desvendarmos os
mecanismos envolvidos em sua capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula,
aprendemos sobre a biologia do ser humano - esses conhecimentos básicos trarão ao longo
prazo grande benefícios à saúde humana.
REAÇÕES RELIGIOSAS
A doutrina da Igreja Católica condena o uso das células-tronco embrionárias porque essas
técnicas muitas vezes envolvem a destruição de embriões humanos, considerado uma
forma de assassinato gravemente pecaminoso pela Igreja Católica. Investigações
científicas com células-tronco embrionárias são chamadas de "um meio imoral para um
bom fim" e "moralmente inaceitável." A Igreja apoia o uso de células-tronco adultas, que
são células obtidas com o consentimento de alguém e sem pôr em causa a vida do doador,
afirmando que é um campo promissor de pesquisa e moralmente aceitável.
LEGISLAÇÃO SOBRE A SUA UTILIZAÇÃO
A obtenção de CTs embrionárias envolve obrigatoriamente a destruição do embrião,
especificamente, de um blastocisto - um embrião pré-implantação de cinco dias –
basicamente um conglomerado amorfo de cem a duzentas células. No entanto, certas
culturas/religiões atribuem ao embrião humano desde o momento da fecundação o status
de vida com todos os direitos de uma pessoa já nascida - e por isso a destruição daquele
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embrião é inaceitável e as CTs embrionárias têm sido tema de grande polêmica no mundo
todo: este embrião é uma vida humana ou não?
Ora, é claro que ele é uma forma de vida, assim como um óvulo e um espermatozoide
também são. A real questão é "que formas de vida humana nós permitiremos perturbar?"
A vida humana já é legalmente violada em algumas situações: por exemplo, no Brasil,
reconhecemos como morta uma pessoa com morte cerebral, apesar de seu coração ainda
bater. Esta é uma decisão arbitrária e pragmática, que nos facilita o transplante de órgãos,
e que não é compartilhada por outros povos que só consideram morta aquela pessoa cujos
órgãos vitais pararam de funcionar. E no outro extremo da vida humana, durante o
desenvolvimento embrionário? Ao proibirmos o aborto, estabelecemos ser inaceitável a
destruição de um feto. Por outro lado, se este feto for o resultado de um estupro ou
representar risco de vida para a gestante, no Brasil ele passa a ser uma forma de vida
humana que pode ser eliminada.
Segue-se uma lista das leis em vigor sobre a clonagem de células-tronco em alguns
países.
África do Sul - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem
terapêutica. É o único país africano com legislação a respeito.
Alemanha - permite a pesquisa com linhagens de células-tronco existentes e sua
importação, mas proíbe a destruição de embriões.
Brasil - o uso do embrião humano foi regulamentado pela Lei de Biossegurança (Lei
11.105), de 24 de março de 2005, que diz:
Art. 5º permite a utilização de células-tronco produzidas a partir de embriões humanos
para fins de pesquisa e terapia, desde que sejam embriões inviáveis ou estejam
congelados há mais de três anos. Em todos os casos, é necessário o consentimento dos
pais. A comercialização do material biológico é crime. Em 29 de maio de 2008 o Supremo
Tribunal Federal confirmou que a lei em questão é constitucional, ratificando assim o
posicionamento normativo dessa nação.
China - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.
Coréia do Sul - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem
terapêutica.
Estados Unidos - proíbe a aplicação de verbas do governo federal a qualquer pesquisa
envolvendo embriões humanos (a exceção é feita para 19 linhagens de células-tronco
derivadas antes da aprovação da lei norte-americana). Mas estados como a Califórnia
permitem e patrocinam esse tipo de pesquisa (inclusive a clonagem terapêutica).
França - não tem legislação específica, mas permite a pesquisa com linhagens existentes
de células-tronco embrionárias e com embriões de descarte.
Índia - proíbe a clonagem terapêutica, mas permite as outras pesquisas.
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Israel - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.
Itália - proíbe totalmente qualquer tipo de pesquisa com células-tronco embrionárias
humanas e sua importação.
Japão - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.
Reino Unido - tem uma das legislações mais liberais do mundo e permite a clonagem
terapêutica.
Rússia - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.
Singapura - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.
Turquia - permite pesquisas e uso de embriões de descarte, porem proíbe a clonagem
terapêutica das células tronco.
NO BRASIL, O INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER
O INCA, foi pioneiro na criação de um banco público de sangue de cordão em 2001.
Segundo o site do INCA, hoje a capacidade deste banco é de três mil unidades de sangue
de cordão, que deve ser expandida até dez mil amostras. Em 2004, foi criada pelo
Ministério da Saúde uma rede nacional de bancos de sangue de cordão (Rede Brasil-
Cord), composta inicialmente pelo INCA, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE),
Hemocentro de Ribeirão Preto e UNICAMP. Segundo o site do HIAE, a Rede BrasilCord
tem como objetivo a coleta de vinte mil amostras de sangue de cordão para uso público,
o que “atenderá a toda a diversidade genética da população brasileira [...]”. Não é claro
como este número foi calculado, mas levando-se em conta bancos de sangue de cordão
de países como Japão, que até 2006 já tinha vinte mil amostras para atender sua população
significativamente mais homogênea do que a nossa, acredito que vinte mil seja uma
estimativa muito baixa para a Rede BrasilCord ter algum impacto em saúde pública no
Brasil.
Apesar de muito empenho e divulgação, até julho de 2007 somente o INCA e o HIAE
atuavam como bancos de sangue de cordão, o que significa que somente partos realizados
na Maternidade Municipal Carmela Dutra e na Pró Matre no Rio de Janeiro, e no HIAE
em São Paulo são passíveis de terem o sangue de cordão do recém-nascido doado para a
Rede BrasilCord. E enquanto as maternidades participantes no Rio de Janeiro atendem a
população geral, diversificada, daquela cidade, a única maternidade atuante no Estado de
São Paulo, a do HIAE, atende principalmente uma classe econômica que pode arcar com
o alto custo de um parto ali. Consequentemente, a variabilidade étnica das amostras
daquele banco de cordão deve ser muito baixa e não representar toda a diversidade
genética da nossa população. Assim, em termos de saúde pública, seria mais eficiente as
coletas de sangue de cordão para a Rede Brasil- Cord serem sempre feitas em
maternidades que atendam a diversidade étnica/genética da população brasileira. A
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iniciativa da criação da rede de bancos públicos no Brasil é de extrema importância para
a saúde de nossa população, mas para que tenha de fato impacto, ela deve contemplar a
natureza diversificada de nossa população, o que deve se refletir na escolha dos pontos
de coleta e em um cálculo realista da meta de número de amostras armazenadas.
Mas e o uso de CTs para o tratamento de doenças mais comuns? O Brasil se destaca pelo
grande número de testes clínicos em andamento com CTs adultas, que avaliam o uso
terapêutico mais amplo destas células em diferentes doenças, incluindo doenças
cardíacas, autoimunes, como lúpus e diabetes e trauma de medula espinhal. Estes estudos
estão em andamento e os resultados preliminares indicam que pelo menos não há efeitos
adversos do transplante autólogo de CTs da medula óssea. Resta ainda analisarmos se
existe algum efeito terapêutico das mesmas naquelas doenças. É importante frisar que os
esses tratamentos são experimentais e ainda não podem ser oferecidos à população.
Finalmente, novas fontes de CTs adultas vêm sendo caracterizadas e incluem material
lipoaspirado11 e a polpa do dente de leite. Ainda é cedo para sabermos quais dessas
células cumprirão sua promessa terapêutica, mas elas ilustram o quanto ainda temos que
aprender sobre os diferentes nichos de CTs no organismo adulto.
NOVAS DESCOBERTAS
Células tronco pluripotentes induzidas (células iPS)
Em 2006, cientistas descobriram como "reprogramar" células com uma função
especializada (por exemplo, células, pele) em laboratório, de modo que eles se comportam
como uma célula-tronco embrionária. Estas células, chamadas células pluripotentes
induzidas ou células iPS, são criados através da indução de células especializadas para
expressar genes que são normalmente feitas em células-tronco embrionárias e que o
controlo como as funções celulares. Células-tronco embrionárias e células iPS
compartilham muitas características, incluindo a capacidade se tornar as células de todos
os órgãos e tecidos, mas eles não são idênticos e podem às vezes se comportam de forma
ligeiramente diferente. Células IPS são um método poderoso para criar-paciente e
doenças específicas linhas de células para pesquisa. No entanto, as técnicas utilizadas
para torná-los necessitam de ser cuidadosamente refinado antes que eles podem ser
usados para gerar células iPS adequados para terapias seguras e eficazes.
VANTAGENS
É um fato indiscutível que a pesquisa de células-tronco tem revolucionado o
campo medicinal. Ela oferece muitos benefícios médicos nas áreas de clonagem
terapêutica e medicina regenerativa. Alguns anos atrás, só de ouvir os nomes de
doenças temidas como o cancro, doença de Parkinson e doença de Alzheimer dava
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medo até no diabo. Agora, com a investigação sobre células-tronco, tornou-se
possível descobrir curas e tratamentos para estas e muitas doenças terríveis.
Pesquisa de células-tronco facilitou o estudo essencial em estágios de
desenvolvimento de um embrião humano, que era anteriormente uma perspectiva
impossível. Devido a isso, os médicos agora podem tratar as principais
consequências clínicas, como a perda da gravidez, defeitos congênitos e
infertilidade. Um estudo mais detalhado e compreensão do crescimento e
desenvolvimento humano célula, pode eventualmente permitir que as
anormalidades tratar de recém-nascidos.
Investigação sobre células-tronco trouxe um novo raio de esperança para milhões
de pessoas em desvantagem em todo o mundo. Com a pesquisa de células-tronco,
os médicos podem desenvolver membros e órgãos em um laboratório e usá-lo para
transplantes. Uma grande vantagem da pesquisa de células-tronco é que envolve
o uso de suas próprias células para tratá-los. Isto não só reduz o risco de quaisquer
efeitos secundários, mas também aumenta a possibilidade de cura.
DESVANTAGENS
Uso de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa envolve a destruição
total de blastocistos que são formados a partir de ovos fertilizados em
laboratório. Para as pessoas que acreditam que a vida começa na fase de
concepção, o blastocisto é uma vida humana e por isso sua destruição é
inaceitável e antiético.
Células-tronco embrionárias têm outra desvantagem. Desde que sejam
derivadas de embriões, que não o seu próprio, o seu corpo pode rejeitá-las
Pesquisa sobre células-tronco é a chave para reverter os efeitos do
envelhecimento e, assim, prolongar a vida humana. Pesquisa de células-tronco
já descobriu muitos tratamentos que retardam o processo de envelhecimento.
Uma pesquisa mais avançada pode, talvez, encontrar uma maneira de parar
completamente o processo de envelhecimento. Muitos grupos éticos em todo
o mundo levantaram objecções sobre este aspecto da pesquisa sobre células-
tronco e são da opinião de que os humanos têm o direito de interferir nas leis
da natureza.
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Considerações Finais
Pode se afirmar que as pesquisas com CT’s da mesma forma que trazem esperança para
muita gente, traz preocupação no que se pode acontecer manipulando “áreas não muito
conhecidas” como o genoma humano. Devemos ter consciência que o progresso não pode
ser encorajado caso isso afete o “sistema” atual que vivemos, causando mutações,
rejeições ou até agravamento das doenças iniciais de um paciente por conta desta
inexperiência e falta de domínio. Acreditamos que muito deve ser pesquisado sim, porém,
com muita ética, afim de minimizar as consequências negativas e maximizar os benefícios
que essa tecnologia pode trazer para toda a população, frisamos “toda a população” pois
toda a tecnologia quando descoberta acaba ficando na mão somente dos mais ricos, mas
neste caso a terapia com CT’s, terá um custo bem menor e mais eficiente se comparado
aos atuais transplantes de órgãos, dando desta forma mais acesso a estas terapias para a
saúde pública. Além disto, as CTs devem ser vistas não só como um agente terapêutico,
mas como um modelo de pesquisa onde podemos estudar os mecanismos por trás da
diferenciação celular, desenvolvimento embrionário e câncer, entre outros. Esses
conhecimentos de biologia básica poderão, por sua vez, levar a uma real melhora da
qualidade de vida humana.
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Referências
PEREIRA, Lygia da Veiga. A importância do uso das células tronco para a
saúde pública. Ciênc. saúde coletiva vol.13 no.1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2008.
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232008000100002&lang =pt#t1> Acesso em: 5 Mar. 2014
GOMES, Marcela. Células Tronco. [S.I.]: Ebah, Disponível em
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfKv8AH/stem-cells-celulas-
tronco?part=2> Acesso em: 5 Mar. 2014
SILVA, Aliny Leal. Células Tronco. [S.I.]: Ebah, Disponível em
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA0g4AB/celulas-tronco> Acesso em:
5 Mar. 2014