a import an cia do fluxo de caixa como fer.gerencial para as mpes

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UNIABEU CENTRO UNIVERSITÁRIO FERNANDO JOSÉ MELO RODRIGUES JARBAS FORTUNATO VENTURA WILLIAM RAMOS DOS SANTOS A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA GERENCIAL PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: UMA ANÁLISE EM EMPRESAS DE ANGRA DOS REIS ANGRA DOS REIS 2010

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Page 1: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

UNIABEU CENTRO UNIVERSITÁRIO FERNANDO JOSÉ MELO RODRIGUES

JARBAS FORTUNATO VENTURA WILLIAM RAMOS DOS SANTOS

A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA GERENCIAL PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: UMA

ANÁLISE EM EMPRESAS DE ANGRA DOS REIS

ANGRA DOS REIS 2010

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2

FERNANDO JOSÉ MELO RODRIGUES JARBAS FORTUNATO VENTURA WILLIAM RAMOS DOS SANTOS

A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA GERENCIAL PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: UMA

ANÁLISE EM EMPRESAS DE ANGRA DOS REIS Trabalho apresentada em cumprimento às exigências da disciplina, Pesquisa Aplicada, do 8 º período do curso de Administração pela UNIABEU Centro Universitário- Campus 4

Orientador: Tiago Vieira

Angra dos Reis 2010

Page 3: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

3

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1. FIGURA 1 – Planejamento financeiro ............................................................... 17

2. FIGURA 2 – Fluxo de caixa pelo método direto ............................................... 21

3. FIGURA 3 – Fluxo de Caixa pelo método indireto ............................................. 23

Page 4: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 : Grau De Escolaridade Homem X Mulheres .........................................30

TABELA 2 : Ramos De Atividades .........................................................................31

TABELA 3 : Tipos De Empresas .............................................................................31

TABELA 4 : Funções na Empresa ...........................................................................32

TABELA 5 : Periodicidade do fluxo de caixa ...........................................................37

Page 5: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................7

2 PROBLEMA .......................................................................................................................................8

3 OBJETIVO GERAL...............................................................................................................9

4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................................................10

5 JUSTIFICATIVA E RELEVANCIA................................................................................................11

6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................................12

6.1 Fluxo de caixa ............................................................................................................ 12

6.2 Objetivos do fluxo de caixa ......................................................................................... 14

6.3 Fluxo de caixa Projetado ............................................................................................ 15

6.3.1 Planejamento Financeiro e a Tesouraria ............................................................. 16

6.3.2 Saldo Mínimo de Caixa ........................................................................................ 17

6.4 Capital de Giro, Fluxo de Caixa Estrutural e Conjuntural ............................................ 18

6.4.1 Geração de Caixa ................................................................................................ 19

6.5 Plano de contas de tesouraria .................................................................................... 19

6.5.1 Demonstrações do Fluxo de caixa ....................................................................... 20

6.5.2 Fluxo de caixa pelo Método Direto ....................................................................... 20

6.5.3 Fluxo de caixa pelo Método Indireto .................................................................... 22

6.6 Fatores que Elevam a Taxa de Mortalidade de Micro e Pequenas Empresas. ........... 24

6.6.1 Sistema de informações nas MPEs ..................................................................... 24

6.7 O Fluxo de caixa para as Micro e Pequenas Empresas ............................................. 25

7 METODOLOGIA ADOTADA.........................................................................................................27

7.1 Tipo de pesquisa ........................................................................................................ 27

7.2 Escolha do método e técnica de pesquisa ................................................................. 27

7.3 Universo e Amostra .................................................................................................... 28

7.4 Limitações do estudo ................................................................................................. 28

8 ESQUISA DE CAMPO DIAGNÓSTICO..................................................................................29

Page 6: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

6

8.1 Análise dos Resultados .............................................................................................. 29

8.1.1 Identificação do Entrevistado ............................................................................... 29

8.1.2 Identificação da Empresa .................................................................................... 30

8.2 Fluxo de caixa e Processo Decisório ..................................................................... 32

8.2.1 Função que ocupa na empresa os responsáveis pelas respostas dos questionários ................................................................................................................ 32

8.2.2 Conhecimento do fluxo de caixa ......................................................................... 33

8.2.3 Importância das informações apresentadas no fluxo de caixa ............................. 33

8.2.4 Decisões baseadas nas informações do fluxo de caixa ....................................... 35

8.2.5 Periodicidade do fluxo de caixa ........................................................................... 35

8.2.6 Dificuldades para elaboração do fluxo de caixa ................................................... 36

9 CONSIDERAÇOES FINAIS...........................................................................................................37

10 CONCLUSÃO................................................................................................................................38

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................39

ANEXO (S)

Page 7: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

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1 INTRODUÇÃO

As várias mudanças que vêm ocorrendo no cenário econômico requer que as

organizações se adéquem a nova realidade mundial, os clientes tornaram-se mais

exigentes, em contrapartida, o mercado tornou-se mais competitivo, exigindo que as

empresas busquem soluções para melhoria e eficiência na aplicação de seus

recursos, para tal, necessitam-se que essas decisões sejam embasadas em

informações consistentes, garantindo assim suas posições no mercado e

estabilidade nos ramos em que atuam.

O fluxo de caixa é uma ferramenta que possibilita aos administradores,

empresários e responsáveis pela gestão financeira de uma empresa melhor

controle, organização, previsão e análise dos recursos financeiros, permitindo que

as tomadas de decisões sejam mais seguras e eficazes.

Já para elaboração de um bom planejamento financeiro, o fluxo de caixa é

uma ferramenta indispensável, pois “o que quebra uma empresa não é a falta de

lucro, mais sim a falta de caixa” Sá (2009).

O presente trabalho vem esclarecer, um pouco mais, sobre o fluxo de caixa,

seus conceitos, objetivos, suas contribuições para tomada de decisões, suas formas

de apresentações e por fim sua importância como ferramenta gerencial para Micro e

Pequenas Empresas.

Apresentam-se, também, os resultados de um estudo sobre o tema, realizado

junto a algumas micro e pequenas empresas localizadas na região de Angra dos

Reis

Page 8: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

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2 PROBLEMA

Identificar, em Micro e Pequenas Empresas situadas na região de Angra dos

Reis, o grau de conhecimento e a utilização do fluxo de caixa para tomada de

decisões gerenciais, por parte dos empresários, administradores ou responsáveis

financeiros dessas MPE’s.

Page 9: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

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3 OBJETIVO GERAL

Demonstrar, através dos referenciais estudados, a importância da utilização

do fluxo de caixa e suas aplicações como ferramenta gerencial para as micro e

pequenas empresas do município de Angra dos Reis.

Page 10: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

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4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Conceituar o que é o fluxo de caixa e seus objetivos;

•Demonstrar as vantagens da utilização do fluxo de caixa em micro e pequenas

empresas;

• Analisar fatores que elevam a taxa de mortalidade das micro e pequenas

empresas;

• Identificar, através de uma amostra, as micro e pequenas empresas de angra dos

reis que utilizam o fluxo de caixa como ferramenta gerencial;

• Evidenciar as necessidades da utilização do fluxo de caixa para tomada de

decisões gerenciais.

Page 11: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

11

5 JUSTIFICATIVA E RELEVANCIA

O cenário brasileiro oferece pouca estabilidade para os pequenos e médios

empreendedores, levando-os a novas estratégias de decisão, para isso os gestores

necessitam de informações que proporcionem suporte em todas as etapas da

gestão empresarial. Essas informações têm como objetivo retratar a situação da

empresa em um momento estático, e são apresentadas através de demonstrações

contábeis de natureza econômica e financeira, conhecidas como Balanço.

As Demonstrações Contábeis, não representam, individualmente,

informações capazes de se criar uma gestão completa da empresa, criando uma

necessidade de utilização de demonstrativos mais simplificados e de melhor

compreensão.

O Fluxo de caixa possibilita aos administradores analisar os seus recursos,

saber a capacidade de cumprir com as suas obrigações, proporcionado um melhor

planejamento e controle financeiro em relação as suas disponibilidades, não

ocorrendo excessos nem insuficiência de fundos por meio da facilidade de

entendimento da real situação financeira da empresa. Ferreira (2003 p. 27).

De acordo com Zdanowicz apud Ferreira (2003 p.11) denomina-se Fluxo de

caixa o conjunto de ingressos e de desembolsos de numerários em um determinado

período de tempo.

É por intermédio do fluxo de caixa que os empresários podem gerar

informações da organização, por lidar diretamente com entradas e saídas de

numerário e sua liquidez, para melhor controlar e avaliar os recursos financeiros

podendo identificar oportunidades no mercado ou fraquezas financeiras futuras.

Page 12: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

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6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

6.1 Fluxo de caixa

Com o dinamismo econômico mundial as empresas estão buscando

ferramentas que possam garantir a competitividade no mercado em que atuam,

consumidores mais exigentes, fornecedores mais atentos, investidores que

procuram maior segurança para seus investimentos, existem vários fatores que

possam influenciar nas decisões gerenciais de uma organização. Para isso é

necessário que as organizações tenham a sua disposição um bom planejamento

financeiro, o qual permitirá estar sempre um passo a frente em suas decisões

estratégicas possibilitando um maior controle de ingressos e desembolsos de

numerários em seu caixa.

“Planejamento financeiro refere-se a um agrupamento de operações

financeiras realizadas para atingir um determinado objetivo”. Sá (2009, pg. 13)

O controle é fundamental para a sustentação de um negócio, tanto para a sua

sobrevivência como para sua evolução, competitividade e perpetuação. O fluxo de

caixa apresentasse como a ferramenta financeira adequada, pois é muito prático e

útil, sendo verdadeiramente um objeto que controla, auxilia na visualização e na

compreensão das movimentações financeiras num período preestabelecido,

permitindo, em alguns casos, a visualização de sobras ou faltas de caixa antes que

ocorram.

Para Cavalcante (s.d), o fluxo de caixa “É um instrumento de controle que

tem por objetivo auxiliar o empresário a tomar decisões sobre a situação financeira

da empresa. Consiste em um relatório gerencial que informa toda a movimentação

de dinheiro (entradas e saídas), sempre considerando um período determinando,

que pode ser uma semana, um mês, etc.”.

Page 13: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

13

O fluxo de caixa, em especial, se utilizado como um instrumento de gestão

financeira poderá ser essencial para que esse controle seja eficiente, pois é através

dele que se verificam a disponibilidade dos recursos que devam ser suficientes para

saldar seus compromissos. Para Zdanowicz apud Ferreira o fluxo de caixa é:

O instrumento que permite demonstrar as operações financeiras que serão realizadas pela empresa, facilitando a análise e a decisão, de comprometer os recursos financeiros, de relacionar o uso das linhas de crédito menos onerosas, de determinar o quanto a organização dispõe de capitais próprios, bem como utilizar as disponibilidades da melhor forma possível. (ZDANOWICZ apud FERREIRA, 2000, p.40).

Saber se, num determinado período, a organização possui recursos para

realizar operações, tais como: saldar obrigações, comprar insumos, investir em

equipamentos, vender, entre outras, não é referir-se a um conhecimento

simplesmente intuitivo, mas sim, na adoção de uma ferramenta financeira de

gerenciamento eficaz que lhe permiti avaliar quais são os melhores meios de se

fazê-lo, essa ferramenta trata-se do fluxo de caixa, pois a sua gestão tem como foco

principal informar quais são as disponibilidades da empresa.

Frezatti apud Albino (1997) afirma que “a definição de caixa pode, a princípio,

parecer fácil e simples, mas devido essa mesma facilidade se torna algo trabalhoso

difícil de si fazer. Pois caixa é caixa, que no sentido clássico é representado como

objetivo final dos investidores, como fonte de alocação de recursos.”

Por outro lado Hoji (2004) diz que “o fluxo de caixa é um esquema de

entradas e saídas de caixa ao longo do tempo, em um fluxo de caixa deve existir

pelo menos uma saída e pelo menos uma e uma entrada (vice-versa)”.

Já Sá (2009, pg. 11) declara que “o fluxo de caixa é o método de captura e

registro dos fatos e valores que provoquem alterações no saldo de caixa e sua

apresentação em relatórios estruturados, de forma a permitir sua compreensão e

análise”. Ou ainda “Método de captura e registro dos fatos e valores que provoquem

alterações no saldo do Disponível1 e a sua apresentação em relatórios estruturados

de forma a permitir sua análise e interpretação"

Consideram-se entradas, por exemplo, um empréstimo adquirido em dinheiro

que entra no caixa, já as saídas consideram as parcelas pagas posteriormente pela

aquisição de empréstimos acrescidos de juros. O inverso ocorre com as aplicações

1 Atualmente, o Disponível também é chamado de Caixa e Equivalente de Caixa.

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financeiras em que as saídas de caixa representam o capital investido e as entradas

o reembolso acrescido de juros, quando essas entradas e saídas são integradas,

em um determinado período, chamamos o produto final desta operação de fluxo de

caixa realizado.

Conforme visto, entre as várias definições, podemos dizer que o fluxo de

caixa é uma ferramenta gerencial financeira que auxilia o empresário, gerente ou

responsável pelo setor financeiro, nas tomadas de decisões, através de um controle

sistêmico de informações de movimentação de entradas e saídas de dinheiro na

organização, considerando sempre um período determinado.

6.2 Objetivos do fluxo de caixa

O fluxo de caixa ao proporcionar informações de entradas e saídas de caixa

possibilita que essas sejam avaliadas, através dos valores equivalentes, com o

intuito de equiparar o caixa para atender as necessidades que a empresa possuir,

com fins de se utilizar de forma eficaz os recursos disponíveis.

Segundo Iudicibus e Marion apud Ferreira (2003 p.11) “O fluxo de caixa

demonstra a origem e aplicação de todo o numerário que transitou pelo caixa em um

determinado período e o resultado desse fluxo, envolvendo as contas caixa e banco,

evidenciando entradas e saídas decorrentes das atividades operacionais da

empresa. Essa demonstração refere-se apenas para fins de controle interno de

recursos ligados diretamente ao caixa da empresa”.

Entretanto, para que esse instrumento de controle se torne cada vez mais

eficaz é necessário que os administradores das empresas estejam acompanhando

constantemente as entradas e saídas de numerários no caixa, caso contrário poderá

causar sérios problemas ao fluxo financeiro. Ross (2000).

Como afirma Hoji (2004), as empresas precisam manter o saldo de caixa,

basicamente para atender os pagamentos de transações geradas pelas atividades

operacionais, amortização de empréstimos e financiamentos, desembolsos para

investimentos permanentes, pagamento de eventos não previstos e reciprocidade

em aplicação financeira exigidas pelo banco.

Page 15: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

15

Nesse contexto podemos destacar como objetivos do fluxo de caixa a

avaliação de alternativas de investimento, controle a longo tempo das decisões

importantes tomadas pela empresa com reflexos monetários, análise do presente

com projeção futura do caixa da empresa permitindo um posicionamento para se

chegar numa situação de liquidez2 e conhecimento das causas que mudam a

situação financeira da empresa.

Desta forma, podemos dizer que o objetivo do fluxo de caixa, para a empresa,

é trazer segurança e agilidade em suas atividades financeiras, provindas de um

conhecimento tácito do volume de recurso disponível, tarefa das mais relevantes,

possibilitando à aplicação correta desses, melhorando substancialmente as

estimativas do capital de giro da empresa.

6.3 Fluxo de caixa Projetado

Se fosse possível prever as entradas e saídas que ocorrerão em um

determinado período, seria permitido resgatar, captar ou aplicar, cotidianamente,

recursos em montantes necessários para zerar o Disponível, com a garantia de que

não haveria recursos subutilizados3 no caixa. Essa operação denomina-se fluxo de

caixa determinístico.

Porém isso não ocorre na prática. A projeção do caixa realizado pelas

empresas no intuito de que ocorram em um determinado período, para que,

baseados nele, seja feito o planejamento financeiro, é composto por incertezas. E a

conseqüência dessas incertezas é que sempre faltaram ou sobraram recursos no

caixa, obrigando a captação desses (na falta) ou, subutilização (na sobra).

“O Fluxo de caixa projetado é o produto final da integração das contas a

receber com as contas a pagar. Seu objetivo é identificar as faltas e os excessos de

caixa, as datas em que ocorrerão, por quantos dias e em que montantes”. Sá (2009,

p.62).

2 Conceito econômico que considera a facilidade com que um ativo pode ser convertido no meio de troca da

economia, ou seja, é a facilidade com que ele pode ser convertido em dinheiro.

3 Recursos ociosos, que não foram totalmente utilizados ou gastos.

Page 16: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

16

Portanto, o fluxo de caixa projetado tem como objetivo principal a informação

quanto às entradas e saídas dos recursos financeiros da organização num

determinado período, podendo ser projetado a curto prazo, onde deve buscar

identificar os excessos de caixa ou a escassez desses e a longo prazo visando

obter, além dessas informações, outros dados importantes, tais como:

A capacidade de geração de recursos necessários para custear suas

operações, determinação do capital de giro num período, determinação do índice da

eficiência financeira da organização e o grau de dependência de recursos de

terceiros.

6.3.1 Planejamento Financeiro e a Tesouraria

A conta mais importante do ativo é o Disponível, pois o que pode quebrar

uma empresa não é seu prejuízo, mais sim a falta de caixa. É por essa razão que as

empresas dispõem de departamentos que cuidam somente dessa falta de caixa.

Uma das tarefas mais importantes para um gerente é o planejamento, é por

meio dele que se realiza uma gestão eficaz, isso se faz necessário em todas as

atividades da organização, principalmente na área financeira.

Na falta de recursos para a empresa liquidar seus compromissos, esta deverá

recorrer a outros meios, tais como, empréstimos de curto prazo, que são recursos

mais caros que a empresa dispõe para financiar seu capital de giro.

Um empréstimo tomado em grandes proporções pode causar mais

endividamento para empresa, pois é somado o principal da dívida e os juros

atribuídos, podendo causar em um determinando momento, uma situação em que

todo o caixa gerado pelas operações da empresa não seja suficiente para saldar

seu compromisso, quando isso ocorre é dito que a dívida se tornou explosiva.

Sá diz que “O objetivo do planejamento financeiro é, por um lado, garantir que

não faltarão recursos para a empresa liquidar seus compromissos e, por outro,

minimizar o montante de recursos ociosos ou subutilizados no Disponível”.

Pode-se afirmar que o planejamento financeiro é um processo formal que visa

conduzir, gerenciar e acompanhar as diretrizes de mudanças das metas

estabelecidas pela empresa e a revê-las quando necessário.

Page 17: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

17

“O planejamento do fluxo de caixa permite que se tenha uma visão

antecipada da necessidade de numerários que atendam aos pagamentos dos

compromissos que a empresa assume, considerando os prazos para cumpri-los”.

Ferreira (2003, p. 19).

Uma boa projeção do fluxo de caixa para o período estimado, uma correta

determinação do saldo mínimo de caixa e uma eficiente gestão do caixa podem agir

como estratégias para minimizar os custos do erro dessa projeção.

6.3.2 Saldo Mínimo de Caixa

Considera-se como característica de um mercado perfeito a ausência de

impostos e quaisquer custos de transações, com perfeita simetria de informações e

acesso, a qualquer momento, ao crédito, não existem razões para que se existam

taxas diferenciadas de juros. Portanto, nessas circunstâncias a rentabilidade de uma

organização não seria afetada pela forma de como seus recursos estão sendo

alocados e seu caixa seria irrelevante, sendo esse suficiente para saldar os

compromissos.

As diferentes taxas de remuneração de capital e as imperfeições do mercado

fazem com que os numerários em excessos aplicados no Disponível tornem-se

subutilizados, a partir daí é percebido à necessidade de se determinar o saldo

mínimo de caixa.

Figura 1 : Planejamento financeiro

Projeção do

Fluxo de caixa

Saldo Mínimo de

Caixa

Operações de

Tesouraria

Page 18: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

18

A figura ilustra o tripé do planejamento financeiro, quanto menor for à

incerteza em relação ao fluxo de caixa projetado, menor deverá ser o saldo mínimo

que a organização deverá manter em caixa, ou seja, quanto maior o risco, maior

deverá ser à margem de segurança com a qual deverá operar.

6.4 Capital de Giro, Fluxo de Caixa Estrutural e Conjuntural

Denomina-se capital de giro os recursos que são destinados exclusivamente

as atividades operacionais da empresa, sua boa administração resultará numa

melhor liquidez, possibilitando o retorno de investimento de capital.

Para Ross S. A.; Westerfield R. W.; Jaffe J. F. (1995, p.46) “capital de giro

líquido e igual a ativos circulantes menos passivos circulantes. É positivo quando os

ativos circulantes são maiores do que os passivos circulantes”. As contas do ativo

são representadas no balanço patrimonial como os recursos aplicados em bens e

direitos, em contrapartida as contas de passivo representam as fontes desses

recursos que são fornecidos por capital terceiros e de acionistas.

Capital de giro ou capital circulante é, portanto, todo recurso aplicado em

ativos circulantes, que se transformam constantemente no ciclo operacional.

Como relata Hoji (2004): “O estudo do capital de giro é fundamental para a

administração financeira, porque a empresa precisa recuperar todos os custos e

despesas (inclusive financeira) incorridas durante o ciclo operacional e obter o lucro

desejado, por meio de venda de produtos ou prestação de serviço”.

Ao retirarmos do fluxo de caixa realizado da organização todas as entradas e

saídas que não sejam diretamente ligadas com a sua atividade principal, obtemos o

fluxo de caixa estrutural.

Conforme afirma Sá “O fluxo de caixa do negócio é chamado de fluxo de

caixa estrutural”.

A atividade principal de empresa visa atender as necessidades de seus

clientes, portanto, essa atividade é o negócio da empresa, no entanto podem existir

outras atividades que não fazem parte do negócio, mas que integram a realidade da

empresa. Ganhos financeiros advindos de aplicações e investimentos são exemplos

de numerários que não fazem parte da atividade principal da empresa.

Page 19: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

19

O fluxo dessas atividades que não fazem parte do negócio principal da

empresa, mas que, de alguma forma integram o caixa, são chamadas de fluxo de

caixa conjuntural.

6.4.1 Geração de Caixa

A princípio pode afigura-se que o fluxo de caixa estrutural significa que seja o

caixa realizado do negócio, seria caso a empresa estivesse com todos os seus

compromissos em dia. Para efeito do fluxo de caixa, o endividamento de um

pagamento tem efeito exatamente igual à de um empréstimo.

Nesse momento ficaria inviável a determinação da capacidade de geração de

caixa do negócio. Para tal, esse ajuste poderá ser feito “desalavancando” o fluxo de

caixa, ou melhor, considera-se, que todos os pagamentos tenham sido pagos,

mesmo não sendo.

Para que seja realizado esse processo é preciso considerar que todas as

contas não serão pagas, no determinado período que for apurado, havendo

somente entradas no caixa. Como não há saídas, o caixa se apresentará

continuamente crescente, dando impressão de que a empresa é grande geradora

de caixa, determinando assim a geração de caixa do negócio.

“Para avaliar a capacidade de geração de caixa do negócio, temos que

ajustar o fluxo de caixa expurgando os valores que deviam ter sido pagos e que não

foram. Chamamos a este processo de ajuste de desalavancagem do fluxo de caixa”.

Sá (2009, p.112).

6.5 Plano de contas de tesouraria

O plano de contas é um conjunto de contas estruturadas que possibilita a

identificação dos registros dos elementos do patrimônio da empresa, separando os

bens e direitos das obrigações. Para que se possa desenvolvê-lo é muito importante

que se tenha um bom conhecimento da empresa em toda sua extensão,

identificando suas metas e operações a serem desenvolvidas.

Page 20: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

20

“O plano de contas de tesouraria é uma forma de decompor as entradas e

saídas em contas e subcontas para que possa compreender melhor por que o saldo

de caixa está aumentando ou diminuindo”. Sá (2009, p.29).

6.5.1 Demonstrações do Fluxo de caixa

A Demonstração de Fluxo de caixa é uma das ferramentas contábeis, e

apesar das semelhanças é diferente do fluxo de caixa tratado nesse trabalho, sua

importância é relativamente compreensível, pois não é necessário um conhecimento

contábil aprofundado por ser acessível e oferecer bastante clareza, segurança e a

possibilidade de utilizá-la para tomar decisão. A Lei n° 11.638/07, determina que, a

partir do exercício de 2008, o relatório do fluxo de caixa passe a ser um documento

de apresentação obrigatória, em substituição Das Demonstrações das Origens e

Alicações de Recursos, pelas sociedades anônimas, inclusive pelas sociedades de

grande porte, Porém essa Lei foi retificada e ratificada pela Lei n° 11.941/09.

Segundo Ferreira (2003 p.13), a demonstração do Fluxo de caixa visa

evidenciar o confronto entre as entradas e as saídas disponibilizando uma visão das

atividades desenvolvidas dentro das disponibilidades e que representam o grau de

liquidez da empresa. Dessa forma o objetivo básico do fluxo de caixa é permitir o

planejamento dos desembolsos de acordo com as possibilidades de caixa, evitando-

se ao acumulo de compromissos volumosos em período de pouco caixa.

6.5.2 Fluxo de caixa pelo Método Direto

A demonstração do fluxo de caixa quando elaborada pelo método direto exibe

dentro do grupo das atividades operacionais, primeiramente o valor que se refere às

entradas (receita de vendas de mercadorias/serviços), para que, em seguida, sejam

subtraídas às saídas (os valores referentes a pagamentos à fornecedores, salários e

encargos sociais dos empregados, bem como os impostos e taxas e outras saídas

financeiras e patrimoniais) e por fim o saldo final do período.

Page 21: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

21

Saldo Inicial 130.000

mais

Entradas 1.750.000

Recebidos de clientes 1.500.000

Entradas financeiras 250.000

mais

Saídas (1.870.000)

Saídas administrativas (70.000)

Saídas comerciais (350.000)

Folha, encargos e benefícios (175.000)

Serviços de terceiros (50.000)

Impostos e Taxas (125.000)

Saídas financeiras (850.000)

Saídas patrimoniais (250.000)

igual a

Saldo Final 10.000

Figura 2 : Fluxo de caixa pelo método direto

Fonte: Sá (2009)

As expressões saldo inicial e saldo final se referem aos saldos do Disponível

no início e no final do período a ser analisado.

“O método do fluxo de caixa direto demonstra os recebimentos e pagamentos

derivados das atividades operacionais da empresa em vez de lucro líquido ajustado.

Mostra efetivamente as movimentações dos recursos ocorridas no período”. Ferreira

(2003, p. 21).

Page 22: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

22

6.5.3 Fluxo de caixa pelo Método Indireto

A demonstração do Fluxo de caixa elaborada pelo método indireto apresenta

no grupo da geração interna de caixa, primeiro, o lucro líquido advindo da

Demonstração do Resultado do Exercício, ajustado pelo somatório das despesas

que não geram saída de caixa subtraída das que não geram entradas de caixa.

Logo, são subtraídas da geração operacional de caixa, que é gerado pelas

variações dos saldos das contas do Ativo Cíclico4 e do Passivo Cíclico5.

“A Geração Operacional de Caixa nada mais é do que a variação da

necessidade de capital de giro”. Sá (2009, p.138).

E por fim somam se à geração não operacional de caixa, ou seja, as

variações dos saldos das contas do Ativo e do Passivo não Cíclico e do Passivo

Errático6, para que se tenha o saldo final do período.

Conforme afirma Ferreira:

O método do fluxo de caixa indireto é aquele no qual os recursos provenientes das atividades operacionais são demonstrados a partir do lucro do exercício, ajustado pelos itens considerados nas contas de resultados que não afetam o caixa da empresa. Ferreira (2003, p. 21).

4 Duplicatas a receber, provisão para devedores duvidosos, estoques, adiantamento a fornecedores,

adiantamento a empregados, impostos indiretos a compensar (IPI/ICMS), despesas operacionais antecipadas,

etc.

5 Fornecedores, impostos indiretos (PIS/COFINS, ICMS, IPI), adiantamento de clientes, provisões trabalhistas,

salários e encargos, participações de empregados, despesas operacionais, etc.

6 Duplicatas descontadas, adiantamento de câmbio, empréstimos e financiamentos a curto prazo, dívidas para

com partes relacionadas a outras contas de passivo financeiro.

Page 23: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

23

Figura 3 : Fluxo de caixa pelo método indireto

Fonte: Sá (2009)

“Por basear-se em dados contidos nas demonstrações contábeis, o fluxo de

caixa obtido pelo método indireto é também conhecido como fluxo de caixa contábil”

Sá (2009, p.143).

Verifica-se que a demonstração do Fluxo de caixa pelo método direto é o

modelo que atualmente se difere das formas atuais de evidenciação das origens e

aplicações de recursos, enquanto que pelo método indireto evidencia os ajustes ao

lucro líquido provenientes da Demonstração de Resultados do Exercício das

empresas. Gazzoni (2003, p. 49).

Saldo Inicial 5.000

mais

Geração Interna de Caixa 23.500

Lucro líquido 17.000

Depreciação 5.000

Provisão de férias e 13° 1.500

Juros provisionados s/empréstimos 2.000

Lucro de equivalência patrimonial (2.000)

mais

Geração Operacional de Caixa (17.500)

Contas a receber (10.000)

Estoques (20.000)

Fornecedores 10.000

Salários, encargos e benefícios 500

Outros Exigíveis 2.000

mais

Geração não Operacional de Caixa 3.000

Imobilizado (30.000)

Empréstimos bancários 3.000

Financiamentos 20.000

Capital Social 10.000

igual a

Saldo Final 14.000

Page 24: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

24

6.6 Fatores que Elevam a Taxa de Mortalidade de Micro e Pequenas Empresas.

O fechamento das atividades das micro e pequenas empresas tem sido uma

grande preocupação, visto que são responsáveis por uma boa parcela na geração

de postos de trabalho. Segundo pesquisa realizada pelo SEBRAE (2004) a taxa de

mortalidade destas empresas é em média de 60% já nos primeiros quatro anos de

existência.

Entre os fatores condicionantes para esse panorama, são apontados pelos

microempresários, na pesquisa, a falta de capital de giro e os problemas financeiros.

Em conformidade, a pesquisa realizada pela Vox Populi, (2007), a nível

nacional, indica os índices das dificuldades no gerenciamento da empresa,

destacando-se, com as falhas gerenciais, a falta de capital de giro que representa

39 % (Trinta e Nove Porcento) e os problemas financeiros com 15 % (Quinze

Porcento). No que se referem ao fechamento propriamente dito da empresa, as

razões estão intrinsecamente ligadas às falhas gerenciais que representam 86 %

(Oitenta e Seis Porcento), dentre as quais vale ressaltar à falta de capital de giro

com 43% (Quarenta e Três Porcento), falta de conhecimentos gerenciais com 29 %

(Vinte e Nove Porcento) e os Problemas Financeiros com 21 % (Vinte e um

Porcento).

Os métodos de fluxo de caixa auxiliam a gestão financeira e pode ser

utilizado em todas as empresas, especialmente as micro e pequenas empresas que

segundo os dados do SEBRAE (2004) e Vox Populi (2007) apresentam

invariavelmente dificuldades, principalmente na aérea financeira.

6.6.1 Sistema de informações nas MPEs

Os gerentes precisam de informações que possibilitem boas tomadas de

decisões, um sistema adequado de informações tem o intuito de facilitar o trabalho

de todos os envolvidos, a aprendizagem progressiva, minimização de conflitos,

Page 25: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

25

informações do micro e macro ambiente organizacional, são dados que reduzem as

incertezas na tomada de decisões.

Segundo Mello, dentre os dez principais erros cometidos pelas pequenas e

médias empresas está à tomada de decisões sem informações precisas, a dizer as

informações financeiras. “É necessário que se tenha um controle detalhado de todas

as receitas, despesas fixas e variáveis e investimentos”.

A transmissão de informações significantes, em tempo real e integrados,

permite que o sistema seja válido, pois informações distorcidas podem levar a

decisões equivocadas e trazer grandes prejuízos às organizações.

Cassarro apud Gazzoni (1999) afirma que “as informações compõem um dos

maiores e mais valiosos ativos da empresa”.

6.7 O Fluxo de caixa para as Micro e Pequenas Empresas

Ferreira (2003 p.19), diz que “o planejamento do fluxo de caixa é de grande

importância para a eficiência econômico-financeira e gerencial, quer seja ela para

empresas de pequeno, médio ou grande porte, por proporcionar uma visão

antecipada da necessidade de numerários para atender aos pagamentos dos

compromissos, considerando os prazos para cumpri-los”.

O número é crescente de empreendedores que depois da criação de suas

empresas passam a desempenhar a gestão do negócio, e que muitas vezes,

possuem um conhecimento técnico, mas não uma experiência que permita exercer

esse papel, causando assim o esquecimento da visão e dos objetivos da empresa,

isso ocorre por que passam a dedicar seu tempo à solução de problemas rotineiros.

Gazzoni (2003 p. 62).

Um administrador deve acompanhar o desempenho do planejamento

financeiro, informando aos interessados o que já foi realizado e o quanto falta para

realizar. O controle diário reduz a margem de erro e permite tomar medidas

corretivas antes de eventuais falhas.

Page 26: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

26

Segundo Frezzatti apud Albino (1997), o caixa de uma empresa gera lucro à

medida que sua disponibilidade para aplicação permite o recebimento de juros. Da

mesma forma, a ausência de caixa impacta o resultado à medida que se pagam os

encargos cobrados pelos recursos de terceiros, tornando o resultado menor.

O fluxo de caixa proporciona que a empresa visualize a sua real situação

econômica, ficando informada sobre suas obrigações e possibilitada de avaliar os

seus investimentos a curto e longo prazo.

Portanto, o fluxo de caixa é essencial para as micro e pequenas empresas,

pois serve de instrumento sendo uma ferramenta estratégica e de apoio ao

planejamento financeiro.

Page 27: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

27

7 METODOLOGIA ADOTADA

7.1 Tipo de pesquisa

O método empregado na presente pesquisa é de natureza exploratória, com

abordagem qualitativa e quantitativa dos dados. O estudo de caso foi realizado em

micro e pequenas empresas situadas em Angra dos Reis, município do Estado do

Rio de Janeiro.

Para Vergara (2000), a pesquisa exploratória é realizada em área na qual há

pouco conhecimento acumulado sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não

comporta hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa

O subtipo da pesquisa foi bibliográfica e documental para a elaboração dos

conceitos básicos. Estas teorias foram citadas com base em materiais publicados

em revistas, livros, páginas da internet e artigos.

Foi necessária uma pesquisa de campo, onde o diagnóstico foi produzido a

partir de questionários entregues aos gerentes, diretores ou responsáveis pelas

micro e pequenas empresas em Angra dos Reis.

7.2 Escolha do método e técnica de pesquisa

A pesquisa foi de natureza qualitativa e quantitativa, com as mesmas

questões, respondidas no período de 05 de outubro a 05 de novembro de 2010,

estabelecendo padrões de comportamento verificados através de fatos observáveis,

além do desenvolvimento e aperfeiçoamento de novas idéias para o problema em

questão.

Page 28: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

28

7.3 Universo e Amostra

O universo da pesquisa foi em instituições classificadas como micro e

pequenas empresas. Foi realizada entrevista em forma de questionários, de acordo

com a legislação tributária brasileira, para colher dados referentes à utilização do

fluxo de caixa como ferramenta gerencial, assim como outras ferramentas contábeis

utilizadas para tomadas de decisões.

A amostra foi de 26 empresas, a dizer micro e pequenas empresas.

7.4 Limitações do estudo

Foram entregues, pessoalmente, 60 questionários aos responsáveis das

micro e pequenas empresas dos diversos ramos de atividades, destes, somente 26

questionários foram respondidos, representando um percentual de 43,3 % do total.

Com base nos questionários não respondidos, acredita-se que os

responsáveis pelo seu recebimento não se interessaram pelo objetivo desta

pesquisa, acharam-se inseguros ou desconhecem o tema escolhido. Portanto, o

estudo limitou-se as respostas de apenas 26 micro e pequenas empresas.

Page 29: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

29

8 ESQUISA DE CAMPO DIAGNÓSTICO

8.1 Análise dos Resultados

A presente pesquisa tem por objetivo traçar o perfil da gestão dos micros

empreendimentos em relação à utilização da ferramenta financeira denominada

fluxo de caixa das empresas situadas na cidade de Angra dos Reis.

Foram distribuídos 60 questionários para empresas consideradas micro

empresas, empresas de pequeno porte e médio porte. Apenas 43,3% das empresas

entrevistadas responderam o questionário e devolveram, ou seja, das 60 empresas

que se dispuseram a responder o questionário apenas 26 realmente responderam e

o entregaram. Esse fato demonstra um auto grau de insegurança dos

empreendedores em relação às finanças de suas empresas e também falta de

conhecimento em relação ao objetivo principal desta pesquisa, a análise da

utilização do fluxo de caixa.

O questionário utilizado na pesquisa foi dividido em duas partes: 1ª- Perfil do

entrevistado e da empresa e 2ª- Fluxo de caixa e o processo decisório; contendo 22

questões, sendo as 8 questões da 2ª parte contingenciais ao conhecimento do fluxo

de caixa.

8.1.1 Identificação do Entrevistado

A pesquisa demonstrou que 50 % das empresas são gerenciadas por

homens e a outra metade por mulheres, com média de idade de 38 anos e média de

tempo de trabalho de 7,5 anos. Em relação à formação ou escolaridade, 73% dos

gestores estão cursando ou concluíram o ensino superior, os homens demonstraram

maior preocupação com o conhecimento, pois dentre eles 85% estão cursando ou

concluíram o ensino superior, já em relação às mulheres esse número corresponde

a 62%.

Page 30: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

30

Entre os participantes, 18 deles, ou 69,2 % dizem fazer cursos de

capacitação ou treinamentos periodicamente pela empresa e 8 pessoas

responderam que não fazem nenhum tipo de curso.

TABELA 1 : Grau De Escolaridade Homem X Mulheres

8.1.2 Identificação da Empresa

Os ramos de atividade das empresas entrevistadas foram escolhidos ao

acaso e de acordo com a disponibilidade das mesmas em participar da presente

pesquisa. O ramo de maior destaque é sem dúvida o comércio, que corresponde a

54% dos empreendimentos participantes da pesquisa. Isso demonstrando maior

interesse dos comerciantes em relação ao controle do fluxo de caixa da empresa.

Um dado importante é que das 14 empresas do ramo de comércio, 64% são

gerenciadas por mulheres.

RAMO DE ATIVIDADE N° % COMÉRCIO 14 53,8% CONTABILIDADE 2 7,6% CONTRUÇÃO CIVIL 1 3,8% ENGENHARIA 1 3,8%

HOMEM: GRAU DE

ESCOLARIDADE

13 % MULHER: GRAU DE

ESCOLARIDADE

13 %

ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO FUNDAMENTAL 1 7,6% CURSANDO CURSANDO COMPLETO COMPLETO 1

ENSINO MÉDIO 1 7,6% ENSINO MÉDIO 3 23,% CURSANDO CURSANDO COMPLETO 1 COMPLETO 3

ENSINO SUPERIOR 11 84,6% ENSINO SUPERIOR 8 61,5% CURSANDO 5 CURSANDO 6 COMPLETO 6 COMPLETO 2

PÓS GRADUAÇÃO 1 7,6% PÓS GRADUAÇÃO 1 7,6% CURSANDO CURSANDO COMPLETO 1 COMPLETO 1

TOTAL 100% TOTAL 100%

Page 31: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

31

HOTELARIA 1 3,8% IMOBILIÁRIO 1 3,8% LOCAÇÃO 2 7,6% SAÚDE 2 7,6% SAÚDE 2 7,6%

TABELA 2 : Ramos De Atividades

O tempo de atividades médio em geral foi de 11 anos, o que demonstra uma

estabilidade no mercado e também falta de planejamento ou de inovações nos

empreendimentos, pois de acordo com a pesquisa realizada pelo SEBRAE (2004)

as micros e pequenas empresas fecham suas portas com em média 5 anos de

atividades, por tanto 11 anos é tempo suficiente para que haja um amadurecimento

da empresa em relação, tanto ao planejamento financeiro quanto referente às

instalações, tendo em vista essa estabilidade de mercado.

Em relação ao tipo de empresa foram entrevistadas: 18 micro

empresas, que corresponde a 69% do total; 3 empresas de pequeno porte,

correspondendo a 12%; e 5 empresas de médio porte, que equivale a 19% do todo.

Essas empresas têm em média 14 funcionários.

Uma informação relevante obtida e que as mulheres estão a frente da maioria

dos micro empreendimentos respondendo a 61% dos micro empreendimentos

entrevistados e os homens a frente das empresas de pequeno porte e das

empresas de médio porte.

HOMEM % HOME

M

% GERAL

MULHER % MULHERES

% GERAL

% TOTAL

M.E. 7 53,8% 26,9% M.E. 11 84,6% 42,3% 69,2%

E.P.P. 2 15,3% 7,6% E.P.P. 1 7,6% 3,8% 11,5%

MÉDIA 4 30,7% 15,3% MÉDIA 1 7,6% 3,8% 19,2%

TOTAL 13 100% 50% TOTAL 13 100% 50% 100%

TABELA 3 : Tipos De Empresas

Page 32: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

32

8.2 Fluxo de caixa e Processo Decisório

8.2.1 Função que ocupa na empresa os responsáveis pelas respostas dos questionários

Foram identificadas e avaliadas as funções ocupadas pelos responsáveis das

micro e pequenas empresas. Assim a tabela X, procura descrever as funções das

pessoas que responderam os questionários:

FUNÇÕES % Quant.

Sócio 54% 14

Gerente 26% 7

Administrador 4% 1

Vendedor 4% 1

Balconista 4% 1

Auxiliar Administrativo 4% 1

Outras Funções 4% 1

TABELA 4 : Funções na Empresa

Apesar dos cargos de vendedor, balconista e auxiliar administrativo, essas

pessoas participam direta e indiretamente das decisões da empresa.

Conforme a tabela das funções demonstra 54 % das micro e pequenas

empresas geridas pelos seus sócios, ou seja, a pessoa responsável pelas decisões

financeira é, na maioria, o próprio empresário.

Page 33: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

33

8.2.2 Conhecimento do fluxo de caixa

Verificou-se, através das respostas dos questionários, que de 26 micro e

pequenas empresas pesquisadas 20, ou 76,9 %, declararam conhecer o Fluxo de

caixa e apenas 6, ou 23,1 %, não o conhecem.

Um fato interessante é que dentre os que conhecem o fluxo de caixa 60 %

possui curso superior completo, com faixa etária de 31 a 54 anos de idade, e que,

esse mesmo grupo, gerencia as micro e pequenas empresas que apresentam um

tempo de atividades entre 2 a 6 anos, sendo, também, sócios das mesmas a uma

margem de 80 %. Em pesquisa realizada pela VOX POPULI (2005, p.47) sobre o

perfil dos empresários de MPE’s, esses apresentam faixa etária de 30 a 50 anos de

idade, ou mais, representando um percentual de 82 % do total.

Já os que não possuem curso superior ou ainda não o concluiu, administram as

micro e pequenas empresas que apresentam um tempo de atividade entre 8 a 33

anos no mercado e representam 75 % das empresas pesquisadas.

Em contrapartida, dos responsáveis pelas respostas, que informaram não

conhecer o fluxo de caixa, nenhum possuem curso superior completo, ficando o

percentual divido em igual valor entre os que não possuem curso superior (50 %) e

os que ainda não o completou (50%). Conforme pesquisa do SEBRAE (2004, p. 16),

46 % dos empresários das MPE’s ativas possuem “colegial completo até superior

incompleto”.

8.2.3 Importância das informações apresentadas no fluxo de caixa

Todas as 20 pessoas que declararam conhecer o Fluxo de caixa concordam

que as informações apresentadas são importantes, 10 % não justificou sua

importância e quanto à justificativa, apenas 60 %, ou seja, 12 pessoas deram uma

justificativa plausível ao conceito do Fluxo de caixa, o que valem destacar:

Page 34: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

34

• Permite demonstrar a situação financeira da organização num

determinado período de tempo;

• Fundamental para que se tenha uma visão global da empresa, através

das entradas e saídas de caixa;

• Melhor controle da organização, para melhor tomada de decisão

quanto à área financeira.

Desse grupo 58 % das micro e pequenas empresas são Prestadoras de

Serviços e 33 % pertencem ao Comércio.

Já os 30 %, restantes, ou 6 pessoas, justificaram a importância das

informações do Fluxo de caixa, destacando como:

• Avaliação do Lucro e Prejuízo;

• Para futuros investimentos.

O Fluxo de caixa permite, aos responsáveis pela parte financeira, a realização

de projeções do caixa para pagamentos e recebimentos, sempre em um

determinado período de tempo, portanto as justificativas referentes aos 30 %

restantes não condizem com os objetivos do Fluxo de caixa, pois são conceitos

aplicados a outras demonstrações financeiras, tais como, a Demonstração do

Resultado do Exercício, que segundo RIBEIRO (2006, p. 338) afirma que “A partir

dessa demonstração, pode-se verificar o resultado que a empresa obteve (lucro ou

prejuízo) no desenvolvimento de suas atividades durante um determinado período.”

e Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, que RIBEIRO (2002, p.339)

também declara que “ evidencia o lucro apurado no exercício e sua destinação e os

eventos que modificaram o saldo da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, como

ajustes e reversões de reservas.”

Page 35: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

35

8.2.4 Decisões baseadas nas informações do fluxo de caixa

Quando indagadas, através da pesquisa, sobre as decisões que tomam

baseadas nas informações prestadas pelo Fluxo de caixa 3 pessoas, ou seja, 15 %,

disseram não tomar nenhum tipo de decisão, porém 60 %, ou 12 pessoas,

informaram que utilizam as informações para:

• Comprar produtos, gastos e investimentos;

• Projetar pagamentos e recebimentos;

• Avaliar necessidade de créditos e financiamentos;

• Remanejamento de despesas.

Desse grupo 58 % das micro e pequenas empresas são Prestadoras de

Serviços e 42 % pertencem ao Comércio.

Quanto aos 5 responsáveis, ou 25 % restantes, afirmam que utilizam as

informações do Fluxo de caixa para:

• Ter acesso as mercadorias mais vendidas;

• Controle de estoque;

• Verificar a margem de lucro;

Percebeu-se que essas últimas afirmações não retratam decisões baseadas

num controle eficiente do fluxo de caixa, porém existe uma relação com controles

financeiros de vendas informatizados.

8.2.5 Periodicidade do fluxo de caixa

Quanto à periodicidade do Fluxo de caixa apenas 30 % declararam que é

realizado diariamente.

Page 36: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

36

TABELA 5 : Periodicidade do fluxo de caixa

O ideal é que o fluxo de caixa seja controlado diariamente, pois, através da

integração das contas a pagar e a receber é que se pode identificar, em tempo real,

se existem excessos ou faltas de caixa e as datas em que ocorrerão, além de

diminuir as margens de erros de lançamentos no caixa.

Sá (2009 p. 46) aconselha “Não deixe de lançar diariamente as entradas e as

saídas do dia, pois se o acúmulo dos movimentos de vários dias for lançado

posteriormente, de uma só vez, poderá aumentar as chances de erros desses

lançamentos”.

8.2.6 Dificuldades para elaboração do fluxo de caixa

Quanto às dificuldades para elaboração do Fluxo de caixa 70 % dos

respondentes julgam não possuírem, entre as explicações, alguns informam que os

sistemas são totalmente informatizados, ou que, recebem algum tipo de auxilio de

pessoas capacitadas. Esse grupo é representado pelos 83 % dos Sócios das Micro

e Pequenas Empresas e possuem menos de 7 funcionários.

Dos 30 % que dizem possuir dificuldades para elaboração do Fluxo de caixa,

67 % são funcionários das MPE’s, relatando que as dificuldades estão relacionadas

a falta de pessoas capacitadas, falta de tempo para elaboração e que não possuem

controle dos gastos, sendo esse grupo responsável por 67 % das empresas que

possuem mais de 8 funcionários.

Periodicidade % Quant.

Diário 30% 6

Semanal 5% 1

Quinzenal 10% 2

Mensal 45% 9

Trimestral 5% 1

Não Informado 5% 1

Page 37: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

37

9 CONSIDERAÇOES FINAIS

Através da pesquisa realizada nas MPE’s, dos 26 questionários respondidos sobre a importância do Fluxo de caixa como ferramenta gerencial para as Micro e Pequenas Empresas, somente 6, ou 23 %, das MPE’s declaram não conhecer essa demonstração financeira, quanto a capacitação, esses mesmos respondentes não possuem curso superior. Nesse grupo 50 %, ou 3 pessoas, são funcionários, trabalham em MPE’s com até 6 anos de atividade e possuem faixa etária de 20 a 30 anos de idade.

Quando indagados sobre algum outro tipo de suporte contábil, 77 % declaram não utilizar outro tipo e que não possui métodos para tomada de decisões, e os 33 % restantes utilizam o auxílio do contador como suporte contábil e possuem métodos empíricos para tomadas de decisões.

Ainda dentro da pesquisa, dos 26 questionários respondidos, dos 20 respondentes que julgam conhecer o fluxo de caixa, 10 % não justificaram sua importância, 15 % não utilizam suas informações para tomada de decisões, e apenas 60 %, ou 12 responsáveis pelas MPE’s, apresentaram justificativas plausíveis para sua importância e tomada de decisões.

Assim a pesquisa demonstrou que apesar da afirmação dos 20 respondentes sobre o conhecimento do Fluxo de caixa e da sua importância nem todos o utiliza como ferramenta gerencial para tomada de decisões por não terem o total entendimento de seu conceito, de como é elaborado e utilizado.

Page 38: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

38

10 CONCLUSÃO

O fluxo de caixa é uma ferramenta contábil que auxilia em tomadas de

decisões financeiras, devido a sua forma de apresentação e manuseio prático, que

visa demonstrar as operações cotidianas realizadas pela empresa e o planejamento

eficaz dos recursos disponíveis, permitindo uma boa projeção desses recursos para

melhor aplicá-los em oportunidades de negócio.

Percebemos, através das literaturas estudadas, que qualquer empresa pode

adotar, em suas finanças, o fluxo de caixa como instrumento estratégico, devido a

sua capacidade de organização de dados, referentes a pagamentos e recebimentos

de caixa, proporcionando maior segurança e equilibro desse.

Por fim, consideramos que as empresas que utilizam o fluxo de caixa, de

forma eficaz, possuem maior facilidade no gerenciamento dos recursos e na tomada

de decisões precisas, pois sua utilização implica num controle fiel das atividades

operacionais e não-operacionais realizadas pelas mesmas.

Referente aos resultados da pesquisa, das micro e pequenas empresas que

responderam os questionários, apenas 30% possuem características que utilizam o

fluxo de caixa para o gerenciamento e controle diário eficaz dos recursos das

empresas em que são responsáveis diretamente ou indiretamente.

Outro aspecto a considerar na pesquisa é que as dificuldades para

elaboração, manuseio e controle do fluxo de caixa estão intrinsecamente ligadas à

falta de interesse dos responsáveis em não querer saber melhor sobre essa

ferramenta, pois apesar desse instrumento ser incentivado por vários autores, não

há ainda uma maior propagação, por parte, dos empresários, administradores e

responsáveis financeiro, de seus benefícios como instrumento que possibilita

melhores tomadas de decisões na empresa.

Page 39: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALBINO, Marcelo Rodrigues. O uso do fluxo de caixa como ferramenta estratégica nas micro e pequenas empresas. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Área de Concentração Controle de Gestão. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2003. Disponível em: <http://www.tede.ufsc.br/teses/PEPS3873.pdf>. Acesso em 13 mai. 2010. CAVALCANTE, José Carlos. Saiba Mais- Fluxo de caixa. Desenvolvimento: U.O. Orientação Empresarial do Sebrae. São Paulo. Disponível em: <

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GAZZONI, Elizabeth Inez. Fluxo de caixa - Ferramenta de controle financeiro para pequenas empresas. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2003. Disponível em: <http://www.tede.ufsc.br/teses/PEPS3578.pdf>. Acesso em 15 de mai. 2010. HOJI, Masakazu. Administração financeira: uma abordagem prática: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento e controle financeiro. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2004. LACERDA, Joabe Barbosa. A contabilidade como ferramenta gerencial na gestão financeira das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs): Necessidade e Aplicabilidade. Faculdade de Ciências Contábeis de Caratinga/MG, 2003. Disponível em:<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/4D0B9C74BD56C03803257053005D83A8 /$File/NT000AA6DE.pdf>. Acesso em 17 de out. de 2010.

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40

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POPULI, Vox. Fatores condicionantes e taxa de mortalidade das MPE – Rio de Janeiro – 2005. PP141/06 – licitação 08/06. Ago. 2007. Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/2457DC18F53FFD6C8325735600626386/$File/NT000360D6.pdf> Acesso em 16 de out. de 2010.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Geral Fácil. 4 ed. 2002, 5 tir. São Paulo: Saraiva, 2006. ROSS S. A.; WESTERFIELD R. W.; JAFFE J. F. Administração Financeira: corporate finance. Tradução Antonio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1995.

ROSS S. A.; WESTERFIELD R. W.; JORDAN B. D. Princípios da Administração Financeira: essentials of corporate finance. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2000. SÁ, Carlos Alexandre. Fluxo de caixa – A visão da Tesouraria e da Controladoria. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. SEBRAE. Fatores condicionantes e taxa de mortalidade de empresas no Brasil. Brasília. Agosto de 2004. Disponível em: < http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bte/bte.nsf/9A2916A2D7D88C4D03256EEE00489AB1/$File/NT0008E4CA.pdf>. Acesso em 16 de out. de 2010. SILVA, Amado Francisco da. Fluxo de caixa. Revista da Faculdade de Economia e Ciências Contábeis. Universidade Metodista de São Paulo. Modificação Marco Carvalho. 05 de fev. 2007. Disponível em: <http://www.metodista.br/ppc/revista-ecco/revista-ecco-01/apresentacao/fluxo-de-caixa/>. Acesso em 16 de mai. 2010. SILVA, Sineide Gomes da. Manual de Normas para Produção de Trabalhos Acadêmicos na Graduação e Pós-Graduação. UNIABEU Centro Universitário. Belford Roxo: UNIABEU, 2005.

Page 41: A Import an CIA Do Fluxo de Caixa Como Fer.gerencial Para as MPES

41

ANEXO I

UNIABEU CENTRO UNIVERSITÁRIO

PESQUISA SOBRE A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA GERENCIAL PARA AS MICROS E PEQUENAS

EMPRESAS DE ANGRA DOS REIS

ROTEIRO DE ENTREVISTA

PARTE I – PERFIL DO ENTREVISTADO E DA EMPRESA

1. Identificação do Entrevistado:

1.1 - Nome : ______________________________________________________

1.2 - Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

1.3 - Escolaridade/ Área de Formação : ________________________________

1.4 - Tempo de trabalho na empresa: ________________________________

1.5 – Sócio ou Funcionário: ________________________________

1.6 - Função que ocupa na empresa: _______________________________

1.7 - Faixa de idade do entrevistado: _______________________________

1.8 - Participação de cursos/treinamentos : ______________________________

2 – Identificação da Empresa:

2.1 – Nome da Empresa : ____________________________________

2.1 - Ramo de Atividade: ____________________________________

2.2 - Tempo na Atividade: ____________________________________

2.3 - Tipo de Empresa: ( ) M.E . ( ) E. P. P. ( ) Outra : ____________

2.4 - Número de empregados: ___________________________________

2.5 - Principais produtos ou serviços: __________________________________

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ANEXO II

PARTE II – FLUXO DE CAIXA E PROCESSO DECISÓRIO

1 – Você conhece o fluxo de caixa ?

Sim ( ) Não ( )

• Se sim...

2 - Você considera importante as informações apresentadas no fluxo de caixa ? Justificar.

3 – Você toma decisões baseadas nas informações ? Exemplifique.

4 – Qual a periodicidade da elaboração do fluxo de caixa ?

5 – Existem dificuldades na elaboração do fluxo de caixa ? Quais ?

• Se não...

6 – Você utiliza alguma outro suporte contábil para o controle financeiro de sua empresa?

7 - Você recebe alguma informação de sua contabilidade ( interna/externa) para elaboração do fluxo de caixa ? quais ?

8 – Atualmente qual o método que você utiliza para tomada de decisões que envolvam assuntos financeiros dentro da sua empresa ?