a identificação de uma bactéria patogênica ou potencialmente patogênica não necessariamente...

3
A identificação de uma bactéria patogênica ou potencialmente patogênica não necessariamente indica seu envolvimento na infecção, pois estes microrganismos podem também ser detectados em portadores como é o exemplo do Haemophilus influenzae. Desse modo, o conhecimento da flora normal do trato respiratório superior é essencial para a interpretação dos resultados da cultura. As infecções do trato respiratório superior são as enfermidades que mais comumente afetam os seres humanos. 1 Variam de processos benignos comuns (p. ex., nasofaringite) a processos potencialmente letais incomuns (p. ex., epiglotite). Faringite Conhecida vulgarmente como dor de garganta, é uma infecção da faringe, a zona que se situa entre a laringe e as amígdalas, provocada pela ação nefasta de algum vírus, bactérias e, mais raramente, fungos. Muitas vezes, é o primeiro sinal ou consequência de uma constipação ou gripe. A zona afetada pode envolver o terço posterior da língua, o palato mole (céu da boca) e as amígdalas. A faringite pode dividir-se em três tipos: 1. Faringite viral: Provocada por vírus, entre os mais comuns estão o influenza, oparainfluenza, o adenovírus, o rinovírus, o herpes simplex oral e o coronavírus. 2. Faringite bacteriana: De origem infeciosa, o agente patológico mais frequente é a bactéria estreptococos beta-hemolítico, causadora da faringite estreptocócica. Outras bactérias podem igualmente agredir a faringe como os pneumococos, mycoplasma pneumoniae, staphylococcus aureus ou, entre outros, o haemophilus influenzae. 3. Fúngica: Muito mais rara, é causada por fungos microscópicos, como o candida albicans, que afeta a faringe em caso de imunidade reduzida. https://advancecare.pt/glossary/faringite/ A orofaringe contém uma microbiota mista com grande densidade de bactérias aeróbias, anaeróbias facultativas e anaeróbias estritas, incluindo Streptococcus alfa hemolíticos

Upload: patricia-kellen

Post on 07-Nov-2015

213 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

A Identificação de Uma Bactéria Patogênica Ou Potencialmente Patogênica Não Necessariamente Indica Seu Envolvimento Na Infecção

TRANSCRIPT

A identificao de uma bactria patognica ou potencialmente patognica no necessariamente indica seu envolvimento na infeco, pois estes microrganismos podem tambm ser detectados em portadores como o exemplo do Haemophilus influenzae. Desse modo, o conhecimento da flora normal do trato respiratrio superior essencial para a interpretao dos resultados da cultura.As infeces do trato respiratrio superior so as enfermidades que mais comumente afetam os seres humanos.1Variam de processos benignos comuns (p. ex., nasofaringite) a processos potencialmente letais incomuns (p. ex., epiglotite).

FaringiteConhecida vulgarmente como dor de garganta, uma infeco da faringe, a zona que se situa entre a laringe e as amgdalas, provocada pela ao nefasta de algum vrus, bactrias e, mais raramente, fungos. Muitas vezes, o primeiro sinal ou consequncia de uma constipao ou gripe.A zona afetada pode envolver o tero posterior da lngua, o palato mole (cu da boca) e as amgdalas.A faringite pode dividir-se em trs tipos:1. Faringite viral: Provocada por vrus, entre os mais comuns esto o influenza, oparainfluenza, o adenovrus, o rinovrus, o herpes simplex oral e o coronavrus.2. Faringite bacteriana: De origem infeciosa, o agente patolgico mais frequente a bactria estreptococos beta-hemoltico, causadora da faringite estreptoccica. Outras bactrias podem igualmente agredir a faringe como os pneumococos, mycoplasma pneumoniae, staphylococcus aureusou, entre outros, ohaemophilus influenzae.3. Fngica:Muito mais rara, causada por fungos microscpicos, como o candida albicans, que afeta a faringe em caso de imunidade reduzida.https://advancecare.pt/glossary/faringite/

A orofaringe contm uma microbiota mista com grande densidade de bactrias aerbias, anaerbias facultativas e anaerbias estritas, incluindo Streptococcus alfa hemolticos e no hemolticos, Streptococcus beta hemolticos no pertencentes ao grupo A, Neisserias no patognicas, Haemophilus spp., difterides, Staphylococcus sp, Micrococcus spp., Anaerbios (Bacteroides spp, Fusobacterium spp., Veillonella spp., Peptostreptococcus spp., Actinomyces spp.).Alguns patgenos como Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis, enterobactrias e leveduras como Candida albicans podem ser componentes transitrios da flora de orofaringe em indivduos saudveis, sem desenvolvimento de doena. O trato respiratrio abaixo da laringe no possui flora residente normal. A mucosa nasal anterior freqentemente colonizada por Staphylococcus epidermidis e difterides, e alguns indivduos so portadores intermitentes ou definitivos de Staphylococcus aureus. Por outro lado, os seios paranasais e o ouvido mdio no possuem flora microbiana.

Streptococcus pyogenes uma espcie debactriasGram-positivas com morfologia decoco, pertencentes aognerobeta-hemolticodo grupo A deLancefield. Elas causam uma variedade de doenas, desde umafaringite bacteriana comum at doenas mais graves como aescarlatina. coram de roxo com a tcnica Gram (positivos). So anaerbios facultativos e catalase-negativos. Em cultura de sangue, causam beta-hemolise. OsS. pyogenesso imveis e crescem otimamente a 37C. So inibidos por altas concentraes deglicose. com cultura de amostras retiradas do doente, e observao microscpica com tcnica de Gram. A sorologia(anlise de anticorpos) tambm til. Deve-se seguir a linha de raciocnio: Gram Positivo dispostos em cadeias ou pares esfricos ou ovides; Catalase Negativo; Oxidase Negativo; Presena de Beta hemlise em cultura de gar sangue; Por fim antibiograma para identificao de sensibilidade a Bacitracina fechando o diagnstico laboratorial. Faringite: A maioria dos casos causada por vrus porm dos casos ocasionados por bactrias, 90% so devido s da espcieStreptococcus pyogenes. Aps 2-4 dias de incubao, aparece subitamentefebre,doresde garganta, mal-estar e dores de cabea (cefalia). frequente a inflamao vermelha e edematosa da faringe ser visivel, observando atravs da boca.