a história dos refrigerantes para condicionamento de ar

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  Carrier A Seleção do Refrigerante e o Design do Chiller  A utilização do R410a em Chillers Compactos  Puron O Refrigerante Ambientalmente correto Marketing Março de 2005  

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Carrier 

A Seleção do Refrigerante e o Design do Chiller 

 

A utilização do R410a em Chillers Compactos 

Puron

O Refrigerante Ambientalmente correto

Marketing

Março de 2005

 

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Exposição à Inalação ...................................................................................... 27

A História dos Refrigerantes para Condicionamento de Ar 

Durante anos a indústria usou refrigerantes como o R-12 e o R-22, os quaistiveram origem dos estudos de Willis H. Carrier quando deu inicio ao seu

trabalho pioneiro sobre condicionamento de Ar.

Após ter notado que a demanda pela refrigeração mecânica, tanto para prédios

como para refrigeradores domésticos, aumentou nos anos após a Primeira

Guerra Mundial, Carrier e um de seus sócios (R.W. Waterfill) realizaram a

primeira análise sistemática dos compostos de refrigerantes.

O trabalho deles avaliou a amônia, o éter etílico, o dióxido de carbono, o

tetracloreto de carbono, o dióxido de enxofre e a água, e algumas das suas

descobertas são importantes ainda nos dias de hoje.

Eles determinaram que o dióxido de carbono teria o menor desempenho

previsto de todas as substância avaliadas; que a amônia exigiria uma

quantidade excessiva de estágios de compressão para produzir as condiçõesdesejadas para o sistema; e que a água apresentaria uma eficiência muito

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baixa. Fora isso, o dióxido de enxofre foi eliminado de suas pesquisas por 

razões de segurança (ele é nocivo, tóxico e forma ácidos na presença de

água), enquanto o tetracloreto de carbono corrói os metais quando na presença

de água.

O refrigerante finalmente escolhido para a primeira máquina de refrigeração

com compressor centrífugo da Carrier, construída em 1922, foi o dielene (1,2

dicloroetano), embora como Carrier mais tarde observou, encontrar as

quantidades necessárias era difícil: “parecia que o dielene era difícil de ser 

obtido, mas estávamos determinados a experimentá-lo. Quando escrevi para a

empresa na Suíça, a mesma informou-me que o dielene era fabricado na

 Alemanha, em quantidades industriais, pois o mesmo era utilizado como um

fluído de limpeza." 

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O desafio de encontrar um refrigerante melhor chamou, mais tarde, a atenção

de Thomas Midgely Jr., um talentoso químico que trabalhava para a

Fridgidaire. Midgley já era conhecido pela descoberta do composto de chumbo

tetraetilo, utilizado durante mais de 60 anos para melhorar o índice de octano

do petróleo e reduzir os problemas associados com a pré-ignição (detonante).

Midgley, com seus sócios Albert L. Henne e Robert R. McNary, pesquisaram

tabelas de propriedades com o intuito de encontrarem substâncias químicas

com o ponto de ebulição desejado. Eles restringiram seus esforços a

substâncias sabidamente estáveis, não tóxicas nem inflamáveis.

Happenstance chamou a atenção deles para um grupo de substâncias

conhecido como fluoretos orgânicos, e enquanto o flúor por si só era

sabidamente tóxico, Midgley e seus colegas argumentaram que esta

característica seria suprimida quando o flúor fosse incorporado, com outros

elementos, às substâncias.

O trabalho pioneiro de Midgley determinou que, de todos os elementos

conhecidos, somente oito seriam apropriados para serem a base fundamental

dos compostos de refrigerantes. Os oito elementos eram o carbono, nitrogênio,

oxigênio, enxofre, hidrogênio, flúor, cloro e bromo. Todos os outros podiam ser 

eliminados porque eram, ou tendiam a formar compostos sólidos, instáveis ou

tóxicos, ou porque simplesmente não possuíam as características físicas

apropriadas por si sós.

As conclusões de Midgley ainda são válidas nos dias de hoje, e todos os

refrigerantes já utilizados provêm deste pequeno grupo de elementos.

Quando Midgley publicou suas descobertas e apresentou sua dissertação na

reunião de 1930 da Sociedade Americana de Química em Atlanta, ele concluiu

com uma dramática demonstração da segurança do R12 enchendo os pulmões

com o gás e soprando uma vela. Os refrigerantes não tóxicos e não inflamáveisreinaram soberanos desde então.

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A produção comercial do R12 iniciou em 1930, seguida, um ano depois, pelo

R11.

O R22 foi introduzido perto do final da década e, então, completou o conjunto

básico de refrigerantes que serviram à indústria de ar condicionado nos

próximos 60 anos. O sucesso dos refrigerantes CFC (clorofluorocarbono) foi tal

que estima-se que o consumo anual, em todo o mundo, no ano de 1998,

ultrapassou 1 bilhão de quilogramas.

Considerações Ambientais

Destruição do Ozônio

Em 1974, dois cientistas, Sherwood Rowland e Mario Molina apresentaram a

teoria de que as moléculas que contém cloro podem destruir a camada de

ozônio se passarem para atmosfera. Estudos adicionais estimaram que a

camada de ozônio seria destruída em cerca de 7% pelos CFCs nos próximos

60 anos e, com base em tal trabalho, os EUA proibiram os CFCs em aerossol

no ano de 1978. Em 1985 confirmou-se que a camada de ozônio estava a

diminuir 

Aos poucos, outros países concordaram em proibir o CFC em aerossol, mas a

indústria resistiu a qualquer restrição ao uso dos CFCs como refrigerantes.

Contudo, esta situação mudou em 1985 quando Farman, Gardinar e Shankin

publicaram um artigo na revista Nature. Este estudo relatava as descobertas de

um estudo de dados coletados pela British Antarctic Survey, mostrando que a

concentração de ozônio estava 10% abaixo dos níveis normais de janeiro na

Antártica.

É na estabilidade inerente dos CFCs, uma das suas grandes vantagens como

refrigerantes, que está a raiz do problema da destruição do ozônio. Como os

CFCs são tão difíceis de se decomporem, permanecem durante anos na

atmosfera até, eventualmente, migrarem para a estratosfera. Na presença deuma radiação solar intensa de UV, as moléculas finalmente se decompõem,

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liberando íons de cloro. São estes íons de cloro independentes que são

capazes de converter moléculas de ozônio em moléculas de oxigênio:

Cl + O3 -> ClO + O2 então ClO + O3 -> 2 O2 + Cl

Como pode ser visto na seqüência de reações, o cloro não é consumido

durante este processo, e atua como um catalisador. Conseqüentemente, o

cloro permanece livre para continuar a se processar quase indefinidamente.

Estima-se que um átomo de cloro pode converter 100.000 moléculas de ozônio

em oxigênio, antes que o cloro finalmente se torne parte de um composto

menos reagente, como o ácido clorídrico (HCl), e, eventualmente seja retirado

da atmosfera pela absorção em vapor de água.

O fato de um composto contendo cloro contribuir para a destruição da camada

de ozônio, caso seja liberado na atmosfera, dependerá de dois fatores: a

quantidade de cloro e a estabilidade do composto. Compostos instáveis,

reagentes não permanecerão na atmosfera o tempo suficiente para migrarem

para a estratosfera, possuindo assim um potencial pequeno para causar danos.

A cama da de ozônio é responsável pela filtragem dos raios ultravioletas(UV). A

sua destruição permitirá que mais raios UV alcancem a terra. Como

conseqüência, somos afetados bem como o ambiente que nos rodeia, através

do aumento dos riscos de queimaduras solares, cancro da pele e cataratas.

Pode também danificar o sistema imunológico humano, alterar a cadeia

alimentar oceânica e provocar alterações metereológicas.

Aquecimento Terrestre

O efeito estufa foi proposto pela primeira vez em 1896 pelo químico sueco

Svante Arrhenius. O efeito estufa é o aquecimento natural da atmosfera

inferior, a troposfera, por causa da presença de certos "gases de estufa":

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Estes gases são transparentes para a energia de calor contida na radiação

solar de ondas curtas que atinge a terra, permitindo que ela passe e, então,

seja absorvida pela atmosfera inferior e pela superfície da terra. Todavia, estes

mesmos gases são opacos para a radiação de ondas longas emitidas

subseqüentemente pela superfície da terra, prendendo esta energia na

atmosfera inferior.

Sem o efeito estufa, quase toda a radiação seria devolvida ao espaço e a

temperatura média da superfície seria de cerca de 0°C, transformando a terra

em um local frio e inóspito.

O problema que a humanidade está enfrentando é a manifestação

descontrolada do efeito estufa, a qual denominamos de aquecimento terrestre.

Existem diversos gases que causam este efeito, incluindo o vapor de água

(H2O), o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), os óxidos nitrosos (N2O),

os clorofluorocarbonos (CFC’s), os hidroclorofluorocarbonos (HCFC’s) e os

fluorocarbonos (HFC’s).

TEWI (Total Equivalent Warming Impact)

Quase todos os equipamentos de ar condicionado contêm um refrigerante,

caracteristicamente um CFC, HCFC ou HFC. No caso de vazamentos do

equipamento, o refrigerante seria liberado para a atmosfera onde contribuiria

para o aquecimento terrestre. Assim, diz-se que os refrigerantes possuem um

 potencial  direto de aquecimento terrestre. Além disso, quase todos os

equipamentos de ar condicionado consomem energia elétrica e, por causa

disso, fazem com que o dióxido de carbono (CO2) seja liberado quando

combustíveis fósseis (carvão, óleo, gás) são queimados na estação de energia.

Assim, pode-se dizer que a operação de uma unidade de ar condicionado

exercerá um impacto indireto sobre o aquecimento terrestre por causa desta

liberação de dióxido de carbono.

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Caso devamos efetivamente avaliar o impacto de um sistema de ar 

condicionado sobre o aquecimento terrestre, temos que considerar tanto o

efeito direto como o indireto. Para esta finalidade, os pesquisadores

desenvolveram o Total Equivalent Warming Impact (TEWI). O TEWI é definido

conforme segue:

TEWI = (GWP x L x n) + (GWP x m [1 – αrecuperação] + (n x Eanual x B)

GWP = Potencial de aquecimento terrestre [relativo ao CO2]

L = Índice de vazamentos por ano [ kg ]

n = Vida operacional do sistema [ anos ]m = Carga de refrigerante: [ kg ]

arecuperação = Fator de reciclagem

Eanual = Consumo anual de energia [ kWh ]

B = emissões de CO2 por kWh de eletricidade

Uma série de estudos foi realizada para determinar a importância relativa das

contribuições direta e indireta do TEWI em uma fábrica de ar condicionado.

Gopalnarayanan (1999) examinou oito refrigerantes diferentes para

substituírem o R22. Eles descobriram que, em todos os refrigerantes, o efeito

direto do refrigerante no GWP representava menos do que 7,5% do TEWI, em

condições de classificação de desempenho. (Neste estudo presumiu-se que

4% da carga de refrigerante era perdida como vazamento, por ano).

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Isso significa que o efeito indireto da eficiência energética dos sistemas era

mais de 13 vezes mais importante para determinar o impacto total do

aquecimento terrestre, do que o GWP direto do refrigerante.

Apesar de diferentes metodologias e hipóteses produzirem resultados

ligeiramente diferentes, a mensagem é clara. Para reduzir o impacto do

aquecimento terrestre de quase todos os sistemas de ar condicionado,

devemos concentrar nossos esforços na melhoria da eficiência energética do

sistema. A escolha do refrigerante é importante naquilo que pode influenciar a

eficiência do sistema, mas o potencial direto de aquecimento terrestre é uma

preocupação secundária.

Legislação Ambiental

Protocolo de Montreal

O Protocolo de Montreal original foi assinado no outono de 1987, sendo o

resultado das negociações iniciadas em 1983, entre países europeus-

escandinavos e os Estados Unidos, sobre a utilização dos CFCs em aerossóis.

O protocolo passou por uma série de revisões (cada uma chamada pelo nome

da cidade onde o comitê de revisão se reunia) sempre que novas informações

científicas e da indústria se tornavam disponíveis. A segunda revisão, ocorrida

em Copenhague, em novembro de 1992, determinou um severo cronograma

de eliminação dos CFCs e introduziu, pela primeira vez o controle sobre os

HCFCs. Este protocolo foi assinado por mais de 100 países, representando

95% do consumo mundial atual de CFCs. Sanções comerciais sobre os CFCs

foram impostas para as nações não signatárias do protocolo e, em maio de

1993, esta proibição estendeu-se à exportação dos solventes halocarbonos,

como o cloreto de metilo e o tetracloreto de carbono.

Na Reunião das Partes, em 1995, em Viena, foi definido que o ano de 2010

seria o ano da desativação da produção e do consumo de brometo de metil, e

controles mais rígidos dos HCFCs foram determinados. Também ficou

determinada a data de 2010 para a eliminação dos CFCs e halons nos paísesem desenvolvimento.

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A 9a reunião das Partes, em 1997, estabeleceu o ano de 2030 para a

eliminação dos CFCs e os dos halocarbonos relacionados. Outro impacto do

protocolo foi ordenar o intercâmbio de tecnologia entre países para acelerar a

substituição e a reciclagem dos CFCs.

A data atual de eliminação dos HCFCs nos países desenvolvidos, exceto os

Estados Unidos, é 2030.

Regulamentações da Comunidade Européia sobre Substâncias

Destruidoras de Ozônio

A União Européia implementou o Protocolo de Montreal através de uma série

de Regulamentações da Comunidade Européia, diretamente aplicáveis como

lei nos estados membros. O Protocolo de Montreal original foi implementado

em outubro de 1988 pela Regulamentação da Comunidade Européia de

número 3322/88. Todavia, os países europeus estavam ansiosos para

avançarem mais rapidamente do que o Protocolo, e as Regulamentações,

desde então, foram atualizadas diversas vezes.

Segundo a atual Regulamentação 2037/2000, a utilização de CFCs reciclados

e recuperados para manutenção de equipamentos existentes foi proibida a

partir de julho de 2001.

A produção de HCFC será eliminada ao redor de 2010 com cortes temporários

a partir de 2001. Após 2010, somente HCFC’s recuperados e reciclados serão

permitidos para manutenção em fábrica e, a partir de 2015, a utilização de

qualquer HCFC será proibida.

A Regulamentação 2037/2000 também impôs algumas restrições específicas

sobre a venda de novos sistemas contendo HCFC’s, especialmente:

• A proibição da utilização de HCFC’s em novas aparelhagens de ar 

condicionado somente para refrigeração, com capacidade de refrigeração

de >100 kW, em vigor a partir de 1o de janeiro de 2001.• A proibição da utilização de HCFC’s em novas aparelhagens de ar 

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condicionado somente para refrigeração, com capacidade de refrigeração

de <100 kW, em vigor a partir de 1o de julho de 2002.

• A proibição da utilização de HCFCs em novas aparelhagens de ar 

condicionado com bomba de calor de ciclo reverso, em vigor a partir de 1o

de janeiro de 2004.

Protocolo de Kyoto sobre Aquecimento Terrestre e Mudanças Climáticas

O clima caótico do final dos anos 80 estimulou uma conscientização

internacional sobre as mudanças climáticas, que desencadeou a realização da

Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

(UNCED), também conhecida como Earth Summit , ou ECO 92, no Rio de

Janeiro, Brasil, em 1992. Durante a ECO 92, 154 nações aprovaram a United

Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC), mais

comumente conhecida como o Tratado do Rio.

Com este acordo, os países desenvolvidos comprometeram-se de reduzir 

voluntariamente, ao redor do ano de 2000, as suas emissões de CO2, e outras

emissões de gases de estufa aos níveis de 1990. Todavia, como o acordo era

voluntário, falhou.

Em dezembro de 1997, 2200 delegados de 161 nações encontraram-se em

Kyoto, Japão, para uma nova tentativa de um tratado mais bem sucedido. O

Protocolo de Kyoto exige que 38 países desenvolvidos reduzam as emissões

de gases de estufa a uma média 5,2% abaixo dos níveis de 1990, entre 2008 e

2012. Não exige qualquer redução das nações em desenvolvimento, mas

permite a comercialização de emissões. Assim, por exemplo, se um país

estiver abaixo do limite de emissões de gases de estufa, ele pode vender seus

créditos de emissões extras para nações que estão acima de seus limites. O

sucesso do Protocolo de Kyoto é incerto pois os Estados Unidos, que mais

contribui para as emissões de gases de estufa, recusaram-se a ratificar o

acordo.

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Desempenho dos Refrigerantes

Refrigerantes com Componente Único

É possível prever o desempenho teórico de um fluído refrigerante através de

uma análise das propriedades termofísicas daquele fluído. Embora cada

refrigerante possua diferentes valores de propriedades numéricas, todos

possuem curvas de saturação características semelhantes sobre uma pressão

 – diagrama de entalpia. Um diagrama típico de pressão-entalpia (p-h) é

mostrado na Figura 1. Uma linha de líquido saturada (lado esquerdo) e uma

linha de vapor saturada (lado direito) encontram-se no ‘ponto crítico’, um ponto

com temperatura e pressão únicas.

Fig. 1 – Diagrama de Entalpia da Pressão de Refrigerante

Podemos sobrepor o ciclo de refrigeração básico, ideal sobre o diagrama p-h,

conforme mostrado na Figura 2. O vapor saturado é atraído pela sucção do

compressor no ponto 1. Este vapor é comprimido e descarregado no

condensador com uma pressão e uma temperatura mais elevada no ponto 2.

O calor é retirado do vapor, primeiramente des-superaquecendo o mesmo (até

o ponto 3), e então condensando o vapor saturado em fluído saturado (ponto

4). Este fluído passa por uma expansão em entalpia constante desde ocondensador para a pressão do evaporador, e entra no evaporador como uma

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mistura de vapor saturado e líquido saturado (ponto 5).

É acrescentado calor para converter o líquido saturado remanescente em

vapor, o qual entra no compressor para repetir o ciclo.

 

Fig. 2 - Diagrama do Ciclo de Refrigeração Ideal

Mantendo-se as temperaturas de operação do ciclo ideal constantes, se o

ponto crítico do refrigerante se elevar, toda a curva de saturação deslocará o

diagrama p-h, relativo ao ciclo. Isso resultará em uma densidade mais baixa no

ponto onde o vapor de refrigerante entra no compressor, pois a pressão de

sucção movimenta-se para mais longe do ponto crítico. Como a maioria dos

compressores de refrigeração são aparelhos de volume constante

(compressores recíprocos, parafuso, scroll, rotativos), esta densidade reduzidaresultará em uma vazão de massa reduzida, e, por conseguinte, uma

capacidade de refrigeração reduzida. Inversamente, selecionando-se um fluído

com um ponto crítico mais baixo resultará numa densidade mais alta, maior 

vazão da massa, e uma capacidade de refrigeração mais elevada.

Como a inclinação da linha de saturação de líquido aumenta quando se afasta

do ponto crítico, a operação do ciclo afastada do ponto crítico produzirá menosvapor instantâneo durante a expansão isentálpica do condensador para a

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pressão do evaporador. Isso aumenta o efeito da refrigeração por unidade de

vazão de massa e, por conseguinte, melhora a eficiência do ciclo. A operação

mais próxima do ponto crítico produz o efeito oposto, e a redução da eficiência.

As Figuras 3 e 4 ilustram estes efeitos graficamente.

 

Fig. 3 - Refrigerante com Ponto Crítico Mais Alto

Fig. 4 - Refrigerante com Ponto Crítico Mais Baixo

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Assim, podemos generalizar que existe um compromisso inerente entre a

eficiência de um fluído refrigerante e a capacidade. O primeiro é proporcional à

pressão crítica dos fluídos (e temperatura), e o último é inversamente

proporcional a ele. Portanto, não pode existir um único fluído ideal para todas

as aplicações (Didion 1999, McLinden 1988).

Se considerarmos a tabela de propriedades mostradas como Tabela 1,

veremos que estas simples previsões são confirmadas pela realidade. O

R410A possui o ponto crítico mais baixo, a eficiência teórica de ciclo mais

baixa, mas a capacidade de refrigeração mais alta. O R134a possui o ponto

crítico mais alto, a mais alta eficiência teórica, mas o efeito refrigerante mais

baixo.

R22 R134a R407C R410ATemperatura Crítica 96°C 101,1°C 86°C 72,5°C

Capacidade (vs R22) 100 63 104 144COP (vs R22) 100 101 97 93,7

Tabela 1 – Desempenho dos Refrigerantes e Temperatura Crítica

Apesar desta percepção não ser novidade, no passado, fomos capazes de

selecionar um refrigerante apropriado para diferentes exigências de operação,

a partir de uma gama de alternativas com um só componente (R11, R12, R22,

etc).

Infelizmente, isso simplesmente não é possível com a gama de fluídos que

temos disponível atualmente e, assim, somos obrigados a considerar a

utilização de combinações de refrigerantes.

Misturas de Refrigerantes

Misturas de refrigerantes não são absolutamente uma novidade, e muitas delastêm sido utilizadas na indústria há muitos anos, como por exemplo o R502.

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Contudo, o R502 é um exemplo de um tipo de mistura bastante raro pois ele

comportava-se, para todos os fins e intenções, como se fosse um composto

único. Misturas que mostram este comportamento são denominadas de

azeótropos.

Em contraposição, a grande maioria de misturas não mostra esta semelhança

com um composto único. Estas são denominadas de zeótropos.

Diferentes dos compostos puros (e azeótropos), que mudam de fase em

temperatura constante (a uma dada pressão), todos os zeótropos mudam de

fase sob uma variedade de temperaturas. Assim sendo, os zeótropos mostram

uma diferença entre a temperatura do ponto de orvalho (a temperatura na qual

a primeira gota de líquido aparece durante a condensação) e a temperatura do

ponto de bolha (a temperatura na qual a primeira bolha aparece durante a

fervura). Esta diferença de temperatura é chamada de trajetória de descida da

temperatura.

A trajetória de descida da temperatura é uma conseqüência dos pontos de

ebulição divergentes dos componentes de uma mistura zeotrópica e significa

que, como a mistura zeotrópica troca de fase, a composição muda.

Esta tendência pode ser melhor ilustrada em um diagrama das fases de

composição.

Na Figura 5, a temperatura T1 é o ponto de bolha e a temperatura T2, o ponto

de orvalho associado à composição inicial da mistura. A diferença entre T1 e

T2 é o trajeto de descida.

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 Fig. 5 - Diagrama do Equilíbrio de Fase

Em alguma temperatura intermediária Ti (durante o processo de troca de fase),

o diagrama de equilíbrio de fase mostra que a proporção do componente mais

volátil no líquido remanescente é reduzida a x, e a proporção do componente

menos volátil no líquido remanescente é aumentada para y.

Por causa desta troca de composição, um vazamento de uma parte do sistema

contendo tanto líquido como vapor, muda permanentemente a composição

operacional da mistura, e desta forma, o desempenho do sistema. A troca de

composição característica dos zeótropos também causa dificuldades nas

aplicações onde uma grande porção de fluído em funcionamento permanece

em estado líquido durante a operação. Isto é, se somente uma pequena parte

da carga estiver circulando através do sistema em um dado momento, é difícilprever a composição do fluído circulando, e dessa forma, o desempenho do

sistema.

Este problema é exacerbado quando se espera que tal sistema atinja uma

carga flutuante, e que o tanque de líquido se torne uma variável durante a

operação. Isto porque os zeótropos não são adequados para unidades (por 

exemplo chillers centrífugos) que utilizam evaporadores inundados.

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Transferência Bifásica de Calor nas Misturas

Prever o desempenho da transferência de calor a partir das propriedades

físicas básicas é uma ciência imprecisa, mas podemos tirar conclusões gerais

da equação de Dittus-Boelter, onde a forma funcional do coeficiente de

transferência de calor em termos de propriedades é:

Onde

h = coeficiente de transferência de calor (W/m2-K)

k = condutividade térmica do líquido (W/m-K)

Cp= calor específico a uma pressão constante (kJ/kg-K)

μ = viscosidade (uPa-s)

ρ = densidade (kg/m3)

Números calculados do coeficiente de transferência de calor para uma gama

de refrigerantes são mostrados na Tabela 2.

Refrigerante R410a R407C R22 R134ak (W/m-K) 0,100 0,102 0,100 0,093Cp (kJ/kg-K) 1,472 1,371 1,152 1,337μ (uPa-s) 166 230 234 270ρ (kg/m3) 1170 1235 1285 1295h (W/m2-K) 10,80 9,74 9,17 8,87

Tabela 2 – Desempenho Previsto da Transferência de Calor 

O R410A mostra claramente o desempenho mais favorável, principalmente por 

causa da sua elevada capacidade de calor específico e baixa viscosidade.

Os números relativos do desempenho previsto se correlacionam razoavelmente

bem com os valores medidos, exceto no caso do R407C, conforme ilustrado

pela Figura 6.

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Figura 6 - Coeficiente Medido de Transferência de Calor Evaporativo

Como todas as misturas zeotrópicas trocam de composição enquanto mudam

de fase, não há uma distribuição uniforme dos componentes em cada fase,

especialmente perto da interface líquido/vapor. Como observamos

anteriormente, no caso de evaporação, há uma redução na proporção do

componente mais volátil, no líquido próximo à interface de vapor. Isso inibe o

processo de evaporação, pois este fluído mais volátil deve espalhar-se através

dos componentes menos voláteis, antes de transformar-se em vapor. (Ross,et.al. 1987).

Esta desvantagem fundamental das misturas zeotrópicas pode ser combinada

pela escolha da configuração do trocador de calor. Durante a evaporação o

trajeto de descida da temperatura tende a aumentar a temperatura média do

fluído de refrigerante, compensando a queda de temperatura, normalmente

causada pela perda de pressão no trocador. No condensador, o trajeto dedescida da temperatura suplementa a queda de temperatura causada pela

perda de pressão, reduzindo significativamente a temperatura média dos

refrigerantes.

Dependendo da geometria do trocador de calor, isto é, se ela estiver 

predominantemente no contrafluxo ou em fluxo paralelo ao gradiente de

temperatura do fluído externo, os trajetos de descida da temperatura internaadicionais podem ser prejudiciais, ou úteis ao desempenho do sistema. A

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Figura 7 ilustra o efeito de um condensador com refrigerante resfriado à água.

Este fenômeno explica porque os equipamentos otimizados especialmente

para o R407C tendem a favorecer a utilização de trocadores de calor de placa

com fluxo paralelo.

Fig. 7 - Efeitos do Trajeto de Descida sobre a Diferença de Temperatura

do Trocador de Calor 

Alternativas do R22Aceitando-se que não exista um sucessor ideal do R22 para utilização em

equipamentos de ar condicionado compactos e em chillers de água, a escolha

permanece entre três candidatos potenciais: R134a, R407C e R410a.

O R134a tem a vantagem de ser uma substância única, e oferece um bom

desempenho por causa da sua elevada temperatura crítica. Sua desvantagem

é que ele exige um compressor consideravelmente maior do que o R22 parauma dada capacidade de refrigeração. Em equipamentos de chillers com

capacidade de refrigeração acima de 500 kW é possível fornecer esta

capacidade adicional de compressor com economia de custos. Abaixo de 500

kW este não é o caso, e é necessária uma alternativa.

O R407C é uma combinação ternária de R32, R125 e R134a (23%/25%/52%).

Sua curva de pressão de vapor quase alcança a do R22, mas ele possui umtrajeto de descida relativamente alto de 5-7°C. Isso compromete o desempenho

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fundamental da transferência de calor e complica o design do trocador de calor,

se o seu desempenho tiver que ser verdadeiramente otimizado. A mudança de

composição durante a troca de fase significa que os vazamentos das peças

bifásicas do sistema de refrigeração alterarão significativamente a composição

do refrigerante remanescente.

O R410A é uma combinação binária do R32 e R125 (50%/50%). Suas

pressões de vapor são consideravelmente mais elevadas do que aquelas do

R22 e portanto não é possível utilizá-lo como uma substituição 'informal'.

Como os componentes do R410a possuem pontos de ebulição que são

somente 3,6°C diferentes, para todos os fins práticos ele age como se fosse

um refrigerante com componente único. Na utilização, o trajeto de descida do

R410a tem sido medido como < 0,1°C e, portanto, pode ser ignorado. A

ausência de qualquer mudança significativa na composição durante a troca de

fase significa que o R410a apresenta excelentes características básicas de

transferência de calor.

Design do chiller para o R410a

Como as vantagens do R410a estão na sua alta capacidade e boa

transferência de calor, os sistemas serão projetados para maximizar estes

benefícios.

A alta capacidade do R410a significa que um compressor menor (e, portanto

potencialmente mais barato) pode ser utilizado para produzir a mesma

capacidade de uma unidade R22 maior. As diferenças físicas entre os

compressores scroll com R22 e R410a são relativamente modestas e podem

ser resumidas da seguinte maneira:

• Caixa do compressor mais espessa

• Diferentes válvulas de alívio da pressão interna

• Conjunto scroll menor 

• Pesos de contrabalanceamento menores

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Fig. 8 - Modificações dos Compressores com R410a

A eficiência isentrópica do compressor será, aproximadamente, 2-3% mais alta

na unidade com R410a, por causa do conjunto scroll menor e das reduzidas

perdas de fricção de gás, assim como do coeficiente mais baixo de pressão.

Veja Tabela 3.

Refrigerante Coeficiente de Pressão (condições padrão)

R22 2,79R407C 3,17R410a 2,65

Tabela 3 – Coeficientes Padrão da Pressão de Refrigerante

As mudanças nos trocadores de calor podem ser mais acentuadas.

O coeficiente aumentado de transferência de calor do R410a significa que

trocadores de calor podem ser fisicamente menores e, ainda assim, oferecer 

vantagens no desempenho. As vazões de gás mais baixas do R410a significam

que os tamanhos dos tubos nos trocadores de calor podem ser diminuídos em

seu diâmetro de 3/8" para 5/16". Em uma serpentina de condensador resfriada

à ar esta redução resulta em um bloco de serpentinas menor, com uma queda

reduzida da pressão do lado de ar, e uma significativa redução no volume de

refrigerante.

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É claro que o design do trocador de calor exige uma otimização cuidadosa da

geometria do tubo e do circuito de fluxo de refrigerante, de maneira a

maximizar o número Reynolds do fluído (para manter o desempenho da

transferência de calor) sem impor quedas excessivas na pressão do

refrigerante. Estas comprometeriam o desempenho do sistema por causa do

efeito adverso que exercem sobre a sucção e as pressões de condensação e,

portanto, sobre as temperaturas de saturação do ciclo.

O R410a apresenta características favoráveis neste sentido, pois refrigerantes

com pressão de vapor mais elevada apresentam uma modificação menor na

temperatura de saturação para cada unidade de queda de pressão (Kim et al.

1997) como mostra a Tabela 4.

Refrigerante Mudança da Temperatura de SaturaçãoR22 0,55°C / 0,1 bar  

R134a 0,77°C / 0,1 bar  R410a 0,35°C / 0,1 bar  

Tabela 4 – Temperatura de Saturação / Sensibilidade da Pressão

As vantagens do R410a podem ser melhor resumidas graficamente, conforme

ilustrado na Figura 9. O melhor desempenho da transferência de calor resulta

em uma temperatura de evaporação mais alta, e uma temperatura de

condensação mais baixa. As perdas menores da linha de sucção e de

descarga reduzem ainda mais a diferença de temperatura entre a sucção do

compressor e as condições da descarga. A temperatura reduzida estimula ocompressor, que juntamente com uma melhor eficiência do compressor, resulta

em uma entrada de energia mais baixa e numa unidade mais eficiente.

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Fig. 9 - Vantagens do Sistema R410a

Bombas de Calor 

Todos os critérios comuns importantes ao design de um chiller também são

importantes para o design de um sistema de bomba de calor.

As vantagens do R410a incluem uma boa performance teórica, excelentetransferência de calor, fluxos de baixos volumes e baixas quedas de pressão,

as quais combinadas fazem com que o mesmo seja muito apropriado para

utilização em bombas de calor.

Todavia, é a simplicidade do design do trocador de calor que apresenta o maior 

benefício. Na maioria das bombas de calor produzidas comercialmente, a

unidade opera com um ciclo reverso quando em modo aquecimento. Isto exigeque o evaporador se transforme em condensador e vice versa. Se estes

trocadores forem previamente otimizados para serem utilizados com um

refrigerante com um trajeto de descida significativo (um zeótropo) será difícil,

se não impossível, alcançar um bom desempenho na operação com ciclo

reverso.

Um trajeto de descida significativo apresenta outra dificuldade operacional para

as bombas de calor ar-água. Em modo aquecimento, o calor é extraído do ar, a

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temperatura elevada, e transferido para um laço de água. Na maior parte do

tempo o evaporador estará operando em/ou abaixo do ponto de congelamento,

e o gelo se acumulará na superfície da serpentina. O mesmo deve ser 

periodicamente retirado, normalmente invertendo o ciclo, e empurrando o gás

quente através do trocador, ou utilizando aquecedores elétricos auxiliares. Este

processo compromete a eficiência efetiva da bomba de calor por causa da

perda da saída de calor e do aumento na entrada de energia.

Com um refrigerante zeotrópico o trajeto de descida reduz a temperatura de

evaporação. Isso acentua o acúmulo de gelo, forçando a unidade a

descongelar com mais freqüência e por mais tempo. O R410a, efetivamente

um azeótropo, exige menor tempo de descongelamento, menos

freqüentemente -- melhorando significativamente o COP da bomba de calor 

integrada.

Segurança

A indústria de condicionamento de ar tem utilizado refrigerantes não tóxicos e

não inflamáveis desde a descoberta dos CFCs por Thomas Midgley, na década

de 20.

Isso proporcionou aos designers de produtos e sistemas uma liberdade para

desenvolverem soluções modernas e eficientes para quase todas as

necessidades de refrigeração, fazendo com que se sentissem tranqüilos ao

saberem que, no caso de um acidente, as conseqüências seriam

extremamente limitadas.

Com a crescente conscientização do impacto ambiental dos refrigerantes e do

ar condicionado, alguns defenderam a imposição de restrições ou de proibições

quanto a utilização dos refrigerantes remanescentes 'produzidos pelo homem',

os HFCs.

Os argumentos para tais medidas draconianas são freqüentemente bastante

ingênuos, e se concentram no efeito direto do aquecimento terrestre pelosHFCs, até a exclusão de todas as outras preocupações. Os que defendem as

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restrições afirmam que fluídos ambientalmente mais aceitáveis estão

amplamente disponíveis, e consideram desnecessária a utilização dos HFCs.

Como o trabalho de Midgley e de seus sucessores demonstrou, nossas opções

de refrigerantes são extremamente limitadas pela natureza, e as únicas

alternativas disponíveis para sistemas de compressão de vapor são a amônia,

e os hidrocarbonetos como o propano. Ambos são excelentes refrigerantes,

mas possuem outras desvantagens significativas; a amônia é tóxica e

inflamável, o propano é explosivo (1 kg de propano tem o mesmo potencial

explosivo de 1kg de TNT).

Estas características impõem severas restrições aos designers. Nas palavras

de um advogado americano: “Eu diria que se você estiver trazendo para dentro

de seu prédio uma substância para a qual existe uma alternativa menos

 perigosa, você será investigado se houver algum problema..." 

Na verdade, a solução para questões ambientais e de segurança é uma só, e a

mesma: não liberar refrigerante. Os HFCs não causam o aquecimento terrestre

diretamente, a menos que sejam liberados, e a amônia não pode envenenar 

ninguém exceto se vazar, e os hidrocarbonetos não podem explodir, a menos

que sejam liberados.

No entanto, para auxiliar os designers a avaliarem os riscos associados com as

várias opções, todos os refrigerantes são classificados pela ASHRAE com

relação a sua inflamabilidade e toxicidade.

InflamabilidadeO esquema ASHRAE define três classes de inflamabilidade: não-inflamável,

inflamável e altamente inflamável. Estes grupos são respectivamente

numerados com 1,2, e 3. As definições utilizadas para definir os limites de cada

categoria baseiam-se no procedimento de teste ASTM E681-85.

A norma ASHRAE 34 classifica o R410a como grupo 1, não-inflamável. Isso

significa que ele não é inflamável em qualquer concentração em condições daatmosfera com pressão 1 e 64°F (17,8°C).

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O refrigerante R410a não possui um ponto de flash, e as regulamentações do

Departamento de Transporte (DOT) com relação ao ponto de flash não se

aplicam. O R410a não possui um limite de inflamabilidade e o DOT o considera

como não inflamável. O Underwriters Laboratory (UL) reconhece o R410a

como sendo praticamente não inflamável.

Toxicidade

O padrão ASHRAE 34 considera dois tipos de toxicidade. O primeiro (agudo)

está relacionado aos possíveis efeitos adversos de curto prazo de uma

exposição, breve e única, a uma concentração relativamente alta de um

refrigerante. Este é o cenário típico de uma exposição resultante de uma

liberação acidental de refrigerante. O segundo (crônico) considera os possíveis

efeitos de longo prazo sobre a saúde de exposições prolongadas, freqüentes e

repetidas a concentrações relativamente baixas do gás.

Os refrigerantes também são classificados como A (toxicidade mais baixa) ou B

(toxicidade mais alta). Estas classificações são definidas como "sem evidência

de toxicidade" ou "alguma evidência de toxicidade", respectivamente, a uma

concentração média medida por tempo (TWA) de 400 ppm de refrigerante no

ar.

O R410A é classificado como grupo A – sem toxicidade evidente.

Exposição à InalaçãoA Tabela 5 resume as recomendações atuais sobre a exposição à inalação

Substância

ACGIH TLV*(Nota 2)

OSHA PEL(Nota 3)

Outros Limites(Nota 1)

Difluorometano (R32) Nenhum Nenhum 1,000 ppm

Pentafluoreto (R125) Nenhum Nenhum 1,000 ppm* Índice de Exposição Biológica

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Notas:

1. Limite médio pesado em um período de 8 horas, estabelecido por 

Honeywell.

2. ACGIH TLV: Valor do Limite do Limiar - American Conference of 

Governmental Industrial Hygienists

3. OSHA PEL: Limite de Exposição Permissível para a Administração da

Segurança e Saúde Laboral

4. Fonte: Honeywell 2003

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Tabela 5 – Exposição à Inalação

Vazamentos

A densidade do vapor do R410a é de, aproximadamente, três vezes a do ar. Se

liberado em um espaço fechado, o gás refrigerante se acumulará nas áreas

mais baixas, próximas ao piso, deslocando o oxigênio disponível. A asfixia é,

portanto, o principal risco associado a um vazamento grande de refrigerante.

Como com qualquer outro refrigerante, quando o R410a é liberado na

atmosfera dentro de um espaço fechado, a área deverá ser imediatamente

evacuada e arejada com ventiladores. Pessoas desprotegidas não devem

retornar à área até que ela seja considerada como segura.

Como manusear o R-410a

Deve seguir todas as precauções habituais para armazenamento,

manuseamento e transporte de refrigerantes. A alta pressão de vapor e a

sensibilidade á altas temperaturas faz com que o R-410a necessite de outras

precauções:

● Assegure-se de que os cilindros e todo o equipamento(manômetros de

pressão,mangueiras e máquinas de recuperação) estão desenhados e

aprovados para as altas pressões do R-410a. Consulte o fabricante ou o

distribuidor para verificar se o equipamento é adequado.

● Armazene o refrigerante num local fresco, seco, numa área bem ventilada,

sem luz direta do sol e longe de elementos corrosivos. O calor pode aumentar 

a pressão interna dos cilindros armazenados, tornado-se num potencial perigo.

A corrosão pode levar ao enferrujamento do cilindro e a uma fuga do

refrigerante.

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Recuperação do R-410a

As leis atuais proíbem a liberação de qualquer tipo de refrigerante para a

atmosfera.

Ao retirar o R-410a de um sistema, deve recuperá-lo utilizando para isso um

aparelho e um cilindro de recuperação/reciclagem aprovado pela EPA. As

máquinas existentes desenhadas para o R-22 não são adequadas para o R-

410a, portanto é necessário um novo equipamento. Felizmente, a maior parte

dos novos equipamentos podem ser utilizados para recuperar uma grande

gama de refrigerantes.

 Recilcagem e Recuperação do R-410a

Algumas máquinas de recuperação permitem a reciclagem do

refrigerante(limpeza na obra, a qual retira certos contaminantes). Uma vez

reciclado, o refrigerante só pode ser usado na unidade da qual foi retirado ou

noutro aparelho que pertença ao mesmo cliente.

O refrigerante que estiver demasiadamente contaminado para ser utilizado

deve ser devidamente destruído ou recuperado. A recuperação, a qual deve

ser feita pelo fabricante do refrigerante ou por uma empresa devidamente

autorizada, restaura o refrigerante para o seu estado original.

Estabilidade Térmica

O R410a é estável sob condições operacionais normais. A decomposição

tóxica e/ou corrosiva ocorrerá, assim como ela ocorre com todos os

refrigerantes halocarbonos expostos a temperaturas extremamente elevadas,

como as das chamas.

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Padrões

O projeto, instalação, utilização e manutenção dos equipamentos de

condicionamento de ar que operam com R410a deverão obedecer aos padrões

15 ANSI/ASHRAE e BS EN 378.

Considerações sobre Serviços

Para os técnicos de manutenção, a única diferença discernível entre um

sistema que utiliza o R410a, e um sistema que utiliza um dos outros

refrigerantes HFC é a pressão de operação. Portanto, não é surpresa, que as

técnicas de manutenção dos sistemas R410a sejam muito semelhantes às dos

refrigerantes comuns.

Assim como em todo o trabalho em sistemas que contêm gases pressurizados,

deve-se utilizar equipamento de proteção pessoal adequado. Isso pode exigir 

óculos de proteção, luvas, aventais, calçados de proteção e protetores

auriculares.

Os técnicos devem ser devidamente treinados e qualificados. Os requisitos

exatos serão diferentes, dependendo das exigências legais locais, mas

incluirão (no mínimo):

• Treinamento adequado e apropriado em questões de saúde e segurança;

• Treinamento das habilidades necessárias à utilização de ferramentas e

técnicas de manutenção;

• Tratamento seguro da certificação dos refrigerantes.

Conjuntos de medidores e tubos de ligação utilizados para outros refrigerantes

HFC comuns não são adequados para sistemas R410a, por causa das altas

pressões operacionais. Deve-se utilizar um conjunto com a certificação

apropriada. No Reino Unido, tais conjuntos possuem uma barra de tubos de

conexão com um código nas cores rosa/pink. Mangueiras de medição

resistentes são as preferidas. Todos os sistemas R410a estão equipados com

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conexões de acesso de 5/16 polegadas, ao invés dos acessórios de 1/4 de

polegada, utilizados em outros sistemas. Esta diferença é uma precaução para

reduzir a semelhança entre mangueiras/medidores ocasionado a conexão de

acessórios inadequados a um sistema R410a.

Se a carga de refrigerante tiver que ser recuperada de um sistema R410a é

obrigatório utilizar somente cilindros de recuperação, devidamente testados e

selados, para esta finalidade.

Por causa da pressão operacional mais elevada poderá ser necessário utilizar 

uma máquina de recuperação de refrigerante dedicada, embora unidades

apropriadas para todos os refrigerantes HFC estejam sendo disponibilizadas.

Os técnicos deverão confirmar com o fornecedor, a adequação de seus

equipamentos

As outras ferramentas comuns utilizadas em refrigeração e ar condicionado

como bombas de vácuo, detectores de vazamentos, ferramentas de formação

de juntas, etc. são as idênticas para o R410a e para outros refrigerantes HFC.

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Questões apresentadas pelos clientes

Abaixo apresentamos algumas das perguntas mais freqüentes dos clientes

referentes ao tema do refrigerante ecológico R410a, leia com atenção e seja oprofissional mais bem informado do mercado.

Quais são os tipos de refrigerantes existentes? 

Hoje em dia são utilizados vários refrigerantes. Cada um tem sua fórmula

química diferente. Os refrigerantes são utilizados para circularem através dos

sistemas de refrigeração. Devido às diferenças químicas da sua composição,

cada um dos refrigerantes comporta-se de forma ligeiramente diferente.

Há três grupos principais de refrigerantes que estão sendo utilizados: os

clorofluorcabonetos(CFCs), os hidroclorofluorcabonetos(HCFCs) e os

hidrofluorcabonetos(HFCs). Os CFCs e os HCFCs contêm cloro. Os HFCs não.

Qual é a importânica da ausência de cloro nos refrigerantes? 

Estudos científicos mostraram que quando os refrigerantes que contêm cloro

são liberados para a atmosfera, as moléculas de cloro podem reagir com a

camada estratosférica de ozônio.

Quando isto acontece, a camada de ozônio diminui e aumenta a exposição

humana ás radiações ultravioletas(UV). Os refrigerantes que não contêm cloro

não diminuem a camada de ozônio.

Estudos indicam que os HCFCs podem ser menos prejudiciais para a camada

de ozônio comparado aos CFCs( como os que eram utilizados

nos aerosois), a presença de cloro continua fazendo com que os HCFCs

sejam menos favoráveis à camada de ozônio que os HFCs, os quais não

contém cloro.

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Quais são os efeitos da diminuição da camada de ozônio? 

Com a diminuição da camada de ozônio, aumenta a quantidade de raios

solares UV que chegam a terra. A exposição ao aumento da radiação pode

causar queimaduras solares, cancro da pele e cataratas. Pode também

danificar o sistema imunológico humano, provocar alterações metereológicas e

alterar a cadeia alimentar oceânica.

Qual é a diferença deste novo refrigerante o R-410a? 

A grande maioria dos condicionadores de ar, ou resfriadores de líquidos em

uso atualmente provavelmente contém o R-22 o qual é um HCFC. O cloro faz

parte da sua composição química. Por outro lado, o R-410a é um HFC - um

refrigerante ecológico que não afeta a camada de ozônio, isto porque não

contém cloro.

O que é exatamente um refrigerante amigo da camada de ozônio?  

É aquele que não destrói a camada de ozônio porque não contém cloro.

Porque o R-410a foi escolhido como refrigerante alternativo? 

Embora existam muitas composições químicas alternativas, o R-410a da

melhor combinação das propriedades para um refrigerante: 1) não destrói a

camada de ozônio; 2)as suas propriedades termodinâmicas fazem com que

seja uma boa escolha tanto a nível de energia como de eficiência; 3)tem

excelentes níveis de segurança;4)é um refrigerante sem data prevista para fim

de uso(phase-out)

Quão seguro é o R-410a? 

O R-410a além de ser tão seguro em ralação ao R-22 em relação a si, à sua

família e aos seus animais domésticos, é ainda mais seguro para com o meioambiente. É claro que qualquer refrigerante é perfeitamente seguro desde que

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seja mantido fechado num sistema , como é o caso do seu ar-condicionado.

Mas mesmo assim, a escolha correta será a de escolher um refrigerante que

não seja prejudicial à camada de ozônio no caso de, acidentalmente, ocorrer 

uma fuga no aparelho.

Porque devo adquirir agora um ar condicionado com R-410a? 

Embora o conforto, a eficiência e a credibilidade sejam os mesmo, você estará

contribuindo com a proteção do meio ambiente.

Você estará também cumprindo as futuras regras governamentais,

independentemente das alterações que possam surgir. No que diz respeito as

datas.

A longo prazo, poderá também poupar substancialmente nos custos de

manutenção. Como os governantes exigiram um prazo limite para o fim do R-

22, este irá se tornar cada vez menos disponível, o que vai dar origem a custos

mais elevados associados á manutenção e à recarga de sistemas que utilizam

o R-22.

Posso usar o R-410a no meu sistema de condicionamento de ar ou

resfriador de líquido atual? 

Devido às propriedades químicas e físicas do R-410a, seria necessário efetuar 

algumas alterações mecânicas no seu sistema. Para tal teria que no mínimo,

substituir o tipo de óleo, tipo de compressor e alguns componetes para

trabalharem em condições de maior pressão. Embora as serpentinas iatuaisdas

mesmas pudessem permanecer inalteradas, aconselhamos a substituição

destes componentes para assegurar a máxima eficiência e credibilidade do

siatema.

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E se o meu sistema atual com R-410a for acidentalmente carregado com

R-22? 

Rótulos claros e simples tomam essa hipótese improvável. No entanto, no caso

de isso acontecer, o R-22 pode ser recuperado e a unidade ser carregada com

R-410a, sem que ocorram danos.

Um aparelho com R-410a necessita de alguns cuidados especiais? 

A manutenção regular e os procedimentos técnicos são os mesmos que os de

uma unidade com R-22. No entanto, aconselhamos os nossos clientes a

entrarem em contato conosco, pois nem todos têm as devidas qualificações,

experiência e equipamento para trabalharem com unidades que utilizem o R-

410a.

 A escolha certa hoje... e no futuro

O R-410a é o refrigerante do futuro. É de fácil acesso, disponibilidade imediata

e preenche os requisitos de conforto e eficiência solicitados pelo cliente. Como

profissional do meio de refrigeração e aquecimento HVAC, verá que é fácil de

trabalhar com ele, uma vez que só requer algumas alterações mínimas no

equipamento e procedimentos de manutenção.

Ao oferecer aos clientes a opção de conforto, que não prejudica o meio

ambiente, pode explicar-lhes que estão investindo não só na última tecnologia

e credibilidade mas também no futuro do mundo em que vivem. Com

benefícios como estes, é fácil de ver porque é que uma unidade com R-410a é

a escolha certa tanto para si como para os seus clientes.

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Referências

David A. Didion

  A Influência das Propriedades de Fluídos Termofísicos dos Novos

Refrigerantes Protetores do Ozônio sobre o Desempenho

International Journal of Applied Thermodynamics, Março 1999

M.O. McLinden

 Avaliação Termodinâmica dos Refrigerantes no Ciclo de Compressão do Vapor 

utilizando Propriedades Reduzidas.

International Journal of Refrigeration, Vol.11, 1988

H. Ross, et.al.,

Ebulição de Fluxo Horizontal de Refrigerantes Puros e Misturados

International Journal of Heat and Mass Transfer, Vol. 30, 1987

Pedido no: 18308-76, 09.2004 - Substitui o pedido no.: Novo

O fabricante se reserva o direito de modificar as especificações do produto sem

notificação prévia.

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