a história da origem de bom jardim - aspectos gerais

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A HISTÓRIA DA ORIGEM DE BOM JARDIM Adilson Motta, 2015 No início de sua história, essa região hoje chamada Bom Jardim era pertencente à Monção, uma região longínqua, onde só vinham caçadores residentes em Águas Boas que caçavam, pescavam e retornavam. No entanto, o Sr. José Pedro Vasconcelos chegou disposto a ficar, o qual era descendente do Ceará e residia em Águas Boas. O primeiro contato que o referindo primeiro morador teve com o lugar foi em 29 de fevereiro de 1959. Porém, a data oficial da fundação se deu com seu estabelecimento em 4 de outubro de 1959; data em que este aqui chegou, vindo também um agrupamento de 20 homens, retirantes nordestinos (do Ceará e Piauí) que aqui também se estabeleceram. Segundo esses primeiros moradores, o local era uma verdadeira floresta, com mata fechada, e a existência de uma rica fauna e uma rica flora, os animais existentes eram: onças, veados, pebas, tatus, porcos caititus, pacas, etc.… A área atualmente tida como território do município de Bom Jardim desde tempos memoriais foi habitada por populosas tribos indígenas, destacando os guajajaras. Quando os pioneiros aqui chegaram encontraram essa população já existente, os primeiros habitantes dessa terra. Houve rumores de ameaças de perseguição por parte dos indígenas. José Pedro teve várias vezes que fugir, temendo ser atacado (pois segundo os mais antigos moradores, era avisado com ameaças), contudo, retornava. Em verdade, estava produzindo o encontro entre dois mundos, entre duas culturas que se desconheciam e tinham, portanto, posturas distintas quanto à convivência recíproca na área: uns porque nela viviam ao logo do tempo, outro porque nela visavam realizar sonhos impossíveis em seus locais de origem, como, por exemplo, ter um lugar, um pedaço de terra para produzir sua subsistência. A primeira atividade econômica nesses primeiros dias dos primeiros moradores era na agricultura no manejo de roças, os quais faziam seus limites de áreas, por serem devolutas, através de veredas. Segundo relatos de primeiros habitantes, anos depois chegaram muitos poderosos e fazendeiros que, “na marra, e sob pressão nem respeito cercavam de arame as terras desses agricultores, dantes demarcadas na vareda” e delas se apossavam. Com a chegada de outras famílias, migrantes nordestinos, o local passou a ser denominado centro do Zé Pedro, em virtude da liderança do pioneiro, que a exercia estimulando a que os demais

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A HISTÓRIA DA ORIGEM DE BOM JARDIM

Adilson Motta, 2015

No início de sua história, essa região hoje chamada Bom Jardim era pertencente à Monção, uma região longínqua, onde só vinham caçadores residentes em Águas Boas que caçavam, pescavam e retornavam. No entanto, o Sr. José Pedro Vasconcelos chegou disposto a ficar, o qual era descendente do Ceará e residia em Águas Boas. O primeiro contato que o referindo primeiro morador teve com o lugar foi em 29 de fevereiro de 1959. Porém, a data oficial da fundação se deu com seu estabelecimento em 4 de outubro de 1959; data em que este aqui chegou, vindo também um agrupamento de 20 homens, retirantes nordestinos (do Ceará e Piauí) que aqui também se estabeleceram.

Segundo esses primeiros moradores, o local era uma verdadeira floresta, com mata fechada, e a existência de uma rica fauna e uma rica flora, os animais existentes eram: onças, veados, pebas, tatus, porcos caititus, pacas, etc.…

A área atualmente tida como território do município de Bom Jardim desde tempos memoriais foi habitada por populosas tribos indígenas, destacando os guajajaras. Quando os pioneiros aqui chegaram encontraram essa população já existente, os primeiros habitantes dessa terra. Houve rumores de ameaças de perseguição por parte dos indígenas. José Pedro teve várias vezes que fugir, temendo ser atacado (pois segundo os mais antigos moradores, era avisado com ameaças), contudo, retornava. Em verdade, estava produzindo o encontro entre dois mundos, entre duas culturas que se desconheciam e tinham, portanto, posturas distintas quanto à convivência recíproca na área: uns porque nela viviam ao logo do tempo, outro porque nela visavam realizar sonhos impossíveis em seus locais de origem, como, por exemplo, ter um lugar, um pedaço de terra para produzir sua subsistência.

A primeira atividade econômica nesses primeiros dias dos primeiros moradores era na agricultura no manejo de roças, os quais faziam seus limites de áreas, por serem devolutas, através de veredas. Segundo relatos de primeiros habitantes, anos depois chegaram muitos poderosos e fazendeiros que, “na marra, e sob pressão nem respeito cercavam de arame as terras desses agricultores, dantes demarcadas na vareda” e delas se apossavam.

Com a chegada de outras famílias, migrantes nordestinos, o local passou a ser denominado centro do Zé Pedro, em virtude da liderança do pioneiro, que a exercia estimulando a que os demais atuassem na região como um grupo e não disperso como sugere uma ocupação de terras devolutas. O local se tornou um pequeno povoado sob a administração de Monção, cujo prefeito era o senhor Antonilson.

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Monção, 2009.

Cidade de Monção - 250 anos depois de sua fundação (Foto tirada julho de 2006). A mãe de quase todas as cidades na região do Vale do Pindaré e algumas na região Turi (Zé Doca, Newton Belo...). Existe a insatisfação por parte de muitos cidadãos daquele lugar, devido ter dois séculos e meio de existência e apresentar morosidade e atraso no seu desenvolvimento. Existiu como vila, segundo Joana Matos dos Santos (professora de Monção) desde 16 de julho de 1757, fundação da 1ª Vila, a qual foi consumida por um incêndio. A segunda surgiu em 9 de junho de 1959, tendo sua emancipação política logo em seguida em 26 de novembro de 1959. Em 2007, a população de Monção era de 27.586 habitantes. Em 2010 esse número caiu para 24.125 habitantes. Muitas famílias migram em busca de melhoria, já que o espaço político não está atingindo esta meta para o social.Muitos municípios na região do Vale do Pindré e Turi apresentam altos índices de pobreza e subdesenvolvimento e vivem praticamente de repasses constitucionais; somando-se a isto a corrupção, que é um dos maiores entraves ao desenvolvimento.

Já o povoado Bom Jardim cresceu rapidamente devido às constantes migrações de lavradores que ali andavam atrás das matas destruindo-as para a construção de lavouras temporárias. Bom Jardim foi o maior produtor de arroz na região, “um verdadeiro garimpo” atraindo assim migrantes oriundos do Ceará, Piauí e outras regiões (fugitivos da seca) e do próprio Maranhão. O povoado recebeu inicialmente o nome de centro do Zé Pedro, em homenagem ao seu fundador. Em 1960, aproximadamente às 16 horas, um certo número de pessoas da comunidade, entre elas, Zé Pedro, sua esposa dona Maria, Valdivino (pai de Carmelita), Dona Neusa e outros, estavam no Barracão do próprio Zé Pedro reunidos para discutir sobre a mudança do nome do povoado. E, por apresentar grandes quantidades de

Antonilson, prefeito de Monção na época da emancipação política de Bom Jardim também deu a sua colaboração.

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pau d´arco e cedro com bastantes flores; razão pela qual os seus moradores passaram a chamá-lo de Belo Jardim; e em seguida devido o lugar apresentar clima aprazível, solo fértil e variadas qualidades de frutas nativas, tais como tuturubá, bacuri, coroatá, (croatá), cacau, manga, etc… Então o Sr. José Pedro, unânime com os amigos decidiram que o nome do povoado não seria Belo Jardim nem Centro José Pedro. Como vinha prevalecendo, considerando que o lugar não era só dele, e sim de todos, mas que o nome seria definitivamente Bom Jardim. O lugar era “bom e parecia um jardim”. Associaram então as duas palavras surgindo Bom Jardim que é seu nome atual.

Dona Maria e Dona Neusa, co-responsáveis e protagonistas pelo atual nome da cidade de Bom Jardim.

Na época de Bom Jardim povoado, antes mesmo da construção da BR 316, o baixão que se localiza entre o posto de Nildão e Hospital Municipal existia uma ponte de pranchas de madeira – por onde os moradores de Bom Jardim transitavam do alto José Pedro ao alto dos Praxedes.

Pau-d´arco – Árvore predominante nos primeiros dias do povoado Bom Jardim às margens da BR 316

Na medicina, o Pau d’Arco é considerado como um excelente anti-inflamatório,

antibacteriano, antifúngico e laxativo; além de ser bastante usado para tratar úlceras,

infecções urinárias, psoríase, diabetes e alergias, Doenças Sexualmente Transmissíveis

(DSTs), como sífilis, candidíases e cancro, além de problemas gastrointestinais e

alergias..

O Sr. José Pedro Vasconcelos é tido como primeiro administrador do povoado. Isso se deu em função de que todos quantos nele chegavam, procuravam–no para solicitar-lhe um local para construírem suas residências. Era ele quem determinava a aberturas das ruas, designando os

Para o Sertanejo a floração do Pau-D´arco, colorido de amarelo, é uma experiência de inverno. Além de indicar o período chuvoso, o vegetal tem utilidade no tratamento de diversas doenças virais

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locais para as construções de casas, motivo pelo qual foi tornando-se o chefe administrativo do lugar. Nos anos 60 só se fazia compras em Santa Inês e Pindaré montados a cavalos e burros.No inverno a dificuldade era maior ainda, pois só iam montados até a beira do igarapé ou rio, e então atravessavam de canoa e em seguida iam a pés. Os transportes que facilitavam a passagem dos viajantes indo e voltando de Santa Inês pertenciam aos índios; eram eles que, sendo pagos, faziam a passagem das pessoas. Atravessava desse modo, o rio Pindaré com os próprios animais dentro de canoas.

Existiam outras variantes feitas pela PETROBRAS, quando por aqui passaram em sondagem a existência de petróleo na região. Estas serviam de caminhos usados pelos índios Guajajaras da Aldeia Gonçalves Dias às margens do Rio Pindaré. Outras demarcações com fins de averiguação e pesquisa que se deu entre Bom Jardim e o povoado Boa Vista – às margens da BR 316.

Nos primórdios do município a situação era difícil, os primeiros moradores enfrentavam as dificuldades de toda ordem. Segundo Alcides Bezerra, (Um dos 1º moradores):

“No começo era difícil, pois quando precisávamos comprar mantimentos para o sustento da família, tínhamos que ir para Santa Inês ou Pindaré a pé ou montados em animais e a viagem demorava dois dias (ida e volta). Quando adoecíamos, ficávamos isolados e distantes da cidade, onde existiam farmácias e hospitais”.

As cidades de Santa Inês, Pindaré-Mirim e Monção tiveram um papel importante no processo de frente de expansão para os pioneiros no desenvolvimento da região, pois era nesses municípios que acorriam grande número de pessoas de outros municípios para realizarem suas transações comerciais.

Nos anos 60 a 62, o centro de José Pedro (depois Bom Jardim) continuou crescendo em ritmo acelerado em face do surgimento cada vez maior de casas residenciais, casas comerciais, muitas em formas de barracas ou edificações improvisadas, cujos donos eram migrantes de outros estados e de outras regiões maranhenses. O certo é que no ano 1962, Bom Jardim, já na categoria de Distrito município de Monção ganhava seu 1º líder político, o vereador Maneco Souza, residente no Distrito, juntamente com outros dois vereadores, Afonso Pinto e Valdivino Amorim.

O primeiro grande salto no desenvolvimento do povoado se deu com a chegada da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Dois anos depois, após sua fundação.

“o principal objetivo da SUDENE era, pois, promover o desenvolvimento harmônico de uma região estagnada e reduzir o grande fosso* que a separava dos centros dinâmicos nacionais. Eliminando a causa desse desequilíbrio, houve da SUDENE uma concentração dos investimentos dos projetos voltados para o fortalecimento da infraestrutura econômica com vista à elevação da oferta de serviços de transportes, energia, escola e saneamento básico”.

A região era estagnada devido à ausência de infraestrutura como estradas, eletrificação, escolas, hospitais e etc. sendo isso um fator de

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subdesenvolvimento. No entanto, a referida região apresentava uma grande produção agrícola, daí o sentido de ser tachado como um verdadeiro garimpo agrícola, que por longas décadas produzia arroz em grande escala para a exportação.

Data desta época a construção do aeroporto que foi um fator importante no desenvolvimento, facilitando o transporte para outras localidades distantes, pois na época a então BR – 22 atual BR – 316 era uma estrada vicinal que chegava a ficar interditada no inverno.

Fonte: Américo, Pedro Juvino (por Manin) A SUDENE instalou também uma unidade de assistência médica no

lugar, uma escola próxima ao aeroporto, a extinta Escola Estadual Unidade Integrada Bom Jardim, a qual os bonjardinenses chamavam de “Colégio da Sudene” (por ter sido construída por ela), esforço que ocorreu também no sistema educacional e nos programas e projetos estratégicos para o desenvolvimento da região.

No período de três anos após o estabelecimento da SUDENE, houve uma aceleração no crescimento populacional, cuja população ultrapassou a da sede da cidade mãe (Monção), elevando-o assim a categoria de distrito do município de Monção.

Além da SUDENE, houve também o projeto RONDON, que através de estagiários de universidade, faziam pesquisas no povoado Bom Jardim, os quais trouxeram remédios e projetos relacionados à saúde. Pois no momento era grande o número de malária na região.

Por intrigas e indecisões políticas entre situação e oposição que ocorriam entre Monção e Bom Jardim, a SUDENE aqui se instalou e, portanto, não permaneceu, indo se estabelecer em Zé Doca, em 1964; sendo esta a versão dos gestores da época. No entanto existe a versão popular e de outros políticos, de que a saída da SUDENE de Bom Jardim para outro município tenha sido porque políticos de situação da época na região acreditavam que a SUDENE tinha ligação com os comunistas, que, segundo eles, tentavam dominar o país no momento. (Veja também Michalany, 1986, p. 361), que confirma o fato da intenção comunista; exceto que a SUDENE tivesse vínculo algum com eles. O temor era produto de uma experiência que o país acabara de passar, onde a democracia brasileira, que estava em perigo e cujo presidente, João Goulart, era comprometido com os comunistas – fato este, que resultou em sua cassação e deposição.

Foto fornecida por Ziraldo(De Zé Doca)

O aeroporto por muito tempo serviu de espaço para a realização de corrida de cavalos; evento que atraía grande número de bonjardinenses como diversão e lazer.

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1º Morador de Zé Doca.

Primeiro morador de Zé Doca conhecido por Zé Doca. Zé Doca em 2007 apresenta 45.064 habitantes e uma área territorial de 2.414 km².

Prainha em Zé Doca

Município de Zé Doca atualmente/jul./2006

Vila do Bec – Zé Doca

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Zé Doca.

A Sudene ia se estabelecer em Governador Newton Belo, no entanto, segundo relatos, a mesma versão lá correu e a rejeitaram. Onde a Sudene se estabelecesse ia levar progresso e desenvolvimento, pois esse era o objetivo de sua instituição pelo governo federal.

Governador Newton Belo - 10 anos depois de sua emancipação política em 10 de novembro de 1994 ao ser desmembrado do município de Zé Doca. (foto tirada em julho/2006). Poucas mudanças... Por alguns é conhecida como “a cidade que parou no tempo” por conta do descaso de administradores.

O primeiro nome do município era Chapéu de Couro em homenagem a Raimundo Coelho Filho, conhecido Chapéu de Couro. O mesmo era maranhense e descendente da cidade de Coroatá. Enquanto morava no povoado que levava seu nome, exerceu a atividade de comerciante. Faleceu em 24 de dezembro de 1991 na cidade de Parauapebas. Sua família, hoje residente no município de Parauapebas é insatisfeita pela troca do nome do lugar que era Chapéu de Couro – que era um morador e filho da terra, o qual foi trocado por Governador Newton Belo, e que se sabe, nunca foi lá.

Foto fornecida por Antonia L.

Governador Newton Belo

Raimundo Coelho Filho, conhecido por Chapéu de Couro.

Farol da Educação: O que era para ser um projeto implantado em todo estado, em muitos municípios foi consumido pela corrupção.

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Fundação: 11 de novembro de 1994Microrregião: PindaréMesorregião: Oeste maranhenseÁrea: 1.160,866 km²População: 13.119 hab. IBGE: 2006Densidade: 11,3 hab. por km²Em 2007 essa população caiu para 11.005 habitantes.IDH: 0,494 PNU/2000/ IDH 2010: 0,521Renda percapita: R$ 1.238,92 IBGE/2003.Índice de exclusão social: 0,276Expectativa de vida: 55 anosRenda per capita: R$ 44,00Mortalidade infantil: 15,96% Índice de analfabetismo em 2000: 43,6%Índice de analfabetismo em 2010: 33,21% (IBGE)Governador Newton Belo, segundo o Jornal Pequeno (2007, Edição 21,563), é a 5ª mais pobre do Maranhão.

No transcorrer dos anos 62 a 65, o Distrito de Bom Jardim, já contava com um acentuado fluxo migratório, tornando-se um verdadeiro canteiro de obras. E mesmo de maneira desordenada, surgiam muitas casas comerciais, com diversos ramos de negócio, atendendo em grande parte, as necessidades dos moradores, em número cada vez maior. As primeiras residências eram construídas de tábua, em sua maioria, devido à facilidade de madeira e outras de taipas, devido a grande dificuldade de acesso a cidade de Pindaré-Mirim - cidade que oferecia material de construção de primeira qualidade. Pindaré era e o celeiro e ponto de convergência de toda região.

Tendo em vista o excepcional desenvolvimento econômico e demográfico, o povoado Bom Jardim tornou-se dos Distritos de Monção o mais importante Centro comercial do município.

Nasceu entre seus moradores um forte desejo de emancipação político-administrativa. Os comerciantes e o senhor José Pedro Vasconcelos, o seu fundador, considerados representantes da sociedade bonjardinense e prevalecendo a opinião geral, sem dissidência, optavam pela emancipação de Bom Jardim. Iniciaram uma grande luta política pelo objetivo proposto. A partir daí, começou o movimento político através e um grupo de jovens comerciantes. Os protagonistas dessa luta foram os senhores Gildásio Ferreira Brabo, João Batista Feitosa, César Sales, Gaspar Meireles, Zeferino Gomes Pereira e Mauzol Miguel de Souza. Um nome também, que é relevante ser lembrado nesse processo de emancipação é o de Arlindo Menezes, que no período era gerente do banco do Estado, no município de Pindaré. Em homenagem a este, é que existe a rua Arlindo Menezes.

O primeiro morador, José Pedro Vasconcelos faleceu em 2 de outubro de 2002, na cidade de Rio Preto da Eva, Amazonas.

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.Em princípio de 1964, já se destacara a campanha tendo em vista as

eleições para governador que realizou-se em 1965. Concorria para candidato do Maranhão, a governador o Deputado Federal José Sarney. O qual, devido sua eleição como o 2º deputado federal mais votado do Estado, lhe rendeu as credenciais necessárias para que o mesmo pleiteasse a candidatura a governador pelo grupo “Frente de Oposições Coligadas”. Na ocasião, o grupo de comerciantes que conspirava a possível passagem do povoado Bom Jardim para município, resolveu convidar o candidato José Sarney para uma visita ao lugar. O candidato aceitou o convite e no dia do seu comparecimento em reunião com os representantes bonjardinenses, estes firmaram o compromisso de apoiá-lo na sua campanha para governador do Maranhão. Expuseram suas ideias em relação ao povoado e reivindicaram a emancipação de Bom Jardim, o movimento contou com a adesão do prefeito de Monção.

Naquele ano de 1966, por imposição do prefeito de Monção. Sr. José Bastos, deu-se início a uma série de negociações, com referência ao processo de desmembramento de Bom Jardim, dado o fato daquele Prefeito só concordar com o desmembramento tão sonhado caso houvesse as renúncias de dois vereadores do povoado Bom Jardim; com isto, automaticamente cairiam também às posições dos suplentes de vereador. Não havendo outra solução, tudo ficou concordado e o velho “cacique”, José Sarney, mais uma vez entra em cena, acertando tudo em nome de Bom Jardim do Município de Monção.

Assim foi que, no ano de 1966, já com vereadores pelo novo partido a “ARENA”, assumiria a liderança política de Bom Jardim, o Sr. Gildásio Ferreira Brabo, que foi determinado na época por José Sarney, como representante do povoado Bom Jardim na esfera Estadual, tendo a frente das negociações políticas João Batista Feitosa e como suplentes de vereador, Bernardo Carvalho e José Alves de Souza. O candidato José Sarney fez um comício na praça que hoje leva seu nome, em seu discurso deixou explicitado ao povo bonjardinenses que um de seus primeiros atos quando governador do Maranhão seria a elevação do povoado Bom Jardim à categoria de cidade. Vale salientar que todas as manobras políticas da época tinham sempre à atuação de José Sarney, o qual foi eleito como Governador do Estado em 15 de Novembro de 1965, com expressiva margem de votos. O deputado José Sarney, que ao assumir o governo tratou logo de cumprir sua promessa aos bonjardinenses. Foi o Deputado Estadual

1º morador de Bom Jardim e famíliaJosé Pedro Vasconcelos

Foto fornecida por Srª Antônia

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Newton Serra que entrou com o projeto de emancipação de Bom Jardim na Assembleia Legislativa do Estado, no ano de 1966.

Foto tirada pelo 1º fotógrafo de Bom Jardim: Pedro Juvino por (Manin).

Com a promulgação da Lei nº 2735, de 30 de dezembro de 1966, sete anos após sua fundação, o povoado Bom Jardim passou à categoria de cidade. Em 14 de março do referido ano, foi realizada sua instalação pública. A partir desta data, Bom Jardim adquiriu sua autonomia política, ganhando com isso mais recursos como município criado, Bom Jardim emancipou com 750 eleitores (segundo Batista Feitosa). Foi com a coordenação de José Sarney que João Batista Feitosa assumiu o cargo de Interventor por dois anos; tudo isto, com o compromisso de coordenar e financiar toda a campanha da candidatura a Prefeito de Gildásio Ferreira Brabo.

Tomou posse o seu primeiro governante, João Batista Feitosa, nomeado a interventor do município pelo Governador do Estado, José Sarney.

A instalação da primeira Prefeitura de Bom Jardim foi em uma das casas do fundador do lugar, cedida por ele e sua esposa Euzamar Oliveira Vasconcelos localizada na Avenida José Pedro.

Na administração do interventor João Batista Feitosa foram implantadas as bases político-administrativas do município. Foi instalada a primeira Coletoria Estadual, foi comprado o prédio próprio da Prefeitura Municipal e iniciada a construção do Colégio Governador José Sarney. O registro da história de Bom Jardim, no aspecto administrativo, consta a primeira autoridade policial do município, na pessoa do Sr. Mário Santiago de Oliveira, como Inspetor de Quarteirão, autoridade que, na época fazia às vezes de um delegado de polícia, resolvendo todos os casos de responsabilidade da polícia, inclusive subordinado a Secretaria de Segurança Pública do Estado, que lhe dava todo o apoio no exercício de suas funções. Mário Santiago de Oliveira, que chegou neste município no ano de 1961, desempenhava função de Inspetor de Quarteirão até a chegada do primeiro Delegado de policia, em 1962, o Sr. Maximiano Costa,

João Batista Feitosa, 1º prefeito por interventoria de Bom Jardim Foto fornecida por Batista Feitosa.

José Sarney e cúpula política em comício nos princípios da emancipação política de Bom Jardim.

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que se tornou muito conhecido e muito temido, pela maneira enérgica como exercia seu cargo, sem interferência de políticos e ou pessoas influentes.

O 1º Cartório de Bom Jardim, como Município, foi implantado em 1968, tendo como categoria jurídica, Cartório de Oficio Único e subordinado à Comarca de Santa Inês, até 29 de Agosto de 1987, quando foi implantado a Comarca Bom Jardim, passando a contar com os cartórios 1º e 2º Oficio. O primeiro Cartório de Bom Jardim teve como escrivã a Sra. Esmeraldina Lopes Araújo, que exerce até os dias atuais. Hoje, é titular do Cartório de 2º Oficio, desde a criação da comarca de Bom Jardim.

Os meios de transportes e comunicação de Bom Jardim nos anos 60 no verão era caminhão jardineira (um ônibus com carroceria de madeira e mista) e a empresa Florência Ferreira. Durante o inverno, eram utilizadas tropas de burros, lanchas e canoa. Em Bom Jardim surgiu telefone no mandato do Prefeito Adroaldo em 1973. O primeiro rádio foi do senhor João do rádio, a primeira televisão pertenceu ao senhor Antonio Joaquim, onde muitas pessoas se reuniam para assistir; o primeiro proprietário de carro foi o senhor Raimundo Timóteo, o carro era um pick-up azul, e o senhor Frazão possuiu o primeiro caminhão; as tropas de animais que trafegavam a serviço da comunidade nos anos 60 –principalmente no inverno - transportando pessoas e produtos de Bom Jardim para a beira do rio Pindaré e de lá a Santa pertenciam aos Senhores:Sebastião Bispo, Manuel Chagas, Severino Leite, Geraldinho e Camilo, - este último, segundo relatos, foi o primeiro tropeiro a fazer fretes de Bom Jardim a Santa Inês, sua tropa era de 15 burros. A primeira moto a circular em Bom Jardim pertenceu ao senhor Dico da Vespa, o mesmo já faleceu.

O primeiro magarefe foi o senhor José Vieira dos Santos, conhecido como Zezé (comerciante).

O primeiro comerciante: Benedito Bogér, seu comércio era numa casa de taipa onde hoje é o comércio Casa Betel e a primeira casa de telha foi do senhor Antonio Surdo.

Empresa de ônibus muito conhecida na época: Florêncio – anos 80. (Foto por Washinghton Oliveira, 2013).

COMPLEMENTAR

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Em 1980, o Governo Federal João Figueiredo, preocupado com as tensões sociais na região que hoje chamamos de Projeto Ferro Carajás, resolveu criar o Grupo Executivo das Terras do Araguaia-Tocantins (GETAT), subordinado ao Conselho de Segurança Nacional.

Ao GETAT foram dadas as mesmas atribuições do INCRA, restringindo-se porém à sua área específica, a qual abrangia cerca de 450.000 km², sendo 60% no Pará, o Estado de Goiás, 22%; e o Maranhão com 18%, envolvendo os municípios de: Amarante do Maranhão, Açailândia, Bom Jardim, Carolina, Carutapera, Estreito, Imperatriz, João Lisboa, Montes Altos, Porto Franco, Riachão, Santa Luzia e Sítios Novos.

Em 06 de maio de 1984, ainda povoado de Marabá, Parauapebas foi invadidopor dois mil garimpeiros. Todas as ruas, desde as correntes da Portaria da Vale até a saída do povoado ficaram cheias de garimpeiros, os quais destruíram vários prédios públicos. Revoltados e enfurecidos (com o fechamento do garimpo Serra Pelada pelo governo federal), queriam a todo custo invadir a Serra dos Carajás. E do lado de dentro das correntes estava a polícia, e chegavam aviões cheios de homens do exército – que impediram o ato.

3.1 CONTEXTO DA POLÍTICA ESTADUAL E NACIONAL

Presidência de Juscelino Kubitschek (1956 a 1961)

Em 1960, inauguração de Brasília.Abertura de grandes rodovias como a Estrada Belém/ Brasília.Construção de grandes usinas hidrelétrica (furnas três Maria em

Minas Gerais). Grande impulso a indústria nacional.

Presidência de Jânio Quadros (de 31/01 de 1961 até 25/08 do mesmo ano). Com sete meses de governo renunciou.

Presidência de João Goulart: (1961 a 1964)Ao tentar levar o país para o socialismo ao modelo de Cuba

desencadeou a revolução de 64 (da qual os militares governaram até 1985).

Presidência: Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (primeiro governo revolucionário, 1964 a 1967).

Governador do Estado: Newton Belo (1961 a 1966)Principais realizações:

Instituiu um Plano de Colonização e Desenvolvimento Agropecuário (PLANAGRO).Criou uma Comissão Executiva do Planejamento Educacional do Maranhão (CEPLAMA), que traçou o plano trianual de Educação. A revolução de 64 poria fim a sua carreira política, foram cassados seus direitos políticos por dez anos. (Sendo substituído por Alfredo Duailibe até 1966).

Você sabia... Que a estrada que liga Bom Jardim a São João do Carú foi iniciada na administração de João Batista Feitosa. E que, até o povoado Barrote foi feito à máquina.Do Barrote até o povoado Gurvia foi feito em atividade braçal.

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3.2 EVOLUÇÃO SÓCIO-POLÍTICO DA HISTÓRIA DE BOM JARDIM.1º MANDATO (1969-72)

Em 1968 deflagra-se a campanha em prol das eleições para prefeito e vereadores em todos em todos os Estados do Brasil. Candidatou-se para Prefeito de Bom Jardim, o senhor Gildásio Ferreira Brabo (ARENA I) e Expedito Ribamar Pereira (ARENA II – Aliança Renovadora Nacional).

Realizadas as eleições, foram eleitos: Gildásio Ferreira Brabo para Prefeito municipal e para vice-prefeito, José Alves de Souza. Para a primeira Legislatura do Município foram eleitos os vereadores: Adroaldo Alves Matos e Bernardo Carvalho Nunes (ARENA II), Luís Ferreira Lima, Raimundo Nonato Figueiredo, Agostinho Maranhão Oliveira, Miguel Alves Meireles, João Soares de Melo, José Jesus Carvalho e Zeferino Gomes Ferreira (ARENAI), Edis que foram a primeira Câmara Municipal de Bom Jardim instalada através da ata de posse da Câmara Municipal no dia 06 de Janeiro de 1969. O primeiro presidente da Câmara de vereadores de Bom Jardim foi Luís Ferreira Lima.

Principais obras realizadas:

A instalação do Departamento de educação e Cultura, conforme a Lei nº. 32 de Março de 1971, término da construção do Hospital Municipal, implantação do ginásio Bandeirante, já que o estado montava sua rede de ginásio em cerca de 25% dos municípios maranhenses, percentual que deveria crescer ano a ano, tanto é que atingiu em 1971, 91 dos 130 municípios do Estado. O ponto mais crítico residia no ensino primário, principalmente na zona rural; para tentar modificar esta situação foi concebido o “Projeto João de Barro” pela equipe de assessoramento do Governador. O objetivo do Projeto “João de Barro” foi assim anunciado através de um processo de educação integrada em nível elementar, inserir o homem rural no processo de desenvolvimento socioeconômico realizado, foi construído um posto médico na sede, e ampliação das escolas na zona rural.

Contexto da política estadual e nacional (1969/1972)

Presidente

Presidência de Costa e Silva (1967-1969)

Primeiro Prefeito eleito de Bom Jardim Gildásio Ferreira Brabo.

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Vindo a falecer em 17 de dezembro de 1969, não terminou seu mandato. Em função de sua morte os Deputados Federais e Senadores elegem o General Emilio Garrastazu Médice para a presidência (1969/1974). Obras realizadas: construção da rodovia Transamazônica e da Rodovia Cuiabá-Santarém

Governador

José Sarney (1966-1970). Pontos relevantes em seu governo: A criação da Superintendência do Desenvolvimento do Maranhão (SUDEMA). A qual caberia traçar e supervisionar o plano de desenvolvimento do Estado. Criou no programa escolar a escola João de Barro, para o mais pronto combate ao analfabetismo, e a instituição da Televisão Educativa, para a maior difusão do ensino médio; e ainda, no campo da educação a criação das escolas superiores de Agricultura, Administração e Engenharia, em São Luís e de Educação em Caxias. Alargou a rede rodoviária do Governo Federal, e o início da energização dos municípios, em fase da construção da hidrelétrica de Boa Esperança pela União; asfaltamento das artérias do centro urbano, a construção da ponte sobre o rio Anil, construção do porto do Itaqui.

Neiva de Santana (1971 a 1975)

O PROJETO DE COLONIZAÇÃO NO GOVERNO PEDRO NEIVA (1971-1974)

Na década de 1970,0 Brasil vivia sobo regime discricionário implantado pelo golpe militar de 1964. Naquela época, os governadores estaduais eram indicados pelos generais-presidentes e depois eleitos pelas respectivas Assembleias Legislativas.O médico e ex-prefeito de São Luís Pedro Neiva de Santana foi indicado pelo presidente da República Gal. Emílio Garrastazu Médici ao governo do Maranhão e, em seguida, eleito pela Assembleia Legislativa. Empossado como governador do Estado, Pedro Neiva de Santana dispunha-se a desenvolver uma política de colonização agrária no Estado. Para tanto, contava com o apoio irrestrito do então presidente da República, que o havia nomeado. O General Emesto Geisel, que sucedeu a Médici, também apoiava grandemente a iniciativa, de modo que só restava dar início à elaboração do grande projeto agrícola.Por outro lado, dada a necessidade de imprimir velocidade e dinamização no processo de ocupação ordenada das terras devolutas do Maranhão, fazia-se necessária a criação de uma companhia de colonização. Com esse fim, no dia 6 de dezembro de 1971, o Projeto de Lei n2 3.230 foi encaminhado à Assembleia Legislativa, onde foi apreciado e aprovado em caráter de urgência. O ato autorizava o governador Pedro Neiva de Santana a criar a Companhia Maranhense de Colonização (COMARCO), estruturada sob a forma de sociedade anônimade economia mista.Em seu governo deu ênfase ao sistema rodoviário, a rede de energização e de saneamento do interior e uma política de colonização e de saneamento do interior e colonização agrária.No campo da educação instituiu o Conselho Estadual de Cultura e da Fundação Cultural do Maranhão com vista a uma

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futura universidade estadual.No campo econômico, além da política de colonização agrária, a atividade do banco de desenvolvimento do Maranhão, e a criação da Federação das Escolas Superiores do Maranhão, a Companhia Progresso do Maranhão; no campo de segurança, a interiorização da Polícia Militar, com a criação de 5 batalhões, sediados em São Luis, Caxias, Pindaré-Mirim, Imperatriz e Livramento. Terminou a construção do porto do Itaqui.

2º MANDATO (1973 a1976)

No ano de 1972 realizaram-se novas eleições no país. Concorriam às eleições Municipais de Bom Jardim Adroaldo Alves Matos e Joca Soares de Melo; sendo eleito Prefeito Municipal Adroaldo Alves Matos e Miguel Alves Meireles, vice-prefeito. Os vereadores foram: José Nilo Ribeiro, Mauzol Miguel de Sousa, Ângelo Jorge Vieira, Aldimar da Silva Porto, João Soares de Melo, Martinho Gomes de Azevedo, Raimundo Nonato Figueiredo, Antonio Carvalho e Zeferino Gomes Pereira.

PRINCIPAIS OBRAS REALIZADAS

Implantação da rede distribuidora de energia elétrica, proveniente da Hidrelétrica de Boa Esperança sob administração da CEMAR. Conclusões dos serviços de abastecimento de água realizadas pela CAEMA, construção do mercado público municipal de abastecimento, construção de escolas na zona rural.

CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL E ESTADUAL

PRESIDENTE Presidência de Ernesto Geisel (1973 a1976)

Meta prioritária do seu governo:- Desenvolver o sistema Ferroviário, Fluvial e Marítimo; - Aumentar as exportações, as pesquisas minerais e o aproveitamento do xisto e do carvão; Desenvolver a qualquer preço a tecnologia nacional e ampliar a fronteira Agrícola em todas as áreas de produção.Houve o acordo de cooperação nuclear (Brasil//Alemanha) para suprir a crise energética e petrolífera do país.

GOVERNADOR: Nunes Freire: (1975 a 1979)

Osvaldo da Costa Nunes Freire concluía um mandato de deputado estadual pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional), quando foi indicado pelo governo federal a substituir o governador Pedro Neiva. Seu nome, então, foi escolhido pela Assembleia Legislativa, da mesma forma que seu antecessor. Como se encontrava doente na data da posse (15 de março de 1975), a faixa de governador foi recebida por seu vice, o Dr. José Duailibe Murad, que permaneceu interinamente no cargo até o dia 31 de março do mesmo ano, data em que o titular se integrou ao seu mandato.As expectativas por parte dos colonos eram as melhores possíveis. Todos estavam esperançosos por melhores dias e pela continuidade do Projeto de Colonização no interior do Estado. Assumia o governo do Estado do Maranhão o Dr. Nunes Freire. Com um perfil diferente de seu antecessor, o

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novo governador tentou mudar radicalmente a política agrária no Estado, dentre outros setores administrativos. Como ficou o projeto?Ficou parado! Isso mesmo, durante todo o seu governo, nenhum investimento foi aplicado no tão sonhado Projeto de Colonização. O governo se limitou apenas à manutenção do funcionalismo e em inaugurar algumas obras executadas pelo prof. Pedro Neiva.

3º MANDATO (1977 a1982)

No ano 1976 novas eleições foram realizadas. Concorriam as eleições municipais de Bom Jardim Miguel Meireles e João Franco Sousa. Sendo eleito Miguel Alves Meireles, Prefeito Municipal e Joaquim Servo de Araújo, vice-prefeito. Para vereadores foram eleitos: Valquírio Bertoldo do Nascimento, Mauzol Miguel de Sousa, José Nilo Ribeiro, João Sobral, José Abreu de Oliveira, João Soares de Melo, Hélio Ferreira da Paixão, Francisco Cândido de Araújo.

PRINCIPAIS OBRAS REALIZADAS

Instalação do primeiro posto de serviço telefônico (TELMA), e a estação repetidora da Rede Globo por intermédio da TV difusora Maranhão canal 4, construção do Cemitério Publico, Praça Governador José Sarney e São Francisco de Assis; em Novo Carú, o serviço de eletrificação com motor a Diesel, ficando ainda implantados os postes para o recebimento da rede de distribuição de hidrelétrica, sendo que este serviço não foi concluído pela administração seguinte, em consequência, os postes caíram, mas atualmente, Novo Carú já está todo iluminado com energia elétrica em postes de cimento proveniente da hidrelétrica de Boa Esperança. Construção do colégio Municipal Ney Braga (frente a CAEMA, o qual hoje funciona como Secretaria de Agricultura); e o Jardim de Infância Topo Gígio (onde hoje é o Centro Cultural). Construção de escolas na zona rural. Em Novo Carú foi também construída a praça denominada “Praça Raimundo Nonato Pinheiro”, em homenagem ao seu primeiro morador. Realizou-se também abertura de estradas carroçáveis do Centro do igarapé dos Índios e de São João do Carú, construção de mine-postos de saúde nos povoados da zona rural.

CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL E ESTADUAL PRESIDENTE Presidência de João Batista Figueiredo (5º Presidente Revolucionário) criou a lei de Anistia (onde todos exilados de 1961 a 1979 retornaram).

Miguel Meireles

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Fez a abertura democrática. Houve a campanha das “diretas Já” que expressava a vontade geral do povo. A vontade do povo não foi acolhida quanto a presidente.

GOVERNADORJoão Castelo Ribeiro Gonçalves (1979 a 1982)

No dia 15 de março de 1979, o ex-diretor do Banco da Amazônia e ex-deputado federal João Castelo Ribeiro Gonçalves assumia o governo do Estado. Com sua posse, surgia novamente a expectativa de melhores dias para o homem do campo. Os colonos esperavam ansiosos por novos investimentos no Projeto. Eles, apesar de terem sofrido com o atraso do governo anterior, não desanimaram. Alimentaram-se de esperanças que, felizmente, foram concretizadas. O novo governador, logo ao assumir o cargo, tratou imediatamente de atender as reivindicações dos colonos, inclusive criando a Secretaria do Interior, dentre as quinze já existentes. João Castelo organizou sua equipe e exigiu — em caráter de urgência — um levantamento das necessidades do Projeto de Colonização. Em seguida, iniciou os tão sonhados investimentos.Reformulou a alta administração que, afora os dois gabinetes civil e militar, passou a contar com mais 15 secretárias, a saber: de planejamento e coordenação (SEPLAN), de Agricultura (SAGRIMA), de Indústria, comércio e turismo (SICT) DE Segurança Pública (SSP), de (SEAD), de Educação e Cultura (SEC), de Saúde Pública (SSPI), de Trabalho e Ação Social (STAS) e as recém criadas, Secretaria de Recursos Naturais, Tecnologia e Meio Ambiente (SERNAT), de Justiça (SJ) e do Interior, (SI).

FOTOS ANTIGAS DE BOM JARDIM DE 1983

Mercado Municipal de Bom Jardim, 1983.

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Rua do Comércio ano: 1983

A assembleia de Deus era localizada onde hoje é a Prefeitura de Bom Jardim

4º MANDATO (1983 A 1988)

Em 1982 são realizadas novas eleições para governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores. Concorriam as eleições Adroaldo Matos, Joca Soares e Gildásio Ferreira Brabo.Foram eleitos em Bom Jardim, Adroaldo Alves Matos, prefeito Municipal e Dr. Muniz Alves, vice-prefeito, para o poder Legislativo foram eleito os vereadores: Francisco Nascimento, José Abreu de Oliveira, Manoel Carreiro Varão, Bernardo Luís de Andrade, Benedito Alves de Carvalho, Apolinário Antonio de Araújo, Joaquim Severo de Araújo, Pedro Costa de Souza, Salomão da Silva Pereira. Miguel Dias Brasil,Raimundo Alves Ferreira e Francisco dos Santos Pereira, os quais tomaram posse no dia 1º de Fevereiro de 1983.

Fonte: Arquivo pessoal de Pedro Juvino.

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Dr. Muniz. Foto fornecida pelo Sr. Dir .

Bom Jardim/ Anos 80.Principais obras realizadasConstrução do prédio da Câmara de Vereadores, do Fórum (antes em frente ao mercado), colégio municipal Ney Braga II, para o ensino de 2º Grau (foi quando iniciou o Ensino Médio em Bom Jardim na escola pública). Em convênio com o programa EDURURAL, deu continuidade as construções dos Colégios na zona rural. Efetuou o calçamento com pedras em várias ruas na rede do município. Iniciou o programa de distribuição de alimentos a gestantes (INAM). Comprou um motor de luz para os povoados: Rosário, Cassimiro e Tirirical.

Dois prefeitos mortos por pistoleiros Adroaldo Alves Matos foi assassinado no interior de sua residência quando este estava em reunião com lideranças comunitárias, na praça Governador José Sarney (centro da cidade) mais ou menos às 19h do dia 10 de abril de 1987, por pistoleiros até hoje não identificados. Apesar das mais de 10 testemunhas oculares do assinato brutal, nem matadores nem mandantes jamais foram identificados pela polícia. O inquérito nem foi encaminhado à justiça. Está até hoje na Delegacia de Santa Inês, segundo Alzinete Matos, (apud Jornal Pequeno, 07/10/2007).

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Três dias após a morte do prefeito, tomou posse através da Câmara Municipal o vice-prefeito Dr. Antonio Muniz Alves, que deu prosseguimento aos trabalhos administrativos do Município. Sendo este, também assassinado, logo no término de seu mandato, quando se encontrava no Posto Magnólia.

As principais obras realizadas em seu curto período de governo foram:Posto Central da Telma (junto ao mercado central), Prefeitura Municipal, dois quilômetros de asfaltos (na rua do comércio). Foi no governo de Dr. Muniz, que iniciou o processo de eletrificação rural em Bom jardim, através de apoio e parceria com o Deputado Federal Cid Carvalho. Antes só existia em alguns povoados, através de motor de luz (à Diesel).

CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL E ESTADUAL (1983 A 1988)

PRESIDENTE

José Sarney. Fim dos Governos Revolucionários. Início da nova República. Em eleição realizada pelo colégio Eleitoral, ganha Tancredo neves, o qual, vindo a falecer, assumiu o vice José Sarney em 22 de Fevereiro de 1985 a 1990. Sarney fez a abertura democrática do país, atendendo o apelo às “Diretas Já”. Consolidando desta forma, o processo de redemocratização do país.

Governador Luís Rocha (1983 -1986)O PROJETO DE COLONIZAÇÃO NO GOVERNO LUÍS ROCHA (1983- 1986)

Durante o governo de Luís Alves Coelho Rocha, o Projeto sofreria novamente o descaso. O governador até que freqüentou o Projeto, mas não deu a devida assistência aos colonos, que padeciam sem as condições necessárias para continuar a árdua tarefa de lavrar aterra. Foi uma época em que não houve grandes investimentos. No momento, grande número de homens deixavam suas famílias, rumo ao Estado do Pará para aventurar a sorte principalmente nos garimpos da Serra Pelada. Tal fenômeno que durou até meados dos anos oitenta, causou grandes desilusões e problemas àqueles lavradores &garimpeiros e às suas respectivas famílias que passavam a ser chefiadas pelas esposas.

5º MANDATO (1988 A 1992)

Alzinete Matos mostra onde o pai (destaque) caiu, crivado com 29 tiros.

Fonte: Jornal Pequeno, (07/10/2007)

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Em 15 de novembro de 1988 realizam-se novas eleições no país. Concorriam as eleições Antonio Soares Pedrosa, Joca Soares, Dr. Carlos Celso, Miguel Meireles e Agenor da Conceição. Foram eleitos em Bom Jardim, Antonio Soares Pedrosa (Fogoió), Prefeito Municipal e Adelaide Sales Rios Matos, Vice-Prefeito, os vereadores foram: Francisco dos Santos Pereira, (Presidente da Câmara) Ozimo Jansen, Elizeu Alves da Costa, Raimundo Alves Ferreira, Manoel Carreiro Varão, João Batista Feitosa, Raimundo Pereira Leite, Bernardo Luís de Andrade, José Rodrigues Neto, Aldery Sebastião Ferreira, Misael Santos Souza, Antonio Feitosa Primo, Boanerges da Silva Andrade.

Principais obras realizadasEm seu governo foi realizado calçamento na zona urbana, Construção do ginásio de Esporte Pedrosão, a construção de casas populares na zona urbana, o terminal Rodoviário com o apoio do Deputado Federal Cid Carvalho. Na administração de Antonio Soares Pedrosa houve um grande avanço na eletrificação rural do município. Uma das ações também importante foi transportar muitas pessoas doentes para Teresina, com hotel e remédio tudo pago pela prefeitura.

Terminal Rodoviário. No período em Ginásio Poliesportivo Pedrosão.que foi conseguido – era um sonho.

Contexto da política nacional e estadual

Fernando Color de Melo: (1990 a1992)

Extinção do cruzado novo. -Bloqueio das cadernetas e contas-corrente, que ultrapassaram 50.000 cruzados novos.Congelamento de preço e salário.No dia 26 de agosto de1992, foi realizado o impeachment de Color, afastado e teve seus direitos políticos suspensos por 8 anos. Assumindo Itamar Franco (1992 a 1994).

GOVERNADOR

Epitácio Afonso Pereira Cafeteira (1987 a1991)

Em seu governo foi construído o CLA (Centro de Lançamento de Alcântara). Passou o cargo ao vice João Alberto de Sousa, que completaria seu governo enquanto iria para o Senado.

6ª MANDATO (1993 a 1996)

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Em 1992 realizaram-se novas eleições no país. Concorriam as eleições Dr. Carlos Celso e Manoel Gralhada. Foram eleitos em Bom Jardim, Dr. Carlos Celso Ribeiro Vieira, Prefeito Municipal e João Soares de Melo, vice-prefeito. Os vereadores foram: Jorge Ângelo Vieira da Silva, Antonio Otávio Oliveira, Bernardo Luis de Andrade, Boanerges da Silva Andrade, Eliseu Alves da Costa, Francisco Soares de Melo, José Rodrigues Neto, Misael Santos Souza, Alciomar Sales Rios, Manoel Carreiro Varão, Marinete dos Santos de Abreu, Raimundo Alves Ferreira, Raimundo Pereira Leite.

Dr. Carlos Celso

Principais obras realizadas:

Centro Informal; Bairrro Santa Clara (Compra e doação dos terrenos).

Contexto da política nacional e estadual

PRESIDENTEItamar Franco (1992 a 1994)

GOVERNADOREdson Lobão (1991 a 1994). Renunciou no fim do seu mandato e se candidatou ao senado, entregando o exercício da governança a seu vice, José Ribamar Fiquene. (1994 a 1995).

7º MANDATO (1997 a 2000)Em 1996 realizaram-se novas eleições no país. Concorriam as eleições Manoel Gralhada, Dr. Roque Portela e Professor Raimundo. Foram eleitos em Bom Jardim, Manoel Lídio Alves Matos (Manoel Gralhada), Prefeito Municipal e Chiquinho do Abdon, vice-prefeito.Os vereadores eleitos foram: Raimundo Pereira Leite, (Presidente da Câmara), Eliseu Alves da Costa, Antonio Otávio Oliveira, Antonio Lopes Varão, Aldery Sebastião Ferreira, Pedro Costa Sousa, Francisco Ferreira Lopes, Bernardo Alves Meireles, Marinete dos Santos de Abreu, Remy Rodrigues Silva, Demétrio Santos Passos, João Batista Feitosa, Leny Pacheco Silva.

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Manoel Gralhada

Principais obras realizadas nos dois mandatos de Manoel Lídio Alves Matos: Teve um bom avanço e desempenho na construção de escolas em muitos povoados da zona rural e na sede. Entre estas a escola Fernanda Sarney, onde funcionou 4 cursos da UFMA (Unidade Federal do Maranhão) em cursos de nível superior em Licenciatura Plenas para profissionais na área da educação (cursos de Letras, Matemática, Pedagogia e História).Construiu também o conjunto habitacional COHAB, fez asfaltamento nas principais ruas do centro urbano e construção de poços artesianos na zona rural. Fez eletrificação rural em alguns povoados da zona rural, a construção de um Centro Cultural e postos de saúde.

Contexto nacional e estadual

PRESIDENTE

Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2000)

Buscou integrar a economia brasileira ao mercado mundial (era da globalização).Aproveitando-se da onda de privatizações determinadas pela política neoliberalinduzida pelo governo americano, FHC privatizou quase todas as empresas estatais do país alegando gerar divisas e pagar as contas públicas – o que não aconteceu, ao contrário, no final de seu governo, a dívida pública (interna e externa) apenas subiu, R$ 1,34 trilhão - deixando ao povo brasileiro e seu sucessor Lula, o “abacaxi”. Entre as empresas privatizadas, a mais polêmica é a da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) onde, segundo movimentos sociais, especialistas e defensores pela reestatização, a empresa gerava enorme rendas para o país e era estratégica para o desenvolvimento do Brasil. A CVRD foi vendida por 3,3 bilhões de reais em 1997; E, na avaliação de um ex-diretor da empresa, a mesma estaria valendo em torno de 100 bilhões. Segundo pesquisas particulares, apenas Carajás, que tinha previsão de exploração por 400 anos (hoje caiu para 200) pelo aumento e velocidade da exploração como a empresa está atuando, vale mais de R$ 1 trilhão. Mais de 60% de seus acionistas são estrangeiros. A CVRD explora minério em 14 estados brasileiros e atua em 17 países, comprou a INCO canadense(que explora níquel) por US$ 18 bilhões, tornando-se a segunda maior mineradora do mundo. Possui concessões por tempo ilimitado para realizar pesquisas e explorar o subsolo em 23 milhões de hectares do território brasileiro, uma

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área correspondente aos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte.Em seu governo foi também criado o programa FUNDEF(Fundo de manutenção e desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério) através do qual houve maior valorização ao professor.

Você sabia que...

O lucro da Vale em 2008, R$ 21,279 bilhões. Enquanto isto, a pobreza no Brasil cresce. Este lucro durante um ano daria para manter o orçamento do estado do Maranhão com seus 217 municípios, cujo orçamento (2007) foi de 6,1 bilhões durante 3,4 anos (três anos e quatro meses). Essa enorme riqueza que vai para fora do Brasil é fabulosa, o que fica demonstrado nos lucros da Vale citado acima. Segundo o INEP, a erradicação do analfabetismo no Brasil exigiria 200 mil educadores. Esses alfabetizadores ganham apenas (R$ 420,00) como salário. O gasto de pessoal dos 200 mil educadores por ano (considerando 12 meses) corresponderia a R$ 1,008 bilhão. Considerando o lucro da Vale em 2007, isto daria para erradicar 21,1 vezes o analfabetismo do Brasil.

E que, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, (Fiesp), publicados em reportagem de Cristina Bonfati da Agência Unnb, a corrupção no Brasil “saqueia” dos cofres públicos o equivalente a R$ 27,1 bilhões. O valor corresponde a 81% do orçamento da educação no país tomando como base 2008.

GOVERNADOR(A):Roseana Sarney 1º mandato (1995 a 1999), sendo reconduzida a um segundomandato em 15 de março de 1999 a 2002. Extinguiu as clássicas Secretarias que eram cópias dos Ministérios Federais, substituindo-as por sete Gerências (de Administração e Modernização, de Alimentação de Bens Móveis e Imóveis; de Desenvolvimento Social; de justiça, Segurança Pública e Cidadania; de Desenvolvimento Humano; da Receita Estadual; e de Qualidade de Vida) que tinha como função à execução de atividades coordenadas e fiscalizadas em todo o território do estado, pelas Gerências Regionais.

8º MANDATO (2001 A 2004)

Em outubro de 2000 foram realizadas novas eleições para Deputados, Governador, Senador, Prefeitos e Vereadores. Concorriam às eleições Manoel Gralhada e Dr. Roque Portela. Foram eleitos em Bom Jardim, Manoel Lídio Alves Matos, Prefeito Municipal e Eliseu Alves da Costa, vice-prefeito. Os vereadores eleitos foram: Reginaldo Meireles Cunha (Presidente),

Gerência Regional da Microrregião Vale do Pindaré em Santa Inês.(Extinta no governo de Jackson Lago).

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Antonio Lopes Varão, Raimundo Pereira Leite, Aldery Sebastião Ferreira, Alcionildo Sales Rios Matos, Antonia da Silva, Clara Maria Araújo Maciel, Elberfran Oliveira Costa, Francisco Cruz, Francisco Ferreira Lopes, Francisco Santos Pereira, Leny Pacheco Silva e José Vieira Santos Filho.Manoel Lídio, o “Manoel Gralhada”, chegou a ter seu mandato cassado pelo juiz da 78ª Zona Eleitoral de Bom Jardim, Júlio César Prazeres, em maio de 2004, sob acusação de abuso de poder econômico na eleição de 2000, mas deixou a cadeira de prefeito por apenas 50 horas, sendo diplomado Antonio Roque Portela (provisoriamente). Manoel Gralhada foi reconduzido ao cargo por uma nova decisão judicial.Contexto nacional e estadual

PRESIDENTEFernando Henrique Cardoso (2000 a 2003)Luís Inácio lula da Silva (2003 / 2007)

GOVERNADORJosé Reinaldo Tavares (2003 a 2007)

Seu governo iniciou com bons acenos, porém, houve alegações de que grupos políticos tradicionais, junto ao “Governo Federal” articularam corte de recursos que entravam no Estado – principalmente no setor educacional, que foi o maior prejudicado. Os professore, além de não receberem seus proventos em dias (estando em acúmulos mais de três meses), tiveram-no reduzidos a mais da metade. As aulas do ensino Médio foram interrompidas em pleno funcionamento letivo (em muitos povoados) das cidades maranhenses, Inclusive Bom Jardim.Sendo este, um dos grandes impasses político que o estado já teve. Ficando um questionamento para a sociedade maranhense: Essa crise teve origem em razão políticas ou econômicas? Se sua origem é econômica, porquê antes não a conhecíamos?Se tiver origem política, a sociedade maranhense não está sendo respeitada. Seja por políticos de situação e de oposição, que na perspectivas da busca ao poder, tudo “vale” até prejudicar a sociedade no objetivo de uma melhor cotação política.

9º MANDATO (2005 A 2008)Em três de outubro de 2004 ocorreram novas eleições. Concorrem Dr. Roque Portela e Chiquinho do Abdon. Sendo eleito Dr., Roque e vice-prefeito Eliseu.Os vereadores eleitos foram: Alciomar Sales Rios Matos, Francisca Elia de Mesquita, Antonio Lopes Varão, Lenir Pacheco Silva, José Vieira dos Santos Filho, Aldery Sebastião Ferreira, Elberfran Oliveira Costa, Francisco Ferreira Lopes, Márcio Sousa Pereira. Sendo presidente da Câmara: Aldery Sebastião Ferreira.

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10º MANDATO (2009 A 2012)

Em 5 de outubro de 2008 foram realizadas novas eleições para Prefeitos e Vereadores em todo país. Concorriam às eleições em Bom Jardim: Manoel Gralhada (3.572 votos),Antonio Roque Portela (nulos), Eliseu Alves (87 votos), Beto Rocha (5.386 votos), Alcionildo Matos (2.129 votos) e Nilo Ribeiro (139 votos). Foram eleitos em Bom Jardim, a prefeito: Beto Rocha (segundo colocado com 5.386 votos, pois o primeiro colocado Antonio Roque Portela teve seus votos inválidos (nulos: 7.133) - pois concorria na condição de uma 3ª reeleição – por ter assumido em maio de 2004, quando Manoel Gralhada fora cassado. Para não ficar na “amarga vitória”, o mesmo recorreu a Brasília, o centro da anuência e dos jogos de cintura, onde teve o direito concedido de assumir o mandato em janeiro de 2008. Sua vice-prefeita: Lenir Pacheco Silva. Os vereadores eleitos foram: Antonio Cesarino, Silvano Andrade, Zé Filho, Pedrinho, Chico do Braz, Puaka, Sinego, Seloneide Noronha e Seu Augusto. Número de eleitores na eleição de 2008: 19.834.

Por Anésio Lopes& Juca in 12/2007

SUFRÁGIO DE 2006Em 29 de outubro de 2006 houve novas eleições para deputado, senador, governador e presidente – Sendo reeleito a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, com mais de 58 milhões de votos (60,83% dos votos válidos) vencendo em segundo turno o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Geraldo Alckmin.A governador do Maranhão, Jackson Lago. Num governo que se estenderá de 2007 a 2010. O primeiro ato administrativo de seu governo foi à desintegração das Gerências de Desenvolvimento

Escola Estadual de Ensino Médio 06/2007. Construída pelo Governo do Estado; a parceria do município foi a doação do terreno.

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Humano. E em seus discursos, deixou claro que a nova via de promoção para o desenvolvimento do estado seria através de um governo integrado com os municípios para alavancar e resgatar o estado dos piores indicadores que ostenta para o país.Em abril de 2009, Lago e seu vice foram acusados e cassados pela coligação: a “Força do Povo”, por abuso de poder político – de terem sido favorecidos por um suposto esquema que cooptava e corrompia lideranças políticas, articulado pelo ex-governador José Reinaldo (PSB), para eleger o seu sucessor. ROSEANA SARNEY – O EMPRÉSTIMO DA SALVAÇÃO (2013)

Faltando apenas 1 ano e 7 meses para as eleições a governo do estado, um baixo índice

de aceitação e uma oposição fortalecida na pessoa de Flávio Dino, onde as pesquisas

apontavam 62% de intenção de votos. As pesquisas também mostravam que 83,69%

dos entrevistados disseram que o melhor para o futuro do Maranhão seria eleger um

governador que representasse a mudança. E apenas 12,3% achavam que o melhor para o

estado seria a continuidade do grupo Sarney no comando do estado.

Como estratégia para resolver velhos problemas relegados a anos e décadas – no sentido

de promover “obras sociais”, e tentar melhorar a imagem do governo, ou de seu

candidato, Roseana Sarney fez empréstimo politicamente estratégico na ordem de R$

3,8 bilhões, junto ao BNDES. Do qual, R$ 1 bilhão foi destinado a aplicação em

estradas e hospitais.

Ao todo, 550 km de asfalto para 9 rodovias estaduais. (Fonte: Gazeta da Ilha, 13/03/2013)

Protesto em São Luis (em 2013) contra a corrupção endêmica instalada no estado, que a nível nacional tem o título de 1º.

TRECHOS A SEREM PAVIMENTADOS

MA-123 – Coelho Neto – Afonso Cunha

MA-138 – São Pedro dos Crentes – Fortaleza dos Nogueiras

MA-272 – Barra do Corda – Fernando Falcão

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MA-278 – Barão de Grajaú – S. Francisco do Maranhão

MA-282 – Lagoa do Mato – Gavião

MA-307 – Presidente Médici  – Centro do Guilherme

MA-318 – Bom Jardim – São João do Caru

MA-320 – Santo Amaro – Primeira Cruz

MA-320 – Entroncamento da BR 402 – Santo Amaro

MA-334 – Riachão – Feira Nova

Diante das obras, e em exclamações duvidosas acerca de sua conclusão – devido experiências passadas vive-se a euforia de que a estrada dos sonhos se torne realmente uma Estrada Real, cujo valor esteveacima de 118 milhões, conforme Placa abaixo.

12/2013

Diante da situação predita, muitos gestores – seja por conta da grande extensão territorial, difícil acesso e econômico, distância e ou mesmo por falta de um Planejamento integrado e proposto, cujo populacional servia-se apenas de possibilidade para a somatória dos recursos que ali entrava sem terem de volta sua devida retribuição, e nem tampouco, usufruir os benefícios da zona urbana. O que por longos anos era a “Estrada dos Sonhos” (interligar Bom Jardim a São João mdo Caru), até novembro de 2015, está visivelmente tornando-se uma realidade.

Page 29: A História da Origem de Bom Jardim - Aspectos Gerais

A construção da MA-318 contribui para tirar muitos povoados do isolamento e promoção do desenvolvimento na região.

Ações Executivas Após a Derrota

No final do mandato de Roque Portela, após constatação de sua derrota, e aproveitando o tempo que lhe restavade aproximadamente dois meses, resolveu convocar os concursados (fato normal na gestão pública e por dieito aos concursados), logo em seguida, o prefeito que teve seu candidato derrotado (e passara 08 (oito) anos brigando com a classe educadores baixou decreto convocando cerca de 380 excedentes concedendo suas portarias e a aprovação do Plano de Cargo e Carreira (o que dobrou o salário dos professores). Antes, o salário dos profissionais da era cerca de R$ 800,00, e após a aprovação, subiu para cerca de R$ 1.600,00. Gerndo assim, um certo impasse entre os dois poderes.

11º MANDATO: LIDIANE/BETO ROCHA (2012-2016)

Uma eleição muito conturbada, e no entanto diferente da de 2009, que apresentava muitos grupos de oposições de expressividade. No entanto, a eleição de 2012 foi polarizada, apesar de quatro candidatos concorrerem às eleições: Beto Rocha (Vice Malrinete Gralhada), Dr. Francisco (Cujo Vice era Zé Filho), Rivelino e Zé Lopes – mas na evidência do povo preponderava Beto Rocha e Dr. Francisco.

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As circunstâncias políticas e articulações complexas de “jogadas” engendraram o tabuleiro político no que gerou o fortalecido grupo Beto Rocha que derrotou o grupo Roque Portela na pessoa de seu candidato Dr. Francisco. Não pretendendo correr o risco e entregar o troféu da vitória nas mãos do adversário, por conta de processo na justiça, Beto Rocha resolveu então lançar Lidiane Leite – com a nomenclatura Lidiane Rocha - como candidata substituta – o que no momento, provocou um certo impasse no grupo da Coligação A Esperança do Povo - quanto a sua aceitação.

Beto Rocha Lidiane Rocha

Por outro lado, e por conta da situação, segundo Abigahil (Biga) da região Miril onde Beto Rocha acreditava ter um alto índice de aceitação, houve uma alta “derrama” de compra de votos, além de panfletos “mal intencionados” que espalhavam mensagens de que, devido a substituição de Beto Rocha por Lidiane, o novo número da candidata substituta a ser votado não seria 33, e sim o número 10 (do PRB, partido da filiação da referida candidata) – o que gerou muita dúvida e complicação na cabeça do eleitorado da região. O número 10 era correto na legenda do PRB da substituta. No entanto, o que prevalecia era o número 33 com a imagem do respectivo candidato – Beto Rocha - que renunciara em substituição.Apesar da situação e o forte desejo por mudanças de uma grande parte da população desassistida, e como num grito de protesto – isto gerou consequentemente, um alto índice de aceitação à candidatura de Beto/Lidiane, na agregação das várias oposições que em torno se articulavam, o que levou consequentemente a vitória do grupo opositor com uma margem mínima de 286 votos. Beto Rocha: 9.575Dr. Francisco: 9.289Vereadores Eleitos (2012-2016)

Adriano Varão: 982 votos Ana Cesarina: 862 votos Silvano Andrade: 857 votos Sandra do Salomão: 798 votos Poré: 752 votos Hiater: 711 votos Chico do Braz: 701 votos Manim: 665 votos Arão: 549 votos Professor Marcony: 519 votos Sinego: 493 votos Sonia Brandão: 458 votos Roberty Meireles: 354 votos.

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Após a posse, o ato legal e rotineiro que deveria ocorrer – A TRANSIÇÃO DE GOVERNO – conforme o que determina a lei fiscal, não aconteceu. E, desta forma, o que possibilitaria a normalidade de um governo, tornou-se uma sucessão de anomalias administrativas e demoras; por outro lado, o ex-gestor, após constatação definitiva de sua derrota, havia convocado os concursados aprovados (que por quase dois anos se arrastavam sem convocação); logo em seguida, baixou também um decreto dando termo de posse a quase quatrocentos excedentes. Outro fato também agravante é que, a antiga situação (na pessoa do grupo Portela) cristalizou-se transformando na nova oposição, na pessoa do então presidente da câmara de vereadores eleitos, Silvano de Andrade – extensão do ex-gestor.

No impasse político, o lixo. Reunião polêmica sobre a situação no município.

E na dificuldade de gerir a máquina pública, diante dos fatos, e muitos documentos haverem sumidos da prefeitura, o que logo em seguida houve a apreensão dos referidos documentos na casa do Ex-prefeito.

A nova gestão, Beto/Lidiane, inicia o governo sem a composição da Câmara de Vereadores e num pensamento equivocado de que se governa na unilateralidade – sem o Poder Legislativo, pelos quais passam a aprovação e fiscalização do Poder Executivo; e por outro, a ausência de um diálogo que construísse pontes para a governabilidade. Desta forma, e sendo assim, a nova gestão governa em circunstâncias de conflito com o Poder Legislativo. Por duas vezes, durante os dois primeiros anos de governo, conseguiu “ter” maioria na no Poder Legislativo, com duração provisória por conta da falta de diálogo equilibrado enquanto grupo político organizado.

Num clima de ameaça de redução do Piso Salarial dos Profissionais do Magistério, instalou-se greve geral nas escolas, sob o comando do Sindicato dos Professores da Rede Municipal, que durara estimativamente cerca de um mês de paralização e, junto a isto, denúncias começaram a estampar nos principais jornais da região de corrupção e falta de merenda nas escolas – onde por conta da situação, muitos alunos eram liberados mais cedo das aulas nas escolas.

E, em imitação ao que se condenava, (à gestão anterior) por ausência da gestora a acompanhar e gerir os problemas municipais, que eram muitos, a mesma se ausentava, e era muito vista nas redes sociais – em ostentação de luxo, riqueza e poder.

Diante dessa situação, por três vezes a prefeita Lidiane Leite foi cassada de seu cargo por improbidade administrativa e má gestão da coisa pública que se espalhava no caos instalado da gestão municipal.

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A gravidade das coisas elevou-se quando a reportagem Bom Dia Brasil na Globo e Globo News (Internacional) reportaram a situação e os acontecimentos denunciados pela oposição e a “Operação Eden” que já acontecia em monitoração – e os denunciantes encontravam-se sob pressão pelas gravações feitas (testemunhos dados), o que levou a Polícia Federal a antecipar os mandados de prisão a Beto Rocha, Antonio Cesarino (Secretário de Agricultura) e a gestora Lidiane Leite. Desta forma, Bom Jardim tornou-se sob os holofotes da grande mídia do país (Bom Dia Brasil, Globo News, Revista Veja, Band, Record, CQC e Jornais estrangeiros) destaque nacional negativamente como símbolo de corrupção.

Os advogados de defesa de Beto e Lidiane procuraram recurso de Habeas Corpus nas instâncias de justiça em Brasília o que lhes fora negado.

Devido prefeita não se apresentar no município no tempo previsto, conforme dita a Lei Orgânica e demora da Câmara Municipal em empossar a vice-prefeita Malrinete Gralhada a prefeita, a Justiça o fez no dia 28 de agosto de 2015, no Fórum de Bom Jardim, pelo juiz titular da 2ª Vara da Comarca Cristóvão Sousa Barros. A cidade estava sem gestor desde que a prefeita Lidiane Leite  fugiu. A posse deveria ter sido realizada pela Câmara de Vereadores, mas o presidente da casa não estava na cidade. O Ministério Público Estadual do Maranhão solicitou em 04 de setembro de 2015 o afastamento imediato da prefeita Lidiane por suspeita de fazer uso ilegal de suas atribuições públicas.

O primeiro ato de Malrinete Gralhada enquanto gestora substituta foi promover uma auditoria nas contas do município e o recadastramento do quadro de funcionários da rede municipal. O segundo ato, a convocação dos excedentes “empossados” que haviam por força de um decreto municipal, perdido os direitos de permanecerem nos cargos.

DIANTE DA CASSAÇÃO DE LIDIANE LEITE EM SETEMBRO DE 2015 POR DECISÃO DA JUSTIÇA E DA CÂMARA DE VEREADORES, ASSUME O COMANDO DO MUNICÍPIO, A VICE: MALRINETE GRALHADA.A MESMA ENCONTROU O MUNICÍPIO NUM CAOS INSTALADO, DE NATUREZA E ORDEM DIVERSAS, A QUEM COUBE O PAPEL DE COLOCAR A CASA EM ORDEM, AINDA MAIS SOB A VIGÍLIA DAS MÍDIAS E HOLOFOTES VOLTADOS PARA A SITUAÇÃO NO MUNICÍPIO QUE SE TORNOU NOTÍCIA NACIONAL E INTERNACIONAL COMO SÍMBOLO DE CORRUPÇÃO.

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Erros capitais cometidos na política bonjardinense1 – Rejeição da Sudene em 1963/64;2- Não perdão da dívida dos agricultores através do PLANAGRO em 1982.3 – Rejeição de um posto do INSS para Bom Jardim em 1989.Tudo isto foi assistido passivamente pela sociedade bonjadinense, inclusive a Câmara de vereadores, que são os representantes da sociedade como poder público.

Bom Jardim/ Jul. /2006 Bom Jardim Janeiro/2010

3.3 BIOGRAFIA DOS PREFEITOS Gildásio Ferreira Brabo

Remédio para o erro do passado: Construção do posto do INSS em Bom Jardim, que na negligência da gestão pública – quase dois anos fechados e com infraestrutura comprometida.

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Nasceu em 8 de dezembro de 1928Na cidade de Pedreiras /MAChegou em Bom Jardim em 1961Profissão antes de ingressar na política em Bom Jardim:ComercianteAdroaldo Alves MatosNasceu em 1941Na cidade de Bacabal/MAProfissão antes de ingressar na política de Bom Jardim: ComercianteMiguel Alves MeirelesNasceu em 1941Na cidade de Luzilândia/Piauí /chegou em Bom Jardim:Profissão antes de ingressar na política: comerciante.Dr. Muniz AlvesFormação: Medicina

Antonio Soares Pedrosa (Fogoió)

Nasceu em 1954 Na cidade de independência/CearáChegou em Bom Jardim em 23 de novembro de 1983Manoel Lídio Alves Matos

Descendente de BacabalProfissão antes de entrar na política: Comerciante (empresário)Dr. AntonioRoque Portela de AraújoDescendente de Águas Boas - MonçãoProfissão antes de entrar na política: Medicina.

Percebe-se ao longo da história do município, assim como muitos “bonjardins” que a política partidária gera enormes prejuízo sociais. Quebrando a linha das retomadas de políticas públicas no que diz respeito ao desenvolvimento. Seguindo-se desse modo, uma situação de retrocesso, explicação entre outros itens, para o atraso de muitos municípios, que há quase meio século se arrastam a “passos de tartaruga” (quanto ao desenvolvimento). No campo educacional é um obstáculo a garantia do padrão qualidade. É também fato observado ao longo da trajetória histórica do município, situação em que, os homens de comando, os responsáveis pelo seu desenvolvimento geral, preferiram(-em) seguir a alternativa que leva à imposição dos interesses particulares sobre os coletivos. E

Antonio Roque Portela

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as conseqüências são nefastas e sombrias, indo em contraposição ao bem-estar, enfim do bem comum da comunidade local. Os mesmos preocupam(vam)-se tão somente em realizar uma administração político-partidária e “vingativa” de tal molde que lhe assegure a manutenção do poder, mesmo que para isso esqueçam suas reais obrigações frente à comunidade que o constituíra no poder a título de promessas e frustrações.

Um fato também muito típico nos últimos anos da história política local é gestores nada fazerem durante os três anos após sua vitória, e, poucos meses para as eleições, “arregaçam as mangas” pela metade e aparecem uns indícios de obras. O mais comum é asfalto...