A Heroicização do Militante:

O Caso Marighella

Bolsista: Gabriela de Souza Carvalho

Orientadora: Cristiane Freitas Gutfreind

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da

Comunicação XV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul

• Compreender a construção da memória no

documentário biográfico, que, neste caso, trata

sobre um personagem emblemático da história

do País.

OBJETIVO

ALGUMAS INICIATIVAS DE RECONSTRUÇÃO DA

HISTÓRIA DO BRASIL

• Lei de Acesso à Informação;

• Comissão Nacional da Verdade;

• Exumação do corpo do ex-presidente João Goulart;

• Golpe civil-militar de 1964 – 2014.

Quem foi

Carlos Marighella?

Marighella – Retrato falado do guerrilheiro (Silvio Tendler, 2001)

Marighella (Isa Grinspum Ferraz, 2011)

FILME BIOGRÁFICO

• Instrumento recorrente do cinema que se baseia

em personagens, cuja existência é legitimada

pela história e pela construção de imagens que

permitem compreendê-la;

• Gênero híbrido.

FILME

DRAMÁTICO-SOCIAL

FILME

POLÍTICO

FILME

HISTÓRICO

FILME

BIOGRÁFICO

DOCUMENTÁRIO

“É o cinema documentário o cinema que se dedica ao

‘real’. É nesse sentido, capaz de uma invenção ficcional

mais forte que o cinema de ‘ficção’, que se dedica

facilmente a certa estereotipia das ações e dos tipos

característicos.” (RANCIÈRE, 2005, p. 58).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Os filmes analisados não tinham como foco a inclusão de

outras versões sobre o acontecimento histórico;

• O testemunho dos opositores à ditadura militar leva a

heroicização de Carlos Marighella;

• A relação entre o biógrafo e o biografado se faz evidente;

CONSIDERAÇÕES FINAIS

• O documentário é um formato pedagógico;

• Há carência de uma reflexão a respeito do conflito

histórico;

• De 2001 para os dias atuais houve um aumento

significativo de documentários biográficos sobre a

temática.

REFERÊNCIAS

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______; RIDENTI, Marcelo; e MOTTA, Rodrigo Patto Sá. O Golpe e a Ditadura Militar – 40 anos depois (1964-2004). Bauru: Edusc, 2004.

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha. São Paulo: Boitempo, 2008.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 2012.

DA-RIN, Silvio. Espelho Partido. São Paulo: Azougue Editorial, 2008.

DOSSE, François. O Desafio Biográfico: escrever uma vida. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.

FERRO, Marc. Cinema e História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

GUTFREIND, Cristiane Freitas. Algumas questões sobre o filme político brasileiro. Sessões do Imaginário, ano XVII, n.28, 2012/2. Disponível

em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/famecos/article/viewFile/13061/8716>. Acesso em: 18 mar. 2014.

______. O realismo e a catástrofe histórica nos filmes-testemunho. Significação – Revista de Cultura Audiovisual, USP, n. 36, p. 195-208, 2011.

Disponível em: <http://www.usp.br/significacao/pdf/9_significacao%2036_cristiane%20freitas%20gutfreind.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2014.

MOURÃO, Maria Dora; LABAKI, Amir. (Orgs.). O Cinema do Real. São Paulo: Cosac Naify, 2005.

NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus, 2010.

PENA, Felipe. Teoria da biografia sem fim. Rio de Janeiro: Mauad Editora Ltda., 2004.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: EXO experimental, 2005.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. (Orgs.) História, Memória, Literatura: o testemunho na Era das Catástrofes. Campinas, São Paulo: Editora da

UNICAMP, 2003.

XAVIER, ISMAIL. O cinema brasileiro moderno. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

Obrigada!

gabriela.scarvalho@hotmail.com