Professor Ricardo Libório

A Guerra Fria (1945-1991) definiu, no Leste Europeu, países que se tornaram “satélites”

da União Soviética. Seguiam a planificação econômica sob os auspícios do COMECON (Conselho de Assistência Econômica Mútua – 1949).

No plano militar, os países do Leste Europeu se integraram com o Pacto de Varsóvia – 1955, sendo defendidos pela União Soviética em caso de conflitos na região.

Chamados de países da “Cortina de Ferro”, na Europa Oriental, incluíam-se: Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Romênia, Bulgária, Alemanha Oriental, Iugoslávia (não alinhada à URSS) e Albânia (não alinhada à URSS).

Após a Guerra Fria, esses países se alinharam ao modelo capitalista, com reunificação da Alemanha Ocidental com a Oriental (formando uma Alemanha única), fragmentação da Tchecoslováquia em República Tcheca e Eslováquia, além do fracionamento da Iugoslávia em sete novos países: Eslovênia e Croácia (hoje, integrados à União Europeia), Sérvia, Bósnia, Montenegro, Macedônia e, mais recentemente, Kosovo (composto por maioria albanesa muçulmana).

As transformações funcionais para o modelo capitalista nesses países incluíram:

Privatização das empresas falidas da maioria desses países. Criação de Bancos Privados. Criação de Bolsas de Valores, para especulação capitalista. Aumento dos empréstimos via FMI e Banco Mundial. Geração do desemprego, antes evitado no sistema socialista. Elevada inflação. Desvalorização das moedas, possibilitando mais exportações. Mudança da propriedade pública para propriedade privada, o que caracteriza

efetivamente o sistema capitalista. Alinhamento da maioria dos países à União Europeia (Polônia, Hungria, República Tcheca,

Eslováquia, Romênia, Bulgária, Eslovênia e Croácia).

De outro modo, esses países passaram a ter segurança orientada pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que inclui ainda Estados Unidos e Canadá, na defesa militar da União Europeia.