a guerra do paraguai e conflitos no prata

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Argentina

Paraguai

Uruguai

A região platina – área ao redor das fronteiras

do Brasil, Argentina, Uruguai e

Paraguai – foi palco de

importantes conflitos na

segunda metade do século XIX.

Brasil

A partir de 1851, Brasil e Argentina retomam as antigas pretensões de Portugal e Espanha:

controlar economicamente a

Bacia do Prata.

A Bacia do Prata é formada por três grandes rios. Quando esses rios se juntam passa a se chamar rio da Prata, que

compõe a Bacia do Prata. Os rios são:

Rio Paraná Rio Paraguai Rio Uruguai

Rio ParanáRio Paraguai

Rio Uruguai

De outra parte, o Uruguai procura

reafirmar sua independência recém

conquistada e o Paraguai se lança numa política expansionista.

O Brasil fez algumas intervenções armadas na

região platina, envolvendo-se na política interna do Uruguai

e da Argentina. Em 1864, o presidente Aguirre do

Uruguai, foi retirado do poder pelo almirante Tamandaré.

Marquês de Tamandaré, patrono da Marinha do

Brasil.

Começa a guerra contra o Paraguai

- A República do Paraguai surgiu no processo de

independência que resultou na desintegração do antigo Vice-

Reinado do Prata.

Francisco Solano López governava o país desde

1862, representando os interesses dos grandes proprietários de terras, os caudilhos.

Esse ditador, que era um grande admirador de

Napoleão Bonaparte, tinha pretensões expansionistas para seu país, almejando um Paraguai Maior, que

tivesse saída para o mar.

O líder paraguaio organizou um exército poderoso, chegando a

encomendar na Inglaterra um navio

encouraçado.

Aproveitando-se de antigas rivalidades entre Brasil e

Argentina, e do fato de que alguns pontos de fronteira entre Paraguai e Brasil não

estavam bem definidos, Solano López deu início a uma série de invasões territoriais.

Em 1864, as tropas paraguaias invadiram o

Mato Grosso com grande número de soldados. As forças imperiais foram tomadas de surpresa,

pouco podendo fazer para defender a província.

Atacando em novas frentes, o Paraguai

invadiu quase simultaneamente a Argentina e o Rio

Grande do Sul.

Batalha do Avaí, óleo de Pedro Américo sobre um dos últimos episódios da guerra do Paraguai, ocorrido em 11 de dezembro de 1868. (Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de

Janeiro.)

Brasil, Argentina e Uruguai, colocaram de lado suas divergências, unindo-se, formaram a

Tríplice Aliança e declararam guerra ao

Paraguai.

O conflito

Solano López saiu-se vitorioso nas primeiras

batalhas, muito em função do fator surpresa com que atingiu seus adversários.

A partir da formação da Tríplice Aliança e das

primeiras vitórias Aliadas, os paraguaios

passaram a uma estratégia de defesa.

López concentrou suas forças num complexo defensivo montado na junção dos Rios

Paraná e Paraguai, destacando-se a fortaleza de Humaitá.

Conseguiu preservar a posição paraguaia

por mais de dois anos sem que os aliados

conseguissem vitórias significativas.

Uma das principais preocupações da elite militar brasileira era com a pequena

formação do exército nacional. Em função disso

criou-se a força do Voluntários da Pátria, que

ganhou a adesão de civis e fez o recrutamento de escravos.

Cabo brasileiro

desconhecido que pertencia ao 1° Batalhão de Voluntários

da Pátria, infantaria

pesada, 1865.

Texto Complementar

“Os Voluntários da Pátria”

Sob a liderança do general Luís Alves de Lima e Silva,

futuro Duque de Caxias, deu curso a uma intensa ofensiva aliada na qual

foram vencidas as batalhas de Tuiuti, Humaitá, Itororó, Avaí e Lomas Valentinas.

Oficial de cavalaria brasileiro (a esq.) e soldado paraguaio aprisionado (a dir.), entre 1865 e 1868.

As vestimentas dos militares paraguaios

eram precárias e praticamente todos andavam descalços.

Batalha Naval do Riachuelo, por Victor Meirelles.

Uma unidade de cavalaria

paraguaia (à esquerda) é

atacada por um soldado montado aliado (à direita).

Após os primeiros anos de guerra, os

paraguaios eram obrigados à comer seus cavalos para

sobreviverem.

Batalha de Tuiuti, por Cándido López.

A partir dessas vitórias começava a ser rompida

a linha de defesa paraguaia e a Tríplice Aliança conquistava

posições importantes.

Em 1869 navios brasileiros alcançaram

Assunção e tropas aliadas entraram

vitoriosas na capital paraguaia.

Soldados brasileiros ajoelham-se ante a estátua de Nossa Senhora da Conceição durante uma procissão em 30 de maio

de 1868.

Com problemas de saúde e desiludido, Caxias deu

por terminada sua participação e foi

substituído pelo marido da Princesa Isabel, o

Conde d’Eu.

Conde d´Eu em revista a tropas brasileiras em campo aberto, 1869.

O Conde d’Eu destacou-se no comando das tropas brasileiras por agir com

extrema violência e crueldade e por

empreender uma intensa perseguição a Solano

López e a seus soldados.

Em 1870, López acabou sendo morto

pelas tropas do Conde d’Eu em Cerro

Corá.

Após a guerra...

-A economia paraguaia foi devastada;

-Perdeu no conflito uma grande parte da sua

população economicamente ativa;

Cadáveres paraguaios após a Batalha de Boquerón,

julho de 1866.

- acredita-se que 80% da população adulta

masculina do Paraguai tenha morrido na

guerra;

- Embora tenha mantido

sua independência

política, acabou

perdendo territórios em

litígio com Argentina e

Brasil.

O fim da guerra para o Brasil

-Territórios paraguaios incorporados atendendo às expectativas de produtores de mate, do Sul;

-A saúde financeira do Império foi agravada devido a dívida externa

com a Inglaterra;

-A extensa duração da guerra abalou a figura da monarquia brasileira;

-Grandes perdas humanas de brasileiros

em batalha;

-O exército saiu da guerra mais estruturado.

Manuel Deodoro

da Fonseca

Texto 1

“Historiografia sobre a Guerra do Paraguai”

Texto 2

“A Guerra que definiu o mapa do Cone Sul”

Tarefa Extra:

A partir da leitura dos dois textos anteriores, faça um resumo das três linhas de

interpretação apresentadas sobre a Guerra do

Paraguai.