a guerra colonial em angola, 9ºb

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Trabalho de alunos do 9ºA com o objectivo de apresentarem uma comunicação oral à turma

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Page 1: A guerra colonial em Angola, 9ºB

A Guerra colonial e o processo de descolonização -

Angola

Cristina Lourenço

História - 9º ano

Discentes:Maria Beatriz nº16 , 9ºB ; Emanuel Noivo nº , 9ºB ; Patrícia Pacheco nº17, 9ºB

Docente:

ESCOLA EBI/JI DE MONTENEGRO

Page 2: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Angola descoberta por Diogo Cão (1482 e 1486), tornando-se assim território ultramarino português baseando-se no principio de colonialismo.

Principais interesses: espalhar a fé cristã, monopolizar as melhores terras de cultivo e as riquezas do subsolo(ouro,diamantes,etc), para além disto os Portugueses fizeram da população Angolana escravos e exploravam-nos.

A Colonização de Angola

Page 3: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Designa-se por Guerra colonial de Angola, ao período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação de Angola, entre 1961 e 1974.

Tratou-se de um tipo de guerra de guerrilha e de contra-guerrilha, onde a principal estratégia é a ocultação e a extrema mobilidade das tropas.

A 4 de Fevereiro de 1961 ocorreu, em Angola, o início da guerra, na zona que corresponde aos distritos do Zaire, Uíje e Quanza-Norte.

Guerra Colonial de Angola

Page 5: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Portugal ao tornar-se membro da ONU, recebeu ordens para dar a independência às suas colónias, porém Portugal não estava disposto a abdicar das mesmas o que levou a conflitos dando origem à guerra colonial de Angola.

Causas da guerra colonial em Angola

Soldados Portugueses durante a guerra colonial de Angola

Page 6: A guerra colonial em Angola, 9ºB

…a guerra sustentava-se pelo princípio político da defesa daquilo que considerava território nacional (colonialismo), baseando-se ideologicamente num conceito de nação pluri-continental e multi-racial.

…via as suas matérias-primas serem monopolizadas pelos portugueses;

…os seus direitos humanos serem submetidos aos interesses dos colonos (Portugueses) sendo feitos escravos;

Devido a estes factores surgiram os movimentos de libertação de Angola com base no princípio de autodeterminação e independência.

Por parte de Portugal…. Por parte de Angola….

Dois pontes de vista

Page 7: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Principais movimentos libertadores

UNITA – União Nacional para a Independência

Total de Angola fundado em 1966 ,liderada por

Jonas Savimbi

Movimentos de libertação de

Angola

FNLA – Frente Nacional de Libertação de

Angola ,fundado em 1957 e chefiada por Holden

Roberto

.

MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola surgiu em 1956 , liderado por Agostinho

Neto

Page 8: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Principal objectivo do surgimento dos movimentos de libertação

Organizar uma luta armada contra a dominação colonial de Angola por Portugal com base no princípio de autodeterminação e independência.

Soldados pertences ao movimento UNITA

Page 9: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Mapa com os Principais Focos do Conflito

I

II

III

IV

V

I- Batalhas no território da República Popular do Congo.

II- Batalhas no Norte de Angola, entre as cidades de S. Salvador e Carmona.

III- Batalhas no Norte de Angola, a Leste de Luanda, em redor de Caombo, e Duque de Bragança.

IV- Batalhas no centro de Angola, em volta da cidade de Luso e na própria cidade.

V- Batalhas no Sul de Angola, em volta da cidade de Serpa Pinto e na própria cidade.

Page 10: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Consequências da guerra colonial

Consequências da guerra colonial

Demográficas

Muitas despesas na guerra

Económicas

- Milhares de mortes;

- Imensos feridos e incapacitados

Page 11: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Acordo do Alvor

Assinado entre:

MPLA, FNLA, UNITA (3 principais

movimentos de libertação de

Angola).

Governo Português

Principal objectivo:Estabelecer os parâmetros para a

partilha do poder na ex-colónia entre esses

movimentos, após a concessão da independência de

Angola.

Acordo de Alvor, em Janeiro de 1975

Page 12: A guerra colonial em Angola, 9ºB

• A descolonização de Angola deu-se a 25 de Abril de 1974, em Portugal, com a Revolução dos Cravos que determinou o seu fim.

• Com a mudança do rumo político do país, o empenhamento militar das forças armadas portuguesas deixou de fazer sentido. Os novos dirigentes anunciaram a democratização do país ( Angola) e aceitaram as reivindicações de independência das colónias — pelo que se passaram a negociar as fases de transição com os movimentos de libertação empenhados na luta armada.

• Os novos dirigentes anunciaram a democratização do país (Angola) e aceitaram as reivindicações de independência das colónias.

Independência de Angola e o processo de descolonização

Page 13: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Pouco tempo depois do Acordo assinado, os três movimentos(MPLA ; FNLA ; UNITA) envolveram-se num conflito armado pelo controlo do país e, em especial, na sua capital, Luanda, no que ficou conhecido como a Guerra civil de Angola, onde as perdas humanas foram muito significativas.

Consequências do Acordo do Alvor

Page 14: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Entrevista a um interveniente da guerra

Entrevistador: Como se chama e que idade tem? Entrevistado: Chamo-me Tomás António

Fernandes e tenho 76 anos de idade. Entrevistador: Em que anos esteve destacado em

Angola? Entrevistado: Estive entre 1966 e 1971. Entrevistador: Qual o motivo de terem sido

enviados para a guerra? Entrevistado: Bem , nós não tínhamos um motivo

concreto para ir-mos para a guerra , simplesmente recrutaram-nos e diziam que Angola era território nacional e tínhamos o dever de a defender-mos.

Page 15: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Entrevistador: Para que posto estava destacado? Entrevistado: Eu na altura tinha 31 anos de idade mas

aquela era a primeira vez que ia prestar serviço militar pois tinha vivido em França muito tempo com a minha família. Era um artilheiro, ou seja, dava suporte aos meus companheiros e desimpedia áreas onde podiam estar rebeldes com morteiros, lança granadas, e artilharia pesada.

Entrevistador: Recorda-se de ter morto alguém? Entrevistado: Bem eu não me recordo de ter morto

ninguém mas tenho a certeza que tirei várias vidas pois com as explosões à distância que causava, quem estivesse na área não conseguiria escapar.

Page 16: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Entrevistador: Quais foram os seus principais sentimentos enquanto este em Angola?

Entrevistado: Acima de tudo muito medo, por poder morrer a qualquer momento e de não voltar a ver a minha família. Foi das piores coisas que já senti em toda a minha vida. Mas também me lembro de ter momentos de alegria e diversão, pois quando eu e os meus camaradas estávamos juntos, normalmente arranjávamos sempre alguma maneira de nos rirmos da nossa situação. Acho que isso e o desejo de ver novamente a minha família foi o que me manteve vivo esse tempo todo.

Page 17: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Entrevistador: De tudo o que viu nesta guerra, o que mais o impressionou?

Entrevistado: Sinceramente, de tudo o que vi o que mais me chocou foi ver centenas, milhares de crianças sozinhas porque os seus pais tinham morrido ou porque simplesmente as abandonaram. Foi absolutamente horrível.

Entrevistador: Gostava de saber o que sentiu ao chegar a Portugal.

Entrevistado: Bem, quando cheguei finalmente a Portugal, tinha a minha mulher e os meus 3 filhos à minha espera e lembro-me bem que estavam a chorar. Finalmente passados tantos anos tinha voltado e a primeira coisa que fiz foi largar toda a minha bagagem e fui beijar a minha mulher e abraçar os meus filhos. Foi a melhor sensação que tive em toda a minha vida

Page 18: A guerra colonial em Angola, 9ºB

Entrevistador: Para terminar, gostava de saber a sua opinião pessoal sobre esta guerra.

Entrevistado: Bem, primeiro acho que foi uma guerra totalmente inútil, pois não houve um vencido nem um vencedor. Tanto sofrimento e morte e ainda me pergunto para quê? Acho que a ambição de Portugal querer ser um país tão grande o levou a ser um país que apenas pensava no seu próprio bem e para mim isso é errado. Acho que devíamos ter concedido a independência às nossas colónias quando estas a pediram. A verdade é que a guerra aconteceu e hoje já só podemos pensar no que teria sido Portugal sem esta guerra inútil.