a grande rebeliao

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  • 1. A Grande Rebelio Samael Aun Weor

2. A Grande RebeliondiceA Vida...............................................................................................................1A Crua Realidade dos Fatos..........................................................................5A Felicidade...................................................................................................11A Liberdade...................................................................................................15A Lei do Pndulo...........................................................................................19Conceito e Realidade....................................................................................25A Dialtica da Conscincia..........................................................................29O Jargo Cientificista...................................................................................35O AntiCristo.................................................................................................39O Eu Psicolgico...........................................................................................43As Trevas.......................................................................................................47As Trs Mentes..............................................................................................51Memria Trabalho.........................................................................................57Compreenso Criadora................................................................................61A Kundalini....................................................................................................65Normas Intelectuais......................................................................................69A Faca da Conscincia.................................................................................73O Pas Psicolgico........................................................................................77As Drogas......................................................................................................81 3. A Grande Rebelio ndiceInquietudes....................................................................................................85Meditao.......................................................................................................89Retorno e Recorrncia..................................................................................93O Cristo ntimo..............................................................................................97Trabalho Crstico...........................................................................................99O Difcil Caminho........................................................................................103Os Trs Traidores.......................................................................................107Os EusCausa.............................................................................................111O SuperHomem.........................................................................................113O Santo Graal..............................................................................................117Biblioteca Gnstica.....................................................................................121 4. A VidaAinda que parea incrvel, muito certo e de toda verdade que esta tocacarejada civilizao moderna espantosamente feia; no rene ascaractersticas transcendentais do sentido esttico; est desprovida de belezainterior. muito o que presumimos com estes horripilantes edifcios de sempre, queparecem verdadeiras ratoeiras.O mundo tornouse tremendamente tedioso; as mesmas ruas de sempre eos prdios horripilantes por onde quer que se v.Tudo isto virou rotina, no Norte e no Sul, no Leste e no Oeste do mundo. o mesmo uniforme de sempre: horripilante, nauseante, estril.Modernismo! Exclamam as multides.Parecemos verdadeiros paves vaidosos com o traje que vestimos e com ossapatos muito brilhantes, ainda que por toda parte circulem milhes deinfelizes famintos, desnutridos, miserveis.A simplicidade e a beleza natural, espontnea, ingnua, desprovida deartifcios e pinturas vaidosas, desapareceu no sexo feminino. Agora somosmodernos! Assim a vida.As pessoas tornaramse espantosamente cruis, a caridade esfriou e jningum se apieda de ningum.As vitrines ou mostrurios das luxuosas lojas resplandecem com luxuosasmercadorias que, definitivamente, esto fora do alcance dos infelizes.E s o que podem fazer os prias da vida contemplar sedas e jias,perfumes em luxuosos frascos e guardachuvas para tempestades. Ver sempoder tocar, suplcio semelhante ao do Tntalo.As pessoas destes tempos modernos tornaramse demasiado grosseiras. O1 5. A Vidaperfume da amizade e a fragrncia da sinceridade desapareceramradicalmente.As multides gemem sobrecarregadas de impostos. Todo mundo est comproblemas; nos devem e devemos; nos ajuzam e no temos com que pagar;as preocupaes despedaam crebros; ningum vive tranquilo.Os burocratas, com a curva da felicidade na barriga e um bom charuto naboca, no qual psicologicamente se apiam, jogam malabarismos polticoscom a mente, sem dar a mnima para a dor dos povos.Ningum feliz por estes tempos, menos ainda a classe mdia que seencontra entre a espada e a parede.Ricos e pobres, crentes e descrentes, comerciantes e mendigos, sapateiros efunileiros, vivem porque tm que viver; afogam em vinho suas torturas e atse convertem em drogados para escapar de si mesmos.As pessoas tornaramse maliciosas, receosas, desconfiadas, astutas,perversas, j ningum confia em ningum. Diariamente, inventamse novascondies, certificados, papelada de todo tipo, documentos, credenciais, etc.;mas nada disso adianta. Os espertalhes zombam de todas estas tolices; nopagam, esquivamse da lei, ainda que tenham que ir parar na cadeia.Nenhum emprego d felicidade. O sentido do verdadeiro amor se perdeu e aspessoas casamse hoje e divorciamse amanh.A unidade dos lares se perdeu lamentavelmente. A vergonha orgnica j noexiste. O lesbianismo e o homossexualismo tornaramse mais comuns quelavar as mos.Saber algo sobre tudo isto, tratar de conhecer a causa de tanta podrido,inquirir, buscar, certamente o que nos propomos neste livro .Estou falando na linguagem da vida prtica; desejoso de saber o que seesconde por trs dessa mscara horripilante da existncia.Estou pensando em voz alta e que digam os velhacos do intelecto o que Ihesd na telha.2 6. A VidaAs teorias j se tornaram cansativas e at se vendem e revendem nomercado... Ento, o qu?As teorias s servem para nos ocasionar preocupaes e amargurarnosmais a vida.Com justa razo disse Goethe: "Toda teoria cinza e s verde a rvore dedourados frutos que a vida"...As pobres pessoas j se cansaram de tantas teorias. Agora se fala muitosobre praticismo. Necessitamos ser prticos e conhecer realmente as causasdos nossos sofrimentos.3 7. A Vida4 8. A Crua Realidade dos FatosEm breve, milhes de habitantes da frica, sia e Amrica Latina podemmorrer de fome.O gs lanado pelos "sprays" pode acabar radicalmente com o oznio daatmosfera terrestre.Alguns sbios prognosticam que para o ano dois mil o subsolo de nossoglobo terrqueo estar esgotadoAs espcies martimas esto morrendo devido contaminao dos mares.Isto j est demonstrado.Do jeito que vamos, inquestionvel que para o final deste sculo todos oshabitantes das grandes cidades devero usar mscaras de oxignio, paradefenderemse da fumaa.Continuando a contaminao em sua forma alarmante atual, em pouco tempoj no ser possvel comer peixes, pois estes, vivendo em guas assim,totalmente contaminadas, sero perigosos para a sade.Antes do ano dois mil, ser quase impossvel encontrar uma praia ondealgum possa banharse com gua pura.Devido ao desmedido consumo e explorao do solo e do subsolo, logo asterras j no podero produzir os elementos agrcolas necessrios para aalimentao das pessoas.O "animal intelectual", equivocadamente chamado homem, ao contaminar osmares com tanta imundcie, envenenar o ar com a fumaa de seus carros ede suas fbricas e destruir a terra com suas exploses atmicas subterrnease abuso de elementos prejudiciais para a crosta terrestre, claro que estsubmetendo o planeta Terra a uma longa e espantosa agonia que, sem amenor dvida, haver de terminar em uma grande catstrofe.Dificilmente o mundo poder cruzar o umbral do ano dois mil, j que o"animal intelectual" est destruindo o ambiente natural a mil por hora.5 9. A Crua Realidade dos FatosO mamfero racional equivocadamente chamado homem est empenhado emdestruir a Terra. Quer fazla inabitvel e bvio que o est conseguindo.No que se refere aos mares, notrio que estes foram convertidos, por todasas naes, numa espcie de grande lixeira.Setenta por cento de todo o lixo do mundo est indo para cada um dosmares.Enormes quantidades de petrleo, inseticidas de toda classe, mltiplassubstncias qumicas, gases venenosos, gases neurotxicos, detergentes,etc., esto aniquilando todas as espcies viventes do oceano.As aves martimas e o plncton, to indispensvel para a vida, esto sendodestrudos.Indiscutivelmente, a aniquilao do plncton marinho de uma gravidadeincalculvel, porque este microrganismo produz setenta por cento do oxignioterrestre.Mediante a investigao cientfica se pde verificar que j certas partes doAtlntico e do Pacfico se encontram contaminadas com resduos radioativos,produto das exploses atmicas.Em distintas metrpoles do mundo e muito especialmente na Europa, a guadoce bebida, eliminada, depurada e logo bebida novamente.Nas grandes cidades "super civilizadas", a gua servida mesa passa pelosorganismos humanos muitas vezes.Um em cada trs casos de enfermidade no mundo devido precisamente gua contaminada.Na cidade de Ccuta, fronteira com a Venezuela, repblica da Colmbia,Amrica do Sul, os habitantes se vem obrigados a beber as guas negras eimundas do rio que carrega todas as porcarias que vm de Pamplona.Quero referirme, de forma enftica, ao rio Pamplonita, que tem sido tonefasto para a "Prola do Norte" (Ccuta).6 10. A Crua Realidade dos FatosFelizmente agora existe outro aqueduto que abastece a cidade, sem que porisso se tenha deixado de beber das guas negras do rio Pamplonita.Enormes filtros, gigantescas mquinas, substncias qumicas tratam depurificar as guas negras das grandes cidades da Europa; mas as epidemiascontinuam propagandose com essas guas negras imundas que tantasvezes passaram pelos organismos humanos.Os famosos bacterilogos encontraram, na gua potvel das grandescapitais, toda classe de vrus, colibacilos, patgenos, bactrias detuberculose, tifo, varola, larvas, etc.Ainda que parea incrvel, dentro das prprias usinas potabilizadoras de guade pases europeus, foi encontrado o vrus da vacina da poliomielite.Alm disso, o desperdcio de gua espantoso. Cientistas modernos nosafirmam que, para o ano de 1990, o "humanide racional" morrer de sede.O pior de tudo isto que as reservas subterrneas de gua doce seencontram em perigo devido aos abusos do "animal intelectual".A explorao sem misericrdia dos poos de petrleo continuasendo fatal. Opetrleo que se extrai do interior da terra atravessa as guas subterrneas eas contamina.Como consequncia , o petrleo tornou impotveis as guas subterrneas daterra durante mais de um sculo.Obviamente, como resultado de tudo isto, morrem os vegetais e at multidesde pessoas.Falemos agora um pouco sobre o ar que to indispensvel para a vida dascriaturas...Com cada aspirao ou inalao, os pulmes tomam meio litro de ar, ou seja,uns doze metros cbicos ao dia. Multipliquese tal quantidade pelos quatrobilhes e quinhentos milhes de habitantes que possui a Terra e, ento,teremos a quantidade exata de oxignio que diariamente consumida pelahumanidade inteira, sem contar o que consomem todas as outras criaturasanimais que povoam a face da Terra.7 11. A Crua Realidade dos FatosA totalidade do oxignio que inalamos encontrase na atmosfera e se deveao plncton que agora estamos destruindo com a contaminao e, tambm, atividade fotossinttica dos vegetais. Desgraadamente, as reservas deoxignio j esto se esgotando.O mamfero racional, equivocadamente chamado homem, mediante suasinumerveis indstrias, est diminuindo, de forma contnua, a quantidade deradiao solar, to necessria e indispensvel para a fotossntese; e por istoa quantidade de oxignio que produzem atualmente as plantas agoramuitssimo menor que no sculo passado.O mais grave de toda esta tragdia mundial que o animal intelectualcontinua contaminando os mares, destruindo o plncton e acabando com avegetao.O animal racional prossegue destruindo, lamentavelmente, suas fontes deoxignio.O smog est no s aniquilando as reservas de oxignio, mas tambm estmatando as pessoas.O smog que o humanide racional est constantemente expulsando parao ar, alm de matar, pe em perigo a vida do planeta Terra.O smog origina estranhas e perigosas enfermidades impossveis de curar,isto j est demonstrado.O smog impede a entrada da luz solar e dos raios ultravioletas, originando,com isto, graves desordens na atmosfera.Vem uma era de alteraes climticas, glaciaes, avano dos gelos polarespara o equador, ciclones espantosos, terremotos, etc.Devido no ao uso, mas sim ao abuso da energia eltrica, no ano dois milhaver mais calor em algumas regies do planeta Terra e isto coadjuvar noprocesso de revoluo dos eixos da Terra.J logo os plos ficaro transformados no equador da Terra e este ltimoconverterse em plos.8 12. A Crua Realidade dos FatosO degelo dos plos j comeou e um novo dilvio universal, precedido pelofogo, se avizinha.Nos prximos decnios multiplicarse o dixido de carbono; ento, esteelemento qumico formar uma grossa capa na atmosfera da Terra.Tal filtro, ou capa, absorver lamentavelmente a radiao trmica e atuarcomo uma estufa de fatalidades.O clima da Terra se far mais quente em muitos lugares e o calor derreter ogelo dos plos, por tal motivo subir escandalosamente o nvel dos oceanos.A situao gravssima! O solo frtil est desaparecendo e diariamentenascem duzentas mil pessoas que necessitam de alimento.A catstrofe mundial da fome que se avizinha ser certamente pavorosa. Istoj est s portas.Atualmente, a cada ano morrem quarenta milhes de pessoas pela fome, porfalta de comida.A criminosa industrializao dos bosques e a explorao desapiedada deminas e petrleo esto deixando a terra convertida num deserto.Se certo que a energia nuclear mortal para a humanidade, no menoscerto que atualmente existem tambm raios da morte, bombasbacteriolgicas e muitos outros elementos destrutivos, terrivelmentemalignos, inventados pelos cientistas.Inquestionavelmente, para conseguir a energia nuclear se requerem grandesquantidades de calor, difceis de controlar e que a qualquer momento podemoriginar uma catstrofe.Para conseguir a energia nuclear, se requerem enormes quantidades deminerais radiativos, dos quais s se aproveita uns trinta por cento; isto fazcom que o subsolo terrqueo se esgote rapidamente.Os desperdcios atmicos que ficam no subsolo tornamse espantosamenteperigosos. No existe lugar seguro para o lixo atmico.9 13. A Crua Realidade dos FatosSe o gs de uma lixeira atmica chegasse a escapar, ainda que s fosse umamnima poro, morreriam milhares de pessoas.A contaminao de alimentos e guas traz alteraes genticas e monstroshumanos; criaturas que nascem deformadas e monstruosas.Antes do ano de 1999, haver um grave acidente nuclear que causarverdadeiro espanto.Certamente, a humanidade no sabe viver, degenerouse espantosamente eprecipitouse francamente ao abismo.O mais grave de toda esta questo que os fatores de tal desolao, comofomes, guerras, destruio do planeta em que vivemos, etc., esto dentro dens mesmos; carregamolos em nosso interior, em nossa psique.10 14. A FelicidadeAs pessoas trabalham diariamente, lutam por sobreviver; querem existir dealguma maneira, porm no so felizes.Isso da felicidade est em chins, como se diz por a. O pior que aspessoas sabem disto mas, no meio de tantas amarguras, parece que noperdem as esperanas de alcanar a felicidade algum dia, sem saber como,nem de que maneira.Pobres pessoas! Quanto sofrem! E, no entanto, querem viver, temem perdera vida.Se as pessoas entendessem algo sobre Psicologia Revolucionria,possivelmente at pensariam diferente; mas na verdade nada sabem.Querem sobreviver em meio a sua desgraa e isso tudo.Existem momentos prazeirosos, muito agradveis, mas isso no felicidade.As pessoas confundem o prazer com a felicidade.Folia, farra, bebedeira, orgia, prazer bestial, mas no felicidade. Noentanto, h festinhas ss, sem bebedeiras, sem bestialidades, sem lcool,etc., mas isso tampouco felicidade...Voc uma pessoa amvel? Como se sente quando dana? Voc estenamorado? Ama de verdade? Como se sente danando com o ser querido?Permita que me torne um pouco cruel, nestes momentos, ao dizerlhe queisto tambm no felicidade.Se voc est velho e esses prazeres j no lhe atraem, desculpeme se lhedigo que seria diferente se voc fosse jovem e cheio de iluses.De todas as maneiras, digase o que se diga; dance ou no dance, namoreou no namore, tenha ou no isso que se chama dinheiro, voc no feliz,ainda que pense o contrrio.Passamos a vida buscando a felicidade por todas as partes e morremos semhavla encontrado. Na Amrica Latina so muitos os que tm esperanas11 15. A Felicidadede tirar algum dia o prmio gordo da loteria, crem que assim vo conseguir afelicidade. Alguns at de verdade o tiram, mas nem por isso conseguem a toansiada felicidade.Quando somos jovens sonhamos com a mulher ideal, alguma princesa das"Mil e Uma Noites", algo extraordinrio... Depois vem a crua realidade dosfatos: mulher, filhos pequenos para sustentar, difceis problemas econmicos,etc.No h dvida de que medida que os filhos crescem, os problemastambm crescem e at se tornam impossveis.Conforme o menino ou a menina vo crescendo, os sapatinhos vo sendocada vez maiores e o preo tambm, isso claro.Conforme as crianas crescem, a roupa vai custando cada vez mais e maiscara. Havendo dinheiro no h problemas nisto; mas, se no h , a coisa grave e se sofre horrivelmente...Tudo isso seria mais ou menos tolervel, se se tivesse uma boa mulher; masquando o pobre homem trado, quando lhe pem "chifres", de que lhe serveento lutar para conseguir dinheiro ?Existem casos extraordinrios, mulheres maravilhosas, companheiras deverdade, tanto na opulncia quanto na desgraa, mas para o cmulo doscmulos, ento o homem no sabe aprecila e at a abandona por outrasmulheres que vo lhe amargurar a vida.Muitas so as mocinhas que sonham com um "prncipe azul ". Infelizmente,na verdade as coisas se tornam bem diferentes e, no terreno dos fatos, apobre mulher casase com um verdugo...A maior iluso de uma mulher chegar a ter um belo lar e ser me; santapredestinao! No entanto, ainda que tenha um marido muito bom, coisa porcerto muito difcil, no fim tudo passa. Os filhos e as filhas se casam, se vo ouso ingratos com seus pais e o lar termina definitivamente.Concluso: neste mundo cruel em que vivemos, no existe gente feliz!...Todos os pobres seres humanos so infelizes.12 16. A FelicidadeNa vida conhecemos muitos "burros" carregados de dinheiro, cheios deproblemas, disputas de toda espcie, sobrecarregados de impostos, etc. Noso felizes...De que serve ser rico se no se goza de boa sade? Se no se tem umverdadeiro amor? Pobres ricos! s vezes so mais desgraados quequalquer mendigo.Tudo passa nesta vida! Passam as coisas, as pessoas, as idias, etc. Os quetm dinheiro passam e os que no tm tambm passam e ningum conhecea autntica felicidade.Muitos querem escapar de si mesmos por meio das drogas ou do lcoolmas, em verdade, no s no conseguem escapar mas, o que pior, ficampresos no inferno do vcio.Os amigos do lcool, da maconha ou do L.S.D., etc., desaparecem como porencanto, quando o viciado resolve mudar de vida.Fugindo do "mim mesmo", do "eu mesmo", no se alcana a felicidade.Interessante seria agarrar o "touro pelos chifres". Observar o "eu", estudlocom o propsito de descobrir as causas da dor.Quando descobrimos as causas verdadeiras de tantas misrias e amarguras, bvio que algo pode acontecer...Se conseguimos acabar com o "mim mesmo", com "minhas bebedeiras","meus vcios", "meus afetos" que tanta dor me causam no corao, minhaspreocupaes que me destroam o crebro e me adoecem, etc., etc., etc., claro que ento advm isso que no do tempo; isso que est mais almdo corpo, das emoes e da mente; isso que realmente desconhecido parao entendimento e que se chama Felicidade!Inquestionavelmente, enquanto a conscincia continuar engarrafada,embutida no "mim mesmo", no "eu mesmo", de nenhuma maneira se poderconhecer a legtima felicidade.A felicidade tem um sabor que o "eu mesmo", o "mim mesmo" nunca jamaisconheceu.13 17. A Felicidade14 18. A LiberdadeO sentido da Liberdade algo que ainda no foi entendido pela humanidade.Sobre o conceito Liberdade, apresentado sempre de forma mais ou menosequivocada, cometeramse gravssimos erros.Certamente se luta por uma palavra; tiramse dedues absurdas;cometemse atropelos de toda espcie e se derrama sangue nos campos debatalha.A palavra Liberdade fascina a todo mundo, mas ningum a compreende deverdade. Existe muita confuso com relao a esta palavra.No possvel encontrar uma dezena de pessoas que defina a palavraLiberdade da mesma forma e do mesmo modo. que o termo Liberdade no poderia, de nenhuma maneira, sercompreensvel para o racionalismo subjetivo.Cada pessoa tem idias diferentes sobre esta palavra; opinies subjetivas,desprovidas de toda realidade objetiva.Ao se propor a questo Liberdade, existe incoerncia, indefinio,incongruncia em cada mente.Estou seguro de que nem sequer Emmanuel Kant, o autor da "Crtica daRazo Pura" e da "Crtica da Razo Prtica", jamais analisou esta palavrapara darlhe o sentido exato.Liberdade, linda palavra, belo termo! Quantos crimes se cometeram em seunome!Indiscutivelmente, o termo Liberdade hipnotizou as multides. As montanhase os vales, os rios e os mares tingiramse com sangue ao conjuro destamgica palavra.Quantas bandeiras, quanto sangue e quantos heris sucederamse no curso15 19. A Liberdadeda histria, cada vez que se colocou a questo da Liberdade sobre o tapeteda vida.Infelizmente, depois de toda independncia a to alto preo alcanada, aescravido continua dentro de cada pessoa.Quem livre? Quem conseguiu a famosa Liberdade? Quantos seemanciparam? Ai! Ai! Ai!O adolescente anseia por Liberdade. Parece incrvel que, muitas vezes,tendo po, agasalho e refgio, queira fugir da casa paterna em busca daLiberdade. incongruente que o jovenzinho que tem tudo em casa queira evadirse,fugir, afastarse de sua morada, fascinado pela palavra Liberdade. estranho que, gozando do conforto do lar, queira perder o que tem para viajarpor estas terras do mundo e mergulhar na dor.Que o desventurado, o pria da vida, o mendigo, queira de verdadeafastarse do casebre, da choa, com o propsito de obter alguma mudanapara melhor, correto; porm, que o jovem de bem, o filhinho da mamebusque escapatria, fugir, tornase incongruente e at absurdo. Entretanto,assim acontece; a palavra Liberdade fascina, enfeitia, ainda que ningumsaiba definila de forma precisa.Que a donzela queira Liberdade, que anele mudar de casa, que desejecasarse para escapar do lar paterno e viver uma vida melhor, em partelgico, porque ela tem direito de ser me. No entanto, j na vida de casada,se d conta de que no livre e que, com resignao, haver de seguircarregando as cadeias da escravido.O empregado, cansado de tantos regulamentos, quer verse livre e seconsegue independizarse, encontrase com o problema de que continuasendo escravo de seus prprios interesses e preocupaes.Certamente, cada vez que se luta pela Liberdade, encontramonosdefraudados apesar das vitrias.Tanto sangue derramado inutilmente em nome da Liberdade e, no entanto,continuamos sendo escravos de ns mesmos e dos demais.16 20. A LiberdadeAs pessoas lutam por palavras que nunca entendem, ainda que osdicionrios as expliquem gramaticalmente.A Liberdade algo para se conseguir dentro de si mesmo. Ningum podealcanla fora de si mesmo."Cavalgar pelo ar" uma frase muito oriental que alegoriza o sentido dagenuna Liberdade.Ningum poderia realmente experimentar a Liberdade, enquanto suaConscincia continue engarrafada no mim mesmo, no si mesmo.Compreender esse eu mesmo, minha pessoa, o que eu sou, urgente,quando se quer muito sinceramente conseguir a Liberdade.De modo algum poderamos destruir os grilhes da escravido sem anteshaver compreendido toda esta questo minha, tudo isto que corresponde aoeu, ao mim mesmo.Em que consiste a escravido? O que isto que nos mantm escravos?Quais so estas travas? Tudo isso o que necessitamos descobrir.Ricos e pobres, crentes e descrentes, esto todos formalmente presos, aindaque se considerem livres.Enquanto a Conscincia, a Essncia, o mais digno e decente que temos emnosso interior, continue engarrafada no mim mesmo, no eu mesmo, emminhas apetncias e temores, em meus desejos e paixes, em minhaspreocupaes e violncias, em meus defeitos psicolgicos, estaremos emformal priso.O sentido de Liberdade s pode ser compreendido integralmente, quandoforem aniquilados os grilhes de nosso prpio crcere psicolgico.Enquanto o eu mesmo exista, a Conscincia estar em priso. Evadirse docrcere s possvel mediante a aniquilao budista, dissolvendo o eu,reduzindoo a cinzas, a poeira csmica.A Conscincia livre, desprovida do eu, em ausncia absoluta do mim mesmosem desejos, sem paixes, sem apetncias ou temores, experimenta deforma direta a verdadeira Liberdade. 17 21. A LiberdadeQualquer conceito sobre Liberdade, no Liberdade. As opinies queformemos sobre a Liberdade esto muito longe de serem a realidade. Asidias que forjemos sobre o tema Liberdade, nada tm a ver com a autnticaLiberdade.A Liberdade algo que temos que experimentar de forma direta e isto s possvel morrendo psicologicamente, dissolvendo o eu, acabando parasempre com o mim mesmo.De nada serviria continuar sonhando com a Liberdade se de toda maneiraprosseguimos como escravos.Mais vale vernos a ns mesmos, tal qual somos, observar cuidadosamentetodos esses grilhes da escravido que nos mantm em formal priso.Autoconhecendonos, vendo o que somos interiormente, descobriremos aporta da autntica LIBERDADE.18 22. A Lei do Pndulo interessante ter um relgio de parede em casa, no s para saber as horasmas tambm para refletir um pouco.Sem o pndulo o relgio no funciona. O movimento do pndulo profundamente significativo.Nos tempos antigos, o dogma da evoluo no existia, ento os sbiosentendiam que os processos histricos se desenvolvem sempre de acordocom a Lei do Pndulo.Tudo flui e reflui, sobe e desce, cresce e decresce, vai e vem de acordo comesta lei maravilhosa.Nada tem de estranho que tudo oscile, que tudo esteja submetido ao vai evem do tempo, que tudo evolucione e involucione.Num extremo do pndulo est a alegria e no outro a dor. Todas as nossasemoes, pensamentos, anelos, desejos oscilam com a Lei do Pndulo.Esperana e desespero; pessimismo e otimismo; paixo e dor; triunfo efracasso; lucro e perda correspondem certamente aos dois extremos domovimento pendular.Surgiu o Egito com todo seu poderio e senhorio s margens do rio sagradomas, quando o pndulo foi para o outro lado, quando se levantou peloextremo oposto, caiu o pas dos faras e se levantou Jerusalm, a cidadequerida dos profetas.Quando o pndulo mudou de posio caiu Israel e surgiu, no outro extremo, oImprio Romano.O movimento pendular levanta e derruba imprios; faz surgir poderosascivilizaes e logo as destri, etc.Podemos colocar no extremo direito do pndulo as diversas escolaspseudoesotricas e pseudoocultistas, religies e seitas.19 23. A Lei do PnduloPodemos colocar no extremo esquerdo do movimento pendular todas asescolas materialistas, marxistas, atestas, cpticas, etc. Antteses domovimento pendular, mutantes, sujeitas permutao incessante .O fantico religioso, devido a qualquer acontecimento inslito ou decepo,pode ir ao outro extremo do pndulo, converterse em ateu, materialista,ctico.O fantico materialista ateu, devido a qualquer fato inusitado, talvez umacontecimento metafsico transcendental ou um momento de terror indizvel,pode ser levado ao extremo oposto do movimento pendular e convertersenum reacionrio religioso insuportvel.Exemplos: um sacerdote, vencido numa polmica por um esoterista,desesperado, tornouse incrdulo e materialista.Conhecemos o caso de uma senhora atesta e incrdula que, devido a umfato metafsico concludente e definitivo, converteuse numa expoentemagnfica do esoterismo prtico.Em nome da verdade, devemos declarar que o atesta materialista verdadeiroe absoluto uma farsa, no existe.Ante a proximidade de uma morte inevitvel, em um instante de terrorindizvel, os inimigos do Eterno, os materialistas e incrdulos passaminstantaneamente ao outro extremo do pndulo e acabam orando, chorando eclamando com f infinita e enorme devoo.O mesmo Karl Marx, autor do Materialismo Dialtico, foi um fantico religiosojudeu e, depois de sua morte, renderamlhe honras fnebres de granderabino.Karl Marx elaborou sua Dialtica Materialista com um s propsito: "criar umaarma para destruir todas as religies do mundo por meio do ceticismo." um caso tpico dos cimes religiosos levados ao extremo. De modo algumMarx poderia aceitar a existncia de outras religies e preferiu destrulasmediante sua Dialtica.Karl Marx cumpriu com um dos protocolos de Sion que diz textualmente "Noimporta que enchamos o mundo de materialismo e de repugnante atesmo;20 24. A Lei do Pndulono dia em que triunfarmos, ensinaremos a religio de Moiss, devidamentecodificada e em forma dialtica, e no permitiremos nenhuma outra religiono mundo." muito interessante que na Unio Sovitica as religies sejam perseguidas eao povo se ensine dialtica materialista, enquanto nas sinagogas se estuda oTalmud, a Bblia e a religio, e trabalham livremente, sem problema algum.Os amos do governo russo so fanticos religiosos da lei de Moiss; maseles envenenam o povo com essa farsa do Materialismo Dialtico.Jamais nos pronunciaramos contra o povo de Israel; s estamos nosdeclarando contra certa elite de jogo duplo que, perseguindo finsinconfessveis, envenena o povo com a Dialtica Materialista enquantopratica, em segredo, a religio de Moiss.Materialismo e espiritualismo, com toda sua sequela de teorias, dogmas epreconceitos de toda espcie, processamse na mente de acordo com a Leido Pndulo e mudam de moda de acordo com os tempos e os costumes.Esprito e matria so dois conceitos muito discutveis e espinhosos, queningum entende.A mente nada sabe sobre o esprito, nada sabe sobre a matria.Um conceito no mais que isso: um conceito. A realidade no umconceito, ainda que a mente possa forjar muitos conceitos sobre a realidade.O esprito esprito (o Ser) e s a si mesmo pode conhecer. Escrito est: "OSer o Ser e a razo de ser do Ser o mesmo Ser."Os fanticos do deus matria, os cientistas do Materialismo Dialtico so cempor cento empricos e absurdos. Falam sobre matria com umaautosuficincia deslumbrante e estpida, quando realmente nada sabemsobre a mesma.Que matria? Qual destes tontos cientistas o sabe? A to cacarejadamatria tambm um conceito demasiado discutvel e bastante espinhoso.Qual a matria? O algodo? O ferro? A carne? O amido? Uma pedra? Ocobre? Uma nuvem ou o que? Dizer que tudo isto matria seria to21 25. A Lei do Pnduloemprico e absurdo como assegurar que todo o organismo humano umfgado, um corao ou um rim. Obviamente, uma coisa uma coisa e outracoisa outra coisa; cada orgo diferente e cada substncia distinta. Ento,qual de todas estas substncias a to cacarejada matria?Muita gente joga com os conceitos do pndulo; porm, em realidade, osconceitos no so a realidade.A mente s conhece formas ilusrias da natureza, porm nada sabe sobre averdade contida em tais formas.As teorias passam de moda com o tempo e com os anos e o queaprendemos na escola depois j no serve. Concluso: ningum sabe nada.Os conceitos da extrema direita ou da extrema esquerda do pndulo, passamcomo a moda das mulheres; todos esses so processos da mente; coisasque sucedem na superfcie do entendimento; tolices, vaidades do intelecto.A qualquer disciplina psicolgica opese outra disciplina; a qualquerprocesso psicolgico logicamente estruturado opese outro semelhante, edepois de tudo, o que resta?O que nos interessa o Real, a Verdade; mas isto no questo do pndulo,no se encontra entre o vai e vem das teorias e crenas.A Verdade o desconhecido de instante a instante, de momento a momento.A Verdade est no centro do pndulo, no na extrema direita, nem tampoucona extrema esquerda.Quando perguntaram a Jesus: "Que a Verdade?" guardou profundosilncio. E, quando ao Buda fizeram a mesma pergunta, deu as costas e seretirou.A Verdade no questo de opinies, nem de teorias, nem sequer depreconceitos de extrema direita ou de extrema esquerda.O conceito que a mente possa forjar sobre verdade, jamais a Verdade.A idia que o entendimento tenha sobre a verdade, nunca a Verdade.22 26. A Lei do PnduloA opinio que tenhamos sobre a verdade, por muito respeitvel que seja, demodo algum a Verdade.Nem as correntes espiritualistas, nem suas oponentes materialistas, podemjamais conduzirnos Verdade.A Verdade algo que deve ser experimentado em forma direta, como quandocolocamos o dedo no fogo e nos queimamos, ou como quando engolimos gua e nos afogamos.O centro do pndulo est dentro de ns mesmos e ali onde devemosdescobrir e experimentar, em forma direta, o Real, a Verdade.Necessitamos autoexplorarnos diretamente para autodescobirnos econhecermos profundamente a ns mesmos.A experincia da verdade s advm quando eliminamos os elementosindesejveis que em seu conjunto constituem o mim mesmo.S eliminando o erro, advm a verdade. S desintegrando o eu mesmo,meus erros, meus preconceitos e temores, minhas paixes e desejos,crenas e fornicaes, encastelamentos intelectuais e autosuficincias detoda espcie, advm a ns a experincia do real.A verdade nada tem a ver com o que se tenha dito ou deixado de dizer; como que se tenha escrito ou deixado de escrever; ela somente advm a nsquando o mim mesmo morreu.A mente no pode buscar a verdade, porque no a conhece. A mente nopode reconhecer a verdade, porque jamais a conheceu. A verdade advm ans de forma espontnea, quando eliminamos todos os elementosindesejveis que constituem o mim mesmo, o eu mesmo.Enquanto a Conscincia continue engarrafada entre o eu mesmo, no poderexperimentar isso que o Real, isso que no do tempo, isso que estmais alm do corpo, dos afetos e da mente, isso que a Verdade.Quando o mim mesmo fica reduzido a poeira csmica, a Conscincia selibera para despertar definitivamente e experimentar, de forma direta, aVerdade. 23 27. A Lei do PnduloCom justa razo disse o Grande Kabir Jesus: "Conhecei a Verdade e ela vosfar livres."De que serve ao homem conhecer cinquenta mil teorias se jamaisexperimentou a Verdade?O sistema intelectual de qualquer homem muito respeitvel, mas a qualquersistema se ope outro e nem um, nem outro a verdade.Mais vale autoexplorarnos para autoconhecernos e chegar aexperimentar, um dia, em forma direta, o Real, a Verdade.24 28. Conceito e RealidadeQuem ou o qu pode garantir que conceito e realidade so absolutamenteiguais?O conceito uma coisa e a realidade outra e existe a tendncia asuperestimar nossos prprios conceitos.Realidade igual a conceito algo quase impossvel; no entanto a mente,hipnotizada por seu prprio conceito, supe sempre que este e a realidadeso iguais.A um processo psicolgico qualquer, corretamente estruturado mediante umalgica exata, opese outro diferente, rigidamente formado com lgica similarou superior; e ento ?Duas mentes severamente disciplinadas dentro de frreas estruturasintelectuais, discutindo entre si, polemizando sobre tal ou qual realidade,crem, cada uma, na exatido de seu prprio conceito e na falsidade doconceito alheio; mas, qual delas tem a razo? Quem poderia, honestamente,inclinarse por um ou outro dos polemizadores? Como poderamos,honestamente, garantir um ou outro lado? Em qual deles conceito e realidadeso iguais?Indiscutivelmente, cada cabea um mundo e em todos e em cada um dens existe uma espcie de dogmatismo pontifcio e ditatorial que quer nosfazer crer na igualdade absoluta de conceito e realidade.Por muito fortes que sejam as estruturas de um raciocnio, nada pode garantira igualdade absoluta de conceito e realidade.Sem dvida, a mente fascinada sempre supe que qualquer conceito emitidoseja sempre igual realidade.Aqueles que esto autoencerrados dentro de qualquer procedimentologstico intelectual, querem sempre fazer coincidir a realidade dosfenmenos com os conceitos elaborados e isto no mais que o resultado daalucinao raciocinativa.25 29. Conceito e RealidadeAbrirse ao novo a difcil facilidade do clssico. Infelizmente, as pessoasquerem descobrir, ver em todo fenmeno natural seus prpriosdogmas/prejulgamentos, conceitos, preconceitos, opinies e teorias; ningumsabe ser receptivo, ver o novo com mente limpa e espontnea.Que os fenmenos falassem ao sbio seria o indicado. Desafortunadamente,os sbios desses tempos no sabem escutar, no sabem ver os fenmenos,s querem ver nos mesmos a confirmao de todos os seus preconceitos.Ainda que parea incrvel, os cientistas modernos nada sabem sobre osfenmenos naturais.Quando vemos nos fenmenos da natureza exclusivamente nossos prpriosconceitos, certamente no estamos vendo os fenmenos, mas os conceitos.Contudo, os tontos cientistas alucinados por seu fascinante intelecto, crem,de forma estpida, que cada um de seus conceitos absolutamente igual atal ou qual fenmeno observado, quando a realidade diferente.No negamos que nossas afirmaes sejam rechaadas por todo aquele queesteja autoencerrado por tal ou qual procedimento logstico.Inquestionavelmente, a condio pontifcia e dogmtica do intelecto de modoalgum poderia aceitar que tal ou qual conceito, corretamente elaborado, nocoincida exatamente com a realidade.To logo a mente observe tal ou qual fenmeno atravs dos sentidos,apressase de imediato a rotul lo com tal ou qual termo cientfico que,indiscutivelmente, s vem a servir como remendo para tapar a prpriaignorncia.A mente no sabe realmente ser receptiva ao novo, mas sabe inventartermos complicadssimos com os quais pretende qualificar de formaautoenganosa o que certamente ignora.Falando desta vez em sentido socrtico, diremos que a mente no somenteignora seno, ademais, ignora que ignora.A mente moderna terrivelmente superficial, especializouse em inventartermos dificlimos para tapar sua prpria ignorncia.26 30. Conceito e RealidadeExistem duas classes de cincia. A primeira no mais que essa podrido deteorias subjetivas que abundam por a. A segunda a cincia pura dosgrandes iluminados, a cincia objetiva do Ser.Indubitavelmente, no seria possvel penetrar no anfiteatro da cinciacsmica, se antes no morrssemos em ns mesmos.Necessitamos desintegrar todos esses elementos indesejveis quecarregamos em nosso interior e que em seu conjunto constituem o mimmesmo, o eu da psicologia.Enquanto a Conscincia Superlativa do Ser continuar engarrafada no mimmesmo, entre meus prprios conceitos e teorias subjetivas, serabsolutamente impossvel conhecer diretamente a crua realidade dosfenmenos naturais em si mesmos.A chave do laboratrio da natureza est na mo direita do Anjo da Morte.Muito pouco podemos aprender do fenmeno do nascimento, mas da mortepoderemos aprender tudo.O templo inviolado da cincia pura encontrase no fundo da negra sepultura.Se o germe no morre, a planta no nasce. S com a morte advm o novo.Quando o ego morre, a Conscincia desperta para ver a realidade de todosos fenmenos da natureza tal qual so em si mesmos e por si mesmos .A Conscincia sabe o que experimenta diretamente por si mesma: o crurealismo da vida mais alm do corpo, dos afetos e da mente.27 31. Conceito e Realidade28 32. A Dialtica da ConscinciaNo trabalho esotrico relacionado com a eliminao dos elementosindesejveis que carregamos em nosso interior, surge, s vezes, o fastio, ocansao e o aborrecimento.Inquestionavelmente necessitamos voltar sempre ao ponto de partida originale revalorizar os fundamentos do trabalho psicolgico, se que, de verdade,anelamos a mudana radical.Amar o trabalho esotrico indispensvel quando, de verdade, se quer umatransformao interior completa.Enquanto no amemos o trabalho psicolgico que conduz mudana, areavaliao dos princpios tornase algo mais que impossvel.Seria absurdo supor que pudssemos nos interessar pelo trabalho se narealidade no chegamos a amlo.Isto significa que o amor indispensvel quando uma e outra vez tratamos derevalorizar os fundamentos do trabalho psicolgico.Urge, antes de tudo, saber o que isso que se chama Conscincia, pois somuitas as pessoas que nunca se interessaram por saber algo sobre amesma.Qualquer pessoa comum e corrente jamais ignoraria que um boxeador ao cairnocauteado sobre o ringue perde a conscincia. claro que, ao voltar a si, o desventurado pugilista adquire novamente aconscincia.Sequencialmente, qualquer um compreende que existe uma clara diferenaentre a personalidade e a Conscincia.Ao vir ao mundo, todos trazemos existncia uns trs por cento deConscincia, e uns noventa e sete por cento repartveis entresubconscincia, infraconscincia e inconscincia.29 33. A Dialtica da ConscinciaOs trs por cento de Conscincia desperta podem ser acrescidos medidaem que trabalhamos sobre ns mesmos.No possvel acrescentar Conscincia mediante procedimentosexclusivamente fsicos ou mecnicos.Indubitavelmente, a Conscincia somente pode despertar base de trabalhosconscientes e padecimentos voluntrios.Existem vrios tipos de energia dentro de ns mesmos que devemoscompreender. Primeiro: energia mecnica; segundo: energia vital; terceiro:energia psquica. Quarta: energia mental. Quinta: energia da vontade. Sexta:energia da conscincia. Stima: energia do esprito puro.Por muito que multiplicssemos a energia estritamente mecnica, jamaisconseguiramos despertar a Conscincia.Por muito que incrementssemos as foras vitais dentro de nosso organismo,nunca chegaramos a despertar Conscincia.Muitos processos psicolgicos realizamse dentro de ns mesmos semnecessidade da interveno da Conscincia.Por muito grandes que sejam as disciplinas da mente, a energia mentalnunca poder despertar os diversos funcionalismos da Conscincia.A fora da vontade, ainda que fosse multiplicada at o infinito, no conseguedespertar a Conscincia.Todos estes tipos de energia se escalonam em distintos nveis e dimensesque nada tm a ver com a Conscincia.A Conscincia s pode ser despertada mediante trabalhos conscientes eretos esforos.O pequeno percentual de Conscincia que a humanidade possui, em vez deser incrementado, costuma ser desperdiado inutilmente na vida.E bvio que ao nos identificarmos com todos os acontecimentos da nossaexistncia, desperdiamos inutilmente a energia da Conscincia.30 34. A Dialtica da ConscinciaNs deveramos ver a vida como um filme, sem identificarnos jamais comnenhuma comdia, drama ou tragdia; assim, economizaramos energiaconscientiva.A Conscincia em si mesma um tipo de energia com elevadssimafrequncia vibratria.No confundamos a Conscincia com a memria, pois so diferentes uma daoutra, como o a luz dos faris do automvel com relao estrada por ondeandamos.Muitos atos se realizam, dentro de ns mesmos, sem participao algumadisso que se chama Conscincia.Em nosso organismo sucedem muitos ajustes e reajustes, sem que aConscincia participe dos mesmos.O centro motor de nosso corpo pode manobrar um automvel ou dirigir osdedos que tocam o teclado de um piano, sem a mais insignificanteparticipao da Conscincia.A Conscincia luz que o inconsciente no percebe.O cego tampouco percebe a luz fsica solar; mas ela existe por si mesma.Necessitamos abrirnos para que a Luz da Conscincia penetre nas trevasespantosas do mim mesmo, do si mesmo.Agora compreenderemos melhor o significado das palavras de Joo, quandodiz no Evangelho: "A luz veio s trevas mas as trevas no acompreenderam."Mas seria impossvel que a Luz da Conscincia pudesse penetrar dentro dastrevas do eu mesmo, se previamente no usssemos o sentido maravilhosoda autoobservao psicolgica.Necessitamos franquear a passagem da luz para iluminar as profundidadestenebrosas do eu da psicologia.Jamais nos autoobservaramos se no tivssemos interesse em mudar. Talinteresse s possvel quando amamos de verdade os ensinamentos 31 35. A Dialtica da Conscinciaesotricos.Agora compreendero nossos leitores o motivo pelo qual aconselhamosrevalorizar, uma e outra vez, as instrues concernentes ao trabalho sobre simesmo.A Conscincia desperta nos permite experimentar, de forma direta, arealidade.Infelizmente, o "animal intelectual", equivocadamente chamado homem,fascinado pelo poder formulativo da lgica dialtica, esqueceu a Dialtica daConscincia.Sem dvida alguma, o poder para formular conceitos lgicos , no fundo,terrivelmente pobre.Da tese podemos passar anttese e, mediante a discusso, sntese; mas,esta ltima, em si mesma, continua sendo um conceito intelectual que, demodo algum, pode coincidir com a realidade.A Dialtica da Conscincia mais direta, nos permite experimentar arealidade de qualquer fenmeno em si mesmo e por si mesmo.Os fenmenos naturais de modo algum coincidem exatamente com osconceitos formulados pela mente.A vida se desenvolve de instante em instante e, quando a capturamos paraanalis la, matamola.Quando tentamos inferir conceitos ao observar tal ou qual fenmeno natural,de fato deixamos de perceber a realidade do fenmeno e s vemos, nomesmo, o reflexo das teorias e conceitos ranosos que, de modo algum,nada tem a ver com o fato observado.A alucinao intelectual fascinante e queremos, fora, que todos osfenmenos da natureza coincidam com nossa lgica dialtica.A Dialtica da Conscincia fundamentase nas experincias vividas e no nomero racionalismo subjetivo.32 36. A Dialtica da ConscinciaTodas as leis da natureza existem dentro de ns mesmos e se em nossointerior no as descobrimos, jamais as descobriremos fora de ns mesmos.O homem est contido no universo e o universo est contido no homem.Real aquilo que experimentamos em nosso interior. S a conscincia podeexperimentar a realidade.A Linguagem da Conscincia simblica, ntima, profundamente significativae s os despertos podem compreendla.Quem queira despertar Conscincia deve eliminar de seu interior todos oselementos indesejveis que constituem o ego, o eu, o mim mesmo, dentrodos quais encontrase engarrafada a Essncia.33 37. A Dialtica da Conscincia34 38. O Jargo CientificistaA dialtica lgica fica condicionada e ainda qualificada pelas proposies"em" e "acerca de", que jamais nos levam experincia direta do real. Osfenmenos da natureza esto muito longe de serem como os cientistas osvem.Certamente, to logo um fenmeno qualquer descoberto, de imediato qualificado ou rotulado com tal ou qual termo difcil do jargo cientfico.Obviamente, esses dificlimos termos do cientificismo moderno s servem deremendo para esconder a ignorncia.Os fenmenos naturais de modo algum so como os cientistas os vem.A vida, com todos os seus processos e fenmenos, desenvolvese demomento em momento, de instante em instante e, quando a mentecientificista a detm para analisla, de fato a mata.Qualquer inferncia extrada de um fenmeno natural qualquer, de nenhumamaneira igual realidade concreta do fenmeno. Desgraadamente, amente do cientista, alucinada por suas prpias teorias, cr firmemente norealismo de suas inferncias.O intelecto alucinado no somente v nos fenmenos o reflexo de seusprprios conceitos mas, e o que pior, quer de forma ditatorial fazer com queos fenmenos se tornem exata e absolutamente iguais a todos essesconceitos que levamos no intelecto.O fenmeno da alucinao intelectual fascinante. Nenhum desses tontoscientistas ultramodernos admitiria a realidade de sua prpia alucinao.Certamente, os sabiches destes tempos de modo algum admitiriam que seos qualificasse de alucinados.A fora da autosugesto lhes faz crer na realidade de todos esses conceitosdo jargo cientificista. 35 39. O Jargo CientificistaObviamente, a mente alucinada se presume de onisciente e, de formaditatorial, quer que todos os processos da natureza andem pelos trilhos desuas sabichonices.Nem bem apareceu um fenmeno novo, classificado, rotulado e o pem emtal ou qual lugar, como se em verdade o houvessem compreendido.So milhares os termos que se inventaram para rotular fenmenos; mas,nada sabem os pseudossapientes sobre a realidade dos mesmos.Como exemplo vvido de tudo o que estamos afirmando neste captulo,citaremos o corpo humano.Em nome da verdade podemos afirmar, de forma enftica, que este corpofsico absolutamente desconhecido para os cientistas modernos.Uma afirmao desta classe poderia aparecer como muito insolente ante ospontfices do cientificismo moderno. Sem dvida, merecemos deles aexcomunho.No entanto, temos bases muito slidas para fazer to tremenda afirmao.Infelizmente, as mentes alucinadas esto to convencidas de suapseudosapincia, que nem remotamente poderiam aceitar o cru realismo desua ignorncia.Se dissssemos aos hierarcas do cientificismo moderno que o CondeCagliostro, interessantssimo personagem dos sculos XVI, XVII, XVIII, aindavive em pleno sculo XX; se Ihes dissssemos que o insigne Paracelso,facultativo da Idade Mdia, ainda existe, podem estar seguros de que oshierarcas do cientificismo atual ririam de ns e jamais aceitariam nossasafirmaes.No entanto, assim. Vivem atualmente sobre a face da terra autnticosmutantes, homens imortais, com corpos que datam de milhares e de milhesde anos atrs.O autor desta obra conhece os mutantes. Entretanto no ignora o ceticismomoderno, a alucinao dos cientistas e o estado de ignorncia dos sabiches.Por tudo isto, de modo algum cairamos na iluso de crer que os fanticos dojargo cientificista aceitassem a realidade de nossas inslitas declaraes.36 40. O Jargo CientificistaO corpo de qualquer mutante um franco desafio ao jargo cientificistadestes tempos.O corpo de qualquer mutante pode mudar de figura e retornar logo ao seuestado normal sem receber dano algum.O corpo de qualquer mutante pode penetrar instantaneamente na quartavertical e at assumir qualquer forma vegetal ou animal e retornar,posteriormente, ao seu estado normal sem nada sofrer.O corpo de qualquer mutante desafia violentamente os velhos textos deanatomia oficial.Infelizmente, nenhuma destas declaraes poderia convencer os alucinadosdo jargo cientificista.Esses senhores, sentados sobre seus slidos pontifcios, sem dvida nosolharo com desdm, talvez com ira e possivelmente at com um pouco depiedade.Entretanto, a verdade o que e a realidade dos mutantes um francodesafio a toda teoria ultramoderna.O autor da obra conhece os mutantes; porm, no espera que algum ocreia.Cada rgo do corpo humano controlado por leis e foras que nemremotamente conhecem os alucinados do jargo cientificista.Os elementos da natureza so, em si mesmos, desconhecidos para a cinciaoficial. As melhores frmulas qumicas esto incompletas: H2O, dois tomosde Hidrognio e um de Oxignio, para formar gua algo emprico.Se tratamos de juntar, num laboratrio, o tomo de Oxignio com dois deHidrognio, no obteremos gua nem nada, porque esta frmula estincompleta. Faltalhe o elemento fogo; s com este citado elemento sepoderia criar gua.O intelecto, por muito brilhante que parea, jamais pode nos conduzir experincia do real.37 41. O Jargo CientificistaA classificao de substncias e os termos difceis com que se rotula asmesmas, s serve como remendo para esconder a ignorncia.Isso de o intelecto querer que tal ou qual substncia possua determinadonome e caracterstica, tornase absurdo e insuportvel.Por que o intelecto se presume onisciente? Por que se alucina pensando queas substncias e os fenmenos so como ele cr que so ? Por que quer ainteleco que a natureza seja uma rplica perfeita de todas as suas teorias,conceitos, opinies, dogmas, preconceitos, prejulgamentos?Na realidade, os fenmenos naturais no so como se cr que so; e assubstncias e foras da natureza de nenhuma maneira so como o intelectopensa que so.A Conscincia desperta no a mente, nem a memria, nem nadasemelhante. S a Conscincia liberada pode experimentar, por si mesma eem forma direta, a realidade da vida livre em seu movimento.Porm devemos afirmar, de forma enftica, que enquanto exista dentro dens mesmos qualquer elemento subjetivo indesejvel , a Conscinciacontinuar engarrafada em tal elemento e, por conseguinte, no podergozar da iluminao contnua e perfeita.38 42. O AntiCristoO brilhante intelectualismo, como atividade manifesta do eu psicolgico ,indubitavelmente, o AntiCristo.Aqueles que supem que o AntiCristo um personagem nascido em tal ouqual lugar da Terra, ou vindo deste ou daquele pas esto por certocompletamente equivocados.Dizemos de forma enftica que o AntiCristo no , de modo algum, umsujeito definido, mas todos os sujeitos.Obviamente, o AntiCristo radica no fundo de cada pessoa e se expressa deforma mltipla.O intelecto posto a servio do esprito til, o intelecto divorciado do espritotornase intil.Do intelectualismo sem espiritualidade surgem os velhacos, vivamanifestao do AntiCristo.Obviamente o velhaco , em si mesmo e por si mesmo, o AntiCristo.Desgraadamente o mundo atual, com todas as suas tragdias e misrias,est governado pelo AntiCristo.O estado catico em que se encontra a humanidade atual se deve,indubitavelmente, ao AntiCristo.O inquo, de quem Paulo de Tarso falava em suas epstolas, certamente umcru realismo destes tempos.O inquo j veio e se manifesta por toda parte, tem certamente o dom daubiquidade.Discute nos cafs, faz negociaes na ONU, sentase comodamente emGenebra, realiza experimentos de laboratrio, inventa bombas atmicas,foguetes teleguiados, gases asfixiantes, bombas bacteriolgicas, etc., etc.,etc. 39 43. O AntiCristoO AntiCristo fascinado por seu prprio intelectualismo, exclusividadeabsoluta dos sabiches, cr que conhece todos os fenmenos da natureza.O AntiCristo, julgandose onisciente, engarrafado em toda a podrido desuas teorias, rechaa de imediato tudo aquilo que se parea a Deus ou quese adore.A autosuficincia do AntiCristo, o orgulho e a soberba que possui so algoinsuportvel.O AntiCristo odeia mortalmente as virtudes crists da f, da pacincia e dahumildade.Todo joelho se dobra diante do AntiCristo. Obviamente, este inventou aviessupersnicos, navios maravilhosos, flamejantes automveis, medicamentossurpreendentes, etc., etc., etc.Nestas condies, quem poderia duvidar do AntiCristo? Quem se atreva,nestes tempos, a se pronunciar contra todos estes milagres e prodgios dofilho da perdio, condenase a ser alvo da zombaria de seus semelhantes,do sarcasmo, da ironia e a ser qualificado de estpido e ignorante.Custa trabalho fazer com que as pessoas srias e estudiosas entendam isto,elas reagem ou opem resistncia. claro que o animal intelectual equivocadamente chamado homem umrob, programado atravs do jardim de infncia, curso primrio e secundrio,universidade, etc.Ningum pode negar que um rob programado funciona de acordo com oprograma; de nenhuma maneira poderia funcionar se o tirssemos doprograma.O AntiCristo elaborou o programa com o qual se programam robshumanides destes tempos decadentes.Fazer estes esclarecimentos, pr nfase no que estou dizendo, tornaseespantosamente dficil por estar fora do programa e nenhum rob humanidepoderia admitir coisas que esto fora do programa.40 44. O AntiCristo to grave esta questo e so to tremendos os condicionamentos da menteque um rob humanide qualquer, de modo algum, nem remotamentesuspeitaria que o programa no serve, pois ele foi condicionado de acordocom o programa e duvidar do mesmo lhe pareceria uma heresia, algoincongruente e absurdo.Que um rob duvide de seu programa um despropsito; algoabsolutamente impossvel, pois sua mesmssima existncia se deve aoprograma.Infelizmente, as coisas no so como pensa o rob humanide; existe outracincia, outra sabedoria inaceitvel para os robs humanides.Reage o humanide rob e tem razo em reagir, pois no foi programadopara outra cincia, nem para outra cultura, nem para nada diferente do seusabido programa.O AntiCristo elaborou os programas do rob humanide. O rob prostrase,humilde, ante seu amo. Como poderia duvidar da sapincia de seu amo?A criana nasce inocente e pura. A Essncia, expressandose em cadacriatura, realmente preciosa.Inquestionavelmente, a natureza deposita no crebro dos recmnascidostodos esses dados selvagens, naturais, silvestres, csmicos, espontneos,indispensveis para a captura ou apreenso das verdades contidas emqualquer fenmeno natural perceptvel para os sentidos.Isto significa que a criana recmnascida poderia, por si mesma, descobrir arealidade de cada fenmeno natural. Desgraadamente, o programa doAntiCristo interfere e as maravilhosas qualidades que a natureza depositouno crebro do recmnascido so logo destrudas.O AntiCristo probe pensar de forma diferente. Toda criatura que nasce, porordem do AntiCristo, deve ser programada.No h dvida de que o AntiCristo odeia mortalmente aquele preciososentido do Ser conhecido como "faculdade de percepo instintiva dasverdades csmicas".41 45. O AntiCristoCincia pura, distinta de toda a podrido de teorias universitrias que existempor toda parte, algo inadmissvel para os robs do AntiCristo.Muitas guerras, fomes e doenas o AntiCristo propagou em toda a redondezda Terra e no h dvida de que as seguir propagando, antes que cheguea catstrofe final.Infelizmente, chegou a hora da grande apostasia anunciada por todos osprofetas e nenhum ser humano se atreveria a pronunciarse contra oAntiCristo.42 46. O Eu PsicolgicoEsta questo do mim mesmo, o que eu sou, isso que pensa, sente e atua, algo que devemos autoexplorar para conhecer profundamente.Existem por toda parte lindas teorias que atraem e fascinam, porem tudo issode nada serviria se no nos conhecssemos a ns mesmos. fascinante estudar astronomia ou distrairse um pouco lendo obras srias;no entanto, chega a ser irnico converterse num erudito e no saber nadasobre si mesmo, sobre o eu sou, sobre a personalidade humana quepossumos.Cada qual muito livre para pensar o que queira e a razo subjetiva doanimal intelectual, equivocadamente chamado homem, d para tudo; tantopode fazer de uma pulga um cavalo, como de um cavalo uma pulga. Somuitos os intelectuais que vivem jogando com o raciocnio, mas, e da ?Ser erudito no significa ser sbio. Os ignorantes ilustrados abundam comoerva daninha e no apenas no sabem como nem sequer sabem que nosabem.Entendase por ignorantes ilustrados os sabiches que pensam que sabem enem sequer se conhecem a si mesmos.Poderamos teorizar lindamente sobre o eu da psicologia, mas no exatamente isso o que nos interessa neste captulo.Necessitamos conhecer a ns mesmos pela via direta, sem o processodeprimente da opo.De modo algum seria isto possvel se no nos autoobservssemos em aode instante a instante, de momento em momento.No se trata de vernos atravs de alguma teoria ou de uma simplesespeculao intelectiva.Vernos diretamente tal qual somos o interessante; s assim poderemos43 47. O Eu Psicolgicochegar ao conhecimento verdadeiro de ns mesmos.Ainda que parea incrvel, ns estamos equivocados com respeito a nsmesmos.Muitas coisas que cremos no ter, as temos; e muitas que cremos ter, no astemos.Temos formado falsos conceitos sobre ns mesmos e devemos fazer uminventrio para saber o que nos sobra e o que nos falta.Supomos que temos tais ou quais qualidades que em realidade no temos emuitas virtudes que possumos, certamente as ignoramos.Somos pessoas adormecidas, inconscientes e isso o grave. Infelizmente,pensamos o melhor de ns mesmos e nem sequer suspeitamos que estamosadormecidos.As sagradas escrituras insistem na necessidade de despertar, mas noexplicam o sistema para conseguir esse despertar.O pior do caso que so muitos os que leram as sagradas escrituras e nemsequer entendem que esto adormecidos.Todo mundo pensa que se conhece a si mesmo e nem remotamente suspeitaque existe a doutrina dos muitos.Realmente, o eu psicolgico de cada um mltiplo; sobrevm sempre comomuitos.Com isto queremos dizer que temos muitos eus e no s um, como supemsempre os ignorantes ilustrados.Negar a doutrina dos muitos fingirse de bobo para si mesmo; pois, defato, seria o cmulo dos cmulos ignorar as contradies ntimas que cadaum de ns possui.Vou ler um jornal, diz o eu do intelecto; ao diabo com tal leitura,exclama o eudo movimento, prefiro dar um passeio de bicicleta. Que passeio, que nada!Grita um terceiro em discrdia, prefiro comer, tenho fome.44 48. O Eu PsicolgicoSe pudssemos nos ver num espelho de corpo inteiro, tal como somos,descobriramos, por ns mesmos, em forma direta, a doutrina dos muitos.A personalidade humana to somente uma marionete controlada por fiosinvisveis.O eu que hoje jura amor eterno pela Gnose mais tarde substitudo por outroeu que nada tem a ver com o juramento; ento o sujeito se retira.O eu que hoje jura amor eterno a uma mulher mais tarde substitudo poroutro que nada tem a ver com esse juramento; ento o sujeito se enamora deoutra e castelo de cartas vai ao cho.O animal intelectual, equivocadamente chamado homem, como uma casacheia de muita gente.No existe ordem nem concordncia alguma entre os mltiplos eus. Todoseles brigam entre si e disputam a supremacia. Quando algum deles consegueo controle dos centros capitais da mquina orgnica, sentese o nico, oamo; porm acaba sendo derrocado.Considerando as coisas deste ponto de vista, chegamos concluso lgicade que o mamfero intelectual no tem verdadeiro sentido deresponsabilidade moral.Indiscutivelmente, o que a mquina faa ou diga num momento dadodepende exclusivamente do tipo de eu que nesses instantes a controla.Dizem que Jesus de Nazar tirou do corpo de Maria Madalena setedemnios, sete eus, viva personificao dos sete pecados capitais. bvio que cada um destes sete demnios cabea de legio; da devemosestabelecer, como corolrio, que o Cristo ntimo pde expulsar do corpo daMadalena milhares de Eus.Refletindo em todas estas coisas podemos inferir clararnente que a nicacoisa digna que ns possumos em nosso interior a ESSNCIA.Infelizmente, a mesma encontrase enfrascada entre todos estes mltiploseus da Psicologia Revolucionria. 45 49. O Eu Psicolgico lamentvel que a Essncia se processe sempre em virtude de seu prpiocondicionamento.Indiscutivelmente, a Essncia, que a mesma coisa que a Conscincia,dorme profundamente.46 50. As TrevasUm dos problemas mais difceis da nossa poca vem a ser certamente ointrincado labirinto das teorias.Indubitavelmente, por estes tempos se multiplicaram exorbitantemente poraqui, ali e acol, as escolas pseudoesoteristas e pseudoocultistas.O comrcio de almas, de livros e de teorias pavoroso; raro aquele que,entre o emaranhado de tantas idias contraditrias, consiga em verdadeachar o caminho secreto.O mais grave de tudo isto a fascinao intelectiva; existe a tendncia anutrirse estritamente de forma intelectual, com tudo o que chega mente.Os vagabundos do intelecto j no se contentam com toda essa livrariasubjetiva e de tipo geral que abunda nos mercados de livros; agora, para ocmulo dos cmulos, tambm se empanturram e indigestam com opseudoesoterismo e pseudoocultismo barato que abundam por toda partecomo erva daninha.O resultado de todos estes jarges a confuso e desorientao manifestados velhacos do intelecto.Constantemente recebo cartas e livros de toda espcie. Os remetentes, comosempre, interrogandome sobre esta ou aquela escola, sobre tal ou qual livro.Eu me limito a responder o seguinte: deixe essa ociosidade mental, voc notem por que se importar com a vida alheia; desintegre o eu animal dacuriosidade; no se preocupe com as escolas alheias; tornese srio,conhease a si mesmo, estudese a si mesmo, observese a si mesmo,etc., etc., etc.Realmente, o importante conhecerse a si mesmo, profundamente, emtodos os nveis da mente.As trevas so a inconscincia; a luz a Conscincia. Devemos permitir que aluz penetre em nossas prprias trevas. Obviamente, a luz tem poder paravencer as trevas.47 51. As TrevasDesgraadamente, as pessoas encontramse autoencerradas dentro doambiente ftido e imundo de sua prpia mente, adorando seu querido ego.As pessoas no querem darse conta de que no so donas de sua prpriavida; certamente, cada pessoa est controlada desde dentro por muitasoutras pessoas. Quero referirme, de forma enftica, a toda essamultiplicidade de eus que trazemos dentro.Evidentemente, cada um desses eus pe em nossa mente o que devemospensar; em nossa boca o que devemos dizer, no corao o que devemossentir, etc., etc., etc.Nestas condies, a personalidade humana no mais que um robgovernado por diferentes pessoas que disputam a supremacia e que aspiramo supremo controle dos centros capitais da mquina orgnica.Em nome da verdade, afirmamos solenemente que o pobre animalintelectual, equivocadamente chamado homem, ainda que se creia muitoequilibrado, vive em um completo.desequilbrio psicolgico O mamferointelectual de modo algum unilateral; se o fosse, seria equilibrado.O animal intelectual , desgraadamente, multilateral e isso estdemonstrado at a saciedade.Como poderia ser equilibrado o humanide racional? Para que existaequilbrio perfeito necessitase da Conscincia desperta.S a luz da Conscincia dirigida no desde os ngulos, mas em forma plena,central, sobre ns mesmos, pode acabar com os contrastes, as contradiespsicolgicas e estabelecer em ns o verdadeiro equilbrio interior.Se dissolvemos todo esse conjunto de eus que trazemos em nosso interior,vem o despertar da Conscincia e, como sequncia ou corolrio, o equilbrioverdadeiro de nossa prpria psique.Infelizmente, as pessoas no querem darse conta da inconscincia em quevivem, dormem profundamente.Se as pessoas estivessem despertas, cada qual sentiria seus prximos em simesmo.48 52. As TrevasSe as pessoas estivessem despertas, nossos prximos nos sentiriam em seuinterior.Ento, obviamente, as guerras no existiriam e a Terra inteira seria, emverdade, um paraso.A luz da Conscincia, dandonos verdadeiro equilbrio psicolgico, vemestabelecer cada coisa em seu lugar e o que antes entrava em conflito ntimoconosco, de fato fica em seu lugar adequado. tal a inconscincia das multides que nem sequer so capazes deencontrar a relao existente entre luz e Conscincia.Inquestionavelmente, luz e Conscincia so dois aspectos da mesma coisa;onde h luz, h Conscincia.A inconscincia trevas e estas ltimas existem em nosso interior.S mediante a autoobservao psicolgica permitimos que a luz penetre emnossas prpias trevas.A luz veio s trevas, mas as trevas no a compreenderam.49 53. As Trevas50 54. As Trs MentesExistem, por toda parte, muitos velhacos do intelecto, sem orientao positivae envenenados pelo asqueroso ceticismo.Certamente, o veneno repugnante do ceticismo contagiou as menteshumanas de forma alarmante desde o sculo XVIII.Antes daquele sculo, a famosa ilha Nontrabada, ou Encubierta, situadafrente s costas da Espanha, se fazia visvel e tangvel contantementeNo h dvida de que tal ilha se encontra situada dentro da quarta vertical.Muitas so as lendas relacionadas com essa ilha misteriosa.Depois do sculo XVIII, a citada ilha perdeuse na eternidade e ningumsabe nada sobre a mesma.Na poca do Rei Artur e dos cavaleiros da Tvola Redonda, os elementais danatureza se manifestavamse por toda parte, penetrando profundamentedentro de nossa atmosfera fsica.So muitos os relatos sobre duendes, gnios e fadas que ainda abundam naverde Erim, Irlanda. Infelizmente, todas essas coisas inocentes, toda essabeleza da alma do mundo, j no so percebidas pela humanidade, devido ssabichonices dos velhacos do intelecto e ao desenvolvimento desmesuradodo ego animal.Hoje em dia, os sabiches riem de todas estas coisas; no as aceitam, aindaque no fundo nem remotamente tenham alcanado a felicidade.Se as pessoas entendessem que temos trs mentes, outro galo cantaria;possivelmente at se interessariam mais por estes estudos.Desgraadamente, os ignorantes ilustrados, metidos nos becos de suasdifceis erudies, nem sequer tm tempo para se ocupar de nossos estudosseriamente.Essas pobres pessoas so autosuficientes. Achamse envaidecidas com o 51 55. As Trs Mentesvo intelectualismo. Pensam que vo pelo caminho certo e nem remotamentesupem que se encontram metidas num beco sem sada.Em nome da verdade devemos dizer que, em sntese, temos trs mentes.A primeira, podemos e devemos cham la de mente sensorial. A segunda,batizaremos com o nome de mente intermediria. A terceira chamaremos demente interior.Vamos agora estudar cada uma destas trs mentes por separado e de formacriteriosa.Indiscutivelmente, a mente sensorial elabora seus conceitos de contedomediante as percepes sensoriais externas.Nestas condies, a mente sensorial terrivelmente grosseira e materialistae no pode aceitar nada que no tenha sido demonstrado fisicamente.Como os conceitos de contedo da mente sensorial tm por fundamento osdados sensonais externos, bvio que esta nada pode saber sobre o Real,sobre a Verdade, sobre os mistrios da vida e da morte, sobre a Alma e oEsprito, etc., etc,, etc.Para os velhacos do intelecto, aprisionados totalmente pelos sentidosexternos e engarrafados nos conceitos do contedo da mente sensorial,nossos estudos esotricos parecem loucura.Dentro da razo dos sem razo, no mundo ao descabelado, eles tm razo,devido a que esto condicionados pelo mundo sensorial externo. Comopoderia a mente sensorial aceitar algo que no seja sensorial?Se os dados dos sentidos servem de mola secreta para todos os processosde funcionamento da mente sensorial, bvio que s podem originarconceitos sensoriais.A mente intermediria diferente, embora tambem nada saiba de formadireta sobre o Real. Limitase a crer e isso tudo.Na mente intermediria esto as crenas religiosas, os dogmasinquebrantveis, etc., etc., etc.52 56. As Trs MentesMente interior fundamental para a experincia direta da verdade.Indubitavelmente, a mente interior elabora seus conceitos de contedo comos dados proporcionados pela Conscincia Superlativa do Ser.Inquestionavelmente, a Conscincia pode vivenciar e experimentar o Real.No h dvida de que a Conscincia sabe de verdade.Contudo, para sua manifestao, a Conscincia necessita de um mediador,de um instrumento de ao e este a mente interior.A Conscincia conhece diretamente a realidade de cada fenmeno natural epode manifestla mediante a mente interior. A fim de sair do mundo dasdvidas e da ignorncia, o indicado seria abrir a mente interior.Isto significa que s abrindo a mente interior nasce a f autntica no serhumano.Olhando esta questo deste outro ngulo, diremos que o ceticismomaterialista a caracterstica peculiar da ignorncia. No h dvida de queos ignorantes ilustrados so cem por cento cticos.A f percepo direta do real; sabedoria fundamental; vivncia disso queest mais alm do corpo, dos afetos e da mente.Distingase entre f e crena. As crenas encontramse depositadas namente intermediria; a f caracterstica da mente interior.Infelizmente, existe sempre a tendncia geral de confundir a crena com a f.Ainda que parea paradoxal enfatizaremos o seguinte: AQUELE QUE TEMF VERDADEIRA, NO NECESSITA CRER. que a f autntica sapincia vivida, cognio exata, experincia direta.Sucede que durante muitos sculos confundiuse a f com a crena e agoracusta muito trabalho fazer com que as pessoas compreendam que a f sabedoria verdadeira e nunca vs crenas.A atividade sapiente da mente interior tem, como recursos ntimos, todosesses dados formidveis da sabedoria contida na Conscincia. 53 57. As Trs MentesQuem abriu a mente interior recorda suas vidas anteriores, conhece osmistrios da vida e da morte, no pelo que tenha lido ou deixado de ler; nopelo que alguem haja dito ou deixado de dizer; no pelo que tenha acreditadoou deixado de acreditar, mas pela experincia direta, vivida, terrivelmentereal.Isto que estamos dizendo no do gsto da mente sensorial, porque sai deseus domnios; nada tem a ver com as percepes sensoriais externas; algo alheio a seus conceitos de contedo, ao que lhe ensinaram na escola,ao que aprendeu em distintos livros, etc., etc., etc.Isto que estamos dizendo tampouco aceito pela mente intermediria,porque de fato contraria suas crenas, desvirtua o que seus preceptoresreligiosos lhe fizeram aprender de memria, etc.Jesus, o Grande Kabir, adverte a seus discpulos dizendolhes: Cuidaivosda levedura dos saduceus e da levedura dos fariseus. evidente que Jesus, o Cristo, com esta advertncia, referiuse s doutrinasdos materialistas saduceus e dos hipcritas fariseus.A doutrina dos saduceus est na mente sensorial, a doutrina dos cincosentidos.A doutrina dos fariseus encontrase situada na mente intermediria, isto irrefutvel e irrebatvel. evidente que os fariseus comparecem a seus ritos para que os outros osvejam, para que se diga que so boas pessoas, para manter as aparncias,mas nunca trabalham sobre si mesmos.No seria possvel abrir a mente interior, se no aprendssemos a pensarpsicologicamente.Inquestionavelmente, quando algum comea a observarse a si mesmo sinal de que comeou a pensar psicologicamente.Enquanto no admitamos a realidade de nossa prpria psicologia e apossibilidade de mud la fundamentalmente, indubitavelmente nosentiremos a necessidade da autoobservao psicolgica.54 58. As Trs MentesQuando alguem aceita a Doutrina dos Muitos e compreende a necessidadede eliminar os diversos eus que carrega em sua psique com o propsito deliberar a Conscincia, a Essncia, indubitvelmente inicia, de fato e por direitoprprio, a autoobservao psicolgica.Obviamente, a eliminao dos elementos indesejveis que trazemos emnossa psique origina a abertura da mente interior.Tudo isto significa que a citada abertura algo que se realiza de formagradativa, medida em que vamos aniquilando os elementos indesejveisque temos em nossa psique.Quem tenha eliminado cem por cento dos elementos indesejveis de seuinterior, obviamente tambm ter aberto sua mente interior em cem por cento.Uma pessoa assim possuir a f absoluta. Agora vocs compreendero aspalavras do Cristo, quando disse: Se tivsseis f como um gro demostarda, movereis montanhas.55 59. As Trs Mentes56 60. Memria TrabalhoInquestionavelmente, cada pessoa tem sua prpria psicologia particular; isto irrebatvel, incontrovertvel, irrefutvel.Desafortunadamente, as pessoas nunca pensam nisto e muitos nem oaceitam, porque se acham aprisionados na mente sensorial.Qualquer um admite a realidade do corpo fsico, porque pode vlo eapalplo; porm, a Psicologia questo distinta; no perceptvel para oscinco sentidos e, por isto, a tendncia geral rechala ou, simplesmente,subestimla e deprecila, qualificandoa de algo sem importncia.Indubitavelmente, quando algum comea a autoobservarse sinalinequvoco de que aceitou a tremenda realidade se sua prpria psicologia. claro que ningum tentaria autoobservarse se no encontrasse antes ummotivo fundamental.Obviamente, quem inicia a autoobservao convertese num sujeito muitodiferente dos demais; de fato indica a possibilidade de uma mudana.Desafortunadamente, as pessoas no querem mudar; contentamse com oestado em que vivem.Causa dor ver como as pessoas nascem, crescem, reproduzemse comobestas, sofrem o indizvel e morrem sem saber porque.Mudar algo fundamental; porm, isto impossvel se no se inicia aautoobservao psicolgica. necessrio comear a verse a si mesmo com o propsito deautoconhecerse; pois, na verdade, o humanide racional no se conhece asi mesmo.Quando descobrimos um defeito psicolgico de fato damos um grande passo,porque isto nos permitir estudlo e at eliminlo radicalmente.57 61. Memria TrabalhoEm verdade, nossos defeitos psicolgicos so inumerveis; ainda quetivssemos mil lnguas para falar, no conseguiramos enumerlostotalmente.O grave de tudo isto que no sabemos medir o espantoso realismo dequalquer defeito. Sempre o vemos de forma v, sem prlhe a devidaateno; vemolo como algo sem importncia.Quando aceitamos a doutrina dos muitos e entendemos o cru realismo dossete demnios que Jesus, o Cristo, tirou do corpo de Maria Madalena,ostensivelmente, nosso modo de pensar, com respeito aos defeitospsicolgicos, sofre uma mudana fundamental.No demais afirmar, de forma enftica, que a doutrina dos muitos deorigem Tibetana e Gnstica em cem por cento.Na verdade, no nada agradvel saber que dentro de nossa pessoa vivemcentenas e milhares de pessoas psicolgicas.Cada defeito psicolgico uma pessoa diferente, existindo dentro de nsmesmos aqui e agora.Os sete demnios que o Grande Mestre Jesus, o Cristo, expulsou do corpode Maria Madalena, so os sete pecados capitais: Ira, Cobia, Luxria,Inveja, Orgulho, Preguia e Gula.Naturalmente, cada um destes demnios, em separado, cabea de legio.No velho Egito dos Faras, o iniciado deveria eliminar, de sua naturezainterior, os demnios vermelhos de SETH, se que quisesse lograr oDespertar da Conscincia.Visto o realismo dos defeitos psicolgicos, o aspirante deseja mudar; noquer continuar no estado em que vive, com tanta gente metida dentro de suapsique e, ento, inicia a autoobservao. medida que ns progredimos no trabalho interior, podemos verificar, porns mesmos, um ordenamento muito interessante no sistema de eliminao.Assombramonos quando descobrimos ordem no trabalho relacionado com aeliminao dos mltiplos agregados psquicos que personificam os nossos58 62. Memria Trabalhoerros.O interessante de tudo isto que tal ordem, na eliminao de defeitos, serealiza de forma gradativa e se processa de acordo com a Dialtica daConscincia.Nunca, jamais, poderia a dialtica raciocinativa superar o formidvel labor daDialtica da Conscincia.Os fatos nos vo demonstrando que o ordenamento psicolgico, no trabalhoda eliminao dos defeitos, estabelecido por nosso prprio Ser interiorprofundo.Devemos esclarecer que existe uma diferena radical entre o ego e o Ser. Oeu jamais poderia estabelecer ordem em questes psicolgicas; pois ele, emsi mesmo, o resultado da desordem.S o Ser tem o poder para estabelecer a ordem em nossa psique. O Ser oSer. A razo de Ser do Ser o mesmo Ser.O ordenamento no trabalho de autoobservao, julgamento e eliminao denossos agregados psquicos, vai sendo evidenciado pelo sentido judicioso daautoobservao psicolgica.Em todos os seres humanos achase o sentido da autoobservaopsicolgica em estado latente; mas, se desenvolve, de forma gradativa, medida em que o vamos usando.Tal sentindo nos permite perceber, diretamente, e no mediante simplesassociaes intelectuais, os diversos "eus" que vivem dentro de nossapsique.Esta questo de extrapercepes sensoriais comea a ser estudada noterreno da parapsicologia e, de fato, foi demonstrada em mltiplosexperimentos que se tem realizado, judiciosamente, atravs do tempo esobre os quais existe muita documentao.Aqueles que negam a realidade das extrapercepes sensoriais soignorantes em cem por cento; velhacos do intelecto, embotelhados na mentesensual.59 63. Memria TrabalhoNo entanto, o sentido da autoobservao psicolgica algo mais profundo;vai muito alm dos simples enunciados parapsicolgicos; permitenos aautoobservao ntima e a plena verificao do tremendo realismo subjetivode nossos diversos agregados.O ordenamento sucessivo das diversas partes do trabalho relacionadas como tema to grave da eliminao dos agregados psicolgicos, permitenosinferir uma "memriatrabalho" muito interessante e at muito til na questodo desenvolvimento interior.Esta "memriatrabalho" se bem que certo que nos pode dar diferentesfotografias psicolgicas das diversas etapas da vida passada, juntadas nasua totalidade, trariam nossa imaginao, uma estampa viva, e, atrepugnante, do que fomos antes de iniciar o trabalho psicotransformistaradical.No h dvida de que jamais desejaramos regressar a essa horrorosa figura,viva representao do que fomos.Deste ponto de vista, tal fotografia psicolgica resultaria til como meio deconfrontao entre o presente transformado e um passado regressivo,ranoso, torpe e desgraado.A "memriatrabalho" escrevese sempre base de sucessivos eventospsicolgicos registrados pelo centro de autoobservao psicolgica..Existem, em nossa psique, elementos indesejveis que nem remotamentesuspeitamos.Que um homem honrado, incapaz jamais de tomar nada alheio, honorvel edigno de toda honra, descubra, de forma inslita, uma srie de "eus" ladreshabitando nas zonas mais profundas de sua prpria psique, algoespantoso, mas no impossvel.Que uma magnfica esposa, cheia de grandes virtudes, ou uma donzela degrande espiritualidade e educao magnfica, mediante o sentido daautoobservao psicolgica descubra, de forma inusitada, que em suapsique ntima vive um grupo de "eus" prostitutas, resulta repugnante e atinaceitvel para o centro intelectual ou o sentido moral de qualquer cidado;mas tudo isso possvel dentro do terreno da autoobservao psicolgica.60 64. Compreenso CriadoraO Ser e o Saber devem equilibrarse, mutuamente, a fim de estabelecer, emnossa psique, a labareda da compreenso.Quando o saber maior do que o ser origina confuso intelectual de todaespcie.Se o ser maior que o saber, pode dar casos to graves como o do Santoestpido.No terreno da vida prtica convm autoobservarnos, com o propsito deautodescobrirnos., precisamente a vida prtica, o ginsio psicolgico mediante o qualpodemos descobrir nossos defeitos.Em estado de alerta percepo, alerta novidade, poderemos verificar,diretamente, que os defeitos escondidos afloram espontaneamente. claro que o defeito descoberto deve ser trabalhado conscientemente, com opropsito de separlo de nossa psique.Antes de tudo, no devemos identificarnos com nenhum eudefeito, se que, em realidade, desejamos eliminlo.Se, parados sobre uma tbua, desejamos levantar esta para coloclaencostada em uma parede, isto no seria possvel se continussemosparados sobre ela.Obviamente, devemos comear por separar a tbua de ns mesmos,retirandonos da mesma e, logo, com nossas mos, levantar a tbua ecolocla encostada ao muro.Similarmente, no devemos identificarnos com nenhum agregado psquico,se que, na verdade, desejamos separlo de nossa psique.Quando nos identificamos com tal ou qual eu, de fato, o fortificamos, em vez61 65. Compreenso Criadorade desintegrlo.Suponhamos que um eu qualquer de luxria se apossa dos rolos que temosno centro intelectual para projetar, na tela da mente, cenas de lascvia emorbosidade sexual; se nos identificamos com tais quadros passionais,indubitavelmente, aquele eu luxurioso se fortificar tremendamente.Mas, se ns, ao invs de identificarnos com essa entidade, a separamos denossa psique, considerandoa como um demnio intruso, obviamente haversurgido, em nossa intimidade, a compreenso criadora.Posteriormente, poderamos darnos ao luxo de julgar, analiticamente, a talagregado com o propsito de fazernos plenamente conscientes do mesmo.O grave erro das pessoas consiste, precisamente, na identificao e isto lamentvel.Se as pessoas conhecessem a doutrina dos muitos; se, de verdade,entendessem que nem sua prpria vida lhes pertence, ento, no cometeriamo erro da identificao.Cenas de ira, quadros de cimes, etc., no terreno da vida prtica, resultamteis, quando nos encontramos em constante autoobservao psicolgica.Ento, comprovamos que nem nossos pensamentos, nem nossos desejos,nem nossas aes nos pertencem.Inquestionavelmente, mltiplos eus intervm como intrusos de mau agouropara colocar, em nossa mente, pensamentos; em nosso corao, emoes;em nosso centro motor, aes de qualquer natureza. lamentvel que no sejamos donos de ns mesmos; que diversasentidades psicolgicas faam de ns o que querem.Desafortunadamente, nem remotamente suspeitamos o que nos sucede eatuamos como simples marionetes controladas por fios invisveis.O pior de tudo isto que, em vez de lutar para nos libertarmos de todas estasentidades secretas, cometemos o erro de fortaleclas e isto acontecequando nos identificamos com elas.62 66. Compreenso CriadoraQualquer cena de rua, qualquer drama familiar, qualquer briga banal entrecnjuges devese, indubitavelmente, a tal ou qual eu e isto algo que jamaisdevemos ignorar.A vida prtica o espelho psicolgico onde podemos vernos, a nsmesmos, tal qual somos.Mas, antes de tudo, devemos compreender a necessidade de vernos a nsmesmos e a necessidade de mudar, radicalmente; s assim, teremos ganade observarnos realmente.Quem se contenta com o estado em que vive, o nscio, o retardatrio, onegligente, no sentir nunca o desejo de verse a si mesmo; querersedemasiado e, de modo algum, estar disposto a revisar sua conduta e seumodo de ser.De forma clara, diremos que em algumas comdias, dramas e tragdias davida prtica intervm vrios eus que necessrio compreender.Em qualquer cena de cimes passionais, entram em jogo eus de luxria, ira,amor prprio, cimes, etc., etc., que, posteriormente, devero ser julgados,analiticamente, cada um em separado,a fim de compreendlos,integralmente, com o evidente propsito de desintegrlos totalmente.A compreenso resulta muito elstica; por isto, necessitamos penetrar cadavez mais profundamente. O que hoje compreendemos de um modo, amanho compreendemos melhor.Olhando as coisas deste ngulo, podemos verificar, por ns mesmos, quoteis so as diversas circunstncias da vida, quando, em verdade, asutilizamos como espelho para o autodescobrimento.De modo algum, trataramos jamais de afirmar que os dramas, comdias etragdias da vida prtica resultam sempre formosos e perfeitos; tal afirmaoseria descabida.No entanto, por absurdas que sejam as diversas situaes da existncia,resultam maravilhosas como ginsio psicolgico.O trabalho relacionado com a dissoluo dos diversos elementos queconstituem o mim mesmo, resulta espantosamente difcil. 63 67. Compreenso CriadoraEntre as cadncias do verso, tambm se esconde o delito. Entre o perfumedelicioso dos templos, se esconde o delito.O delito, s vezes, tornase to refinado que se confunde com a santidade; eto cruel que chega a parecerse doura.O delito vestese com a toga do juiz, com a tnica do mestre, com aroupagem do mendigo, com o traje do senhor e at com a tnica do Cristo.Compreenso fundamental; mas, no trabalho de dissoluo dos agregadospsquicos, no tudo, como veremos no captulo seguinte.Resulta urgente, inadivel, fazernos conscientes de cada eu para separlode nossa psique; mas isso no tudo, falta algo mais.64 68. A KundaliniChegamos a um ponto muito espinhoso. Quero referirme questo esta daKundalini, a Serpente gnea de Nossos Mgicos Poderes, citada em muitostextos da sabedoria oriental.Indubitavelmente, a Kundalini tem muita documentao e algo que bemvale a pena investigar.Nos textos de alquimia medieval, a Kundalini o sinal astral do espermasagrado, STELLA MARIS, a VIRGEM DO MAR, que guia, sabiamente, ostrabalhadores da Grande Obra.Entre os Astecas, ela TONANTZIN; entre os Gregos, A CASTA DIANA; e,no Egito, ISIS, A ME DIVINA a quem menhum mortal levantou o vu.No h dvida alguma de que o Cristianismo Esotrico jamais deixou deadorar a Divina Me Kundalini; obviamente MARAH ou, melhor dizendo,RAMIO, MARIA.O que no especificaram as religies ortodoxas, pelo menos no quecorresponde ao crculo exotrico ou pblico, o aspecto de SIS em suaforma individual, humana.Ostensivelmente, s em secreto se ensinou aos Iniciados que essa DivinaMe existe, individualmente, dentro de cada ser humano.No demais esclarecer, de forma enftica, que DeusMe, REA, CIBELES,ADNIA, ou como queiramos chamla, uma variante de nosso prprio Serindividual aqui e agora.Concretizando, diremos que cada um de ns tem sua prpria Me Divinaparticular, individual.H tantas Mes no Cu, quanto criaturas existentes sobre a face fa Terra.A Kundalini a energia misteriosa que faz existir, no mundo, um aspecto deBRAHAMA.65 69. A KundaliniEm seu aspecto psicolgico, manifesto na anatomia oculta do ser humano, aKUNDALINI encontrase enroscada trs vezes e meia dentro de certo centromagntico, localizado no osso coccgeo.Ali descansa, entumecida, como qualquer serpente, a Divina Princesa.No centro daquele chacra, ou estncia, existe um tringilo feminino, ou YONI,onde est estabelecido um LINGAM masculino.Neste LINGAM atmico ou mgico que representa o poder criador sexual deBRAHAMA, enroscase a sublime serpente KUNDALINI.A Rainha gnea, em sua figura de serpente, desperta com o "secretumsecretorum" de certo artifcio alquimista que ensinei claramente, em minhaobra "O Mistrio do ureo Florescer".Inquestionavelmente, quando esta Divina Fora desperta, ascende vitoriosapelo canal medualr espinhal, para desenvolver em ns os poderes quedivinizam.Em seu aspecto transcendental, divinal, sublime, a Serpente Sagradatranscendendo ao meramente fisiolgico, anatmico, em seu estado tnico ,como j disse, nosso prprio Ser, porm derivado.No meu propsito ensinar, neste tratado, a tcnica para o despertar daSerpente Sagrada.S quero pr certa nfase ao cru realismo do ego e urgncia interiorrelacionada com a dissoluo de seus diversos elementos inumanos.A mente, por si mesma, no pode alterar, radicalmente, nenhum defeitopsicolgico.A mente pode rotular qualquer defeito, passlo de um nvel ao outro,escondlo de si mesma ou dos demais, desculplo, etc., mas nuncaeliminlo absolutamente.Compreenso uma parte fundamental; porm, no tudo, necessitaseeliminar.66 70. A KundaliniDefeito observado deve ser analisado e compreendido de forma ntegra antesde se proceder a sua eliminao.Necessitamos de um poder superior mente; de um poder capaz dedesintegrar, atomicamente, qualquer eudefeito que, previamente, tenhamosdescoberto e julgado profundamente.Afortunadamente, tal poder subjaz profundamente, mais alm do corpo, dosafetos e da mente; ainda que tenha seus exponentes concretos no osso docentro coccgeo, como j o explicamos em pargrafos anteriores do presentecaptulo.Depois de haver compreendido, integralmente, qualquer eudefeito, devemossubmergir em meditao profunda, suplicando, orando, pedindo a nossaDivina Me particular, individual, para que desintegre o eudefeitopreviamente compreendido.Esta a tcnica precisa que se requer para a eliminao dos elementosindesejveis que em nosso interior carregamos.A Divina Me Kundalini tem poder para reduzir a cinzas qualquer agregadopsquico subjetivo, i