a ginástica laboral na concepção dos professores de educação física em roraimastica laboral na...

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    A GINSTICA LABORAL NA CONCEPO DOS PROFESSORES DE

    EDUCAO FSICA EM RORAIMA: FERRAMENTA PARA

    O BEM ESTAR SOCIOAMBIENTAL

    RODRIGUES, Sandra Maria de Souza 13MELO, Nildete Silva de 24

    RESUMO

    A Ginstica Laboral - GL apresenta-se como uma ferramenta capaz de, a baixocusto, reduzir os acidentes de trabalho e a ocorrncia de doenas ocupacionais,bem como proporcionar um aumento da produtividade dos trabalhadores, por meioda melhoria de suas condies laborais e de sua motivao. O capital humano surge

    ento como ator principal de mudanas para o paradigma da sustentabilidade. Comotambm, um sistema que permite s pessoas cooperarem atravs de aes dereciprocidade, zelarem pelo bem pblico e promover a prosperidade. O objetivogeral do estudo foi conhecer a concepo dos professores de Educao Fsica doInstituto Federal de Roraima-IF/RR, sobre a Ginstica Laboral e seus benefciospara promoo da qualidade de vida do ser humano. Para tanto, foi realizada umapesquisa com foco, predominantemente qualitativo com anlise simples. Foiaplicada como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada para 5professores do oitavo mdulo do Curso de Licenciatura Plena em Educao Fsica

    13Licenciada em Educao Fsica. Especialista em Exerccio e Qualidade de vida. Mestre emEducao. Professora da Educao Bsica. Email: [email protected] em Letras. Especialista em Psicopedagogia. Meste e Doutora em Educao. Professorado Curso de Letras da Universidade Estadual de Roraima. Email: [email protected]

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    da IF/RR. A inteno foi verificar valores e competncias que estes professoresadquiriram na sua formao, e se so congruentes com os valores e competnciasrequeridas para formao da prxis em GL. As respostas foram categorizadas emConcepo da GL e Formao Inicial do profissional de EF, atravs da Anlise de

    Contedo (AC), seguindo as orientaes da anlise temtica de Bardin (1977). Osresultados da pesquisa evidenciaram que a Ginstica Laboral uma atividade fsicaque traz benefcios e proporciona a qualidade de vida, dando maior flexibilidade,mobilidade, postura socializao e concentrao ao ser humano, e apresentavalores e competncias essenciais para a formao do capital social.

    Palavras-chave: Ginstica Laboral. Qualidade de Vida. Sustentabilidade.

    RESUMEN

    La Gimnasia Laboral - GL se presenta mismo como una herramienta capaz de, a

    bajo costo, reducir los accidentes relacionados con el trabajo y la ocurrencia deenfermedades ocupacionales, as como proporcionar un aumento en laproductividad de los trabajadores, a travs de la mejora de sus condiciones detrabajo y su motivacin. El capital humano aparece como protagonista de loscambios en el paradigma de la sostenibilidad. Adems, un sistema que permite a laspersonas a colaborar a travs de acciones recprocas, celar por el bien pblica ypromover la prosperidad. El objetivo general del estudio fue conocer la concepcinde los profesores de Educacin Fsica en el Instituto Federal de Roraima-IF/RR, enrelacin a la de gimnasia y sus beneficios para promover la calidad de vida de losseres humanos. Con este fin, se realiz una encuesta con enfoquepredominantemente cualitativo con el simple anlisis. Se ha aplicado comoherramienta para la recoleccin de datos la entrevista semiestructurada a cincoprofesores de octavo mdulo del Curso de Licenciatura Plena en Educacin Fsicade IF / RR. La intencin era verificar los valores y competencias que estosprofesores han adquirido en su formacin, y si mantienen los valores y competenciasexigidas para la formacin de la praxis en GL. Las respuestas fueron categorizadasen diseo de GL y profesional de EF, a travs de Anlisis de Contenido (CA),siguiendo las directrices en el anlisis temtico de Bardin (1977). Resultados de laencuesta mostraron que la Gimnasia Laboral es una actividad fsica que aportabeneficios y proporciona la calidad de vida, dando una mayor flexibilidad, movilidad,postura y socializacin e concentracin a los seres humanos, y presenta valores y

    competencias bsicas para la formacin de capital social.Palabras clave: Gimnasia Laboral. Calidad de vida. Sostenibilidad.

    1 INTRODUO

    Muitas organizaes chegam ao consenso de que, o fator competitivo de uma

    empresa no est nos processos, nos produtos ou nos servios, mas nas pessoas

    que so as principais responsveis pela capacidade de criar e agregar valores ao

    negcio. As empresas tiveram que rever suas estratgias de negcios e se adaptar

    s necessidades de diferentes nveis sociais, raas, religies, perfis demogrficos,

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    costume e tradies. Alm disso, o crescimento da populao mundial, o elevado

    padro de consumo, os problemas ambientais, a presso da opinio do consumidor,

    contriburam para o debate em torno do desenvolvimento sustentvel. A partir dos

    anos 80 em Brundtland, surge a proposta do desenvolvimento sustentvel e

    responsabilidade empresarial, que tinha como premissa bsica o atendimento as

    necessidades das geraes presentes e futuras.

    Cabe destacar que, o desenvolvimento sustentvel caracteriza-se por uma

    viso multidimensional e de longo prazo de desenvolvimento. Isto , outras

    dimenses devem ser consideradas tambm importantes alm da econmica, a

    saber, a social, ambiental, cultural, poltica e espacial, que se inter-relacionam,

    interagem e so interdependentes, isto , capazes de influenciar e sereminfluenciados.

    Em consequncia disso, h necessidade de uma fora de trabalho saudvel

    motivada e preparada para a competio atualmente existente. A capacidade, na

    viso dos empresrios, de a empresa responder demanda de seus funcionrios

    em relao a uma melhor qualidade de vida evidenciam fatores de mudanas nas

    polticas pblicas tanto educacionais quanto da sade. No que se refere a fatores de

    qualidade de vida, segundo Lima (2007, p. 47) a promoo de sade envolve asestratgias de transformao das condies de vida e de trabalho, que por sua vez

    envolvem as estruturas subjacentes aos problemas da sade, exigindo uma

    abordagem intersetorial.

    Dessa maneira, evidencia-se, a importncia do capital social, como recurso

    para o desenvolvimento sustentvel. A Ginstica Laboral est posicionada dentro

    desse pensamento, que abriga questes cruciais para o bom funcionamento das

    empresas de todo e qualquer segmento. Cabe destacar que, os empresrios, osprofissionais de Educao Fsica atuantes nesse segmento e as faculdades de

    Educao Fsica atentem e se aprofundem ainda mais nesses assuntos, de modo a

    alavancar servios para que possa contribuir com o bem estar das pessoas e das

    organizaes.

    Nas organizaes, a implantao de programas de qualidade de vida no

    trabalho - QVT possui dois aspectos que se complementam: melhoria da qualidade

    de vida e a satisfao no trabalho e aumentar o desempenho e a produtividade, de

    acordo com Pilatti e Bejarano (2010). Assim, a QVT tem sido alvo importante dos

    acadmicos em pesquisas de engenharia e gesto, gerando conhecimentos

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    aplicados ao trabalho.

    No contexto do trabalho e com a insero da Educao Fsica em Programa

    de Sade Pblica, tem-se observado uma transformao desse componente

    curricular no processo de formao do profissional desta rea e a sua competncia

    para atuar na Ginstica laboral como estabelece a Resoluo de Conselho Federal

    de Educao Fsica (CONFEF) n 073/2004.

    A Educao Fsica mostra novas prticas filosficas e pedaggicas ancoradas

    a uma educao holstica. Com isso, faz-se necessrio verificar como vem sendo

    direcionadas as novas propostas da Educao Fsica por meio de uma abordagem

    interpretativa das aes destes profissionais. A anlise ainda envolve a legislao, a

    estrutura curricular a concepo da Ginstica Laboral, a formao do profissional deeducao fsica s prticas de Governana Corporativa e s mudanas

    administrativas.

    Neste contexto, discute-se, se os fatores da formao do profissional de

    Educao Fsica como: a) os professores que atuam na formao inicial receberam

    preparao para trabalhar com a Ginstica Laboral? b) qual a concepo que os

    professores de Educao Fsica tm de Ginstica Laboral? c) qual o beneficio da

    Ginstica Laboral para a qualidade de vida do ser humano? d) A GL interfere noprocesso de desenvolvimento sustentvel da empresa e na qualidade de vida dos

    servidores? As relaes desses fatores so indicadores de que o perfil do

    profissional bem qualificado pode interferir em todos os aspectos da vida pessoal de

    cada indivduo. Dessa forma, podendo ocasionar vrios benefcios tanto para as

    organizaes como para a qualidade de vida de cada colaborador.

    Com base no pressuposto de que a educao uma forma de preparar o

    indivduo para se adaptar, agir e modificar o meio em que vive, acredita-se que a GLpode ser uma importante ferramenta de educao para o desenvolvimento

    sustentvel. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo: Conhecer a concepo

    dos professores de Educao Fsica do IF/RR sobre a Ginstica Laboral e seus

    benefcios para promoo da qualidade de vida do ser humano.

    2 METODOLOGIA DA PESQUISA

    Este estudo classifica-se como uma pesquisa qualitativa e bibliogrfica, de

    carter exploratrio-descritivo, pois para o desenvolvimento a investigao

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    qualitativa, [...] detalha os significados e as caractersticas situacionais na realidade

    apresentada pelos entrevistados, conforme Minayo (1998) e Trivios (2007). Dentre

    os tipos de pesquisa qualitativa, adotou-se nesta pesquisa o estudo de caso,

    conforme detalhamento de Trivios (2007, p. 133): uma unidade que se analisa

    profundamente, onde nem as hipteses, nem os esquemas de inquisio esto

    aprioristicamente estabelecidos.

    Esse mtodo visa obter informaes, reivindicaes, representaes,

    capacidades de ao ou mobilizao para fornecer subsdios tericos no trabalho

    prtico aos futuros profissionais de Educao Fsica que atuam na GL, observadas

    atravs de experincias, discusses ou debates a cerca das questes abordadas.

    A pesquisa foi desenvolvida no curso de Licenciatura Plena em EducaoFsica do Instituto Federal de Roraima, numa expectativa no probabilstica, em

    funo de escolhas explcitas, chamado amostras por convenincia que segundo

    Sampieri (2007) o subgrupo da populao no qual a escolha dos elementos no

    depende da probabilidade, e sim das caractersticas da pesquisa.

    Para Thomas e Nelson (2002) os sujeitos so selecionados porque eles tm

    certas caractersticas, [...] a seleo dos sujeitos na pesquisa qualitativa proposital.

    Os sujeitos participantes foram 05 professores do curso de Educao Fsicaatuantes no ltimo modulo representados por (P1, P2, P3, P4 e P5). Os sujeitos da

    pesquisa foram selecionados, considerando os seguintes critrios: licenciados em

    Educao Fsica, estar ministrando aulas no ltimo mdulo do curso, ter mais de

    quatro anos de experincia profissional.

    Para coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada que, segundo

    Trivios (2007), so uns dos principais meios que tem o pesquisador para realizar a

    coleta de dados. Richardson (1999, p. 208) considera que: Esse tipo de entrevistavisa obter do entrevistado o que ele considera mais relevante de determinado

    problema: suas descries de uma situao em estudo.

    A entrevista constituiu-se de 7 (sete) questes, onde buscou-se saber o

    conhecimento que tm os professores sobre GL e seus benefcios; a viso dos

    professores da Instituio de Ensino Superior (IES) sobre a necessidade de

    preparao em GL na formao inicial; a opinio dos professores sobre a

    incluso da GL no currculo do curso de Educao Fsica (EF)

    Os dados coletados foram codificados e distribudos em duas categorias,

    Concepo de Ginstica Laboral e Formao Inicial do Profissional de Educao

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    Fsica, atravs da Tcnica da Anlise de Contedo, seguindo as etapas

    estabelecidas por Bardin (1977). Esta anlise utilizou-se como recurso interpretativo

    os livros, peridicos e documentos como: Leis, Decretos, Resolues, Diretrizes,

    Plano de Desenvolvimento Institucional, Projeto Pedaggico, Programas de

    Disciplinas, e os resultados do instrumento de pesquisa (entrevista) aplicado.

    3 DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL

    O conceito de desenvolvimento sustentvel segundo Castanheira e

    Valladares apud Guimares (2001) foi criado pela Comisso Mundial Sobre o Meio

    Ambiente e Desenvolvimento em Brundtland, em 1982.Conforme estudos de Pilatti e Bejarano (2010) sustentabilidade um conceito

    que, surgiu aps a constatao de inmeras formas de agresso ao meio ambiente,

    ocasionadas por interferncia humana. O conceito se refere a um sistema que se

    renova e se completa, sem agredir o local em que vivemos e, conforme o Relatrio

    da Comisso Brundtland apud Ministrio da Educao de Portugal (2006, p. 18): O

    desenvolvimento sustentvel satisfaz as necessidades do presente sem

    comprometer a capacidade de as geraes futuras poderem tambm satisfazer assuas.

    Conforme, o International Institute for Sustainable Development (2010), os

    trs principais aspectos do desenvolvimento sustentvel so: ambiente, economia e

    comunidade. E que, o desenvolvimento sustentvel um processo em constante

    evoluo, reunindo fatores culturais, sociais, econmicos e ambientais; necessrio

    para criar oportunidades, prosperidade e escolhas e deve proceder de modo que

    deixe alternativas disponveis para as geraes futuras.Segundo Zapata apud Nunomura et al (2005), para um desenvolvimento

    sustentvel, a medida do crescimento deve ser trocado do PIB para o FIB-

    Felicidade Interna Bruta. E para isso, as experincias de xito e as boas prticas

    devem-se constituir em referencias para que possam ser adaptadas em outros

    territrios, mas levando em considerao o seu prprio DNA territorial, sua realidade

    e cultura.

    nessa perspectiva que o homem passa a ser o centro do processo de

    desenvolvimento sustentvel, organizando-se a partir dos interesses e desejos

    individuais para produzir bens e servios necessrios a sua sobrevivencia.

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    Atualmente, as empresas no visualizam mais seus funcionrios como apenas

    prestadores de servios, mas sim como parceiros da organizao, como

    fornecedores de conhecimentos, habilidades, capacidade e, sobretudo, o mais

    importante inteligncia, como tambm formadores de opinio que rege no ambiente

    da empresa, como sugesto para melhoria do ambiente de trabalho como da

    qualidade do produto ou servio ofertado.

    No entanto, para que ocorra essa relao, imprescindvel que os indivduos

    compartilhem valores, objetivos e interesses comuns. Nesse sentido, a necessidade

    de uma fora de trabalho saudvel motivada e preparada para a extrema

    competio atualmente existente e a capacidade, na viso deles, de a empresa

    responder demanda de seus funcionrios em relao a uma melhor qualidade devida evidenciam fatores de mudanas nas polticas pblicas tanto educacionais

    quanto da sade.

    No que se refere a fatores de qualidade de vida, segundo Lima (2007, p. 47)

    a promoo de sade envolve as estratgias de transformao das condies de

    vida e de trabalho que, por sua vez, envolvem as estruturas subjacentes aos

    problemas da sade, exigindo uma abordagem inter setorial. Tendo em vista a

    complexidade das situaes que envolvem as organizaes modernas, nenhumproblema ou situao totalmente simples. exatamente a complexidade das

    situaes as quais tem inmeras causas e produzem inmeros efeitos, justamente

    o fato de permitir que os administradores percebam a organizao como um todo e

    como parte de um sistema maior.

    4 UMA ABORDAGEM SOBRE GL

    4.1 A trajetria histrica da ginstica laboral e a formao do professor de

    educao fsica

    Em diversos estudos h relatos de que a Ginstica Laboral, j vinha sendo

    praticada desde os anos de 1925, na Polnia, como afirmam Alves e Vale (1999),

    Polito e Bergamaschi (2006) e Lima (2007) a Ginstica de Pausa surgiu na

    Polnia em 1925, pesquisas realizadas no mesmo perodo apontam que esta

    atividade vinha sendo desenvolvida em outros Pases como Bulgria, Alemanha

    Oriental e na Holanda.

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    Na primeira dcada 1900, aconteceu primeira manifestao de atividades

    esportivas no mbito interno de empresas no Brasil em uma fbrica de tecidos da

    Bang, Rio de Janeiro. Os trabalhadores dessa indstria txtil, de capital e gesto

    ingleses, j se reuniam em torno de um campo de futebol para praticar atividades

    fsicas.

    A construo de quadras e campos esportivos em diversas fbricas da

    indstria txtil na regio de Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro, foi uma

    iniciativa dos anos 1930, considerada avanada ainda nos dias de hoje.

    Segundo Caete (1996, p. 36), na Europa, pases como Frana, Blgica e

    Sucia adotam a ginstica e realizam basicamente dois tipos de estudos: investigar

    a fadiga, condies fsicas e psicolgicas, e investigar as impresses e sentimentosdas pessoas envolvidas na Ginstica de Pausa.

    Em 1960, no Rio de Janeiro, mais precisamente nos estaleiros Ishikawajima

    do Brasil, introduzida por uma equipe de profissionais de Educao Fsica a

    Ginstica Matinal, com trs principais objetivos: fsicos, organizacionais e funcionais.

    Uma proposta de exerccios baseada em anlises biomecnicas foi

    estabelecida pela Escola de Educao da Favela, nos meados dos anos 1970

    1980, foi elaborado o projeto de Educao Fsica Compensatria e Recreao.Nessa conjuntura, vrias empresas de origem japonesa adotaram a

    metodologia em suas linhas de produo, visando proporcionar qualidade de vida

    aos trabalhadores.

    Com o passar dos anos, esse modelo acabou recebendo adaptaes,

    iniciando um processo de abertura para a contratao de profissionais de Educao

    Fsica.

    Independente das atividades do Servio Social da Indstria (SESI) e ServioSocial do Comrcio (SESC) foi registrada atividades internas que eram

    desenvolvidas com os trabalhadores, em algumas empresas multinacionais e

    estatais. A pesquisa demonstra com preciso o modelo de atendimento mdico que

    era desenvolvido na poca, a preveno secundria e tratamentos, no a preveno

    primria e a promoo da sade.

    Lima (2007) cita que, em 1989, nos Estados Unidos da Amrica, houve um

    investimento em programas, com a finalidade de promover o condicionamento fsico

    de trabalhadores. Em pases socialistas, a Ginstica Laboral promoveu a diminuio

    do estresse e melhorias no aspecto fisiolgico e na postura corporal dos

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    trabalhadores.

    No Brasil, a dcada de 1990 a 2000 demarca a ascenso da Ginstica

    Laboral, quando essa atividade ganhou importncia e espao nas discusses

    acadmicas e empresariais como a maior qualificao dos produtos e servios

    relacionados atividade fsica nas empresas e o papel do educador fsico.

    Dois momentos de suma importncia para a histria da Educao Fsica no

    Brasil e, consequentemente, para a atividade fsica na empresa, foram: a

    regulamentao da profisso de Educao Fsica e a criao do Conselho Federal

    de Educao Fsica e Conselhos Regionais, atravs da Lei n 9.696, de 1 de

    setembro de 1998.

    Considerando as controvrsias existentes sobre a competncia doprofissional de Educao Fsica para atuar nos programas de Ginstica Laboral foi

    discutida e aprovada a Resoluo do Conselho Federal de Educao Fsica

    (CONFEF), de n 073/2004, que dispe sobre a atuao do profissional na Ginstica

    Laboral.

    Dessa forma, observa-se uma ampliao, tanto no nmero de empresas que

    adotaram o programa de Ginstica Laboral, quanto de entidades de ensino que

    passaram a promover cursos de especializao na rea.A possibilidade de se ter qualidade de vida no trabalho, seguido do

    desenvolvimento profissional, remunerao, benefcios e a estabilidade no emprego

    indica que as pessoas esto cada vez mais preocupadas com as condies de

    trabalho e com o meio ambiente onde elas passam a maior parte de suas vidas.

    4.2 A Ginstica Laboral na Concepo dos Tericos da Educao

    Para Lima (2007, p. 31) a Ginstica Laboral tem a finalidade de promover

    adaptaes fisiolgicas e psquicas por meio de exerccios fsicos, dinmicas de

    grupo e outras tcnicas complementares como massagem, sempre dirigidos e

    adequados ao ambiente de trabalho.

    A Ginstica Laboral um conjunto de prticas fsicas elaboradas a partir da

    atividade profissional exercida durante o expediente, visando compensar as

    estruturas mais utilizadas no trabalho, relaxando-as e tonificando-as, como tambm

    ativando as que no so to requeridas. Essas prticas podem ser complementadas

    com aes educativas que possibilite maior acesso a informaes sobre promoo

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    de sade, dinmicas ldicas e de integrao, visando promover maior

    desconcentrao e resgate do equilbrio e bem-estar do trabalhador.

    Lima (2007, p. 28) tem uma concepo especfica para a Ginstica Laboral

    com abordagem ergonmica. Ele diz que a prtica de exerccios fsicos realizada

    coletivamente durante a jornada de trabalho, deve ser prescrita de acordo com a

    funo exercida pelo trabalhador tendo como finalidade a preveno de doenas

    ocupacionais e promovendo o bem-estar individual por intermdio da conscincia

    corporal: conhecer, respeitar, amar e estimular o seu prprio corpo.

    Na concepo de Martins (2005, p. 63), a Ginstica Laboral uma pausa

    ativa realizada no ambiente de trabalho, cuja durao mdia de cinco minutos

    quando efetuada na fbrica, e quinze minutos quando efetuada no escritrio,composta por atividades fsicas (ex: exerccios de alongamento e massagens),

    recreacionais e meditativas (incluindo-se exerccios respiratrios e tcnicas de

    visualizao).

    Para Fontes (2001) a GL uma atividade fsica diria realizada no local de

    trabalho, com exerccios de compensao para movimentos repetidos, para

    ausncia de movimentos e para posturas incorretas no local de trabalho.

    A Ginstica Laboral Compensatria (GLC) e a Ginstica Laboral Preparatria(GLP) consistem em exerccios especficos, realizados no prprio local de trabalho,

    atuando de forma preventiva e teraputica. A GL leve e de curta durao, visando

    diminuir a fadiga muscular, o ndice de acidentes do trabalho, corrigir vcios

    posturais, aumentarem a disposio do funcionrio no incio e no retorno do trabalho

    e prevenir as doenas por traumas acumulativos, conforme Dias (1994); Lima (2007)

    e Martins (2000).

    Para Kolling (1980, p. 20): A Ginstica Laboral uma modalidade daEducao Fsica que envolve um conjunto de atividades fsicas realizadas no local

    de trabalho, voltadas para promoo da sade do ser humano.

    4.2.1 A Classificao da Ginstica Laboral

    Existem diferentes classificaes da GL, muitas das quais esto relacionadas

    com o horrio de execuo do trabalho. Na concepo de Martins (2005), a

    Ginstica Laboral pode ser classificada em preparatria e compensatria.

    A preparatria acontece antes da jornada de trabalho e mais indicada para

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    os trabalhadores cujas tarefas laborais requerem fora ou grande preciso de

    movimentos, enfatizando exerccios que proporcionem aquecimento msculo

    articular e, posteriormente, aumento da circulao sangunea perifrica.

    A compensatria acontece durante ou aps o trabalho, devendo basear-se no

    alongamento esttico, a fim de ativar os grupos musculares mais utilizados durante o

    cotidiano laboral.

    Lima (2007), por sua vez, a classifica em: a) de aquecimento ou preparatria;

    b) compensatria ou de pausa e, c) relaxamento ou final.

    A de Aquecimento ou Preparatria uma ginstica com durao

    aproximada de 5 a 10 minutos, realizada antes do incio do trabalho ou nas primeiras

    horas. Tem como objetivo principal preparar os funcionrios, aquecendo, sobretudoos grupos musculares que sero solicitados em suas atividades profissionais,

    proporcionando tambm maior disposio.

    A Compensatria ou de Pausa a ginstica que tem durao aproximada

    de 10 minutos, realizada durante a jornada de trabalho. Interrompe a monotonia

    operacional, com a realizao de exerccios especficos de compensao para

    esforos repetitivos ou estruturas sobrecarregadas, e as posturas solicitadas nos

    postos de trabalho.E, a deRelaxamento ou Final a ginstica de aproximadamente 10 minutos,

    baseada em exerccios de alongamento e relaxamento muscular, realizada no final

    do expediente, com o objetivo de oxigenar as estruturas musculares envolvidas na

    tarefa diria.

    Para Mendes e Leite (2004, p. 25) existem: a preparatria, no incio do

    expediente de trabalho; a compensatria, no meio do expediente e, a relaxante, no

    final do expediente.A Ginstica de Aquecimento ou Preparatria faz com que as pessoas

    despertem, espreguicem e sorriam, brincando com seus colegas e renovando suas

    energias, assim, iniciam suas atividades com muito mais disposio. A estatstica

    tem mostrado resultados de reduo positivos, atravs de registros de acidentes nas

    primeiras horas de trabalho, afastamentos, absentesmo e presentesmo.

    A Ginstica Compensatria ou de Pausa, para a maioria das pessoas, de

    forma inconsciente, tende a relaxar sua postura diante da bancada de trabalho, no

    momento de maior cansao, s vezes permanecendo com a m postura por todo o

    dia. Nesta perspectiva, a Ginstica de Pausa contribui nas condies de realizao

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    dessas tarefas e evita as leses que podem afastar os indivduos de suas atividades

    principais.

    A Ginstica de Relaxamento ou Final tem como objetivo promover o

    relaxamento, para que o trabalhador possa meditar e se auto - avaliar. Possibilita um

    aprendizado motor para reduzir a ansiedade e a tenso, podendo despertar a

    conscincia do trabalhador, melhorando sua coordenao, com maior economia de

    movimento, menor consumo de energia, menor fadiga.

    Nesse sentido, cabe ressaltar que promover atividades de ginstica na

    empresa , acima de tudo, educar os trabalhadores para prticas de exerccios

    saudveis, no s no ambiente de trabalho.

    Conforme Couto (1995, p. 8), a GL preparatria pode ser realizada comopreveno da fadiga por tenso cognitiva, tendo em vista que pode proporcionar um

    nmero maior de estmulos cerebrais, tornando o indivduo mais desperto e, assim,

    mais apto a ter respostas adequadas ou corretas.

    De acordo com Martins (2005), para que a correta aplicao dos exerccios de

    alongamento e demais atividades da GL acarretem benefcios ao trabalhador, o

    indivduo que deve ministrar estas aulas o profissional de Educao Fsica, o qual

    est apto s correes e adaptaes das atividades da GL relacionadas snecessidades e individualidades do trabalhador.

    Steinhilber (2014) ao se expressar sobre a formao do profissional de

    Educao Fsica, informou que o profissional de Educao Fsica est capacitado

    tecnicamente e apto legalmente para promover e orientar atividades de Ginstica

    Laboral, ratificando a importncia e o direito do trabalhador a ter uma vida digna e

    com sade. Portanto, Ginstica Laboral atribuio do profissional de Educao

    Fsica.Para Martins (2005, p. 73): Os trabalhadores que participavam de um PGL-

    Programa de Ginstica Laboral, afirmavam ter alvio no desconforto causado pelo

    alongamento quando a massagem precedia tal exerccio.

    Milito (2001, p. 64) acredita que: Quando a GL aplicada por

    multiplicadores (lderes de cada grupo de trabalhadores que executam a GL), tal

    atividade pode ter aspecto, no mnimo, nulo, conforme seus estudos.

    O autor ainda pesquisou a diferena nos resultados da GL quando orientada

    por multiplicadores ou professores de Educao Fsica em quatro empresas do

    estado de Santa Catarina que aplicavam GL h mais de um ano (duas empresas

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    usavam multiplicadores e as outras duas, professores de Educao Fsica).

    Autores como Martins (2005) relatam os benefcios que a GL ou Programa de

    Ginstica Laboral (PGL) pode exercer em trabalhadores das mais variadas

    ocupaes.

    Assim, valido dizer que apenas a GL no era suficiente para promover a

    qualidade de vida dos trabalhadores, necessitando-se de uma interao direta com

    os fatores ergonmicos do ambiente de trabalho em questo.

    Lima (2007) conclui que os exerccios regulares no ambiente de trabalho

    tendem a estabelecer uma melhor convivncia entre funcionrios e seus superiores

    hierrquicos.

    Esses autores consideram que a GL traz os seguintes benefcios:Melhoria: flexibilidade e mobilidade articular; postura corporal; disposio e

    nimo para o trabalho; autoconhecimento do corpo e coordenao motora;

    socializao entre as equipes e seus superiores; produtividade individual e coletiva.

    Reduo da: inatividade fsica; tenso e fadiga muscular; acidentes de trabalho;

    afastamentos por leses ocupacionais; ausncia no trabalho (absentesmo) e

    procura ambulatorial; custos com assistncia mdica.

    Daolio (1998) acrescenta que a liberao de movimentos bloqueados portenses emocionais, obtendo a sensao de um corpo mais relaxado, melhora na

    coordenao motora dos funcionrios, reduzindo assim, o gasto de energia para a

    execuo de suas tarefas dirias, aumento da flexibilidade, ativao do aparelho

    circulatrio, preparao do corpo para atividade muscular, desenvolvimento da

    conscincia corporal, proporcionando o bem-estar fsico e mental.

    Considerando a subjetividade das impresses e percepes do trabalhador e

    demais fatores que permeiam o ambiente ocupacional, Lima (2007) recomenda queos profissionais de Educao Fsica orientem os funcionrios, esclarecendo que os

    exerccios podem ser feitos antes e depois do trabalho, em pequenas pausas, no

    meio do expediente, ou em qualquer momento que sentirem necessidade, mas que

    cada um seja responsvel por sua sade.

    Acreditamos ser indispensvel o incentivo do professor na recriao dos

    movimentos j conhecidos e descubram outros movimentos que tenha um

    significado no ambiente ocupacional.

    Martins (2005, p. 64) considera que: Programas de alongamento nas

    empresas podem melhorar a sade do trabalhador e diminuir, tanto a severidade

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    quanto o custo de tratamento das leses musculoesquelticas.

    Conforme Martins (2005, p. 38), estudos realizados por Fenety e Walker

    avaliaram os efeitos de curto prazo em exerccios de alongamento esttico (com

    durao mnima de cinco segundos cada exerccio) no conforto musculoesqueltico

    e na mobilidade postural de trabalhadores (n=11) que exerciam suas tarefas em

    computadores. Os resultados sugeriram que tais exerccios podem ter sido

    benficos, uma vez que reduziram o desconforto musculoesqueltico e a imobilidade

    postural.

    4.3 Atividade Fsica e Qualidade de Vida

    Embora seja difcil definir qualidade de vida, precisamente muitos estudiosos

    concordam que ela depende da combinao complexa de fatores que incluem a

    sade fsica ao bem estar psicolgico, satisfao social e o conforto espiritual.

    Convm dizer que os gregos comearam a conceituar qualidade de vida, a

    partir da concepo de que viver em harmonia consigo mesmo era o primeiro fator

    de bem-estar.

    A literatura existente demonstra que a participao em atividades fsicasdistintas est associada a uma sade mental positiva e melhora da qualidade de

    vida. Da mesma forma o valor do exerccio, do esporte e demais atividades fsicas,

    contribuem para a preveno e reabilitao de vrias doenas crnicas.

    De acordo com Achour Junior (1996), trabalhos cientficos mostraram que as

    doenas estavam relacionadas aos hbitos e estilos de vida inadequados

    (sedentarismo, alimentao inadequada, entre outros), e que, em 1993, a

    Associao Americana de Cardiologia considerou o sedentarismo como fator derisco independente para o desenvolvimento de doena arterial coronariana.

    O grupo de qualidade de vida WHOQOL GROUP da diviso de Sade Mental

    da Organizao Mundial de Sade OMS define que Qualidade de Vida-QV, como

    apercepo do indivduo de sua posio na vida, no contexto da cultura e sistema de

    valores nos quais ele vive e em relao aos seus objetivos, expectativas, padres e

    preocupaes, conforme Pilatti e Bejarano (2005).

    No entanto, uma das expresses mais ntidas da qualidade de vida, o

    reconhecimento da sade como um direito fundamental do cidado, devendo o

    estado prover de condies indispensveis para o seu pleno exerccio, segundo as

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    disposies gerais da Lei orgnica n 8.080 de 19/09/90, art. 2.

    Para Battaglion Neto (2003), isso implica que os direitos sociais, quando

    violados, colocam em risco sua sade e qualidade de vida, fazendo-se necessrio

    intervir sobre estes fatores atravs de atuao competente do profissional de sade,

    alterando sua rotina de trabalho, com aes e estratgias de interao com os

    recursos que a comunidade dispe e os servios pblicos locais.

    A incluso da Educao Fsica na rea de Sade advm da compreenso de

    que atividade fsica determinante para a preveno de doenas e,

    consequentemente, da longevidade humana.

    Esta incluso vem ratificar a importncia atribuda educao fsica enquanto

    rea possuidora de conhecimentos especficos necessrios ao bomdesenvolvimento das aes de preveno e de reabilitao da sade, como tambm

    abriu um espao para a participao efetiva dos seus profissionais nas polticas de

    sade, como o Programa Sade na Famlia (PSF), do Ncleo de atendimento

    Sade da Famlia (NASF), do Programa Nacional de Sade na Escola (PNSE).

    Entretanto, neste tipo de atividades, a individualidade biolgica deve ser

    respeitada levando em considerao o gentipo de cada colaborador. Onde se

    conclui que os programas bem estruturados, com comunicao, atividades emgrupo, avaliaes integradas e com um ambiente de suporte podem trazer, a mdio

    e em longo prazo, um retorno sobre investimento.

    Existe uma relao muito estreita entre sade e atividade fsica. Da mesma

    forma que entre sade e qualidade de vida. Para a Comisso Especial de

    Interveno Profissional do Conselho Federal de Educao Fsica (CONFEF),

    Resoluo CONFEF 046/2002, Atividade Fsica todo movimento corporal

    voluntrio humano, que resulta num gasto energtico acima dos nveis de repouso,caracterizado pela atividade do cotidiano e pelos exerccios fsicos. Nessa

    perspectiva trata-se de comportamento inerente ao ser humano com caractersticas

    biolgicas e socioculturais.

    Neste contexto, que atividade fsica ao se revelar prtica inserida nos mais

    diferentes contextos da sociedade praticada nas perspectivas da educao, da

    sade, do rendimento e do lazer, e disponibilizada populao nas mais diferentes

    formas e manifestaes, exige dos responsveis pela conduo dessas atividades

    formao superior especfica, calcada em conhecimentos tcnico-cientficos,

    didtico-pedaggicos e tico-profissionais.

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    Para Nahas (2001), a expresso atividade fsica representa o

    comportamento humano que o foco central da atuao profissional e investigao

    cientfica de Educao Fsica. Atividade fsica e aptido fsica associam-se ao bem -

    estar, sade e qualidade de vida das pessoas em todas as faixas etrias,

    principalmente na meia idade e na velhice, quando os riscos potenciais da

    inatividade aumentam, levando perda precoce de vidas.

    Portanto, preciso reconhecer que a verdadeira identidade do profissional de

    Educao Fsica se caracteriza e se manifesta pelo estudo, ensino, interveno e

    aplicao de exerccios fisiocorporais nas suas dimenses biolgicas,

    comportamental e sociocultural.

    Estudos desenvolvidos por King et al (1993) apud Nunomura et al (1999),revelaram aspectos positivos do exerccio aerbico na diminuio dos nveis de

    ansiedade, de depresso e de estresse. Conforme Nunomura et al (1999), as

    atividades aerbias como caminhada, natao, dana, tai chie ygaajudam o corpo

    a retornar a um estado mais relaxado. O autor ainda considera que, as atividades

    aerbias com intensidade de 60% da capacidade mxima de consumo de O2 eram

    necessrias para a liberao da endorfina na corrente sangunea perifrica.

    Rodrigues (2002), afirma que um programa de atividade fsica para a melhoriada sade e bem-estar psicolgico dos adultos maduros consistiria de fora,

    flexibilidade, equilbrio, coordenao e atividades aerbias.

    Segundo Venturim e Molina (2005) para o Colgio Americano de Medicina

    Esportiva (1996) uma pessoa s considerada saudvel quando apresenta um

    estilo de vida que reduza os riscos das principais Doenas Crnicas No-

    Transmissveis (DCNT), sendo que um estilo de vida saudvel abrange nutrio

    balanceada, atividade fsica, comportamento preventivo, relacionamento social econtrole do estresse assumindo uma concepo multifacetada e pluridimensional.

    Nunomura et al (1999), coloca que o estresse seria uma resposta no

    especfica (adaptao generalizada) do corpo a qualquer demanda, com o intuito de

    manter o equilbrio fisiolgico. Todos os seres vivos estariam em estado de estresse

    constante, alguns mais, outros menos.

    Nessa concepo, o estresse uma parte integral da fbrica natural da vida e

    lidar com o estresse uma exigncia diria para o crescimento e desenvolvimento

    normal do ser humano, conferindo-lhe um atributo positivo.

    Corroborando com esse estudo Samulski e Lustosa (1996, p. 19) o aspecto

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    negativo do estresse incluiria: fator de risco secundrio para os principais problemas

    de sade e transferncia da incapacidade de lidar com um agente estressor.

    4.4 Qualidade de Vida no Trabalho: benefcios fsicos e psicolgicos

    Muitas empresas entenderam que o fator competitividade vai alm dos

    processos, dos produtos, ou dos servios oferecidos, visto que passa pelas pessoas

    que so as principais responsveis pela capacidade de criar e agregar valores ao

    negcio.

    A Qualidade de Vida-QV utilizada como medida dos valores humanos

    bsicos Pootiguar et al (2004), sendo que estes valores determinam as aes eobjetivos da pessoa na vida, incluindo a inteno e motivao para o seu

    desempenho em suas atividades.

    O trabalho de acordo com Watson (1995) um aspecto imprescindvel para

    as organizaes e essencial na vida das pessoas, pois desenvolve alguma relao

    de identidade com o trabalho, tornando os conceitos de qualidade de vida e trabalho

    inseparveis.

    Gaudncio (2004) relata como e porque o sucesso acontece, entretanto, algoelas tm em comum. a preocupao com algo que se situa entre o investimento

    de capital e o desenvolvimento tecnolgico: o ser humano.

    Vale informar que os estudos sobre qualidade e a motivao humana no

    trabalho comearam em 1924, com o marcante trabalho feito na fbrica de telefones,

    desde ento, muitas pesquisas tm sido feita e publicadas.

    Na sociedade moderna, o comodismo e os hbitos sedentrios, associados a

    fatores estressantes no trabalho como responsabilidade, alta produtividade,concorrncia no mercado, expectativas pessoais e sociais, fazem com que a vida

    das pessoas se torne cada vez mais frteis aquisio de doenas psicossomticas

    e debilidade da imunidade fsica. Dessa forma, animador perceber que algumas

    empresas j reconhecem que o bem-estar e a sade de seus funcionrios so

    importantes para a sobrevivncia e o bom andamento das atividades no ambiente de

    trabalho.

    Nesse sentido, Rodrigues (2002) relata que muitas delas tm adotado

    programas de atividade fsica para que os funcionrios tenham benefcios diretos

    como disposio para o trabalho, preveno de doenas relacionadas ao mesmo,

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    diminuio das dores no corpo referentes m postura e trabalho repetitivo e

    diminuio das tenses. Inmeros estudos internacionais que analisaram o

    absentesmo, o presentesmo, os custos com assistncia mdica, os acidentes de

    trabalho e as aposentadorias precoces por problemas ocupacionais mostram que as

    intervenes no ambiente de trabalho so eficazes e melhoram todos esses

    indicadores.

    Por conseguinte, de todas as aes preventivas apresentadas, observa-se

    que o programa de exerccios GL possui uma relevncia maior na atualidade, pois

    as empresas o tm implantado objetivando eliminar os casos de afeces

    ocupacionais.

    Assim, imprescindvel que empresrios e trabalhadores reconheam aimportncia da ginstica laboral e do lazer para o bem-estar das pessoas na

    realizao de suas atividades funcionais, o que contribuir para a reduo dos

    ndices de acidente de trabalho e de doenas ocupacionais do trabalhador e

    consequentemente pode obter a melhoria no desempenho e na qualidade de vida.

    A prtica da atividade fsica tem sido associada com mudanas significativas

    nos estados psicolgicos de humor, tanto nos aspectos negativos quanto nos

    positivos, gerando um bem estar psicolgico e aumentando a resistncia doindivduo diante do estresse psicossocial, de acordo com Rodrigues (2002).

    Nunomura et al (2005), analisando os resultados em seus estudos, concluem

    que a prtica regular da atividade fsica atenua os nveis de estresse e melhora

    significativamente a qualidade de vida do adulto maduro. Isto porque provavelmente

    j se encontraria em uma fase da vida mais estvel, financeira e emocionalmente.

    Alm disso, seus compromissos so reduzidos, j no dependem tanto de sua ao

    direta e sua vida profissional possivelmente j se estabilizou.Com isso, infere-se que a prtica regular de atividade fsica traz resultados

    benficos em relao ao controle do nvel de estresse, favorecendo melhoria da

    qualidade de vida.

    De acordo com Nahas (2001, 2005) a atividade fsica exerce papel relevante

    na preveno e tratamento das Doenas Crnicas No Transmissveis- DCNT.

    Alm disso, indivduos ativos fisicamente tm uma expectativa ampliada de

    anos de vida produtiva e independente, reduzindo, ainda, os custos relativos ao

    controle e tratamento dessas doenas.

    Conforme o Ministrio da Sade na maioria dos pases em desenvolvimento,

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    mais de 60% dos adultos que vivem em reas urbanas no so envolvidos em nvel

    suficiente de atividade fsica, afirmando que hoje se gasta 500 kcal/ano a menos do

    que em 100 anos atrs. Isso explica, em parte, porque o sedentarismo estaria

    presente em cerca de 70% da populao brasileira, matando mais do que a

    obesidade, a hipertenso, o tabagismo, a diabetes e o colesterol alto. (VENTURIM;

    MOLINA, 2005, p. 20).

    A inatividade fsica, alm de ser um dos fatores de risco mais importantes

    para as DCNT, contribui a cada ano para mais de dois milhes de mortes em todo o

    mundo. Em 2020, a estimativa de que 73% das mortes sejam atribudas a esses

    agravos, de acordo com Lipp (1996). As evidncias mostram que, no que se referem

    s atitudes que promovam um estilo de vida saudvel e os efeitos dele decorrentes,as pessoas, de um modo geral, possuem hbitos de vida bastante diferentes do que

    pode ser considerado ideal.

    Esses hbitos so determinados por diversas condies impostas por uma

    vida urbana moderna, como a diminuio do tempo disponvel, alimentao

    inadequada, desinformao sobre hbitos saudveis, jornada de trabalho extensa,

    entre outras, alm das dificuldades dos sistemas de sade em propor e colocar em

    prtica alternativa para lidar com as doenas mais frequentes da atualidade.Segundo Barbanti (2005), os atributos ligados qualidade de vida e sade

    devem, portanto, incluir o bem-estar ou capacidade de funcionamento razovel das

    funes fsicas, mentais, intelectuais, emocionais, disposio para participar em

    eventos sociais, na famlia, no trabalho ou na comunidade.

    5 ANLISE E DISCUSSO DAS ENTREVISTAS

    Aps os dados categorizados realizam-se sua anlise e interpretao

    tomando por base o objeto e as questes da pesquisa, na direo de uma

    compreenso do fenmeno estudado. Portanto, na categoria Concepo de

    Ginstica Laboral, as respostas dos professores evidenciam que eles conhecem o

    que a Ginstica Laboral, como mostram os depoimentos a seguir:

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    H uma adeso das empresas em incorporar tal atividade como fatorcontribuinte para a melhoria na qualidade de vida do trabalhador... (P1).A Ginstica Laboral um meio de melhorar a atividade fsica e proporcionara qualidade de vida no ser humano, como tambm no tratamento demovimentos repetitivos do profissional no seu dia a dia, em algumas

    profisses. (P2).A Ginstica Laboral uma atividade dentro do esporte, voltada parapessoas trabalhadoras. (P3).A Ginstica Laboral um conjunto de prticas corporais que se trabalhacom as diversas manifestaes da cultura corporal de movimento, [...]. AGinstica Laboral para as empresas, e pode ser incorporada no contextoda escola como atividade fsica voltada para a melhoria da qualidade devida dos profissionais da educao. (P4). um dos ramos da Ginstica que auxilia na preveno de diversosdistrbios e/ou doenas, e na recuperao das pessoas. (P5).

    Nas diferentes concepes de Ginstica Laboral e dentre elas percebe-se que

    o P2 de acordo com Fontes (2001), considera que a GL uma atividade fsica que

    traz qualidade de vida ao ser humano, quando realizada como exerccios de

    compensao para movimentos repetidos e ainda, para suprir a ausncia de

    movimentos e corrigir as posturas incorretas no local de trabalho.

    P4, ao expressar o seu conceito sobre a GL, alm de se referir ao seu papel

    na empresa tambm a inclui no contexto escolar. Alm disso, P3, P4 e P5 em seus

    conceitos em geral corroboram com Lima (2007) que v a Ginstica Laboral como

    um conjunto de prticas fsicas elaboradas a partir da atividade fsica profissional

    exercida durante o expediente e que visa compensar as estruturas mais utilizadas

    no trabalho.

    Neste sentido, o impacto do comportamento do indivduo sobre sua sade,

    bastante significante, fazendo com que os profissionais de Educao Fsica,

    busquem uma reviso para conhecer e analisar os novos conceitos sobre promoo

    e educao em sade. Os professores mostram que h ainda uma grande

    preocupao em relacionar G.L e Educao Fsica.

    As pessoas confundem a Ginstica Laboral com a Fisioterapia. A GinsticaLaboral um tipo de ginstica de preveno, que cuida da sade dotrabalhador. (P1).O exerccio fsico de alongamento a principal atividade fsica e vemcontribuir no tratamento das pessoas. (P2). outro ramo, que tem tudo a ver com a Educao Fsica, que abrangevrias reas, sendo uma delas a Ginstica Laboral, portanto tem tudo a vercom a formao do profissional de Educao Fsica. (P3).A Ginstica Laboral da rea de Sade. A Educao Fsica tem nfase nasade. Diante disso, a nica rea que tem todo conhecimento para trabalhar

    com a promoo e preveno em relao atividade fsica a GinsticaLaboral. Portanto, a Ginstica Laboral [...], um trabalho de conscientizaocorporal. (P4). muito importante, por ser uma das vertentes da Educao Fsica. (P5).

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    De acordo com Nahas (2001, 2005), existe uma relao entre as duas

    modalidades, a expresso atividade fsica representa o comportamento humano

    que o foco central da atuao profissional e investigao cientfica de Educao

    Fsica. Atividade fsica e aptido fsica associam-se ao bem estar, sade e

    qualidade de vida das pessoas em todas as faixas etrias, principalmente na meia

    idade e na velhice, quando os riscos potenciais da inatividade aumentam, levando

    perda precoce de vidas. Alm disso, Nunomura et al (2005) por meio dos resultados

    de seus estudos, inferir-se que a prtica regular da atividade fsica atenua os nveis

    de estresse e melhora significativamente a qualidade de vida do adulto maduro.

    Dessa forma, a Ginstica Laboral tem sido estudada e pesquisada por

    diversos autores, e fica evidente que um componente curricular que se encontraexplicitado na disciplina Ginstica Geral nos Cursos de Educao Fsica, o que torna

    necessria ser repensado e, desenvolvida de maneira mais sistematizada e

    contextualizada pelos profissionais de Educao Fsica.

    Diante disso, a nica rea que tem todo conhecimento para trabalhar com a

    promoo e preveno em relao atividade fsica e promoo da sade do ser

    humano a Ginstica Laboral, conforme Kolling (1980).

    Os professores tambm mostram, em parte, que tm uma concepo definidasobre a classificao da G.L, como:

    Classificada de acordo com a empresa, seus setores de trabalho eprofissionais em todas as faixas de idade. (P1).A Ginstica Laboral como meio de tratamento, beneficia e contribui para amelhoria na qualidade de vida das pessoas. A Educao Fsica, atravs doexerccio fsico que se faz no dia a dia, tem grande benefcio de prevenona sociedade em geral. (P2).Dentre os benefcios, percebe-se principalmente a questo do bem estardos trabalhadores. (P3).

    A Ginstica Laboral tem trs classificaes: a preparatria utilizada noincio do trabalho para preparar os grupos musculares, a correntesangunea e a frequncia cardaca; a compensatria utilizada no meio, nointermedirio do incio ao fim do trabalho que compensa os gruposmusculares que no esto sendo exercitados durante o trabalho. Arelaxante utilizada no final do trabalho, para relaxar os grupos musculares,minimizar as dores, e o cansao. (P4).Benefcios biolgicos e psicolgicos. (P5).

    As diferentes classificaes da G.L esto relacionadas com o horrio de

    execuo do trabalho. Corroborando Lima (2007), a G.L classifica-se em

    aquecimentoou preparatria uma ginstica com durao aproximada de cinco a

    dez minutos, realizada antes do incio do trabalho ou nas primeiras horas do

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    exerccio profissional.

    A G.L compensatria ou de pausa a ginstica que tem durao

    aproximada de dez minutos, realizada durante a jornada de trabalho.

    E o relaxamento ou final a ginstica de aproximadamente dez minutos,

    baseada em exerccios de alongamento e relaxamento muscular, realizada no final

    do expediente.

    Os professores P2, P3 e P5 no classificaram a GL, apenas falaram sobre os

    benefcios dela.

    Diante do resultado infere-se que nas mais diferentes concepes em relao

    aos benefcios da Ginstica Laboral, todos os pesquisados concordam que ela traz

    benefcios para sade de quem est fazendo esta atividade. Nesse sentido, Lima(2007) relata os benefcios da Ginstica Laboral em: melhoria: flexibilidade e

    mobilidade articular; postura corporal; disposio e nimo para o trabalho;

    autoconhecimento do corpo e coordenao motora; socializao entre as equipes e

    seus superiores; produtividade individual e coletiva. Reduo: inatividade fsica;

    tenso e fadiga muscular; acidentes de trabalho; afastamentos por leses

    ocupacionais; ausncia no trabalho (absentesmo) e procura ambulatorial; Custos

    com assistncia mdica.P5 ao relatar que A Ginstica Laboral traz benefcios biolgicos e

    psicolgicos, de forma abrangente, concorda com Samulski e Lustosa (1996),

    quando assinala que a liberao de movimentos bloqueados por tenses

    emocionais, obtendo a sensao de um corpo mais relaxado, melhora na

    coordenao motora dos funcionrios, reduzindo assim, o gasto de energia para a

    execuo de suas tarefas dirias, aumento da flexibilidade, ativao do aparelho

    circulatrio, preparao do corpo para atividade muscular, desenvolvimento daconscincia corpora, proporcionando o bem-estar fsico e mental.

    A literatura existente demonstra que a participao em atividades fsicas

    distintas est associada a uma sade mental positiva e melhora da qualidade de

    vida. Da mesma forma o valor do exerccio, do esporte e demais atividades fsicas,

    contribuem para a preveno e reabilitao de vrias doenas crnicas.

    Para a categoria Formao do Profissional de Educao Fsica os

    professores mostraram, por meio das suas respostas que conhecem o Perfil do

    Profissional de Educao Fsica, como se pode conferir nos seus depoimentos,

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    Porque conhecedor da disciplina, para que serve, e porque est fazendo, exclusivo do profissional de educao fsica, o qual tambm conhecedorda preveno da sade. (P1).Para tratar de qualquer atividade ou aplicao de exerccio, a GinsticaLaboral tem que ser o profissional de Educao Fsica, nico capacitado

    com conhecimentos cientficos da fisiologia, cinesiologia, dos movimentosposturais inerentes ao homem. (P2).A Educao Fsica trabalha para promoo da Sade e qualidade de vida. AGinstica Laboral trabalhada em postos de trabalho de manuteno.Pessoas que trabalham uma fora de grupos musculares e, uma quetrabalha com recursos humanos so diferenciados as atividades a seremaplicadas. Portanto, esse cuidado em relao conscincia nas diferenasfaz com que uma seja o mal da outra, quando mal orientada. Diante dessecuidado, o profissional de Educao Fsica tem que trabalhar a GinsticaLaboral. (P4).Por ser uma atividade profiltica da rea da Sade. (P5).

    No depoimento de P2 e P4 eles consideram que, os profissionais deEducao Fsica so profissionais formados e capacitados com conhecimentos

    cientficos e tcnicos da fisiologia, cinesiologia, dos movimentos posturais inerentes

    ao homem. Corroborando dessa ideia, Steinhilber (2014) assegura que, o

    profissional de Educao Fsica est capacitado tecnicamente e apto legalmente

    para promover e orientar atividades de Ginstica Laboral, ratificando a importncia e

    o direito do trabalhador a ter uma vida digna e com sade.

    Os professores, em sua maioria, esto conscientes de que a GinsticaLaboral uma atividade que deve ser desenvolvida pelo professor de Educao

    Fsica embora no exista um foco especfico desta no currculo.

    Para Martins (2005), a correta aplicao dos exerccios de alongamento e

    demais atividades da G.L trazem benefcios ao trabalhador. Para isso, o indivduo

    que deve ministrar estas aulas o profissional de educao fsica, o qual est apto

    s correes e adaptaes das atividades da G.L relacionadas s necessidades

    individuais do trabalhador, como se observa nos depoimentos a abaixo dos

    professores:

    Ainda no temos o curso de bacharel, embora tenha uma parceria deinteno na elaborao e execuo de um curso de bacharelado paraformar profissionais na rea da Ginstica Laboral, tambm uma sadapara esses profissionais [...] para tanto, temos que ter pessoas capacitadasna rea para realizarem e entender o trabalho da Ginstica Laboral tanto naempresa quanto fora dela. (P5).

    Considerando a subjetividade das impresses e percepes do trabalhador edemais fatores que permeiam o ambiente ocupacional, Lima (2007) recomenda que

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    os profissionais de Educao Fsica orientem os funcionrios, esclarecendo que os

    exerccios podem ser feitos antes e depois do trabalho, em pequenas pausas, no

    meio do expediente, ou em qualquer momento que sentirem necessidade, mas que

    cada um seja responsvel por sua sade.

    Acredita-se ser indispensvel o incentivo do professor na recriao dos

    movimentos j conhecidos e descubram outros movimentos que tenha um

    significado no ambiente ocupacional.

    Ainda na categoria Formao de profissional, quando interrogados se

    foram preparado para trabalhar com a Ginstica Laboral, as respostas dos

    professores evidenciam que no foram preparados, como mostram os depoimentos

    a seguir:

    Quando conclu o curso de graduao, ainda no tinha Ginstica Laboralnas faculdades de Educao Fsica, mas ouvi falar, tinha conhecimentos depalestras e alguns cursos. (P1).Antes no tinha nenhuma formao no currculo sobre Ginstica Laboral. [..]e noo de importncia da Ginstica Laboral foram atravs daespecializao. (P2).Em termos de preparao especfica em Ginstica Laboral no teve. [...] asinformaes foram pinceladas, os contedos como os minutos que setrabalha com Ginstica Laboral, os trs tipos de Ginstica Laboral, porm,

    sem aprofundamento especfico. (P4).Muito superficial. (P5).

    Os professores P1, P2, P3 e P4 afirmaram que no tiveram preparao na

    formao inicial para trabalhar com a Ginstica Laboral e que os alunos do curso de

    Licenciatura em Educao Fsica do IF/R no esto sendo preparados para

    trabalhar com a Ginstica Laboral. O conflito no currculo da Instituio deixa

    dvidas aos professores quando a execuo ou no da GL.

    Silva (2002) atravs de sua pesquisa sobre os cursos de Educao Fsica,observou que os modelos curriculares tm se estruturado, contudo, no superou a

    prtica tradicional dos professores universitrios. O modelo reflexivo tem como

    pressuposto o desenvolvimento da capacidade de refletir criticamente sobre a

    prpria prtica por parte dos professores.

    P3 informa ter conhecimento da ginstica Geral, dizendo que:

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    Em um curso de licenciatura, naquela poca tnhamos formao quase queampla, no existia diviso de licenciatura e bacharelado. Esse professor fezcom que tivssemos esse entendimento, tanto que ocupou a cadeira deGinstica Geral por sua influncia, pelos mtodos, posturas do profissionalem trabalhar a questo do sentar, caminhar, correr e hoje, com a

    informatizao do profissional de requerer mais em frente ao computador,mais sentado, tm a uma variante muito importante que so as questes daGinstica Laboral. (P3).

    Questionados se a Ginstica Laboral est includa no currculo do curso que

    ministram suas aulas, todos os professores relataram no est includa.

    Futuramente ser includo dentro do terceiro mdulo, que trabalha comjovens e adultos e a terceira idade. (P1).Neste curso de Educao Fsica onde ministrei aulas, no tem essa

    formao. (P2).Atualmente trabalhamos com o curso de licenciatura em Educao Fsica,existe ainda barreiras a serem quebrados em funo de no se tocar noassunto da Ginstica Laboral, [...] no momento, o curso no preparaespecificamente para a Ginstica Laboral. (P4).Acho que de forma ainda inadequada, sem disciplinas especficas. (P5).

    No Brasil, as dcadas de 1990 a 2000 demarcam a ascenso da Ginstica

    Laboral, quando essa atividade ganhou importncia e espao nas discusses

    acadmicas e empresariais e como especifica na resoluo CONFEF 073/2004 no

    seu artigo 3 proclama ao profissional de Educao Fsica, no mbito da sua

    atividade profissional a necessidade de estar qualificado e habilitado para prestar

    servios de auditoria e assessoria especializada .

    Percebe-se a falta de sintonia com o mercado de trabalho, o que contribui

    para que os profissionais de Educao Fsica, cheguem ao mercado de trabalho

    precisando de capacitao profissional, para serem inseridos no mercado de

    trabalho.

    Com a necessidade de ajustar-se ao mercado de trabalho, Costa (1997)enfatiza que o objetivo de um Instituto Superior de Educao Fsica deve ser

    preparar profissionais capacitados para o trato com problemas gerais e especficos

    de programas de atividade fsica.

    Acredita-se na formao continuada dos profissionais para o fortalecimento

    de conhecimentos que possa possibilitar a empregabilidade em programas que

    possa contribuir para uma qualidade de vida da sociedade e a Sustentabilidade das

    empresas.Tambm se buscou conhecer na categoria Formao do profissional

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    sobre a incluso da Ginstica Laboral como disciplina no currculo do curso de

    Licenciatura Plena em Educao Fsica. As respostas dos professores indicam que

    a incluso da Ginstica Laboral muito importante, conforme depoimentos a seguir:

    de suma importncia, uma vez que vem contribuir para a formao desdea Educao Bsica. (P1).De maior importncia [...] com a tecnologia e com o desenvolvimentoindustrial, os movimentos repetitivos das atividades no trabalho em todos ossetores industriais. O ser humano por ser hoje da era que repete muitosgestos consecutivos sem fazer um trabalho de compensao dessesgestos, portanto h grande importncia nas matrizes curriculares inclusoda Ginstica Laboral para os acadmicos. (P2).De acordo com os aspectos legais, no temos bacharel no Estado e pelosaspectos legais o que temos licenciatura voltada para a escola. Se fordentro do Curso de Bacharelado, sou totalmente a favor, porque um dos

    aspectos que vamos encontrar os trabalhadores em todas as idades queprecisam de uma atividade. um ramo que est aberto, no s emRoraima, mas no Brasil e no mundo. So estes trabalhadores e estaspessoas que vo ter uma qualidade de vida, neste sentido de sumaimportncia. (P3).Vivemos a Ginstica Laboral todos os dias, s vezes, indiretamente, semperceber, no momento e durante no ambiente de trabalho, levantamos deuma cadeira e nos alongamos e tentamos relaxar, j estamos indiretamentefazendo atividades laborais. No precisa ser disciplina, obrigatoriamenteprecisamos comear a discutir a Ginstica Laboral que uma rea deabrangncia da Educao Fsica e tem que ser trabalhada na escola.Estamos formando professores e formadores de opinio e formadoresmediadores da atividade fsica, por tanto, sendo atividade fsica, temos quefalar de Ginstica Laboral. (P4).Muito importante por se tratar de uma disciplina que intervm nas reas daeducao e da sade. (P5).

    Os resultados mostram quase todos os professores compreendem a

    importncia da incluso da Ginstica Laboral nos cursos de Educao Fsica como

    disciplina.

    Steinhilber (2014) reafirma a proposta de formao de profissional tendo

    como parmetro o mercado, marcado por profundas mudanas de expectativas naqualidade de vida da sociedade brasileira. Convm ainda ressaltar, a importncia da

    Resoluo 218/97, que atribui Educao Fsica participao efetiva nas polticas

    pblicas da sade nos Programas Sade na Famlia- PFS, Ncleo de Atendimento

    Sade da Famlia NASF e Programa Nacional da Sade na Escola - PNSE.

    Ainda podemos ressaltar a relevncia da incluso da Ginstica Laboral no

    curso de Educao Fsica quando os professores expressam que esta deve ser

    includa tambm na Licenciatura.

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    Vem contribuir para a formao desde a Educao Bsica. (P1). uma rea da Educao Fsica e tem que ser trabalhada na escola.Estamos formando professores e formadores mediadores da educaofsica. (P2).Por se tratar de uma disciplina que intervm nas reas da educao e da

    sade. (P4).

    6 CONSIDERAES FINAIS

    Ao final deste trabalho de acordo com as manifestaes verbal dos sujeitos a

    dimenso do saber sobre Ginstica Laboral enfatizados na formao acadmica do

    profissional de Educao Fsica, mostrou ser o maior facilitador para construo de

    capital social com qualidade desejvel para o desenvolvimento sustentvel. O

    profissional com competncias em Ginstica Laboral podero atuar em compromisso

    corporal e social dos cidados na sade, e conforme vem se destacando o cenrio

    empresarial brasileiro a competitividade e a produo, indicam que as exigncias

    com os profissionais so cada vez maiores e as empresas cada vez investem em

    seus colaboradores em um ambiente mais saudvel evidenciando, que ir

    proporcionar um aumento na produtividade e considervel melhoria na qualidade de

    vida dos funcionrios.

    Neste contexto, a GL na viso dos tericos e consequentemente com os

    profissionais mais eficientes na sua formao conforme opinio dos professores

    pesquisados contemplam tambm as estratgias de ampliao e manuteno da

    qualidade do ambiente das empresas. Outro fator importante que a Ginstica

    Laboral tambm resulta em economia rentvel s empresas.

    Com isso, a prtica da GL poder tambm gerar significativas melhoras nas

    relaes entre os seus colaboradores proporcionando, alvio das tenses e

    frustraes, interao agradvel e reparos de danos na sade. Logo, nas empresassentir reduo nos gastos com afastamentos e substituies e gastos com a sade

    de seus colaboradores. E assim, as empresas devero buscar estimular a

    participao de seus colaboradores na gerao e implantao de projetos que visam

    evoluo da empresa e da sociedade a qual esto inseridos. E ainda,

    considerando os aspectos relacionados com o bem-estar social e a qualidade

    ambiental, definidos pelos valores das pessoas, interferem no desenvolvimento

    Sustentvel da empresa.

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    Vale ainda ressaltar que, a base do capital social construda de cooperao,

    trabalho em equipe e confiana, e, em consequncia disso, h necessidade de uma

    fora de trabalho saudvel motivada e preparada para a competio atualmente

    existente. A capacidade, na viso dos empresrios, de a empresa responder

    demanda de seus funcionrios em relao a uma melhor qualidade de vida

    evidenciam fatores de mudanas nas polticas pblicas tanto educacionais quanto

    da sade. Assim, pode-se inferir que a educao para sustentabilidade possa ser

    realizada a partir do desenvolvimento dos valores apresentados pela Ginstica

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