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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS LINA GARDÊNIA BENEVIDES CAVALCANTE A GESTÃO FINANCEIRA NO PROCESSO DECISÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES FORTALEZA 2013

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Page 1: A GESTÃO FINANCEIRA NO PROCESSO DECISÓRIO ......saídas da empresa, e o inflow , que representam todas as entradas de recursos na organização. O responsável por esse controle

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ

FACULDADE CEARENSE

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

LINA GARDÊNIA BENEVIDES CAVALCANTE

A GESTÃO FINANCEIRA NO PROCESSO DECISÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES

FORTALEZA

2013

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LINA GARDÊNIA BENEVIDES CAVALCANTE

A GESTÃO FINANCEIRA NO PROCESSO DECISÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES

Monografia submetida à aprovação Coordenação do

Curso de Ciências Contábeis do Centro superior do

Estado do Ceara, como requisito parcial para

obtenção do grau de Graduação.

Orientação: Profa. Dra. Marcia Maria Machado

Freitas

FORTALEZA

2013

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LINA GARDÊNIA BENEVIDES CAVALCANTE

A GESTÃO FINANCEIRA NO PROCESSO DECISÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES

Monografia como pré-requisito para obtenção do

titulo de Bacharelado em Ciências Contábeis,

outorgado pela Faculdade Cearense – FAC, tendo

sido aprovada pela banca examinadora composta

pelos professores.

Data de aprovação: ____/_____/______

BANCA EXAMINADORA

______________________________________

Professor: Dra. Marcia Maria Machado Freitas

Orientadora

______________________________________

Prof. Dra. Liliane Lacerda

______________________________________

Prof. Espec. Aline Casseb

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A minha Mãe D. Rosemar e aos meus irmãos

Franciandre, Alan Karlan e Halysson pela confiança

e companheirismo investidos em toda a minha

trajetória acadêmica.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, autor da vida e fiel amigo.

Em segundo lugar à minha mãe, a meus irmãos e ao meu namorado (Joacides

Sousa), que estiveram ao meu lado em todos os momentos, inclusive nos momentos

que pensei em desistir.

Aos meus colegas de sala, que sempre me ajudaram.

Aos amigos que de alguma forma puderam participar e vivenciar fases importantes

nessa trajetória.

A minha querida orientadora Dra. Marcia Machado pela paciência e amizade

dedicada ao longo desse trabalho, não me deixando desistir em momentos de

tristeza.

A todos que contribuíram de forma direta ou indireta não só para a realização deste

trabalho, como também em toda minha vida acadêmica.

Deixo aqui o meu MUITO OBRIGADA!

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“Ei dor! Eu não te escuto mais. Você não me leva a

nada. Ei medo! Eu não te escuto mais. Você não me

leva a nada.”

Milton Nascimento

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RESUMO

A gestão financeira é o conjunto de ações que envolvem planejamento, disciplina,

análise e tomada de decisões em tempo hábil. Tendo como principal objetivo

melhorar e maximizar os resultados das organizações. Uma boa gestão financeira

só é possível mediante uso continuo de planejamento e controle financeiro. O estudo

teve como foco, demonstrar a importância da gestão financeira para tomada de

decisões e apresentar as ferramentas que mais auxiliam os gestores nesta hora tão

difícil. O presente trabalho teve como objetivos analisar o fluxo de caixa, traçar o

perfil do gestor financeiro e verificar o planejamento financeiro para o cumprimento

de suas obrigações, conseguindo assim atingir todos os objetivos e a problemática

proposta. A pesquisa possui caráter qualitativo, foram utilizadas também pesquisas

bibliográficas e sistemas de buscas, como os metabuscadores. Os resultados

obtidos foram satisfatórios, uma vez que o período financeiro estudado demonstrou

falhas, e sugestões de melhorias puderam ser dadas. Para chegarmos a estas

sugestões utilizou-se a ferramenta de Excel e as analises horizontais e verticais

onde possibilitou a comparação de períodos distintos. Por último, foram

recomendadas melhorias no controle do Fluxo de Caixa, otimizando a tomada de

decisões por parte dos gestores financeiros. Melhorias estas, todas voltadas para a

organização financeira, principalmente do controle de contas a pagar da empresa

analisada, onde apresentava maiores falhas.

PALAVRAS- CHAVE: Gestão Financeira. Fluxo de Caixa. Tomada de Decisão

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ABSTRACT

Financial management is the set of actions that involve planning, discipline, analysis

and decision making in a timely manner. Its main objective is to improve and

maximize the results of organizations. Sound financial management is only possible

through continued use of financial planning and control. The study focused on

demonstrating the importance of financial management for decision making and

provide the tools to help managers in this most difficult time. This study aimed to

analyze the cash flow profile the financial manager and check the financial planning

for the fulfillment of its obligations, thus achieving all objectives and problematic

proposal. The research has a qualitative character, were also used literature

searches and search systems such as metabuscadores. The results were

satisfactory, since the financial period studied showed flaws, and suggestions for

improvements could be provided. To arrive at these suggestions have used the Excel

tool and horizontal and vertical analysis which allows the comparison of different

periods. Finally, improvements were recommended to control the cash flow,

optimizing decision-making by financial managers. These improvements, all geared

to the financial organization, especially the control of accounts payable of the

analyzed company, which had major flaws.

KEYWORDS: Financial Management. Cash flow.DecisionMaking

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 Tripé do Planejamento Financeiro................................................21

FIGURA 2 Organograma do Gestor Financeiro..............................................22

FIGURA 3 Balanço Patrimonial ......................................................................24

FIGURA 4 Demonstração do Resultado do Exercício ...................................25

FIGURA 5 Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido ...................26

FIGURA 6 Demonstração do Valor Adicionado ............................................28

FIGURA 7 Fluxo de Caixa- Modelo Direto ....................................................32

FIGURA 8 Fluxo de Caixa- Modelo Indireto ..................................................35

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Modelo de Fluxo de Caixa ................................................................40

Tabela 2 Desembolsos de Caixa .....................................................................41

Grafico1 Análise do Desembolso de Caixa .....................................................41

Tabela 3 Contas a Receber .............................................................................42

Tabela 4: Comparação Faturamento X Obrigações Financeira .......................43

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BP - Balanço Patrimonial

CFC - Conselho Federal de Contabilidade

DOAR - Demonstração de Origem e Aplicação de Recurso

DRE - Demonstração do Resultado do Exercício

NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade

CRC - Conselho Regional de Contabilidade

DFC - Demonstração do Fluxo de Caixa

CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis

DVA - Demonstração do Valor Adicionado

FCO -Fluxo de Caixa Operacional

NE - Notas Explicativas

DMPL - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

LP - Longo Prazo

CP - Curto Prazo

ERP - Enterprise Resourcing Planning

IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes

IBEF- Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas

UNAMA – Universidade da Amazônia

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................13

1.1 Problematização.........................................................................................................15

1.2 Objetivos ...................................................................................................................15

1.2.1 Objetivo geral ...................................................................................................15

1.2.1 Objetivos específicos ......................................................................................15

1.3 Metodologia ...............................................................................................................18

1.4 Justificativa.................................................................................................................18

2 PLANEJAMENTO .....................................................................................................19

2.1 Planejamento financeiro ............................................................................................19

2.2 Demonstrações contábeis .........................................................................................23

2.2.1 Balanço patrimonial ........................................................................................24

2.2.2 Demonstração do resultado do exercício .......................................................25

2.2.3 Demonstrações das mutações do PL..............................................................26

2.2.4 Notas explicativas ...........................................................................................28

2.2.5 Demonstração do valor adicionado ................................................................29

2.2.6 Demonstração de fluxo de caixa ....................................................................32

2.3 Legislação – DFC ......................................................................................................34

2.4 Utilização – DFC ........................................................................................................34

2.5 Vantagem – DFC .......................................................................................................34

3 METODOLOGIA .......................................................................................................35

3.1 Escolha do tema ........................................................................................................35

3.2 Tipo de pesquisa .......................................................................................................35

4 A GESTÃO FINANCEIRA PARA TOMADA DE

DECISÃO...................................................................................................................38

5 CONCLUSÃO ...........................................................................................................44

6 REFERÊNCIAS .........................................................................................................46

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1 INTRODUÇÃO

Para a obtenção de um resultado positivo em qualquer organização,

independente do ramo é necessário um ótimo planejamento, e do comprometimento

de todos que fazem parte dessa organização. O planejamento é uma atividade

constante nas empresas, desde a etapa inicial até o seu fim.

A função financeira é sem dúvidas o ponto crucial para sobrevivência de

todas as entidades, quando bem administrada possibilita inúmeros benefícios,

dentro eles a acessão da atividade e a maximização do patrimônio dos acionistas.

No decorrer dos capítulos será demonstrada a importância do orçamento financeiro,

seus benefícios, bem como a importância da figura do administrador ou gestor da

área.

Outra ferramenta bastante importante, considerada até indispensável

dentro da gestão financeira, é o fluxo de caixa, seja ele de contas a receber, ou de

contas a pagar.

É importante a utilização fluxo de caixa e o controle financeiro para as

organizações independente de serem grandes, médias ou pequenas.

Principalmente nas empresas de pequeno porte, que seus

administradores, normalmente são os sócios e/ou os donos e não possuem tanto

domínio referente a gestão financeira e que por sua vez até acham desnecessários

esse cuidado com a gestão financeira. Demonstrando os inúmeros benefícios que

uma boa gestão financeira pode trazer para a organização.

Existem 02 tipos de fluxo de caixa, o outflow, que representam todas as

saídas da empresa, e o inflow, que representam todas as entradas de recursos na

organização.

O responsável por esse controle e análise, deve ser a pessoa que tenha

conhecimento de todas as áreas da empresa, tanto do contas a receber, do contas a

pagar, do setor de compras, do setor de custos e matéria prima, em fim que domine

ou pelo menos entenda todos os setores e todas as atividades desenvolvidas pela

entidade.

Não é uma atividade fácil, deve ser desenvolvida com o máximo de

cuidado, pois quando for mal interpretada, poderá levar a organização a decisões

incorretas e sérios prejuízos.

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Quando o mesmo é bem respeitado ou quando não se há grandes

alterações podem-se prever situações que poderiam dificultar a gestão financeira,

mas quando não pegam as empresas de surpresa não fazem tanto diferença, pois

quando se pode prever alguma situação futura, pode-se de certa forma se preparar

para conseguir tirar algum benefício da situação.

Para entendedores dessa área, é possível afirmar que a administração

financeira quando bem elaborada e trabalhada, pode levar ao sucesso ou ao

insucesso no curto, médio ou longo prazo de qualquer entidade.

Uma das atividades mais importantes do setor financeiro encontra-se no

setor de conciliação bancária, pois é nela que se observa e analisa se tudo foi

realmente pago, ou se foi realmente recebido como estava previsto.

Agindo assim a empresa tem uma situação real da empresa, mas

devemos ressaltar que essa atividade deve ser realizada diariamente, não podendo

jamais haver acúmulos ou dúvidas em seus lançamentos.

Esse trabalho será dividido, da seguinte forma:

No capítulo um será abordada a introdução, problemática, objetivos,

justificativa e metodologia.

No segundo capítulo abordar-se-á a importância da gestão financeira e do

fluxo de caixa; o perfil do gestor dessa área; as dificuldades encontradas para

desempenhar uma boa gestão financeira e exemplos de fluxos de caixa.

No capítulo três será abordada a metodologia utlizada para desenvolver

esta pesquisa.

No quarto capítulo será apresentada uma análise da gestão financeira no

processo de tomada de decisão das organizações.

No capítulo cinco trará a conclusão e em seguida as referências

bibliográficas.

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1.1 DEFINIÇÃO TEMÁTICA E PROBLEMÁTICA

Atualmente observa-se através de estudos que as empresas estão

fechando suas portas pouco tempo depois que são abertas, seja por falta de capital,

por falta de “tino comercial” ou qualquer outra adversidade.

A dificuldade em se organizar financeiramente também se dá por conta do

acúmulo de funções dentro principalmente das pequenas e médias empresas.

Independente do ramo escolhido, do tamanho ou do tipo da atividade empresarial, é

fundamental uma ótima gestão financeira para que haja seu crescimento e sua

continuidade.

Para que isso ocorra será mostrado, como dá suporte às empresas

auxiliando a terem um bom resultado empresarial, entendendo algumas ferramentas

disponíveis e necessárias para a obtenção do resultado positivo. Para isso criou-se

o seguinte questionamento.

Quais as ferramentas necessárias e indispensáveis para uma boa gestão

financeira, que proporcione um resultado positivo à gestão das organizações?

1.2. OBJETIVOS

Este estudo tem como principal objetivo analisar a importância da gestão

financeira para tomada de decisão nas atividades empresariais.

1.2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

� Analisar o gerenciamento do fluxo de caixa;

� Verificar o planejamento financeiro;

� Acompanhar o cumprimento das metas, evitando desperdícios;

� Identificar o perfil do gestor financeiro.

1.3 JUSTIFICATIVA

As primeiras orientações de gestão financeira surgiram em 1952 para

atender a necessidade de alguns investidores que não conseguiam conciliar o risco

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e a segurança em suas atividades, principalmente quando se tratava de

investimentos longos, pois não tinham como prever as consequências desses

investimentos, devido à inflação.

A gestão financeira é o conjunto de ações que envolvem planejamento,

disciplina, análise e tomadas de decisões em tempo hábil. Tem como principal

objetivo, maximizar os resultados positivos da empresa, gerando lucro, visando o

crescimento da organização, bem como analisar os recursos financeiros disponíveis

para sua melhor utilização e captação de recursos caso seja necessário, evitando

desperdícios, e alocando os recursos disponíveis de forma eficaz.

Tendo como principal objetivo melhorar o resultado da organização;

aumentar cada vez mais o valor do lucro líquido, e desenvolver ações de melhorais

dentro dos diversos setores da empresa.

Através da atividade de Crédito e Cobrança, é feito uma análise referente

aos recebíveis da organização, se o prazo oferecido para os clientes atende as

necessidades de ambos (cliente x empresa), ou seja, se temos tempo entre o

recebimento dessa compra ao pagamento das obrigações adquiridas pela entidade.

A atividade de Cobrança é uma ferramenta indispensável, pois é através

dela que se pode recuperar prejuízos inerentes a inadimplência, portanto os

analistas de crédito ou recuperador de créditos são figuras mais que importantes

dentro de qualquer organização, pois eles poderão melhorar os recebíveis e

aumentar o fluxo de caixa da entidade.

Essa atividade deve ser acompanhada bem de perto, pois é através deles

que os clientes veem a empresa, através de suas atitudes que formam a imagem da

mesma, e devido a atividade ser difícil, diria até estressante, deve sempre haver

atividades motivacionais, como por exemplo, comissões, bônus extra, como tipo de

reconhecimento e motivação pelo excelente trabalho desempenhado.

A falta de uma gestão financeira eficaz, trás inúmeros problemas a

qualquer entidade, dentre eles pode-se destacar:

� O saldo incorreto das contas, trazendo assim uma informação inverídica no

fluxo de caixa;

� O controle incorreto do saldo das contas do estoque, possibilitando perdas de

mercadorias;

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� A falta de controle de pagamentos, podendo haver o prejuízo com encargos e

multas, devido ao atraso nos pagamentos;

� A falta de controle de recebíveis, possibilitando a captação de recursos

através de empréstimos e/ou financiamentos desnecessários no momento;

� Possibilidade de prejuízos decorrentes ao preço de venda da mercadoria ou

do serviço calculado de forma incorreta;

� A elaboração incorreta das demonstrações financeiras e contábeis da

entidade;

� Falta de controle nas retiradas de valores inerentes a pró - labore dos sócios;

� Não efetuar um controle diário de pagamentos e recebimentos, através da

atividade de conciliação bancária;

� Na falta da conciliação bancária, existe a possibilidade de pagamentos

duplicados, acarretando em prejuízo;

A falta de planejamento e controle financeiro, possibilita a

“descontinuidade” da empresa em apenas cinco anos após seu nascimento,

chegando a até 70% fecharem suas portas em um pequeno intervalo de tempo.

Devido a imaturidade de seus administradores, que não conseguem enxergam a real

importância dessas ferramentas - SEBRAE/MG.

Conforme Patrícia Liz - SEBRAE/SP (2009), A gestão financeira é um

conjunto de ações e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a

análise e o controle das atividades financeiras da empresa.

O objetivo é melhorar os resultados apresentados pela empresa e

aumentar o valor do patrimônio por meio da geração de lucro líquido.

No entanto, é muito comum que empresas deixem de realizar uma

adequada gestão financeira. Uma correta administração financeira permite que se

visualize a atual situação da empresa. Registros adequados permitem analises e

colaboram com o planejamento para aperfeiçoar resultados.

O responsável pela gestão financeira de qualquer empresa, é uma

pessoa de confiança dos sócios ou proprietários, porém recai sobre ele uma

responsabilidade muito grande, pois ele é capaz de levar a organização ao sucesso

ou insucesso.

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Ele deve ser uma pessoa leal, de boa Fé, que diante de um mercado tão

competitivo deve sempre ter atitudes inovadoras e criativas, que busque tomar

decisões ariscadas, porém que tenha cautela, e sempre meça os riscos de toda e

qualquer operação, seja ela uma simples transferência até um alto investimento.

Ressalta-se que é fundamental importância que ele tenha eficiência e

eficácia, e preferencialmente já tenha um grande conhecimento ou uma “bagagem”

de outras entidades, que venha de fato a somar a equipe da organização.

1.4 METODOLOGIA

Este trabalho tem como propósito responder o questionamento antes

realizado com detalhamento e precisão, para que possa ficar esclarecida a questão

abordada.

O conteúdo analisado para realizar essa pesquisa, foi teórico, os artifícios

utilizados para fundamentação desta pesquisa foram artigos publicados na internet e

livros que abordam o assunto, dissertações, artigos, dentre outros.

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2 PLANEJAMENTO COMO FERRAMENTA ESTRATEGICA

A gestão financeira busca através de seus métodos encontrarem meios

que atinjam seus objetivos e suas metas de curto, médio e longo prazo. Porém essa

não é uma atividade fácil, requer conhecimento para identificar problemas em tempo

hábil, ainda na fase inicial, providenciar soluções para esses problemas, buscando

sempre tirar dos imprevistos as melhores alternativas e possíveis benefícios para si

próprio.

Para a obtenção de um bom resultado é necessário ter um excelente

planejamento empresarial, pois ele é uma peça vital para ascensão de qualquer

organização, é nele que se analisam todas as possíveis ações a serem tomadas.

Planejamento nada mais é do que um processo onde identifica aonde se

quer chegar, como chegar, da forma mais eficaz para a organização, ou seja, são

ações presentes que implicarão no futuro. É de fundamental importância que se

defina as etapas do planejamento, e ponha em prática todas elas, seguindo-as

rigorosamente.

Para Correa, (Web 2008).

“O planejamento é o processo derivado da função da administração de planejar, que significa especificar os objetivos a serem atingidos e decidir antecipadamente as ações apropriadas que devem ser executadas para atingir esses objetivos.”

Agindo desta forma, a organização colherá inúmeros benefícios, dentre

eles, terá uma redução significativa de perda de tempo e de recursos, evitando

atividades repetitivas, pois será cada vez mais objetiva e clara em suas atividades.

Terá o envolvimento de todos ou boa parte da equipe, onde todos se

sentirão importantes para a organização, sabendo que estão contribuindo de forma

benéfica para a organização no qual fazem parte.

É na etapa de planejamento que se inicia a delimitação da missão, da

visão e dos objetivos da organização. A missão é saber para que a empresa existe.

A visão é saber aonde a empresa quer chegar durante um prazo definido.

Os objetivos é a delimitação do foco. Independente do ramo de atividade

ou do tamanho da organização é importantíssimo definir sua missão no mercado e

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em seguida definir sua visão, já que a mesma é um processo futuro e deve sempre

ser baseada em sua missão.

2.1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO COMO FERRAMENTA EMPRESARIAL

Outra ferramenta bastante importante é o planejamento financeiro. Ter um

controle financeiro seja pessoal ou empresarial não é nada fácil, porém é de suma

importância tê-lo.

O Planejamento Financeiro deve ser visto como um processo para evitar

ou minimizar problemas financeiros com o intuito de maximizar os objetivos e metas

antes pré-estabelecidas. Pois além de criar metas e objetivos realistas deve lutar ao

máximo para conseguir cumpri-las por completo ou pelo menos boa parte delas.

De acordo com Gitman (1997, p. 589)

O planejamento financeiro é um aspecto importante para o funcionamento e sustentação da empresa, pois fornece roteiros para dirigir, coordenar e controlar suas ações na consecução de seus objetivos. Para Teló (web 2004) O planejamento financeiro estabelece o modo pelo qual os objetivos financeiros podem ser alcançados. Um plano financeiro é, portanto, uma declaração do que deve ser feito no futuro.

Para obter sucesso no planejamento financeiro, deve-se seguir alguns

passos:

� Identificar metas e objetivos;

� Definição de prazos;

� Analisar a definição dos prazos, possíveis aumentos, caso seja necessário;

� Definição das estratégias: Plano A, Plano B, Plano C;

� Pôr em prática as estratégias;

� Revisão periódica dos planos e objetivos.

Não se deve esperar por um insucesso para desenvolver um

planejamento, pois ele é a diferença entre sonhadores e realizadores, e quando

mais cedo for estabelecido e desenvolvido, mais resultados positivos trará para a

organização.

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O mercado está cada vez mais competitivo, hoje para ter sucesso e

crescimento empresarial deve além de ter um diferencial, deve ter um ótimo

planejamento financeiro, pois é através dele que se pode analisar se a situação

financeira da organização esta favorável ou desfavorável, se há necessidade de

captar recursos, ou aplicar recursos, se irá cumprir com as obrigações financeiras

dentro do prazo estabelecido.

Através de um conjunto de controles e procedimentos que se tem uma

visão futura da vida financeira da organização, proporcionando uma antecipação de

atitudes e um aproveitamento melhor das situações.

O planejamento financeiro empresarial pode ser desenvolvido em

qualquer momento, mas o ideal é que seja estabelecido no inicio da atividade

empresarial, pois como já foi dito anteriormente, é nessa etapa que se defini e se

delimita alguns pontos crucias para a sobrevivência de organização.

Segundo Sá (2008) o planejamento financeiro pode ser observado

através de um tripé. Conforme demonstrado na figura 1.

Figura 1: Tripé do Planejamento Financeiro

FONTE: Princípios da Administração Financeira, Jordan (2008)

Esse tripé demonstra que quanto maior for à incerteza da projeção do

fluxo de caixa, maior deve ser o saldo mínimo de caixa, ou seja, se não podemos

confiar no fluxo de caixa, deve-se resguardar no saldo de caixa.

Para a obtenção de um bom resultado, e para que os sócios ou os

proprietários da organização possam sentir confiança na gestão financeira, a figura

do gestor financeiro é importantíssima.

Projeção do

Fluxo de

Caixa

Operações

de

Tesouraria

Saldo

Mínimo de

Caixa

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Pois ele deve ser responsável por características que fazem todo o

diferencial perante obstáculos que surgirão em toda vida financeira, como por

exemplo: deve ter comprometimento com a organização e com sua equipe; ser

orientado e orientar para obtenção de resultados positivos; ser motivado e

motivador; ser ético; ter disciplina; ser proativo; saber gerenciar seu tempo e o de

sua equipe; ter inteligência emocional e interpessoal, dentre outros.

Existem diferenças entre empresas de grande e de pequeno porte. As de

pequeno porte o diretor financeiro não só apenas é responsável pela gestão

financeira como as vezes pela controladoria. Já nas empresas de grande porte a

divisão de atividades e de responsabilidades é bem significativa.

Pode-se observar onde o gestor ou diretor financeiro está em uma

organização considerada de grande porte, através do organograma demonstrado na

Figura 2.

Figura 2: Organograma

FONTE: Princípios da Administração Financeira, Jordan (2008)

Conselho de Administração

Presidente do Conselho e Diretor

Executivo Geral

Presidente e Diretor Geral de Operações

Diretor de Marketing

Diretor Financeiro

Tesoureiro

Gerente de Caixa Gerente de CreditoPlanejamento

Financeiro

Controller

Gerente de Planejamento Fiscal

Gerente de Contabilidade de

Custos

Gerente de Contabilidade

Financeira

Diretor de Produção

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O ato de planejar antecipadamente as ações e reações só tem a somar e

fazer o diferencial em qualquer empresa. Porém devemos lembrar que somente isso

não é suficiente.

Outra ferramenta bastante importante que devemos usá-la é a

contabilidade gerencial/financeira, que é indispensável para tomada de decisões,

apesar de ser uma contabilidade que engloba tudo de uma forma geral ela assume

um papel importantíssimo.

O principal objetivo da contabilidade é fornecer dados e informações que

auxiliem na tomada de decisões, sejam por meio de relatórios ou de comunicados.

Basta saber interpretar e analisar essas informações de forma eficaz.

“Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela contabilidade. Objetiva relatar às pessoas que se utilizam da contabilidade (usuários da contabilidade) os principais fatos registrados pela contabilidade em determinado período.” (Jose Carlos Marion, 2008, p.39).

Para que essa análise seja feita e bem interpretada utilizam-se as

demonstrações contábeis. As demonstrações contábeis servem para demonstrar a

vida financeira da organização, facilitando que a vida econômico-financeira de

qualquer organização seja facilmente interpretada ajudando nas tomadas de

decisões, como também auxiliam na hora de identificar se estão capazes de investir

ou se precisam de captações financeiras.

As demonstrações contábeis por si só não avaliam a organização, elas

fornecem informações para que as análises sejam feitas, fazendo com que assim a

gestão financeira seja mais eficaz e que tenha mais resultados positivos.

É através das demonstrações contábeis que uma empresa pode captar

recursos junto a órgãos financeiros, pois é através delas que se observa a

capacidade de pagamento de suas obrigações financeiras.

De acordo com definição IBRACON (NPC 27)

"As demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados."

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De acordo com Camargo, (2007, p.157) "as demonstrações financeiras

são relatórios que contém dados sobre o patrimônio de uma entidade e formam o

seu sistema contábil".

Podem-se dividir as demonstrações contábeis em:

� BP =>Balanço Patrimonial;

� DRE => Demonstração do Resultado do Exercício;

� DMPL => Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido;

� NE =>Notas Explicativas;

� DVA => Demonstração do Valor Adicionado;

� DFC => Demonstração de Fluxo de Caixa;

2.2.1 BALANÇO PATRIMONIAL (BP)

É considerada a mais importante demonstração, pois apresenta a

situação econômica e financeira das organizações. O Balanço Patrimonial é uma

maneira simples de demonstrar o que empresa possui e o que ela tem de

obrigações.

De acordo com Avila (2006).

“O patrimônio de uma entidade é composto dos bens, direitos e obrigações. Os bens e direitos compõem o ativo, as obrigações compõem as contas do passivo. São demonstrados de forma simplificada, da seguinte maneira em forma de "t".”

A Lei nº 6.404/76 classifica o ativo em três grupos: o ativo circulante, ativo

realizável a longo prazo e o ativo não circulante. Já o Passivo é dividido em passivo

circulante, passivo exigível a longo prazo, resultados do exercício e Patrimônio

liquido (PL).

A Figura 3 traz um modelo de Balanço Patrimonial para facilitar o

entendimento.

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25

Figura 3: Balanço Patrimonial

Fonte: Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo, 2010.

2.2.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

É o relatório dinâmico responsável por evidenciar a situação econômica

da empresa, onde demonstra em um período todas as operações realizadas pela

empresa, destacando o lucro liquido.

De acordo Ludícibus (2004, p.194)

“A Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período. É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo)”.

A DRE é responsável por medir o desempenho da organização,

geralmente o período estimado é de um trimestre ou de um ano. A Figura 4

apresenta a Demonstração do Resultado do Exercício.

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26

Figura 4: Demonstração do Resultado do Exercício

RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de Produtos Vendas de Mercadorias Prestação de Serviços (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Devoluções de Vendas Abatimentos Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas = RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) CUSTOS DAS VENDAS Custo dos Produtos Vendidos Custo das Mercadorias Custo dos Serviços Prestados = RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Com Vendas Despesas Administrativas (-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras Variações Monetárias e Cambiais Passivas (-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas OUTRAS RECEITAS E DESPESAS Resultado da Equivalência Patrimonial Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante (-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante (=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO (-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro (=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES (-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Fonte: www.portaldecontabilidade.com.br (2013).

2.2.3DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido (DMPL), é uma

demonstração facultativa, e mais completa do que as anteriores, pois mostra a

movimentação de todas as contas do patrimônio liquido durante o exercício social.

“A DMPL, evidencia os fluxos que impactam os saldos das contas do Patrimônio Liquido. Para fins de publicação, por ser mais abrangente, a DMPL substitui a DLPA, esta sim, obrigatória de acordo com a legislação.”Hoji (2004, p.268)

A DMPL apesar de ser uma demonstração mais completa é mais fácil de

ser elaborada. A Figura 5 traz um modelo desta demonstração.

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27

Figura 5: Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido

CIA. NACIONAL - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.X2 EM MILHARES DE R$

Histórico

Capital Realizado

RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS Lucros Acumulados

Total

Ágio na Emissão de

Ações

Subvenções para

Investimentos

Reserva Para

Contingência

Reserva Estatutária

Reserva Legal

Saldo em 31.12.x1

Ajustes de Exercícios Anteriores:

Efeitos de mudança de critérios contábeis

Retificação de erros de exercícios anteriores

Aumento de Capital:

Com lucros e reservas

Por subscrição realizada

Reversões de Reservas:

De contingências

De lucros a realizar

Lucro Líquido do Exercício:

Proposta da Administração de Destinação do Lucro:

Transferências para reservas

Reserva legal Reserva estatutária

Reserva de lucros para expansão

Reserva de lucros a realizar

Dividendos a distribuir (R$ . por ação)

Saldo em 31.12.X2

Fonte: www.portaldecontabilidade.com.br (2013).

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2.2.4NOTAS EXPLICATIVAS (NE)

As Notas Explicativas é um complemento das demonstrações contábeis,

facilitam o entendimento de determinada conta ou saldo.

De acordo com o Portal de Contabilidade

“As Notas Explicativas visam fornecer as informações necessárias para esclarecimento da situação patrimonial, ou seja, de determinada conta, saldo ou transação, ou de valores relativos aos resultados do exercício, ou para menção de fatos que podem alterar futuramente tal situação patrimonial.”

As NE têm como objetivo destacar qualquer informação que não ficou

clara na demonstração contábil, facilitando o entendimento da demonstração para

possível tomada de decisão.

2.2.5 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA)

A DVA é responsável por evidenciar de uma maneira sintética, os valores

gerados pela empresa, e sua distribuição.

“De acordo com o Portal de Contabilidade a riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado, é calculada a partir da diferença entre o valor de sua produção e o dos bens e serviços produzidos por terceiros utilizados no processo de produção da empresa.”

A DVA possui uma grande importância, pois evidencia a riqueza gerada

pela organização, bem como sua distribuição, possibilitando uma analise social

desta organização, conforme demonstrada na Figura 6.

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Figura 6: Demonstração do Valor Adicionado

Demonstração do Valor Adicionado

Cia. Produtiva

R$ 20X1 20X2

DESCRIÇÃO

1-RECEITAS

1.1) Vendas de mercadoria, produtos e serviços

1.2) Provisão p/devedores duvidosos – Reversão/(Constituição)

1.3) Não operacionais

2-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui ICMS e IPI)

2.1) Matérias-Primas consumidas

2.2) Custos das mercadorias e serviços vendidos

2.3) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros

2.4) Perda/Recuperação de valores ativos

3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)

4 – RETENÇÕES

4.1) Depreciação, amortização e exaustão

5 –VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)

6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

6.1) Resultado de equivalência patrimonial

6.2) Receitas financeiras

7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)

8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

8.1) Pessoal e encargos

8.2) Impostos, taxas e contribuições

8.3) Juros e aluguéis

8.4) Juros s/ capital próprio e dividendos

8.5) Lucros retidos / prejuízo do exercício

* O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7. Fonte: www.portaldecontabilidade.com.br (2013).

A demonstração que será abordar de forma mais detalhada é a

Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC).

2.2.6 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa é um instrumento que oferece ao gestor várias

informações valiosíssimas para tomada de decisões, através dele identifica-se a

necessidade financeira de captações ou aplicações da organização.

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É uma ferramenta simples que quando bem utilizada permiti ao gestor

financeiro a tomada de decisões em tempo hábil, sem desperdício de tempo e

dinheiro, possui uma maior eficiência quando utilizada com informações de outra

demonstração contábil, permitindo que a análise seja diária e mais completa.

Matarazzo (1997, p. 370), tratando da análise de demonstrações

contábeis, identifica como principais objetivos da Demonstração do Fluxo de Caixa:

� Avaliar alternativas de investimentos.

� Avaliar e controlar, ao longo do tempo, as decisões

importantes que são tomadas na empresa, com reflexo

monetário.

� Avaliar as situações presentes e futuras do caixa na

empresa, posicionando-a para que não chegue a situações de

iliquidez.

� Certificar de que os excessos momentâneos de caixa

estão sendo devidamente aplicados.

O fluxo de caixa pode ser planejado e utilizado de várias formas, a que

melhor se enquadre na gestão empresarial.

� Diário;

� Semanal;

� Mensal;

� Anual.

De acordo com Carlos Alexandre Sá (2008, pag. 11)

“Fluxo de caixa é o método de captura e registro dos fatos e valores que provoquem alterações no saldo de caixa e sua apresentação em relatórios estruturados, de forma a permitir sua compreensão e analise. Para efeitos dessa definição, a expressão “caixa” significa “moeda” e todos os valores que possam ser convertidos em moeda, tais como depósitos bancários, cheques que possam ser depositados irrestrita e imediatamente, e aplicações de curtíssimo prazo.”

O relatório de Fluxo de Caixa deve abordar as três importantes áreas da

organização:

� Atividades Operacionais;

� Atividades de Investimentos;

� Atividades de Financiamento.

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As Atividades Operacionais são as atividades decorrentes do processo

operacional, por exemplo, industrialização, comercialização ou prestação de serviço.

As Atividades de Investimentos são os gastos efetuados em

investimentos, bem como os recursos recebidos através de venda dos bens dos

ativos.

As Atividades de Financiamentos, são as atividades decorrentes de

financiamentos, seja elas parcelas de amortizações ou dividendos pagos aos

acionistas.

Existem dois tipos de DFC, a direta e a indireta.

A DFC modelo direto mostra exatamente quanto entrou e quanto saiu de

dinheiro no caixa, ou seja evidencia todos os pagamentos e todos os recebimentos

no disponível. É apresentada por valores brutos, e elaborada através do Balanço

Patrimonial e da DRE.

“A Demonstração do Fluxo de Caixa pelo método indireto mostra quais foram às alterações no giro (Ativo Circulante e Passivo Circulante) que provocaram aumento ou diminuição no Caixa, sem explicar diretamente as entradas e saídas de dinheiro”. (Marion, 2011)

Alguns exemplos de pagamentos e recebimentos considerados na DFC

pelo método direto:

� Recebimentos de clientes;

� Pagamentos de empregados;

� Pagamentos de fornecedores;

� Juros pagos e recebidos;

� Recebimentos de vendas a vista;

� Dentre outros.

A Figura 7 demonstra modelo de Demonstração do Fluxo de Caixa no

modelo direto.

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Figura 7: Modelo Fluxo de Caixa – Modelo Direto

Demonstração de Fluxo de Caixa - Modelo Direto

Das Atividades Operacionais $

(+) Recebimentos de Clientes e outros $

(-) Pagamentos a Fornecedores $

(-) Pagamentos a Funcionários $

(-) Recolhimentos ao Governo $

(-) Pagamentos a Credores Diversos $

(=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) Atividades Operacionais $

Das Atividades de Investimentos $

(+) Recebimento de Venda de Imobilizado $

(-) Aquisição de Ativo Permanente $

(+) Recebimento de Dividendos $

(=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) Atividades de Investimentos $

Das Atividades de Financiamentos $

(+) Novos Empréstimos $

(-) Amortização de Empréstimos $

(+) Emissão de Debêntures $

(+) Integralização de Capital $

(-) Pagamento de Dividendos $

(=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) Atividades de Financiamento $

Aumento/Diminuição Nas Disponibilidades $

DISPONIBILIDADES - no início do período $

DISPONIBILIDADES - no final do período $ Fonte: Site UNAMA- Universidade da Amazônia

Já de modelo indireto parte-se do lucro liquido e mostram quais foram as

alterações que provocaram a movimentação no caixa, seja aumento ou redução no

caixa, conforme apresentado na Figura 8.

“Pelo método indireto, a Demonstração do Fluxo de Caixa começa evidenciando o Lucro Liquido, ou seja, parte-se dele para, após os ajustes necessários, chegar-se ao valor das disponibilidades produzidas no período pelas operações registradas na Demonstração do Resultado.” (Marion, 2011)

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Figura 8: Modelo Fluxo de Caixa – Modelo Indireto

Fonte: Fonte: Site UNAMA- Universidade da Amazônia

A DFC é utilizada de forma gerencial, geralmente para os usuários

internos da organização. O método mais utilizado é o método direto, também é o

método de maior facilidade de entendimento, pois aborda as informações de uma

forma mais simplificada.

2.3 LEGISLAÇÃO – SUA OBRIGATORIEDADE

Segundo o Portal de Contabilidade a Demonstração do Fluxo de Caixa

(DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as

sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00

(dois milhões de reais).

Demonstração de Fluxo de Caixa – Modelo Indireto

Lucro Líquido $

(-) Aumento de Estoques $

(+) Depreciação $

(-) Aumento de Clientes $

(+) Pagamento a Funcionários $

(+) Contas a Pagar $

(+) Pagamentos de Impostos e Tributos $

(+) Aumentos de Fornecedores $

(=) Fluxo de Caixa Operacional Líquido $

Das Atividades de Investimentos $

(+) Recebimento de Venda de Imobilizado $

(-) Aquisição de Ativo Permanente $

(+) Recebimento de Dividendos $

(=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) Atividades de Investimentos $

Das Atividades de Financiamentos $

(+) Novos Empréstimos $

(-) Amortização de Empréstimos $

(+) Emissão de Debêntures $

(+) Integralização de Capital $

(-) Pagamento de Dividendos $

(=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) Atividades de Financiamento $

Aumento/Diminuição nas Disponibilidades $

Disponibilidades – saldo no início do período $

Disponibilidades – saldo no final do período $

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Esta obrigatoriedade vigora desde 01.01.2008, por força da Lei

11.638/2007, e desta forma torna-se mais um importante relatório para a tomada de

decisões gerenciais.

2.4 UTILIZAÇÃO E SUA IMPORTANCIA

A Demonstração de Fluxo de Caixa tem como principal objetivo evidenciar

todas as movimentações no disponível da empresa, e tem com regime de

competência, o regime de caixa, ou seja, o credito só é contabilizado quando de fato

tiver entrado, sendo assim também com os débitos, só são contabilizados quando de

fato tiverem saído do caixa.

2.5 VANTAGEM DA DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA

A DFC é responsável por evidenciar as entradas e as saídas de dinheiro

no caixa, identificando a verdadeira situação financeira da organização.

Demonstrando aos gestores a necessidade de aplicar ou captar recursos

financeiros, dentre outras vantagens:

� Demonstra a necessidade de caixa da empresa em curto prazo;

� Detalha os recebimentos e os pagamentos da empresa;

� Mostra a condição de caixa, se podemos pagar determinada divida naquele

momento;

� Demonstra se há necessidade de captação de empréstimos;

� Demonstra sobra de caixa disponível para aplicação, se houver;

� É de fácil entendimento.

Se utilizar a DFC de forma eficaz, e se soubermos interpretá-la,

conseguiremos ter inúmeros retornos positivos, dentre eles, o mais importante, que

é a capacidade de tomarmos decisões em tempo hábil, evitando desperdícios de

tempo e de dinheiro.

Agindo dessa forma seremos capazes de atingir todas as metas da

organização e ter sempre uma ascensão empresarial.

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3 METODOLOGIA

3.1 ESCOLHA DO TEMA

Para definir metodologia, é necessário primeiro compreender que ela se

deriva da palavra método. Método é uma palavra de origem latim, que significa

caminho, ou seja, é o meio que utilizado para conseguir chegar a um determinado

lugar ou alcançar um objetivo.

De acordo com Oliveira (2006)

“Metodologia trata do conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecer uma determinada realidade, produzir determinado objetivo ou desenvolver certos procedimentos ou comportamentos.”

Para que seja escolhido o método correto, é necessário primeiro escolher

o tema do estudo, dai em diante deverá ser analisado qual o método que melhor se

enquadra em sua pesquisa ou estudo.

Para a escolha do tema deste trabalho, foi analisada a necessidade de

uma boa gestão financeira para as organizações, tomando como base o curtíssimo

tempo de vida das empresas recém-abertas.

Após definido o tema de estudo vem à escolha dos métodos de pesquisa

que irão proporcionar o desenvolvimento do trabalho sem fugir a ideia central.

3.2 TIPO DE PESQUISA

Existem 02 tipos de Abordagem: a quantitativa e a qualitativa. São duas

metodologias distintas, porém que se complementam. A pesquisa quantitativa é

mais utilizada para conseguir opiniões, pois faz uso de questionários, gerando

medidas precisas e confiáveis para uma analise estratégica. É bastante utilizada em

tempo de eleição, pois quantifica a preferência do eleitorado para um determinado

candidato.

De acordo com Oliveira (2006)

“A abordagem quantitativa significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde as mais simples, como percentagem, media, moda, mediana e desvio padrão, até as de uso mais complexo, como coeficiente de correlação, análise de regressão etc.”

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36

A presente pesquisa fará uso somente da abordagem qualitativa.

Qualitativa, pois apresenta o caminho a ser seguido para facilitar o entendimento

das ferramentas utilizadas para a obtenção de resultado positivo na gestão

financeira.

Por meio da abordagem qualitativa, o pesquisador interpreta os fatos e

procura solucionar o problema proposto (SOARES, 2003).

As pesquisas qualitativas são exploratórias, ou seja, estimulam os

entrevistados a pensarem de forma livre.

De acordo com Oliveira (2006):

“A abordagem qualitativa não emprega dados estatísticos como centro do processo de analise do problema, não tem a pretensão de numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas.”

Oliveira (2006) ainda afirma que:

“As pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis.”

Ou seja, a abordagem qualitativa, coleta os dados e auxilia na elaboração

das soluções para os problemas.

A metodologia deste trabalho também fará uso de pesquisa exploratória,

pois serão realizadas pesquisas bibliográficas como fonte de informações sobre o

tema abordado.

“A pesquisa exploratória é o primeiro passo de todo trabalho cientifico. São finalidades de uma pesquisa exploratória, sobretudo quando bibliográfica, proporcionar maiores informações sobre determinado assunto; facilitar a delimitação de um tema de trabalho; definir os objetivos ou formular hipóteses” (ANDRADE, 2008) “A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão” (LAKATOS, 2005) “A pesquisa bibliográfica tem por finalidade conhecer as diferentes formas de contribuição cientifica que se realizaram sobre determinado assunto ou fenômeno” (OLIVEIRA, 2006).

A pesquisa bibliográfica são trabalhos já realizados por outros autores,

por este motivo recebem o título de fontes secundárias.

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Neste trabalho serão expostos exemplos de demonstrações contábeis

que ajudarão no entendimento e na analise financeira das organizações, ajudando

na interpretação dos gestores no que diz respeito a posição financeira da empresa.

Em conjunto, também serão avaliados outros trabalhos científicos que

foram publicados com temas semelhantes ao proposto, como por exemplo,

monografias e artigos científicos referentes a gestão financeira. Bem como sites da

internet, como por exemplo, o Portal de Contabilidade, site do SEBRAE de diversas

cidades e demais sites que abordem o tema estudado.

Também será realizada pesquisa bibliográfica na internet, com sistemas

de buscas. Esse sistema veio com o intuito de facilitar a vida dos navegadores, onde

estão cada vez mais atualizados e avançados.

Segundo Andrade (2008) alguns sites recebem o nome de

metabuscadores, pois enviam a consulta para outros buscadores e não ao banco de

dados de páginas propriamente dito. Esse sistema tem como principal vantagem

possibilitar a realização da pesquisa em vários buscadores de uma só vez.

Serão utilizados todo e qualquer material que possa fundamentar a

pesquisa em questão, a fim de que alcançado o objetivo desejado de uma forma

eficaz e que sirva de embasamento para futuras pesquisas que venham a somar a

esta. Dentre eles estão livros, sites, planilhas de demonstrações contábeis,

apostilas, artigos já publicados, dentre outros.

No próximo capitulo será apresentado o estudo de caso.

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4 A GESTÃO FINANCEIRA PARA TOMADA DE DECISÃO

O objetivo geral deste capítulo é demonstrar a importância da gestão

financeira das organizações no ramo da indústria no processo decisório, analisando

o Fluxo de Caixa e como este pode ser de grande utilidade na tomada de decisão.

Ter-se-á como base uma indústria no ramo de confecção para o público

infanto-juvenil que acredita encantar as pessoas com dedicação, criatividade e

alegria, tendo comprometimento. Produzindo peças com qualidade, pesquisando no

mercado qual a moda, tecnologia, buscando sempre o diferencial de concorrência de

mercado.

A gestão financeira desta confecção está baseada no seu fluxo de caixa

de curto prazo, pois não se tem receita prevista já que neste setor é complicado

prevê receitas. Com isso ela dividiu o setor financeiro em alguns setores: contas a

pagar, contas a receber, crédito e cobrança. Estes setores são acompanhados por

gestores e analistas.

Como exemplo uma empresa de confecção ou qualquer outra pode

utilizar sistemas ou outra ferramenta para alimentar os dados recebidos e gerar um

fluxo de caixa confiável. Pode-se citar o sistema LINX, onde se cadastra os títulos a

pagar, contendo os lançamentos com seus respectivos prazos de vencimento.

Neste sistema contém um módulo considerado importante denominado

Solicitação de Verba. Neste módulo estão os lançamentos que deverão ser pagos,

porém não lançados no cadastro de títulos a pagar, sejam por que ainda não foi

recebida a Nota Fiscal, ou ainda não se sabe o valor correto para pagamento, ou a

data de seu vencimento, mas que se tem a certeza que deverão ser pagos naquele

mês.

Como exemplo: faturas de cartões de crédito corporativos, mensalidades

de cursos de seus colaboradores, mensalidades de serviços prestados

mensalmente, que variam seus vencimentos e seus valores, dentre outros.

O gestor responsável pela elaboração do fluxo de caixa tem que trabalhar

em conjunto com o setor de contas a pagar e o contas a receber, pois o mesmo tem

que estar ciente do índice de inadimplência de seus clientes para assim poder

programar o que de fato pode contar para cumprir com suas obrigações financeiras.

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O setor de suprimentos, de fundamental importância em qualquer

organização e que deve trabalhar em conjunto com o financeiro. Seu gestor deve

mantê-lo atualizado o contas a pagar, evitando-se assim erros. Com isso ao ser

efetivada a compra e recebido a Nota Fiscal, deve-se de imediato ser informado ao

setor financeiro, onde possa ser programado o pagamento.

O importante de cada setor é a informação imediata ao financeiro, pois

este depende destas informações para manter o Fluxo de Caixa atualizado, podendo

ser de grande utilidade no processo decisório destas confecções.

O relatório gerencial de Fluxo de Caixa deverá ser feito diariamente, por

isso a importância dos setores se manterem em perfeita sintonia e as informações

serem repassadas em tempo hábil, para que estas informações possam ser geradas

e através do sistema obter relatórios que serão utilizados na tomada de decisão.

A Tabela 1 demonstra um Fluxo de Caixa, com valores criados para

demonstrar o funcionamento de uma empresa de confecção, no período de uma

semana de movimentação.

Tabela 1: Modelo de Fluxo de Caixa

Saldo Bancário

12.675

.

Dia Data Saldo

Anterior Cobrança

Cartão de

Credito

Total de Recebimentos

Pagamentos

Necessidade

Sex 17/05/2013 7.658

8.765

414

16.837 1.876

(14.961)

Seg. 20/05/2013 8.976

9.875

879

19.730 9.876

(9.854)

Ter 21/05/2013 12.870 1.098 857 14.825 17.987 3.162

Qua 22/05/2013 19.870

7.097

38

27.005 8.769

(18.236)

Qui 23/05/2013 10.989

11.243

891

23.123 6.544

(16.579)

Sex 24/05/2013 16.680

15.987

1.670

34.337 41.098

6.761

135.855 86.150 (49.705)

Fonte: Elaboração própria

Percebe-se que em 02 dias da semana os recebimentos não são

suficientes para arcar com as obrigações, são eles o dia 21 e 24/05. Essa analise

pode ser observada na coluna de necessidade, pois nesses dois dias a necessidade

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esta positiva, deixando claro que a gestão financeira terá que efetuar algum tipo de

operação de captação de recurso.

Quando existe essa necessidade de captação de recurso, o setor

financeiro deve verificar a melhor opção para tomar decisão, seja ele fazer

empréstimo, antecipação de cartão de crédito, desconto de duplicatas, entre outros,

o que for melhor para a empresa. Podendo, também analisar os desembolsos,

sendo eles:

� Compras: referentes a compras de matérias primas, e produtos necessários

para a elaboração do produto final;

� Aluguel: valor fixo, referente ao prédio comercial;

� Remuneração de pessoal: referente aos salários de seus colaboradores;

� Tributos: referente os impostos inerentes de sua atividade produtiva;

� Despesas extras: decorrentes das atividades extras mensais, que não temos

como provisionar o valor fixo.

A Tabela 2 demonstra exemplo de desembolso de Caixa, no ano de 2012.

Tabela 2: Desembolsos de Caixa

Período Compras R$ Aluguel

R$ Rem. de Pessoal

R$ Tributos

R$ Desp. Extras

R$ Total R$

Trimestre 01

Jan/12 59.876,00 2.000,00 15.765,00 1.100,00 556,00 79.297,00

Fev/12 71.298,00 2.000,00 17.655,00 989,00 1.076,00 93.018,00

Mar/12 68.555,00 2.000,00 15.976,00 1.050,00 879,00 88.460,00

Trimestre 02

Abr/12 98.765,00 2.000,00 18.655,00 1.072,00 964,00 121.456,00

Mai/12 198.765,00 2.000,00 19.876,00 987,00 678,00 222.306,00

Jun/12 89.060,00 2.000,00 15.765,00 1.029,00 1.003,00 108.857,00

Trimestre 03

Jul/12 78.654,00 2.000,00 14.755,00 1.011,00 783,00 97.203,00

Ago/12 101.098,00 2.000,00 16.987,00 988,67 857,00 121.930,67

Set/12 98.654,00 2.000,00 18.765,00 1.011,00 987,00 121.417,00

Trimestre 04

Out/12 87.542,00 2.000,00 168.756,00 1.052,00 1.020,00 260.370,00

Nov/12 98.654,00 2.000,00 16.542,00 1.032,00 1.094,00 119.322,00

Dez/12 87.544,00 2.000,00 16.776,00 1.065,00 972,00 108.357,00 Total => 1.138.465,00 24.000,00 356.273,00 12.386,67 10.869,00 1.541.993,67

Media => 175.148,46 3.692,31 54.811,23 1.905,64 1.672,15 237.229,80

% 74% 2% 23% 1% 1% 100% Fonte: Elaboração própria

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A tabela detalhada acima poderá ser mais bem interpretada no gráfico abaixo,

onde facilmente será observado suas oscilações.

No Gráfico 1 pode-se analisar o referido desembolso de caixa.

Gráfico 1: Análise do desembolso de caixa

Fonte: Elaboração própria

Com estes dados pode-se verificar que a confecção concentra um maior

desembolso em suas compras de matérias primas, em segundo lugar os gastos com

a remuneração de pessoal é responsável por valores bastante significativos do caixa

da empresa. Em seguida vem os gastos com o aluguel do prédio, os valores pagos

referentes a tributos e por último as despesas extras.

Observa-se que a empresa em questão não dispõe de controle de caixa

fidedigno ao mês anterior, pois no decorrer dos meses analisados, houve bastante

oscilação de um mês para o outro, principalmente nos meses de maio e

outubro/XX12, onde concentrou o maior desembolso efetuado pela empresa.

Também com valores fictícios tomando como referência o ano de 2012,

foi analisado o setor de contas a receber demonstrados na Tabela 3.

Tabela 3: Contas a receber

Período Faturamento R$

Jan/12 R$ 87.655,00

Fev/12 R$ 90.876,00

Mar/12 R$ 97.544,00

Abr/12 R$ 112.569,00

Mai/12 R$ 230.987,00

0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

300.000,00

jan

/12

fev

/12

ma

r/1

2

ab

r/1

2

ma

i/1

2

jun

/12

jul/

12

ag

o/1

2

set/

12

ou

t/1

2

no

v/1

2

de

z/1

2

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Jun/12 R$ 132.000,00

Jul/12 R$ 109.870,00

Ago/12 R$ 150.897,00

Set/12 R$ 176.544,00

Out/12 R$ 298.765,00

Nov/12 R$ 135.765,00

Dez/12 R$ 132.986,00

Total => R$ 1.756.458,00

Media => R$ 146.371,50 Fonte: Elaboração própria

Para um melhor entendimento será feita a comparação entre o

faturamento e os gastos referente ao ano de 2012, demonstrado na Tabela 4.

Tabela 4: Comparação faturamento X obrigações financeira, ano 2012

Período Faturamento Obrigações Diferença

Jan/12 R$ 87.655,00 79.297,00 R$ 8.358,00

Fev/12 R$ 90.876,00 93.018,00 -R$ 2.142,00

Mar/12 R$ 97.544,00 88.460,00 R$ 9.084,00

Abr/12 R$ 112.569,00 121.456,00 -R$ 8.887,00

Mai/12 R$ 230.987,00 222.306,00 R$ 8.681,00

Jun/12 R$ 132.000,00 108.857,00 R$ 23.143,00

Jul/12 R$ 109.870,00 97.203,00 R$ 12.667,00

Ago/12 R$ 150.897,00 121.930,67 R$ 28.966,33

Set/12 R$ 176.544,00 121.417,00 R$ 55.127,00

Out/12 R$ 298.765,00 260.370,00 R$ 38.395,00

Nov/12 R$ 135.765,00 119.322,00 R$ 16.443,00

Dez/12 R$ 132.986,00 108.357,00 R$ 24.629,00

Total => R$1.756.458,00 R$1.541.993,67 R$214.464,33 Fonte: Elaboração própria

Pode-se observar que em quase todos os meses o faturamento mensal

foi superior as obrigações financeiras mensais, com exceção os meses de fevereiro

e abril, que o valor faturado não foi o suficiente para arcar com suas obrigações.

Neste caso, o recomendado é que seja feita aplicações mensais nos

meses que houver “sobra” de caixa, para que assim no momento de uma

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necessidade a empresa tenha recursos suficientes, sem que haja necessidade de

captações.

Agindo desta forma a empresa conseguirá arcar com suas obrigações,

sem pagamentos de encargos decorrentes de juros e multas nos atrasos dos

pagamentos. E ainda, terá valores de rendimentos bancários decorrentes das

aplicações feitas nos meses que obtiver receita superior as despesas.

Após esta análise pode-se concluir que o fluxo de caixa tem alguns

pontos que seriam interessantes melhorar. A seguir sugestões que podem auxiliar

na melhor utilização desta ferramenta e suporte no processo decisório das

organizações industriais.

� Adotar um dia na semana para efetuar os pagamentos: desta maneira não

seriam mais feitos pagamentos a vista, trabalhando desta forma possibilitaria

o contas a pagar a se programar de forma antecipada, “sem surpresas”.

� Criação de um Comitê de Fluxo de Caixa: este comitê seria formado, por um

responsável de cada área que efetua compras, teriam reuniões mensais ou

quinzenais e apresentaria suas compras efetuadas no período anterior e suas

necessidades de compras para os próximos dias.

� Não aceitar pagamentos que chegarem no mesmo dia de seu vencimento: os

pagamentos deverão estar no caixa para pagamento no máximo dois dias

antes de seu vencimento.

� Tentar minimizar o máximo de pagamentos feitos com adiantamentos: pois

muitas vezes as Notas Fiscais já foram emitidas, porém ainda não foi

entregue ao financeiro /contabilidade, evitando retrabalhos e problemas na

contabilização das mesmas.

Ressalta-se que o mais importante é manter os dados de contas a pagar

e contas a receber sempre atualizados, o mais próximo da realidade, pois só assim

poderá trabalhar com dados reais, sem captações desnecessárias e sem sobras de

caixa não aproveitadas.

Com estas informações e com o fluxo de caixa a gestão financeira pode

participar em tempo hábil no processo decisório da organização, e obter sucesso

empresarial.

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5 CONCLUSÃO

A competitividade empresarial está cada vez mais acirrada, e a gestão

financeira tornou-se uma atividade mais complexa, pois não é nada fácil, conseguir

menores preços, menores taxas e captações financeiras vantajosas para a empresa

tomadora. Por isso hoje em dia é de extrema importância que a empresa tenha um

ótimo mecanismo de planejamento e de controle financeiro.

Buscando facilitar o entendimento sobre gestão financeira, o presente

trabalho teve como objetivo mostrar a importância da gestão financeira, e como

utilizar as ferramentas para facilitar ainda mais o seu entendimento, e atingir seu

objetivo, seja ele financeiro ou pessoal, o qual foi alcançado.

Foi demonstrado que a contabilidade possui um papel muito importante

para a tomada de decisões, pois através dela elaboram-se as demonstrações

contábeis que norteiam a tomada de decisões.

Quanto aos objetivos específicos, os mesmos foram alcançados, pois foi

demonstrado o perfil do gestor financeiro, bem como foi analisado o fluxo de caixa e

verificou-se como se dá o planejamento financeiro da empresa em questão.

Em relação à problemática, a mesma foi respondida, fora demonstrada as

ferramentas necessárias para uma boa gestão financeira, destacando as mais

importantes, que são: as demonstrações contábeis; o planejamento financeiro e o

controle de caixa.

Deve-se destacar a Demonstração de Fluxo de Caixa, pois para a tomada

de decisões está demonstração é uma das mais eficazes, pois permite o gestor

financeiro, planejar, dirigir e coordenar seus recursos e suas necessidades

financeiras.

Verificou-se que sem uma boa gestão financeira, a empresa não

conseguiria arcar com todas suas obrigações financeiras, pois existem sobras em

determinados dias e necessidade de recursos em outros.

Por fim, foram dadas algumas sugestões de melhorias, onde se aplicadas

ou adequadas em qualquer organização, terão mais controle e maior planejamento,

consequentemente alcançarão um maior sucesso em sua gestão financeira,

podendo destacar como principais: a criação do Comitê de Fluxo de Caixa; Evitar os

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Adiantamentos a fornecedores e Pagamentos semanais, ou seja, apenas um dia por

semana para pagamentos.

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6 REFERÊNCIAS

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Planejamento Financeiro (www.planejamentofinanceiro.net.br) 02/04/2013

Portal da Contabilidade (www.portalcontabilidade.com.br) 04/05/2013

Sebrae (www.sebrae.com.br) 07/04/2013