a geopolítica da regionalização

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JOSÉ RICARDO MARTINS CENÁRIO GEOPOLÍTICO ATUAL: CENÁRIO GEOPOLÍTICO ATUAL: A GEOPOLÍTICA DA REGIONALIZAÇÃO A GEOPOLÍTICA DA REGIONALIZAÇÃO

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Page 1: A geopolítica da regionalização

JOSÉ RICARDO MARTINS

CENÁRIO GEOPOLÍTICO ATUAL:CENÁRIO GEOPOLÍTICO ATUAL:A GEOPOLÍTICA DA REGIONALIZAÇÃOA GEOPOLÍTICA DA REGIONALIZAÇÃO

Page 2: A geopolítica da regionalização

CENÁRIO GEOPOLÍTICO ATUAL:A GEOPOLÍTICA DA REGIONALIZAÇÃO.

CONTEXTO: Globalização Guerrra-Fria Momento unipolar11 de setembro. Guerra ao Terror. Regionalização: tendência geopolítica mundial

EU: Comitê das Regiões Mercosul

Estado-Nação x Estados-Regiões (Keniche Ohmae)

Page 3: A geopolítica da regionalização

CENÁRIO GEOPOLÍTICO ATUAL:A GEOPOLÍTICA DA REGIONALIZAÇÃO.

CONTEXTO:Governos locais procuram assumir um papel estratégico nas RIs (bilateralismo e multilateralismo) de forma a complementar o papel do Estado e a fim de garantir investimentos estrangeiros.

A nova geografia do poder:“O locus da atividade econômica global não se restringe mais ao território e as transações econômicas são feitas no espaço eletrônico. Contudo, é no território que se encontram as instituições e os atores que dão corpo à globalização.” (Yahn Filho, 2006)

Page 4: A geopolítica da regionalização

REGIONALIZAÇÃO: revisão teórica

Sir Jeremy Greenstock (Globalisation or polarisation: where are we heading?, 2007)Os Estados Unidos não compreenderam o modo de operar com o qual eles deveriam interagir com o mundo a fim de manter seu poder [de forma legitimada] e a estabilidade do mundo. Há uma difusão de poder fora dos Estados Unidos: o poder disseminado. Há o surgimento de países e potências emergentes e também as velhas regras sobre o poder mudaram.A força militar e o poder econômico não são mais os dois únicos ingredientes para se constituir o status de superpotência.O final da Guerra Fria abriu possibilidades e liberdade de escolha para os países se unirem e formarem blocos regionais, além do fato do desenvolvimento econômico ter-se espalhado pelo mundo afora.

Page 5: A geopolítica da regionalização

REGIONALIZAÇÃO: revisão teórica

“A globalização tendeu a materializar-se como regionalização” (Vizentini, 2006, p. 15).

Países cooperam e formam blocos regionais:- para se protegerem das forças “incontroláveis” da globalização;- tem expectativas de ganhos comuns;- equilíbrio na distribuição das vantagens = êxito da unificação.

Potências e Lideranças regionais

Page 6: A geopolítica da regionalização

POTÊNCIA REGIONAL: revisão teóricaBarry Buzan (2004) – Potências Regionais:São Estados cujas capacidades representam dados fundamentais para o equilíbrio de uma região, mas que não exercem papel sistêmico relevante; a importância regional desse tipo de potência permite que sejam capazes de atuar como mediadoras entre o plano internacional e a sua zona imediata de influência.

Juan Manuel Pippia (2009) – A SP e as GPs delegam às PRs a função de promover e serem garantes da estabilidade e segurança em suas respectivas áreas regionais. Este “chamado” a um maior protagonismo regional vislumbra-se como a nova tendência da geopolítica mundial e reforço ao regionalismo.

Amitai Etzioni (1965) - Todo processo de integração deve haver uma forte liderança de um ou dois países ou de um eixo para viabilizar o processo.

Page 7: A geopolítica da regionalização

POTÊNCIA REGIONAL: revisão teóricaDetlef Nolte (2006) - Os critérios para se reconhecer uma potência regional são quando este país (o líder) é capaz de: agregar poder: convencer um número suficiente de países da região para seu projeto hegemônico;compartilhar poder com os países menos poderosos da região; possuir recursos materiais (militares, econômicos, demográficos), institucionais (políticos) e ideológicos para uma projeção de poder na região;exercer efetivamente grande influência em assuntos da região; ecomprometer-se com uma estratégia de longo prazo em vista de criar uma institucionalidade regional.

Buzan e Waever (2003), a potência regional deve possuir os meios para definir a estrutura do complexo de segurança regional.

Page 8: A geopolítica da regionalização

LIDERANÇA REGIONAL: revisão teórica

Amitai Etzioni (1965): Political unification: a comparative study of leaders and forces.A liderança é um elemento crucial no processo de integração de uma região. A liderança não possível de ser exercida por todos ao mesmo tempo. Um ou dois países devem ser o motor no processo de integração regional.

Andrew Hurrell (2007): What world? Many worlds? The place of regions in the study of international society.Ordem mundial construída em torno de esferas de responsabilidades regionais.

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BibliografiaBERNAL-MEZA, Raúl; MASERA, Gustavo Alberto. El retorno del regionalismo: aspectos políticos y económicos en los procesos de integración internacional. Cadernos PROLAM/USP, São Paulo, ano 8, vol. 1, p. 173-198, 2008. Disponível em: <http://www.usp.br/prolam/downloads/2008_1_7.pdf>. Acesso: 10/04/2010.

BUZAN, Barry. The United States and the Great Powers: World Politics in the Twenty-First Century. Cambridge: Polity Press, 2004. p.1-11. BUZAN, Barry; WAEVER, Ole. Regions and powers: the structure of international security. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

ETZIONI, Amitai. Political unification: a comparative study of leaders and forces. New York: Praeger Co., 1965.

FLEMES, Daniel. Conceptualizing Regional Power in International Relations: lessons from the South African case. In: GIGA Working Papers (German Institute of Global and Area Studies), no. 53. Hamburg: junho de 2007. Disponível: <www.giga-hamburg.de/workingpapers>. Acesso em: 22 dez 2008. FLEMES, Daniel. Emerging middle powers’ soft balancing strategy: state and perspective from IBSA dialogue forum. GIGA Working Papers (German Institute of Global and Area Studies), no. 57. Hamburg: agosto de 2007a. Disponível em: <www.giga-hamburg.de/workingpapers>. Acesso: 14/07/2010.

Page 10: A geopolítica da regionalização

BibliografiaFLEMES, Daniel. Emerging middle powers’ soft balancing strategy: state and perspective from IBSA dialogue forum. GIGA Working Papers (German Institute of Global and Area Studies), no. 57. Hamburg: agosto de 2007a. Disponível em: <www.giga-hamburg.de/workingpapers>. Acesso: 14/07/2010. FLEMES, Daniel. O Brasil na iniciativa BRIC: soft balacing numa ordem global em mudança? Rev. Bras. Polít. Int., vol. 53, no. 1, 2010, p. 141-156.

HURRELL, Andrew. One world? Many worlds? The place of regions in the study of international society In:. International Affairs, vol. 1, no. 83, p. 151–166, 2007.

NOLTE, Detlef. Potencias regionales en la política internacional: conceptos y enfoques de análisis. GIGA Working Papers (German Institute of Global and Area Studies), Hamburg, no. 30, out de 2006. Disponível em:<www.giga-amburg.de/workingpapers>. Acesso em: 22/12/2008.

PIPPIA, Juan Manuel. Path to power: como la política regional de Brasil está impactando en su status internacional. Rio de Janeiro: Revista Eletrônica do TEMPO, Ano 4, n. 30, Rio de Janeiro, 2009. Disponível: <http://www.tempo.tempopresente.org/index.php?option=com_content&view=article&id=5202%3Apath-to-power-como-la-politica-regional-de-brasil-esta-impactando&catid=207&Itemid=100076&lang=pt>.Acesso: 5/10/10.