A genealogia do “football” Por Thomé Granemann

Imagine se o craque do seu time pegasse a bola com as mãos, no meio de um clássico, e corresse até dentro do gol para abrir o placar? E se o zagueiro, capitão e xerife da defesa, ao invés de dar um carrinho para desarmar o oponente, o segurasse pelos ombros e pernas até derrubá-lo no chão? Parece estranho não é? Mas o futebol já não foi muito diferente disto. Confira no infográfico abaixo como o futebol se tornou o esporte que conhecemos e amamos, e saiba ainda dos esportes que são “irmãos” da bola redonda e você não faz nem ideia. Não esqueça de começar pela raiz!

Rugby School Cambridge University

Harrow College

Eton CollegeNasce a febre da bolaA Inglaterra do séc XIX tinha como esportes da moda a equitação, esgrima e a caça. Mas o diretor da escola de Rugby introduziu, em 1830, o ensino do esportes coletivos como atividade extracurricular, pela primeira vez no país, logo sendo imitado por outras esco-las. O Mass foot-ball, espécie precursor do futebol unido ao vale tudo, foi o mais sucedido.

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Da reunião de times pelo país surgiu o futebol associação (1º nome oficial). O livro com as primeiras regras foi criado em 1863. Eram 13 no total e entre as principais estava o uso das mãos restrita apenas aos goleiros (1), a definição do tamanho do campo (182x91 metros) e o tamanho das traves (2), sem travessão.

2 Nova forma e nome(1)

(2)3 Foi apenas na Copa do Mundo

de 1970, no México, que foram implementadas 2 regras essên-ciais para o futebol. Os cartões (1), que deram mais poder aos árbitros e criaram sistemas de punição aos “carniceiros” e a substituição (2), que antes era

proibida até mesmo para jogado-res lesionados.

O futebol não para de evoluir e as falhas de arbitragem con-tinuam a aparecer. Na espe-rança de manter os recursos televisivos longe do esporte, a FIFA criou acrescentou dois auxiliares atrás do gol (1), que verificam faltas, impedimentos e ajudam na

hora de tirar a dúvida se a bola entrou ou não.

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Copa da mudança 4Evolução?

Voltando no tempo, em 1823, o aluno da es-cola de Rugby, William Webb Ellis fez o inusi-tado: ao invés de dominar a bola com as mãos e chutar, ele simplesmente correu com ela até o gol. Nascia um novo esporte, batizado com o sobrenome da própria escola, futebol rugby.

A cisma da bola

Futebol

II

Rugby

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Fontes: Futebol: histórias e regras (Orlando Duarte), Regras de futebol: regras ilustradas, arbitragem e codigos (Pedro Antunes), Futebol: regras e legislação (Mario Franciscon), Futebol Brasileiro (Abrão Aspis), Especial Futebol Americano (edições 2010-2011 e 2011-2012 - Emporium das Ideias), http://www.profootballresearchers.org/ , http://www.rugbyfootballhistory.com/index http://rugby-pioneers.blogs.com/rugby/

III O 1º livro de regras (de 1871) trouxe várias ino-vações e batizou o novo

esporte: futebol rugby união. A principal característica, jogar a bola com as mãos, era a base. Os passes só eram feitos lateralmen-te (1). O “football” ainda existia na pontuação, quando se marcava gols chutando a bola entre as traves (2) e pelos passes frontais, permitidos apenas com um chute.

Somos união O rugby, assim como o fu-tebol, evoluiu com suas regras. A mais curiosa está no padrão dos car-tões amarelos. Como é um esporte de mui-to contato, eles só são aplicados em casos de atitude antidesportiva

ou agressão verbal. E ao ser amarelado, o jogador

fica 10 minutos de fora para acalmar os animos.

IV Cartão da calma

Futebol Americano

O futebol e o rugby já estavam presentes nos EUA desde 1850. Vinte anos mais tar-de, o jornalista e também jogador Walter Camp criou uma nova regra: toda vez que o jogador fosse derrubado (1) os times se organizariam em uma nova linha (2) para recomeçar a jogada. Nascia o down e o conceito de conquista do território.

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(A)Alma do “american football”

No ano de 1905, 18 universitários morreram praticando o “football” e o então presidente Theodore Roose-velt ameaçou proibir a prática. Uma das soluções mudaria a história para sempre: diferente do rugby, agora era permitido passar para a frente. Surgia a posição de quarterback (1) e recebe-dor (2).

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(2) (B) Muito além do Rugby

Nada menos 638 jogadores da NFL foram enviados para a II Guerra Mundial. Sem tempo para treinar jogadores, os times pediram e a liga aten-deu: ao invés dos mesmos 11 jogadores fazerem as fun-

ções de ataque e defesa, era possível fazer infinitas substi-

tuições. A partir daquela época existiram jogadores só de ataque

e só de defesa.

(C)Efeitos da Guerra