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JV ANNO DOMINGO, 25 IDE DEZEMBRO DE 1904 N.° 180 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA Assignatura Anno, 1S000 réis; semestre, 5 oo réis. Pagamento adeantado. Para o Brazil, anno. 2$5oo réis Imoeda forte). Avulso, no dia da publicação, 20 réis. ED ITOR — José Augusto Saloio Publicações Annuncios— 1.® publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, IS 20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto- ; graphos não se restituem quer sejam ou não publicados. PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio EXPEDIENTE Rogamos aos nossos estimáveis assignantes a fineza de nos participa rem qualquer falta na re ■11essa do jornal, para de prompto providenciar mos. Acceitam-se com grati dão quaesquer noticias que sejam (le interesse publico. “0 Domingo,, otíos seus presades eol~ labõradõres, eorresponden~ íes, assiananies e annun- eianíes envia as Boas-íesfas. 0 NATAL Festa de santas alegrias, todos os annos reune em redor do lar os entes que ridos da fam ilia, para feste jarem o nascimento da creança que, feita homem , veiu trazer ao mundo a doutrina celeste da frater nidade e do amor. Trocam-se presentes, fa zem-se dadivas am igas, to dos emfim se mostram amaveis para com as pes soasa quem estimam oude quem dependem . E ’nesta época que mais se conhece a monomania deste paizdepedintes. Não ha ninguém que não peça; é o carteiro, o distribuidor do jornal, o padeiro, o lei teiro, todos emfim que, de algummodo, nos prestam qualquer serviço. Defórma que, depois de satisfazer mos tantos pedidos, tam bem nós ficámos apedir. A inda é uma industria muito lucrativa essa de es tender a mão ácaridade publica. Como játivemos occasião de dizer, anossa terra é um paiz de mendi gos. Desde os encasacados da Arcada até osqueexhi- bem os seus aleijões e de form idades nas feiras e nos arraiaes, todos fazem uma lamúria de ensurdecer em quanto não são satisfeitos os seus pedidos. Em fim , quem pedeépor que precisa e não sejâmos pessim istas, porquenãoso mos nós que havemos de endireitar omundo. Hasé culos que o Christo, de quem hoje se festejao nas cimento, quiz tentar essa empreza grandiosa, eore sultado foi darem-lhe mor te affiontosa aquelles mes moaquem ellequeriapar tir as algemas, do captivei- ro. Que o Natal sejapropi cio a todos nós e nos tra ga venturas e alegrias, é o que sinceramente desejá mos. JOAQUIM DOS ANJOS. JOSE A . DA FONSECA YAZ YELHO SOLICITADOR Encarrega-se de solicitar em qualquerrepartiçãopu blica nesta comarca. Pre ços modicos. ,83 R . daCalçada, Aldegallega. O Vintem das Eseolas Summario.— Propagan da pelo livro, Feio Tere- nas Pequena Tribuna, Manual de Instrução C ivi- ca, Trindade Coelho.— A Nossa Galeria, com agra vura de José LiberatoFrei re de Carvalho, 8.° grão mestre da maçonaria por tugueza.— O Ensino reli gioso na Escola, Paulo Bert.— Evolução da Ma çonaria Portuguesa — O Coração, por Edmundo de Amicis. —Variedades. — Pedido aos liberaes. Pedimos Que nãosejaperm ittido aos carreiros guiar os bois de cima das carretas; Quese nãoconsintaque animaes lazarentos traba lhem; Que se não deixe de ac- cender os candieiros dail- lum inação publica; Que não seja perm ittido aos garotos enxovalhar os bancos da praça publica. AGRICULTURA A adubação das vinhas Na vinha como emto das as plantas cultivadas, a escolha e aqualidade do adubo a empregar no so lo dependem essencial mente da própria compo sição da terra e da maior ou menor riqueza desta em elementos nutritivos que lhe são indispensáveis. Antes de tudo convém conhecer as exigencias do solo. Para se obter esse conhecimento torna-se ne- cessaria a analyse chim ica da terra, que nos ponha ao facto das proporções em que nella se encon tram o a\ole, acido phos phorico, potassa e cal. Tambem deve ser co nhecida ariqueza do adu bo a empregar emrelação em relação aos elementos acima referidos, assim co mo é indispensável saber sob que fórma existem nelle essas matérias fertili- santes, se sob afórma so lúvel se insolúvel; por quanto, por exemplo o azote póde ser util sob uma fórma a determ inada terra, e até prejudicial sob outra. (a) Adubos anotados, phosphatados e polassicos. -i.° O adubo de curral é o adubo por excellencia, pois que contémem si to das as matérias fertilisan- tes. Convémnaturalmente a todas as terras, mas in felizmente existe em pe quena quantidade: 2.0 O estrume do gado lanigero, pode como o de estrebaria ser empregado em todos os terrenos eaté é mais rico doqueaquelle; 3.° O lixo das povoa ções ou varreduras das ruas que pode ser consi derado como adubo po bre, convémaos solos que carecem de matérias or- ganicas para melhoria da sua composição chim ica. (b) Adubos anotados i.° Oazote nitrico (nitrato de soda) convémespecial mente para os solos con sistentes e argilosas; 2.° O azote amoniacal (sulfato dii.,.amoniaca) para os solos medianamente compactos; 3.° Azote orgânico (san gue dessecado, raspa de chavelhos, trapos de lã, massas, etc,) nos solos li geiros saibrentos ou cal careos. Deve evitar-se. o azote orgânico nas terras ricas e humos. (c) Adubos phosphata dos—1° Os superphos- phatos conveem a todos os solos excepto dos solos acidos e são particular mente apropriadosaoscal careos; 2.° Os phosphatos pre cipitados são convenientes para todos os solos; 3.° Os phosphatos fos seis, devemser appiicados aos solos que carecem a umtempo de acido phos phorico e cal; 4.0 As escorias de des- phosphoração constituem um excellente adubo phos- phatado e muito activo agente calcareo; as mes mas escorias egualmente utilisam aos solos semaci do phosphorico e cal. (d) Adubos potassicos O sulphato de potassa é util atodos os terrenos. O chlororeto de potassium dá bons resultados em ter ras calcareas de subsolo permeável e em regiões que geralmente não estão soffrendo de grande ari dez. (e) Adubos calcareos (correcção)— 1 0 Margar e banhar as terras onde o elemento calcareofazfalta; 2.0 Empregar o gesso nas terras ricas emmaté rias organicas em via de decomposição. Applica-se o estrume de curral ou estábulo, antes do inverno, o mais tarde depois das chuvas de feve reiroe março. Quantidade uma medida de 10:000 kilogrammasporhectare e por anno. Se se estruma de trez em trez annos: 3o:ooo kilogrammas. Para o estrume de gado lanige- 1*o , um terço ou metade do estrume de estábulo. Lixo ou varreduras das cidades ou povoações: 1 5:ooo a 20:000 kilogram mas por hectare e por an- Ino, applicado no inverno Escorias de despnospho ração e phosphatos r raes. Nas terras pobre acido phosphorico e cal, 1:000 kilogrammas por hectare em cadaanno. Espalha-se sobre a terra no inverno. Chloruretodepotassium: 200 kilogrammas por he ctare; applica-se no in verno. Borra de lãe chavelho, unha e outras matérias corneaes: 5 oo kilogram mas por hectare; massas 800 a 1000 kilogrammas por hectare, no inverno. Gesso: 1000 a i5oo ki logrammas por hectare; cal: 1000 kilogrammas, no inverno. Superphosphatos: 400 kilogrammas por hectare, no fim doinverno; ephos phatos precipitados, 200 kilogrammas na mesma época, por hectare. Sangue dessecado: 400 kilogrammas a 5 oo kilo grammas, no fim doinver no. Os saes azotados: sul phato de ammoniaco, 3oo kilogrammas; sulphatode potassa 200 kilogrammas; sulphato de potassa 200 kilogrammas; sulphato de ferro 3oo a 5oo kilogram mas. Estes saes só devem ser empregados na prima vera quando a vinha prin cipia a em ittir as suas ra- diculas. Nas vinhas velhas espa lha-se o estrume á mão sobre toda a terra, co brindo-se depois; nas no vas, cujas raizes ainda oc- cupam umasuperfície mui to lim itada, lança ao pé de cada sêpa, numa cova abertaparaessa, cobrindo- se depois com a terra ex- trahida da mesma cova. De maneira alguma se deve m isturar os elemen tos azotados, estrumes, massas, sulphato de am moniaco e nitrato de soda com o superphosphato pois actuariam desfavora velmente. Estão passando as férias do Natal junto de suas fa m ilias, os nossos estudan? tes.

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Page 1: A G R I C U L T U R A · se conhece a monomania deste paiz de pedintes. Não ha ninguém que não peça; é o carteiro, o distribuidor do jornal, o padeiro, o lei teiro, todos emfim

JV ANNO DOMINGO, 25 IDE DEZEMBRO DE 1904 N.° 180

SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA

A ssignaturaAnno, 1S000 réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. Para o Brazil, anno. 2$5oo réis Imoeda forte).Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— José Augusto Saloio

PublicaçõesAnnuncios— 1.® publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

IS 20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto- ; graphos não se restituem quer sejam ou não publicados.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

EXPEDIENTE

R ogam os aos n ossos estim áveis assignantes a fineza de nos participa­rem qualquer falta na re ■11 essa do jornal, para de prom pto providenciar­mos.

Acceitam -se com grati­dão quaesquer n oticias que sejam (le in teresse publico.

“ 0 Domingo,,otíos seus presades eol~

labõradõres, eorresponden~ íes, assiananies e annun- eianíes envia as

Boas-íesfas.

0 NATALFesta de santas alegrias,

todos os annos reune em redor do lar os entes que­ridos da familia, para feste­jarem o nascimento da creança que, feita homem, veiu trazer ao mundo a doutrina celeste da frater­nidade e do amor.

Trocam-se presentes, fa­zem-se dadivas amigas, to­dos emfim se mostram amaveis para com as pes­soas a quem estimam ou de quem dependem.

E’ nesta época que mais se conhece a monomania deste paiz de pedintes. Não ha ninguém que não peça; é o carteiro, o distribuidor do jornal, o padeiro, o lei­teiro, todos emfim que, de algum modo, nos prestam qualquer serviço. De fórma que, depois de satisfazer­mos tantos pedidos, tam­bem nós ficámos a pedir.

Ainda é uma industria muito lucrativa essa de es­tender a mão á caridade publica. Como já tivemos occasião de dizer, a nossa terra é um paiz de mendi­gos. Desde os encasacados da Arcada até os que exhi- bem os seus aleijões e de­formidades nas feiras e nos

arraiaes, todos fazem uma lamúria de ensurdecer em­quanto não são satisfeitos os seus pedidos.

Emfim, quem pedeé por­que precisa e não sejâmos pessimistas, porque não so­mos nós que havemos de endireitar o mundo. Ha sé­culos que o Christo, de quem hoje se festeja o nas­cimento, quiz tentar essa empreza grandiosa, e o re­sultado foi darem-lhe mor­te affi ontosa aquelles mes­mo a quem elle queria par­tir as algemas, do captivei- ro.

Que o Natal seja propi­cio a todos nós e nos tra­ga venturas e alegrias, é o que sinceramente desejá­mos.

JOAQUIM DOS ANJOS.

JOSE A. DA FONSECA YAZ YELHOSOLICITADOR

Encarrega-se de solicitar em qualquer repartição pu­blica nesta comarca. Pre­ços modicos. ,83R. da Calçada, Aldegallega.

O V intem das E seolas

Summario.— Propagan­da pelo livro, Feio Tere- nas — Pequena Tribuna, Manual de Instrução Civi- ca, Trindade Coelho.— A Nossa Galeria, com a gra­vura de José Liberato Frei­re de Carvalho, 8.° grão mestre da maçonaria por­tugueza.— O Ensino reli­gioso na Escola, Paulo Bert.— Evolução da Ma­çonaria Portuguesa — O Coração, por Edmundo de Amicis. — Variedades. — Pedido aos liberaes.

P edim os

Que não seja permittido aos carreiros guiar os bois de cima das carretas;

Que se não consinta que animaes lazarentos traba­lhem;

Que se não deixe de ac- cender os candieiros da il- luminação publica;

Que não seja permittido aos garotos enxovalhar os bancos da praça publica.

A G R I C U L T U R A

A adubação das vinhas

Na vinha como em to­das as plantas cultivadas, a escolha e a qualidade do adubo a empregar no so­lo dependem essencial­mente da própria compo­sição da terra e da maior ou menor riqueza desta em elementos nutritivos que lhe são indispensáveis.

Antes de tudo convém conhecer as exigencias do solo. Para se obter esse conhecimento torna-se ne- cessaria a analyse chimica da terra, que nos ponha ao facto das proporções em que nella se encon­tram o a\ole, acido phos­phorico, potassa e cal.

Tambem deve ser co­nhecida a riqueza do adu­bo a empregar em relação em relação aos elementos acima referidos, assim co­mo é indispensável saber sob que fórma existem nelle essas matérias fertili- santes, se sob a fórma so­lúvel se insolúvel; por­quanto, por exemplo o azote póde ser util sob uma fórma a determinada terra, e até prejudicial sob outra.

(a) Adubos anotados, phosphatados e polassicos.-i.° O adubo de curral

é o adubo por excellencia, pois que contém em si to­das as matérias fertilisan- tes. Convém naturalmente a todas as terras, mas in­felizmente existe em pe­quena quantidade:

2.0 O estrume do gado lanigero, pode como o de estrebaria ser empregado em todos os terrenos e até é mais rico do que aquelle;

3.° O lixo das povoa­ções ou varreduras das ruas que pode ser consi­derado como adubo po­bre, convém aos solos que carecem de matérias or- ganicas para melhoria da sua composição chimica.

(b) Adubos anotados —i.° O azote nitrico (nitrato de soda) convém especial­mente para os solos con­sistentes e argilosas;

2.° O azote amoniacal

(sulfato dii.,.amoniaca) para os solos medianamente compactos;

3.° Azote orgânico (san­gue dessecado, raspa de chavelhos, trapos de lã, massas, etc,) nos solos li­geiros saibrentos ou cal­careos. Deve evitar-se. o azote orgânico nas terras ricas e humos.

(c) Adubos phosphata­dos—1° Os superphos- phatos conveem a todos os solos excepto dos solos acidos e são particular­mente apropriados aos cal­careos;

2.° Os phosphatos pre­cipitados são convenientes para todos os solos;

3.° Os phosphatos fos­seis, devem ser appiicados aos solos que carecem a um tempo de acido phos­phorico e cal;

4.0 As escorias de des- phosphoração constituem um excellente adubo phos- phatado e muito activo agente calcareo; as mes­mas escorias egualmente utilisam aos solos sem aci­do phosphorico e cal.

(d) Adubos potassicos — O sulphato de potassa é util a todos os terrenos. O chlororeto de potassium dá bons resultados em ter­ras calcareas de sub solo permeável e em regiões que geralmente não estão soffrendo de grande ari­dez.

(e) Adubos calcareos (correcção)— 1 0 Margar e banhar as terras onde o elemento calcareo faz falta;

2.0 Empregar o gesso nas terras ricas em maté­rias organicas em via de decomposição.

Applica-se o estrume de curral ou estábulo, antes do inverno, o mais tarde depois das chuvas de feve­reiro e março. Quantidade uma medida de 10:000 kilogrammas por hectare e por anno. Se se estruma de trez em trez annos: 3o:ooo kilogrammas. Para o estrume de gado lanige- 1*o, um terço ou metade do estrume de estábulo.

Lixo ou varreduras das cidades ou povoações:15:ooo a 20:000 kilogram­mas por hectare e por an-

Ino, applicado no invernoEscorias de despnospho

ração e phosphatos r raes. Nas terras pobre acido phosphorico e cal, 1:000 kilogrammas por hectare em cada anno. Espalha-se sobre a terra no inverno.Chlorureto de potassium:

200 kilogrammas por he­ctare; applica-se no in­verno.

Borra de lã e chavelho, unha e outras matérias corneaes: 5oo kilogram­mas por hectare; massas 800 a 1000 kilogrammas por hectare, no inverno.

Gesso: 1000 a i5oo ki­logrammas por hectare; cal: 1000 kilogrammas,no inverno.

Superphosphatos: 400kilogrammas por hectare, no fim do inverno; e phos­phatos precipitados, 200 kilogrammas na mesma época, por hectare.

Sangue dessecado: 400 kilogrammas a 5oo kilo­grammas, no fim do inver­no.

Os saes azotados: sul­phato de ammoniaco, 3oo kilogrammas; sulphato de potassa 200 kilogrammas; sulphato de potassa 200 kilogrammas; sulphato de ferro 3oo a 5oo kilogram­mas. Estes saes só devem ser empregados na prima­vera quando a vinha prin­cipia a emittir as suas ra- diculas.

Nas vinhas velhas espa­lha-se o estrume á mão sobre toda a terra, co­brindo-se depois; nas no­vas, cujas raizes ainda oc- cupam uma superfície mui­to limitada, lança ao pé de cada sêpa, numa cova aberta para essa, cobrindo- se depois com a terra ex- trahida da mesma cova.

De maneira alguma se deve misturar os elemen­tos azotados, estrumes, massas, sulphato de am­moniaco e nitrato de soda com o superphosphato pois actuariam desfavora­velmente.

Estão passando as férias do Natal junto de suas fa­milias, os nossos estudan? tes.

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O D O M 1N G ÒA sí n iversar io s

Completou no dia 19 o seu 3.° anniversario nata­licio o filhinho do nosso amigo, sr. José d’Assis Vas­concellos.

A seus paes as nossas felicitações.

— Tambem no dia 20 completou o seu 12.0 anni­versario natalicio, a gentil menina Maria Angélica Ne­pomuceno, filha do nosso amigo Viriato Pereira Ne pomuceno. Parabéns.

— No dia 21, completou o seu 4.“ umiversario, o meninq^Joaquim. filho do "'osso amigo Joaquim dos òantos Oliveira, digno se­cretario da administração do concelho. Sinceros pa­rabéns a seus paes.

À Camara telegraphou ao camarista do serviço d’El-Rei, ao Presidente do Concelho de Ministros e ao governador civil felicitan­do-os pelo feliz regresso de S.s Magestades ao reino.

LiíBÍBBOSa

Victima de"'cincope car- diaca falleceu nesta villa, na noite de 20 do corren­te, pelas 10 horas, com a edade de 24 annos, a sr:1 D. Maria Angélica Cardèira Rodrigues, esposa estre- mosissima do nosso amigo, sr. Manuel da Costa Ro­drigues, conceituado ne­gociante e proprietário de esta villa.

A’ enlutada familia, e es­pecialmente ao nosso ami­go Rodrigues, enviámos a expressão sincera do nosso sentido pesar.

Q s i c i x a

No dia 22 do corrente, queixou-se na administra­ção do concelho, Domin­gos Vareiro, solteiro, tra­balhador, residente na fre­guezia de Sarilhos Peque­nos, deste concelho, de que haverá um mez, pou­co mais ou menos, Manuel Mosca, tambem solteiro e trabalhador, residente no

sitio da Lançada, deste* /concelho, lhe furtou uma espingarda de dois canos no valor de io!$ooo réis; e bem assim uma nota de 5$ooo réis, objectos estes, que o Vareiro tinha na ca­sa da fazenda de seu pa­trão Manuel Carvalho, na estrada do Pinhal Novo.

D E P I

Foi enviado á Adminis­tração do Concelho o or­çamento ordinário da *-?.s ceita e despesa da Camara Municipal deste Còncelho.

A phylarmonica i.° de Dezembro, desta villa, foi na preterita terça feira as­sistir aos festejos em Lisbôa pelo regresso dos reis de Portugal. Tocou no coreto do Rocio, cêrca de duas ho­ras, sendo muito applau- dida.

E s p e c t á c u l o s

No theatro Popular con­tinuam os seus espectácu­los a agradar immenso, graças ao seu desempenho que, digâmol-o em abono da verdade, é muito soffri- vel. No domingo represen­tou-se o drama em 3 actos «A inquisição em Portu­gal», na quinta feira a co­media em 3 actos «O ra­pto da prima». Hoje sobe á scena pela primeira vez o drama em 4 actos «Mar e guerra». E de esperar uma enchente.

Na próxima quinta feira será no theatro do largo da Caldeira a festa artistica da actriz Filomena. Subirá á scena, pela 2/1 vez, o drama em 3 actos, original do nos­so amigo Manuel Ferreira Giraides, intitulado «Expia­ção», a comedia em 1 acto «Ao calçar das luvas», mo- nologos, poesias, cançone­tas, etc. Para o dia 6 de ja­neiro haverá outra récita em favor da mesma actriz em que será representada pela primeira vez, a come­dia «Fidalgosecamponios», original do nosso amigo Raul Nepomuceno da Silva.

OS SABIOSAgora, ao vêr no mundo lantos sabios, Eu com esse saber medito e pasmo,E acode-me somente aos velhos labiosUm riso de desdem e de sarcasmo.

(

Fa\em grandes artigos em jornaes, Gemem pré/os com tanta producção;E afinal as obras geniaes Não valem nem o suco d um limão.

Os que teem valor e são modestos,Que deviam brilhar, ser respeitados,São calcados aos pés, sem mais protestos, P o r taes parlapatões enfatuados.

Ao vêr esses prodigios de talento Que no mundo enxameiam, digo eu:— O burro ao menos sabe que é jumento,Não quer passar do estado em que nasceu.

JOAQUIM DOS ANJOS.

PENSAMENTOS

0 poeta não póde crear, só o povo o fa \; aquelle com- prehende, annuncia, representa a creação elaborada por este. — Wagner.

— 0 amor é uma lampada que 0 coração accende, que a indifferença apaga, e que a paixão torna a accen- der até que a velhice o extingue para sempre.— Victor Hugo.

— Quem sabe escolher um mestre é digno de reinar. Está-se apto para tudo quando se sabe ouvir conselhos; mas não se passa Jum inutil, quando se pensa que tudo se sabe.— Confucius.

— A litteratura era oulrora uma arte, e a finança um ojficio; hoje éo contrario.— Padre Joseph Roux.

A N E C D O T AS

Entre crèdor e devedor:— Você desculpe-me, di\ 0 crédor, mas não posso dei­

xar de lhe pedir agora as quarenta libras que me de^e; estou em taes apuros que 11 'esta occasião uma libra re­presenta para mim vinte pelo menos.

— N 'esse caso tome lá duas libras e lemos saldadas assim as nossas contas.

NI um hotel:— 0 senhor, esta cama precisa roupa lavada!— Qual historia!, respondeu o creado; até agora nin­

guém se queixou, e tem dormido tanta gente com esses lençoes...

« F i i l g a u i c u t o j i i

Foi julgado no tribunal judicial desta comarca, no dia 22 do corrente en processo correccional, Jo sé Fernandes Cónim, n tural de Sarilhos Pequt nos, accusado pelo M. P. do crime de ferimentos feitos com navalha de pon­ta e mola. Foi condemna­do na pena de 4 mezes de prisão correccional, 3o dias de multa a 5oo réis por dia, custas . e sellos do processo.

Foi advogado de defeza o sr. dr. Luciano Tavares Móra, que appellou da sen­tença para o tribunal da Relação de Lisboa.

No dia 23 respondeu em audiência de policia cor­reccional João Rodrigues Cor.regedor, o Abranleiro, pelo crime de furto de uma manta, sendo condemnado na pena de 4 mezes de prisão correccional, 8 dias de multa a 100 réis por cada, custas e sellos do processo. /

S aae io sB C O

,.P>:aliza-se hoje no Club Samouquense um baile de­dicado ás damas daquella localidade, onde haverá valsa a premio, a qualquer cavalheiro que melhor a executar.

Maimal tio eJEiraslo

Serviços sanitarios (De­creto de 24 de outubro de 1901). — Regulamento do processo do contencioso administrativo da compe­tencia dos auditores. — Re­gulamento para execução do codigo de justiça mili­tar e da armada. — Regu­lamento das commissões delegadas do conselho dos melhoramentos sanitarios. Preço 200 réis,

Pedidos á «Bibliotheca Popular de Legislação», rua dos Fanqueiros, 177 — Lisbôa.

111 FOLHETIM

T raducção de J. DOS ANJOS

D E P O I S dT í E C C à D OU v r o SegBBudo

I V

E m vez de ir esperar a primavera n ’um clima de mais brandura, tinha ido, co.Yi alguns criados de confian­ça, para o ^ a s te l lo de Joyeuse, por­que 150 estado em que estava náo podia supportar a bulha que faziam os iuternados do asylo. Deixara-lhes a casa da princesa e vivia agora com uma menina enyeitatfa a quem ti nham ’ bapt;sadõ com o nòme de Ge­noveva e que ella adoptara como sua; filha. j !

Só tinha um desejo : esquecer-se do passado. Pedia apaixonadamente esse esquecimento, náo querendo conservar, dos dias antigos, senão a recordação do Pedro , por quem ain­da chorava, porque não tinha deixa­do de o amar.

A Magdaiena não tinha com Paris senão as raras relações que lhe eram precisas para os seus interesses. A s r .a Telemaco escreveu-lhe uma vez para lhe explicar o seu procedimento e justificar-se e ella não lhe respon­deu. Quanto ao P ed ro , desde que sahira da aldeia nunca mais tinha da­do signal de si. e se o padre Rouviè re recebia alguma carta d ’elle, evita­va falar n’isso ú Magdaiena. quando ia visital-a ou quando ella ia a A n­traigues, de maneira que a pobre ra­pariga náo sabia se elle estava v h o ou morto.

Póde calcular-se como a sua vida era tr iste. Mas. como dissemos, esta­va resignada a sofTrer; expiava as suas culpas, com a esperança de que a sinceridade do arrependimento abrandasse a ira celeste.

Desde pela manhã empregava os dias em educar a Genoveva e na d i ­recção do orphanato, onde to.Ios os infelizes d'aquella terra encontravam refugio; e a procura das misérias que ia consolar acabava de fornecer um alimento á sua actividade.

Assim estavam as coisas cinco me­zes depois de ter sahido d'alli o Pe­d ro Guillemale. No fim de janeiro, n u m a manhã, pelas onze horas, a Magdaiena, aproveitando o dia b on i­to, quiz dar um passeio com a Geno­veva no parque vasto que rodeava o casteilo.

Muito bom afadas ambas, iam an­

dando depressa, entregando os rostos ás caricias de um vento um pouco vivo, mas são.

A Genoveva ia fazer oito annos. Physicamente robusta e de envolvi­da. possuia tambem o vigor da in ­telligencia. O seu espirito vivo e pe netrante comprehendiu facilmente todas as coisas, era já uras com pa­nheira amavel para a Magdaiena, que se applicava a formar lhe a alma e encontrava naquella experiencia de maternidade uma diversão poderosa para as suas niaguas.

N’aquelle dia a Genoveva. com os seus repentes, tinha con;eguido fa­zer sorrir a mão adoptiva, e vinham ambas muito satisfeitas com o passeio. Eram horas de almoçar. Quando e n ­traram em casa, vieram dizer á Ma­gdaiena que estava ’á o padre Rou- viére.

— Ponha um talher para o senhor cura, respondeu ella, correndo para o salão.

O bom padre estava lendo um jor­nal, á espera d ’ella.

— Muito folgo em o vêr. senhor cura, disse a Magdaiena, dirigindo-se para elle.

Em quanto o padre, depois de lhe ter apertado paternalmente as m í o j , abraçava a Genoveva, ella accrescen­tou :

— Continua a não haver noticias?— Infelizmente não. respondeu elle.— Um silencio de cinco mezes náo

é bem inquietador?Ao proferir estas palavras não pou-

de suster uma lagrima que lhe bri­lhou nas pestanas e lhe rolou para as faces.

,'Continuaj.

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ANNUNCIOS

AI^NUÍOIO

( V Pub>cação)— r

Pelo Juizo de Direito de esta comarca, no inventa­rio por obto de João de Deus Cost; Junior, e no qual é inventariante Maria Joaquina /le Almeida, hão de ser r jstos em praça á porta do 1 ribunal de este Juizo, nc dia 25 do corren­te pelag 11 horas da ma­nhã, c arrematados a quem .'«naior lanço offere­cer sépre a sua avaliação, os seguintes prédios:

Unia morada de casas abarracadas com seu quin­tal e mais pertences, si­tuada na rua de Santo Antonio da villa de Ca­nha, livre, no valor de ioo$ooo réis.

Uma casa abarracada com adega e cocheira, sitas na praça da villa de Canha, livre, no valor de 400,$000 réis.

Uma courélla de matto e pinheiros sita no Bar- rancão, limites de Ganha, livre, no valor de 5o$ooo réis

Uma fazenda composta de terra de semeadura, vinha e olival, denomina­do Corral do Concelho, limites da mesma fregue­zia, no valor de 5o5$ooo réis.

A contribuição de re­gisto é toda paga pelos arrematantes.

Aldegallega do Ribatejo, 5 de dezembro de 1904.Verifiquei a exactidão:

O JUIZ DE DIREITO,

S. Motta.O ESCRIVÁO,

José Maria de Mendonça.

ques e seus filhos, de Al­cochete volta á praça pe­la segunda vez á porta do tribunal de esta co­marca no proximo do­mingo 25 do corrente mez de dezembro pelas 11 ho­ras da manhã para se­rem vendidos pelo maior preço que for offerecido e superior á metade do seu valor os seguintes pré­dios:

Uma morada de ca­sas abarracadas na rua de Francisco Lopes, de Al­cochete, avaliadas em 240^000 réis e no valor de i20$000 réis; e uma morada de casas de lo­jas e primeiro andar no Largo do Concelheiro Jo­sé Luciano de Castro, da mesma villa de Alcoche­te, avaliadas em 6oo$ooo réis e no valor de 3oo$ooo réis.

São citados para a pra­ça quaesquer crédores in­certos nos termos do nu­mero i.° do artigo 844.0 do Codigo de Processo Civil.

Aldegallega, 18 de de­zembro de 1904.

o ESCRIVÁO

Antonio Julio Pereira Moutinho.Verifiquei a exactidão.

O JUIZ DE DIREITO,

S. Motta.

em harmonia com o ar­tigo i.° da' postura de 24 de Agosto de 1903, man­da avisar todos os pro­prietários de vehiculos de qualquer especie, que são obrigados a solicitar a respectiva licença na Se­cretaria da Camara, sob pena de 2$ooo réis de multa, nos termos do § 5.° do citado artigo.

E para constar mandou passar o presente e outros de egual theor para se­rem affixados nos loga­res mais públicos de este Concelho.

Aldegallega 10 de De­zembro de 1904.

O Secretario,

Antonio Tavares da Silva.

CASAVende-se uma no largo

da Praça Serpa Pinto.Quem pretender dirija-

se a José Mirra, loja de fu­nileiro, rua Direita.

A N N U N C I O

COMARCA DE ALDEGALLEGA

( l . n Publicação)

Por este juizo e carto­rio do 2.0 officio e pela execução hypothecaria qu promove Antonio Joa­quim Relogio, de esta villa contra Rodrigo Mar-

A Camara Municipal do Concelho de Aldegallega^

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ESTABELECIMENTO DO RIBATEJORua Direita, 88 e gor^r—. Rua do Conde, 2 a 6

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que ignora o que é servir bem por preços relativamente vantajosos e com a maxima confiança.

Este estabelecimento está montado em condições de servir os mais exigentes lanto de gôsto como de bolsa, pois que têm todos os artigos ao alcance de todos.

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Q uereis com prar um bom fato. po r pouco dinheiro Q uereis com pra r um bom chaile, po r pouco

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n h e iro ?Q uereis com prar bons pannos para rouparla , po r

pouco d in h e iro ?Q uereis com prar artigos de re tro ze lro das u l t i ­

mas modas, po r pouco d inhe iro?Q uereis com prar m uitos ou tros artigos, quasi im ­

possível descrever, po r pouco d in h e iro ?VÃO AO CONHECIDO COMMERCIO DO POVO

Rua Direita, 88 e 90 — Rua do Conde, 2 a 6

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NOVO LE-FOSITOfiíe cantarias e ou tro s m ateriaes para construcção

205 civil de MANUEL 1.11% MIA»--------------- ------------------------

O proprietário d'este estabelecimento previne os seus freguezes e amigos que o mudou para a rua do Tenente Valadim, (antigo theatro), onde encontrarão boas can­tarias e bem trabalhadas da qualidade das de Cascaes e Paço d’Arcos.

N. B.— Os parafuzos empregados nestas cantarias são de uma grande resistencia, não se comparando em nada com os que para ahi se uza. Lages, pias poídas para despejos, cimento Portland artificial, marca regis­tada, e de qualidade ingleza. Este cimento supplanta to­dos os outros, até os de marcas extrangeiras: Aguia, Leão, Castello, Tigre ou qualquer outro, o que prova uma analyse rigorosamente feita. Preço por cada bar­rica de 140 kilos, 2$8oo réis. Ha tambem do melhor ci­mento nacional, marca «Tejo». Este compara-se ao «Aguia» e ao «Leão» tanto faz na sesão como na soli­dez, depois de fabricado pelo pedreiro. Preço por 145 kilos, 2$2oo; por i 5o, 2$5oò réis. Mozaicos de todas as qualidades; azulejos nacionaes e extrangeiros, dese­nhos dos mais modernos; porcellana dos Açores, barro refractario, tijolo refractario, manilhas de grês. cifões, curvos e cotovellos de todas as dimensões. Granito e areias lavadas sem argilla para fabrico de betumilhas.

Tambem se encarrega da encommendã de jazigos para serem feitos nas importantes officinas do sr. Rato Lisbôa.

O proprietário d’este estabelecimento tambem accei-

JÃ1AWTISÂo s t w w s s t s e

Vende e concerta toda a qua­lidade de relogios por preços modicos. Tambem concerta cai­xas de musica, objectos de ouro, prata e tudo que pertença d arte de gravador e galvanisador.

Fecha ds quintas feiras.

GARANTEM-SE OS CONCERTOS

fi. l lu a do S*oço, i - A l íÉ Cr A1XEGA

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Uua t Conde. -48. -*§-a. 48-b, (predio de azulejo)A L D E G A L L E G A DO R IB A T E JO

Completo sortimento de mobilias para sala, casa de jantar, quartos e cosinha. Camas de fino gosto, tanto em madeira como em ferro, lavatorios, baldes, regado­res, bidets, bacias para pés, tinas para banho e retretes.

Alguidares de zinco de todos os tamanhos, fogarei­ros de chapa de ferro, tigelas da casa e baldes de ferro zincado. Malas em todos os tamanhos e feitios cober­tas de lona, oleado e folha.

C O F R E S A P R O V A D E F O G Oresistentes a qualquer instrumento perfurante ou cor­tante com segredos e fechaduras inglezas, recebidos directamente de uma das melhores fabricas do paiz.

Os attestados que os fabricantes possuem e cujas copias se encontram nesta casa, são garantia mais do que sufficiente para o comprador.

Tapetes, capachos de côco e arame, de duração infi­nita. Completo sortido de colchoaria e muitos outros artigos. Vende-se tambem mobilia a prestações sema­naes ou mensaes, á vontade do freguez, e por preços sem competencia. Ninguém que tenha amor ao dinhei­ro deverá comprar móveis sem primeiro se informar dos preços realmente limitadíssimos por que se vende

ta qualquer obra de empreitada, seja qual for o seu de-’ n’esta casa. i85senho, assim como faz o esl̂ oço para quem desejar. i N’esta casa se pule e concerta mobilia com perfeição.

Page 4: A G R I C U L T U R A · se conhece a monomania deste paiz de pedintes. Não ha ninguém que não peça; é o carteiro, o distribuidor do jornal, o padeiro, o lei teiro, todos emfim

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Propridaró: A M T 0 » B IA S CAPEI.I.AR U A RO CORDI?. 9 3 «A ldegallega

N’esta casa empresta-se dinheiro por juros muito mo­dicos e convencionaes sobre todos os objectos de ouro, prata, pedras preciosas, relogios, mobilia, roupas de sêda, lã, linho, algodão e tudo mais que represente valor.

Grandes e vantajosos descontos nos emprestimos de maior importancia. Abre todos os dias das 8 horas da manhã ás i o da noite. , ± ,9s

NACIONAES E EXOTICOSAXALVSES A B S O L lT A lI l^ T i: GARANTIDAS

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K i l o 1 Acido phosphorico................................................................ »(P o tassa.................................................................. ................. »

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Preço extraordinariamente inferior aos de todos os ou­tros adubos annunciados, a saber

N.os3l BSsI

AzoteAcido

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Preços por tonellada

3,5 °[o 7,° 0,20 °[o — Rs. 2i$3oo3,5 °jo 5,5 °|o 1,1 «(o

6,0 0(0— » 2tS3oo

3,0 l̂o 6,i °]o — » 2757005.o °]0 io,5 “]o 0,5 0j0 — » 3 iS3oo6.5 °|o 4-7 °|o 0,5 0(0 — » 3tS5oo5,5 °[0 6.4 °[o 0,5 oj0 — » 32.S5oo

e ainda muitos outros números de differentes percentagens.

c • , . , , 2^000 rs. sem saccararinha de tremoco Z r(25960 rs. com saccaMoagem de tremôco por conta do lavrador, 240 réis

por cado sacca

Pelo systema commercial adoptado n’esta empreza, estão inteiramente postas de parte todas as apprehen- sÕes dos lavradores, com respeito a fraudes de qual­quer natureza nos adubos que lhes vendemos.

As analyses são feitas em amostras extrahidas da re­messa no acto da expedição, e em qualquer laborato- rio official á escolha do comprador, sendo por conta d’este até ao limite de cinco toneladas (salvo prévia re­cusa; e de nossa conta dahi por deante.

SACCARIA GRATUITAFabrica e d ep ositos da Nova Hmpreza dc Adu­

bos A rtificiaes em Aldegallega do R ibatejo (á beira-mar).

ESCRIPTORIOS:— Em Lisbôa, Largo de S. Paulo, 12.j.°; em Aldegallega. Pua Conde Paço Vieira, 24.

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Farinha, semea, arroz na­cional, alimpadura, fava, milho, cevada, aveia, sul­phato e enxofre.

Todos estes generos se vendem por preços muito em conta tanto para o con­sumidor como para o re­vendedor. 204

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OS DRAMAS DA

(Chronica do reinado de Luiz X V ’

Romance historico porE. LADOUCETTE

Os amores trágicos de .Manon Les caut com o celebre cavallèiro de Grieux. formam o entrecho d’este romance, rigorosamente historico, a que Ladoucette imprimiu um cunho de originalidade devéras encantador.

A corte de Luiz xv, com todos os seus esplendores e misérias, é escri- pta magistralmente pelo auctor d '0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo livro, destinado sem duvi­da a alcançar entre nós exito egual aquelle com que foi recebido em Pa­ris, onde se contaram po r milhares os exemplares vendidos.

A ediçáo portugueza do popular e commovente romance, será feita em fasciculos semanaes dc 16 paginas, de grande formato, illustrados com soberbas gravura., de pagina, e cons­tará apenas de 2 volumes.3 0 reis o faseieu lo

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Pedidos á Bibliotheca Popuiar, E m-presa Editora . 162, Rua da Rosa. ró"

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N’e!la sáo descriptas, «por uma teste-.nunh . oresen phases e acontecimentos emocionantes da te r r iv d guerra o mundo inteiro.

A G U ER R A ANG LO -í O ER faz pas: r ante os o’ r «grandes batalhas, combates» e «escaramuças!.’ d'esta j lueta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos. verde '.<■ heroísmo e tenacidade, em que são egualmente admiraw dicaçáó patriótica de vencidos e vencedores,

Os incidentes variadíssimos d’esta com.:n.!a er.trs a , ra e as duas pequ.nas republicas sul-africanas. ue. c rre.--, deiras peripecias, por tal maneira dramaticas e pit rores-.:»;..RA AN G LO -BO ER, conjunctamente com o irvesistivel au .ac t iv o d’u rativa histórica dos nossos dias, o encanto da leiiu .1 '-oi.v.intisada.

A Bibliotheca do DIARIO ' 5 ^O TICTASapresentando ao publico esta obra em «esiverr Ja odiç-:'.-;. •* e j.ov ’ >n p minuto, julga prestar um serviço aos nt:>r?vo .os ic-itorer que ao tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito couhecimer.: suque mais interessam o mundo culto na actualidade

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O proprietário deste estabelecimen vem participar aos seus estimáveis fregu zes e ao pubiico em geral, que tem ao st serviço, no seu estabelecimento, um bo, official de relojoeiro, ex-empregado o importante casa J. Maury, de Lisbôa.

Aproveitando esta occasião, roga aos seus nutru rosos freguezes o favor de visitarem o seu estabeh cimento, onde encontrarão um soberbo sortiment de objectos de ouro e de prata e relogios de algibe ra, de mesa e de parede. Especialidade em concei tos de relogios chronometros, barometros, chronc grapHos e de repetição. Tambem se acceitam pre postas para concertos em relogios de torre, que nesta villa ou fóra.

Concertos em caixas de musica, em objectos d ouro e de prata com a maxima perfeição e rapide por preços modicos.

Tobos os trabalhos se garantem por um anno

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