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De Luanda a Lisboa, CIMLOP regista um 2017 de sucesso A Força da Lusofonia A Força da Lusofonia

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De Luanda a Lisboa, CIMLOP regista um 2017 de sucesso

A Força daLusofonia

A Força daLusofonia

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CONFEDERAÇÃO DA CONSTRUÇÃO E DO IMOBILIÁRIO DE LÍNGUA OFICIAL

PORTUGUESA

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Mensagem do PresidentePág. 05

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Pág. 26

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ANGOLA

Encontro de Primavera reforça credibilidade da CIMLOP em Luanda

Do Brasil para Portugal - Convenção SECOVI 2017

Artigo de Opinião Pedro Caldeira

A Fileira em Moçambique

Artigo de Opinião Manuel Pereira

Artigo de opinião - Flávio Amary

Artigo de opinião - João Teodoro Silva

BRASIL

PORTUGAL

23 Lisboa de braços abertos para a lusofonia

Artigo de Opinião - Manuel Reis Campos

Artigo Informativo

ÍNDICE

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www.propertylop.com

www.cimlop.com

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Mais um ano passou e a CIMLOP- Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa, continuou a promover a sua ação nos países da lusofonia.

Nesta edição da Revista Digital da CIMLOP, fazemos um balanço sobre o ano de 2017, e sobre o comportamento dos sectores do imobiliário e construção em Angola, no Brasil, em Portugal e em Moçambique.

Recordamos também o Encontro de Primavera da CIMLOP, que teve lugar no pas-sado mês de maio na capital angolana, tendo como anfitriã a APIMA que, com uma Direção renovada, dá agora continuidade ao trabalho desenvolvido por Branca do Espírito Santo, que assumiu o papel de Ministra do Urbanismo e da Habitação de An-gola e que, nestas funções, recebeu a comitiva da CIMLOP no Ministério da Constru-ção, num momento que foi a oportunidade de atribuir a distinção de Personalidade do Ano CIMLOP 2016.

Já o Encontro de Outono da CIMLOP decorreu em Lisboa, como é já habitual, em pa-ralelo com o Salão Imobiliário de Portugal que celebrou este ano o seu vigésimo ani-versário, e que contou com a presença dos membros da CIMLOP para mais uma vez honrar a celebração do imobiliário português, não esquecendo o habitual Jantar de Gala de Outono da CIMLOP, que decorreu na Sala do Arquivo dos Paços do Concelho de Lisboa, e que distinguiu o Novo Banco e o Dr. Fernando Medina, como Instituição e Personalidade do Ano CIMLOP.

O ano que se avizinha, reserva decerto boas novas para a fileira da construção e do imobiliário dos países lusófonos. Cada um com os seus desafios e paradigmas, mas juntos no desenvolvimento de um sector cada vez mais forte e unido.

Boas leituras!

O Presidente da CIMLOP Luís Lima

2017 EM BALANÇO, 2018 EM PERSPETIVA

Mensagem do Presidente

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Encontro de Primavera da CIMLOP em Luanda

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Encontro de Primavera reforça credibilidade da CIMLOP em Luanda

F oi entre os dias 24 e 27 de maio, que a CIMLOP – Con-federação da Construção e do Imobiliário dos Países de Língua Oficial Portuguesa, reuniu em Luanda, Angola, para promover o seu habitual Encontro de

Primavera.

Este Encontro teve início no Ministério da Construção de Ango-la, com uma receção feita pela Senhora Ministra do Urbanis-mo e Habitação de Angola, Branca do Espírito Santo, que foi o mote para a entrega da Medalha de Ouro de Personalidade do Ano CIMLOP à própria, que havia sido agraciada com esta distinção em 2016.

Senhora Ministra do Urbanismo e da Habitação de Angola, Dra. Branca do Espírito Santo, recebe distinção de “Personalidade do Ano CIMLOP 2016”

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Reunião de Direção da CIMLOP

O Presidente da CIMLOP, Luís Lima, recordou neste momento que Branca do Espírito Santo exerceu fun-ções na Direção daquela Confederação, tendo sido uma das suas principais dinamizadoras.

Luís Lima, realçou o importante contributo que esta teve na criação da CIMLOP (em 2010), e todo o traba-lho que a mesma empenhou na promoção do imo-biliário e da construção dos países de língua oficial portuguesa, em particular em Angola, não só através da CIMLOP, como também por via da APIMA (Asso-ciação dos Profissionais Imobiliários de Angola), onde exerceu funções de Presidente.

Estes foram os motivos principais que levaram a Di-reção da CIMLOP a eleger unanimemente Branca do Espírito Santo com a Medalha de Ouro CIMLOP 2016.

Nova Centralidade do Zango e Urbaniza-ção Boa Vida

No âmbito do Encontro de Primavera, a comitiva da CIMLOP realizou duas visitas técnicas, que de-monstram a realidade imobiliária em Angola – a nova centralidade Zango, construída com apoio do Estado e dirigida à classe média, e a Urbani-zação Boa Vida, um projeto privado dirigido a um segmento alto, que integra infraestruturas so-ciais, culturais e de lazer.

O Projeto da Centralidade do Zango, encontra-se implantando na zona Sul do Município de Viana, estendendo-se por uma área aproximada de 22 hectares. Este projeto, consiste no desenvolvi-mento de uma nova urbanização na localidade do Zango 0, onde foram projetados 2464 fogos habi-

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Membros da CIMLOP fazem visita técnica à urbanização Boa Vida

tacionais, distribuídos por 22 edifícios, com capacida-de para albergar cerca de 16.700 habitantes.

A Urbanização Boa Vida é um projeto de investimen-to privado promovido pela Poltec Investimentos, que se distribui por 722 mil metros quadrados e que com-preende 800 residências distribuídas por cinco con-domínios com infraestruturas sociais, culturais e de lazer, que inclui serviços integrados como piscinas, ginásios, jardins infantis, campos de futebol, quadras polidesportivas e de ténis, escola internacional, clinica hospitalar, creche e sala de cinema.

Uma verdadeira cidade dentro da cidade, esta urba-nização integrará ainda Salões de Festas, um Centro Comercial com 112 lojas, um centro de escritórios, um centro de convenções, e um hotel com 109 qua-tros, bem como supermercados, restaurantes, far-mácias e spa, num conceito que pretende dar aos seus moradores mais tempo pra despenderem com as suas famílias.

Rodada de Negócios e Encontro Alargado de Profissionais e Agentes Imobiliários de Angola

A presença da CIMLOP em Luanda foi ainda mote para a realização de uma Rodada de Negócios promovida pela APIMA, que contou com a pre-sença de dezenas de empresários que apresen-taram os seus serviços, dando corpo a uma das principais vocações da CIMLOP, que é a promo-ção e dinamização da atividade económica da fi-leira da construção e do imobiliário, nos Países de Língua Oficial Portuguesa.

A APIMA organizou ainda um Encontro Alargado de Profissionais e Agentes Imobiliários, cujo ob-jetivo principal foi dar a conhecer a evolução do mercado imobiliário Angolano bem como incen-tivar o seu desenvolvimento no sentido da profis-sionalização dos agentes com o intuito de os inte-grar no mercado formal, que exige licenciamento e fiscalização dos mesmos.

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Presidente da CIMLOP, Luís Lima, e Presidente da APIMA, Pedro Caldeira, na sessão de abertura da Rodada de Negócios CIMLOP / Presidente da CIMLOP, Luís Lima, e Senhor Embaixador de Portugal em Luanda, João Caetano da Silva

Pedro Caldeira, Presidente da APIMA, destacou que o mercado imobiliário angolano necessita ainda de evoluir bastante, mas que nos dias de hoje já há mos-tras do desenvolvimento que o sector tem registado nesta fileira, com um mercado mais dinâmico e pro-fissional. Apesar disso, a concorrência desleal promo-vida por operadores não autorizados para exercer a atividade, continuam a representar um forte obstá-culo ao seu progresso. Nos cálculos do Presidente das Imobiliárias Angolanas, cerca de 90% dos agentes imobiliários do País operam fora do circuito formal, com prejuízos para a Economia e riscos para as partes envolvidas no negócio. Como tal, insistiu para a neces-sidade de “arrumar” o sector, sendo este um dos seus principais objetivos no mandato que desempenha na APIMA, e para tal, conta com o apoio da CIMLOP.

Como tal, Luís Lima, foi convidado a integrar um painel que contou com oradores do Instituto Nacional da Ha-bitação e da Administração Geral Tributária, para falar sobre a experiência do mercado imobiliário português e da importância da existência de um mercado formal,

que combata a concorrência e defenda os interesses do mercado, mas acima de tudo, dos consumidores, conferindo transparência e seguranças nas operações de compra, venda e arrendamento de imóveis.

Presidente da CIMLOP apresenta cumprimen-tos a Embaixador

As atividades deste Encontro terminaram com a visita do Presidente da CIMLOP à Embaixada de Portugal em Angola, onde aproveitou para apresentar cumpri-mentos ao senhor Embaixador, João Caetano da Silva, com quem debateu a situação imobiliária em Portugal e Angola, bem como as dificuldades que hoje as em-presas portuguesas do sector da construção enfrentam naquele País.

Uma vez mais a diversidade dos mercados da luso-fonia fez-se notar em Luanda, refletindo a riqueza e importância da CIMLOP na promoção do mercado da construção e do imobiliário.

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Pedro Caldeira

Angola atravessa um momento particular da sua história como País independente há mais de 40 anos.

Presidente da APIMA

Após ter passado por momentos de crescimento de acima dos 8% ao ano, com aumento de negócios nas mais variadas latitudes desde o comércio de produ-tos imobiliários, serviços e outros, os indicadores ma-croeconómicos nos últimos anos vem demostrando uma queda dos negócios na escala de 0 – 10 para bai-xo de 4 pontos.

A montante da nossa economia que estava basea-da no negócio do petróleo e pelo facto de ter havido uma queda do preço e ter reduzido as nossas expor-tações deste como dites vem se demonstrando muito lenta o crescimento da economia em função da crise, onde o nosso potencial cliente deixou de acreditar no investimento para recuperar e ganhar dinheiro.

O mercado tem dado mostras das razões objetivas e subjetivas para o insucesso no ano de 2017 que passamos a citar:

1) Falta de vontade do sistema bancário em financiar o sector imobiliário.

2) A liquidez existente no mercado é levada a investir nas operações financeiras e na compra de títulos e bilhetes do tesouro devido aos altíssimos juros pagos pelos bancos comerciais para enxaguar a liquidez do mercado.

3) Redução em mais de 90% dos clientes para o ar-rendamento proveniente dos sectores petrolíferos e diamantífero.

4) Retirada de Angola de 10% das empresas que mais geravam negócios na área da construção.5) Subida galopante dos preços dos materiais de construção civil devido á escassez de divisas para a sua importação.

6) O desemprego e o empobrecimento das famílias também levaram a incapacidade das mesmas em procurarem adquirir ou arrendar imoveis.

7) Devido a falta de muitos investidores não verem o retorno do negócio imobiliário em prazos inferiores a 4 anos, os mesmos deixaram de investir neste sector.Com a tomada de posse do novo executivo, encara-mos com ansiedade o futuro porque os desafios e as barreiras são significativamente grandes.

A APIMA encara também os desafios internos com muita cautela e apreensão pelo que recomenda um momento de avaliação e sinceridade.

ARTIGOS DE OPINIÃO

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Sector de construção cresce 3,8% em 2018

O Governo prevê um crescimento de 3,8% no sector de construção civil no próximo ano. Para tal, segun-do dados contidos no Plano Economico Social (PES) 2018, este incremento resultará dos investimentos que serão realizados na construção e reabilitação de infraestruturas públicas e privadas tais como pontes, barragens e habitações.

De acordo com as estatísticas governamentais, este crescimento, representa um incremento de cinco pontos percentuais em relação ao presente ano. Para 2017, o governo prevê que o sector da construção ci-vil cresça 3,2%.

Esta demanda resultará da construção das barragens de Gorongosa e Metuchira, reabilitação de diques de

defesa contra cheias numa extensão de 27 quilóme-tros, asfaltagem de 200 quilómetros de estrada para além da construção de várias salas de aulas e hos-pitais, construção da estrada Cuamba-Lichinga em Niassa e cidade de Nampula-Nametil na província de Nampula.

A Federação Moçambicana de Empreiteiros (FME) elogia o crescimento anunciado pelo Governo, mas diz que espera que também se reflita ao nível dos empreiteiros nacionais, visto que, desde que a cri-se eclodiu, as empresas nacionais estão a enfrentar grandes dificuldades para conseguir obras.

Manuel Pereira, presidente da FME, referiu que, nes-te momento, as empresas nacionais não têm obras

A Fileira em Moçambique

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por executar e estão somar prejuízos com a manu-tenção de equipamentos, impostos e salários.

O mais agravante é que as poucas obras que são exe-cutadas, as facturas tem sido pagas demoradamente. Contudo, Manuel Pereira diz que a sua organização está em contacto contínuo com o Governo, através dos Ministérios das Obras, Habitação e Recursos Hí-dricos e de Economia e Finanças com vista a resolver estas situações, que até certo ponto perigam a exis-tência da indústria nacional de construção.

Manuel Pereira revela que, internamente, a sua orga-nização também está a procurar saídas para contor-nar os desafios resultantes da crise financeira que o país atravessa, sublinhando que a FME quer transfor-mar a crise em oportunidades.

Assim, um dos objectivos do seu elenco, no triénio 2017-2020, é conferir maior dinamismo ao sector da construção e imobiliário, através da implementação

de políticas de inclusão dos membros e actores des-te ramo a todos os níveis para além de consolidar o associativismo no seio das associações provinciais de empreiteiros de obras públicas bem como na interac-ção com o Governo.

Como dirigente do elenco directivo da FME, Pereira conta que a sua equipa quer dar seguimento à imple-mentação do projecto de construção da nova sede da FME, a ser viabilizada pela materialização de um novo edifício multifuncional para garantir a geração de renda, com vista à sustentabilidade da instituição para além de participar através da FME Holding, bra-ço económico da FME, noutro tipo de investimentos no modelo de Parcerias Públicas Privadas através de aquisição de acções comerciais, activos e outro tipo de investimentos.

Também deseja garantir que ao nível das associa-ções provinciais, se consiga celebrar contratos de subempreitada com as grandes empresas envolvidas em projectos estruturantes, sejam de âmbito nacio-nal ou provenientes do estrangeiro.A formação de mão-de-obra de construção civil com parceiros de cooperação e a participação activa na discussão e revisão de legislação sobre construção civil também será priorizada.

A Federação conta com 11 associações e um total de 550 empresas e, neste momento, a nova direcção da FME está no processo de registo e cadastramento dos empreiteiros para a formação duma base de da-dos e evitar que haja disparidades entre os registos do Governo e da organização.

A Fileira em Moçambique

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Manuel Pereira

FME unida na construção de Moçambique

Presidente da Federação Moçambicana de Empreiteiros

Em Outubro de 2017, os novos órgãos sociais da Fe-deração Moçambicana de Empreiteiros (FME) toma-ram posse para o triénio 2017 – 2020.A nova equipa assumiu a organização numa altura em que o sector da construção e imobiliário tem pela frente enormes desafios. Após a guerra civil, termina-da em 1992, a área de construção e imobiliário regis-tou um enorme crescimento. No entanto, esta “bo-nança” foi totalmente devastada pela crise financeira que o país enfrenta desde finais de 2015.

Em Moçambique, o sector depende grandemente do Governo e tem este como principal cliente. Isso faz com que, no cenário actual, em que o Estado não está conseguir pagar suas despesas, a construção fica sem muitas alternativas para vincar.Quando o novo elenco assumiu o desafio de liderar a FME, estava ciente desta situação, mas acredita que junto com os empreiteiros, Governo, a Confederação

das Associações Económicas de Moçambique - CTA e outros parceiros o cenário será alterado e há espe-rança num futuro melhor. Antes de 2015, o sector da construção e imobiliário crescia na ordem 7.9%. Em 2016 caiu para 2.9%. Para 2018 espera-se que cresça 3.8% contra 3.2% previsto para 2017.

Entrámos no comando da organização cientes de que a maioria dos nossos empreiteiros possui uma ca-pacidade limitada de resposta aos grandes desafios devido a falta de sustentabilidade financeira, organi-zacional e técnica, há uma pesada dependência em relação as instituições de Estado enquanto clientes das obras, para além de que enfrentam problemas de atraso no pagamento de facturas, altas taxas de juros nos créditos bancários e a concorrência desleal.São estes desafios e problemas que queremos supe-rar e tornar o sector da construção e imobiliário mais atractivo, transparente e sustentável.

Para tal, contamos com o apoio de outras entidades neste luta porque, como se sabe, o mercado imo-biliário também depende de estabilidade politica e económica do país, segurança, quadro jurídico favo-rável, confiança, eficiência nos serviços de burocra-cia pública, linhas de financiamento, políticas sociais, aposta na formação de quadros qualificados e outros factores que possam tornar este sector apetecível.Nesta luta, o Governo é nosso principal aliado. Tam-bém contamos com o apoio dos nossos parceiros in-ternacionais como é o caso da Confederação da Cons-trução e do Imobiliário da Língua Portuguesa (CIMLOP).Entendemos que sendo uma agremiação engajada na promoção de sinergias e parcerias entre os países da língua oficial portuguesa, a CIMLOP aparece como uma organização privilegiada na criação de oportuni-dades de negócios para empresas do sector imobiliá-rio e construção.Contámos com a CIMLOP na captação de investimen-tos, ao nível dos países falantes da língua portugue-sa, para o nosso mercado e dessa forma potenciar os empreiteiros nacionais.

ARTIGOS DE OPINIÃO

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Convenção em São Paulo

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Do Brasil para Portugal – Convenção SECOVI 2017

O Presidente da CIMLOP – Confederação da Constru-ção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa, Luís Lima, marcou presença em mais uma edição da Convenção SECOVI, uma organização do SECOVI-SP,

a maior associação empresarial do sector da construção e do imobiliário da América Latina, que teve lugar na cidade de São Paulo, Brasil, entre os dias 27 e 30 de agosto.

Luís Lima, interveio no Painel Internacional desta convenção, sobre o tema “Os tempos modernos do mercado imobiliá-rio”, onde, ao lado de Farook Mahmood, Presidente da FIABCI Mundial, e de Marja Elsinga, Professora da Delft University of Technology, explanou as políticas e estratégias de habitação europeias, com especial enfoque na situação portuguesa e na atualidade do mercado imobiliário do País, num painel coorde-

João Crestana, Coordenador de Relações Internacionais do SECOVI-SP; Farook Mahmood, Presidente da FIABCI Mundial; Maria Elsinga, Professora da Delft University of Technology; Luís Lima, Presidente da CIMLOP e Flavio Bellegarde, ex-presidente da FIABCI Mundial

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Comitiva Portuguesa nos Prémios Master Imobiliário 2018, acompanhados dos anfitriões, Flávio Amary, Presidente do SECOVI-SP e Rodrigo Luna, Presidente da FIABCI Brasil

Presidente da CIMLOP, Luís Lima; Cônsul-geral de Portugal em São Paulo, Paulo Lourenço e Romeu Chap Chap

nado por João Crestana, ex-Presidente do SECOVI-SP e coordenador de Relações internacionais, que con-tou também com a intervenção de Flavio Bellegarde, ex-presidente da FIABCI Mundial.

Esta semana que marcou a agenda imobiliária bra-sileira culminou com a cerimónia de entrega dos Prémios Master Imobiliário 2017, uma organização conjunta da FIABCI Brasil e do SECOVI, num grandio-so evento que distinguiu o que de melhor se faz nos mercados da construção e do imobiliário do Brasil, e em que Luís Lima, que desempenha também funções como Presidente da FIABCI Portugal, teve a honra de ser convidado a proceder à entrega do Prémio “Me-lhor Empreendimento Comercial”, entregue à ÍON – Escritórios Eficientes.

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Flávio Amary, Presidente do SECOVI-SP e Luís Lima, Presidente da CIMLOP

Farook Mahmood, Presidente da FIABCI Mundial e Luís Lima, Presidente da CIMLOP e da FIABCI Portugal

No âmbito da sua presença em São Paulo, o Presiden-te da CIMLOP, acompanhado pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral da CIMLOP, Romeu Chap Chap, foram ainda recebidos pelo senhor Cônsul Geral de Portugal em São Paulo, Paulo Lourenço, nas instala-ções daquele Consulado, numa reunião em que tive-ram oportunidade para debater a dinâmica da procu-ra de cidadãos brasileiros pelo imobiliário português, recordando que estes ocupam já o segundo lugar do pódio dos estrangeiros que mais compram casas em Portugal, sendo a primeira nacionalidade não euro-peia que mais investe neste sector, sendo este um mercado com grande potencial de crescimento nos próximos anos.

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Flávio Amary

Boas expectativas

Flavio Amary é presidente do Secovi-SP e reitor da Universidade Secovi

Analisando o ano que se encerra, uma sucessão dos fatos apontam para mudanças favoráveis. Em função de adequada política monetária, o Brasil começou a voltar aos trilhos do desenvolvimento. A menor taxa de inflação dos últimos 10 anos possibilitou a traje-tória de queda da taxa básica de juros, animando o setor privado a produzir e, mais importante, a em-pregar. Os índices de confiança de consumidores e

empresários também melhoraram gradativamente, a exemplo dos indicadores da Bolsa de Valores, do câmbio e da balança comercial, para citar apenas al-guns.

Quanto ao desempenho do setor imobiliário, não foi diferente, com vendas e lançamentos de imóveis apresentando resultados alentadores mês a mês, sobretudo a partir do segundo semestre. Os dados acumulados do ano se mostram cada vez mais po-sitivos em relação a 2016 – um dos piores períodos para o nosso mercado. A expectativa é de encerrar 2017 com um incremento de 5% a 10% tanto em lan-çamentos quanto em vendas de imóveis novos – con-firmando nossas projeções.

Com a forte redução da taxa básica de juros (a Se-lic), de 14,25% para 7% ao ano, compradores capi-talizados voltaram a buscar no ativo imobiliário um melhor retorno para seus investimentos. Além disso, vale ressaltar que a demanda potencial por novos domicílios no País se mantém em 14,5 milhões de unidades até 2025. Ou seja, em menos de uma déca-da, vamos precisar produzir 1,44 milhão de moradias por ano para atender a demanda e reduzir o déficit habitacional de 6 milhões de unidades.

As expectativas para 2018 são muito boas, mas os re-sultados efetivos dependem da continuidade das re-formas estruturais propostas pelo governo. O Secovi--SP tem feito sua parte e se posicionado firmemente em busca de melhorar o ambiente de negócios e defender o setor imobiliário, o interesse público e o Brasil.

Nesse sentido, a produtiva troca de experiências com entidades como a Cimlop é fundamental, pois per-mite ampliar nossa visão sobre as melhores práticas no mercado imobiliário mundial e também apresen-tar as oportunidades oferecidas pelo nosso setor e o nosso País.

ARTIGOS DE OPINIÃO

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Segundo o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABE-CIP), Gilberto Duarte de Abreu Filho, o financiamento imobiliário para compra de moradias com recursos das cadernetas de poupança deve crescer cerca de 15% em 2018, com a liberação de cerca de R$ 45 bi-lhões em crédito. Entretanto o crédito para constru-ção de novos empreendimentos deve continuar len-to, por força dos estoques ainda consideráveis.

ARTIGOS DE OPINIÃO

Perspectivas para o mercado imobiliáriono Brasil em 2018

João Teodoro da SilvaPresidente do Sistema COFECI-CRECI

O Programa Minha Casa Minha Vida, que atende consumidores de baixa renda com recursos do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, repre-sentou cerca de 77,7% dos lançamentos imobiliários entre 2008 e 2017, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC). Os empreendimentos de médio e alto padrão re-presentaram 20,7% e os imóveis comerciais e indus-triais, 1,6%.

A perspectiva, portanto, é de que fecharemos o ano de 2017 com a concessão de cerca de R$ 157 bilhões em financiamento imobiliários. Se esperamos em 2018 um crescimento de cerca de 15%, então tere-mos financiamentos em torno de R$ 203 bilhões. Tudo isso sem contar as vendas com recursos pró-prios, que ainda representam no Brasil cerca de 35% do movimento do mercado imobiliário. Um movi-mento total, portanto, de cerca de R$ 287 bilhões.

A expectativa de crescimento se confirma ao verifi-carmos que o preço do metro quadrado tem aumen-tado, ainda que timidamente, o que representa au-mento de demanda. Subiu 0,03% em novembro de 2017, segundo o índice Fipe/Zap, atingindo o valor médio do metro quadrado R$7.632,00 em grandes centros urbanos, com preço máximo de R$ 8.736,00 em São Paulo, capital, e mínimo de R$ 4.861,00 em São Bernardo do Campo, SP.

Considerando que a crise política reinante no Brasil arrefeceu bastante desde que a Câmara dos Deputa-dos arquivou, pela segunda vez, as denúncias contra o Presidente Temer, o que indica que ele deve con-cluir o seu mandato no final de 2018, e poderá imple-mentar boa parte das reformas propostas, podemos dizer, com relativa segurança, que a crise brasileira já é coisa do passado.

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Encontro Outono CIMLOP em Lisboa

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Lisboa de braços abertos para a lusofonia

A capital portuguesa voltou a receber o Encontro de Outono da Confederação da Construção e do Imo-biliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), que

decorreu entre os dias 18 e 20 de outubro, em paralelo com o Salão Imobiliário de Portugal (SIL 2017).

Como tem vindo a ser hábito nos últimos oito anos, os mem-bros da CIMLOP que marcaram presença em Portugal, visi-taram o Salão Imobiliário, onde puderam confirmar o bom momento que o sector imobiliário português atravessa, que aliás se refletiu no número de expositores e de visitantes que bateram todos os recordes em 2017. Um presente bem dese-jado, nesta edição onde foi também comemorado o vigésimo aniversário do SIL.

Membros da Direção da CIMLOP

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Presidente da APEMIP, Luís Lima e Presidente da APIMA, Pedro Caldeira, assinam memorando de entendimento entre as duas entidades

Os Encontros CIMLOP são uma alargada reflexão en-tre países que reúnem esforços para encontrar so-luções neste sector específico, numa Comunidade de mais de 250 milhões de pessoas espalhadas em to-dos os continentes e em economias que experimen-tam diferentes estados de desenvolvimento.

APEMIP e APIMA assinam memorando de entendimento

Durante o Salão Imobiliário de Portugal, duas das as-sociações integrantes da CIMLOP, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) e a Associação dos Profissionais Imobiliários de Angola (APIMA), assinaram um me-morando de entendimento que visa reforçar a coo-peração entre as duas entidades e identificar áreas de interesse mútuo, com vista a contribuir para os

objetivos de desenvolvimento de ambas as associa-ções, nomeadamente no que concerne à formação, partilha de informação e internacionalização.

Jantar de Gala do Encontro de Outono da CIMLOP

No dia 19 de outubro, teve lugar o Jantar de Gala do Encontro de Outono da CIMLOP, que decorreu na Sala do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa, e que foi ainda o momento da atribuição da Medalha de Ouro CIMLOP 2017, uma distinção que é entregue a uma personalidade e/ou entidade que tenha uma importante envolvência no desenvolvimento do mer-cado imobiliário dos países lusófonos.

Nesta edição, a entidade eleita como Instituição do Ano 2017 foi o Novo Banco. Esta foi uma distinção

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Presidente do Novo Banco, António Ramalho, recebe das mãos do Presidente da CIMLOP, Luís Lima, a distinção “Medalha de Ouro CIMLOP – Instituição do Ano” entregue ao Novo Banco / Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, distinguido como Personalidade do Ano CIMLOP 2017

que se justificou pelo apoio que aquela instituição tem dado à Presidência da CIMLOP e ao sector imo-biliário, por apostar na sua promoção e internaciona-lização. Para receber esta Medalha, esteve presente o Presidente do Novo Banco, Dr. António Ramalho, que destacou o trabalho da CIMLOP na promoção do encontro de várias comunidades como são as de lín-gua oficial portuguesa.

Já na qualidade de Personalidade do Ano CIMLOP, foi distinguido o Presidente da Câmara Municipal de Lis-boa, Fernando Medina, devido ao trabalho que tem desenvolvido no progresso do sector, sobretudo na cidade de Lisboa, promovendo a qualidade de vida e o desenvolvimento urbano. Também o apoio que este sempre deu à promoção do imobiliário além-frontei-ras e à própria CIMLOP, cujo crescimento acompanha desde a sua criação, justificaram a distinção que lhe

foi atribuída. No seu discurso de agradecimento, Fer-nando Medina deixou uma palavra especial a todos os agentes do imobiliário e construção que contribuí-ram para o avanço e crescimento da cidade de Lisboa e do País, recordando os anos em que Portugal dia-bolizou estes sectores, algo que sempre considerou um erro por defender que esta fileira contribui e mui-to para o desenvolvimento da economia do país, algo que hoje se confirma com o momento excecional que Portugal atravessa.

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O ano de 2017 confirmou a importância do papel do Setor da Construção e do Imobiliário, desempenhou, enquanto alavanca fundamental para o crescimento económico e para a criação de emprego.

A realidade demonstra-nos que, hoje, estamos pe-rante um Setor que é muito diferente daquele que conhecíamos há dois anos. Recordo que 2015, ao re-gistar a primeira variação positiva da produção, após treze anos consecutivos em perda, foi um ano que ficará na história como aquele em que se encerrou um dos piores períodos de crise do Setor. Fruto do esforço dos nossos empresários, o nosso tecido em-presarial reestruturou-se, diversificou-se e foi capaz

ARTIGOS DE OPINIÃO

Portugal cresceu com o setorda Construção e do Imobiliário forte

Engº Manuel Reis CamposPresidente do AICCOPN

de se afirmar nos mercados externos a uma escala verdadeiramente global.

Os dados do PIB relativos aos três primeiros trimes-tres de 2017 revelaram um crescimento de 2,8%, facto que foi reconhecido como muito positivo. Mas note-se que o Investimento em Construção e Imobi-liário foi responsável por cerca de um quarto (25,2%) desse crescimento.

Estamos confrontados com novas realidades. O turismo potenciou a nossa identidade única, a ho-telaria e os estabelecimentos de Alojamento Local, trouxeram novo movimento aos centros urbanos, o Comércio tradicional e os Serviços, retomaram o papel que antes desempenhavam e o interesse por parte dos investidores estrangeiros, seja por via do Programa dos Vistos Gold, seja por via do Regime dos Residentes Não Habituais, promoveu externa-mente o nosso País.

É fundamental que o Governo não se esqueça das necessidades imediatas, às quais, a bem do desen-volvimento económico, da criação de emprego e da coesão social e territorial, tem de corresponder. Se o investimento público, que se encontra a níveis de há 30 anos, tem de ser relançado, designadamente pela garantia da adequada conservação e manutenção de todas as infraestruturas e edifícios públicos e pela concretização dos projetos estruturantes que foram pensados numa ótica de crescimento e de competiti-vidade e que foram amplamente consensualizados, o investimento privado, que tem constituído o principal fator dinamizador de Portugal, tem de ser potenciado.

Está em causa a competitividade desta atividade e, sobretudo, a capacidade de antecipar um futuro de sustentabilidade para todo o País. 2018, irá ser, ne-cessariamente, é o momento de consolidar o novo ciclo da Construção e do Imobiliário.

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O Programa Internacionalizar, constitui um avanço sig-nificativo face a paradigmas até agora existentes, rela-tivos, em especial ao posicionamento das empresas da fileira da construção e do imobiliário, seja nos merca-dos externos, seja no mercado interno. De facto, esta dupla perspetiva e o reconhecimento da sua comple-mentaridade, é uma das marcas distintivas deste Pro-grama, cuja assunção é essencial.

A utilização do termo “Internacionalização”, em vez do recurso aos tradicionais conceitos de “exportações” ou “atividades exportadoras”, é uma evolução muito positiva, permitindo uma abrangência que traduz a atual realidade da economia nacional e o efetivo peso das ati-vidades económicas, no âmbito das quais o Setor da Construção e do Imobiliário assume uma preponderân-cia inegável. De igual modo, o reconhecimento de que a internacionalização não se limita às atividades asso-ciadas à presença no exterior, mas também que passa a incluir a captação e a atração de investimento para Portugal, é um passo determinante. Estamos, assim, a falar de uma visão estratégica da internacionalização que reflete a realidade das economias globalizadas da

A Fileira em Portugal

Programa Internacionalizar: a importância da Construção e do Imobiliário

atualidade e reconhece a importância do posiciona-mento global e competitivo da economia portuguesa, no processo de internacionalização. De igual modo, prevê-se o desenvolvimento, em paralelo, dos meca-nismos de apoio a formas mais tradicionais de inter-nacionalização, como as exportações, adaptando-os a outras realidades e especificidades, como é o caso da internacionalização das empresas de construção e do imobiliário, com as medidas orientadas para a cap-tação de investimento, encontrando-se alinhado com uma visão correta para o desenvolvimento da econo-mia portuguesa.

Somando a faturação anual nos mercados externos, ao investimento estrangeiro em ativos patrimoniais nacionais, conclui-se que a, Internacionalização da Construção e Imobiliário representa uma faturação anual internacional de 15 mil milhões de euros, núme-ro que é expressivo mas ainda fica muito aquém do seu verdadeiro potencial. Tal como é referido no Pro-grama Internacionalizar, a captação de investimento para Portugal é um aspeto estratégico essencial e, há que tornar Portugal ainda mais atrativo e seguro para os investidores, o que pressupõe a competitividade de iniciativas como o regime de tributação de residentes não habituais ou os Vistos Gold, mas também, esta-bilidade fiscal. Igualmente é necessário um quadro tributário e de incentivos capaz de apoiar o processo de internacionalização das empresas do Setor, que te-nha em conta as suas especificidades, contemplando questões como a diminuição da carga fiscal sobre os trabalhadores e os meios deslocalizados nas obras realizadas no exterior ou a implementação de acordos de dupla tributação.

O Programa Internacionalizar será, com certeza, um passo importante para o imprescindível reforço da competitividade externa da economia nacional. É esta a expetativa do setor e, com a vontade política do Go-verno e o empenho de todos, será possível consolidar um processo que é essencial para o futuro do País.

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