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A Família

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A Família

Definição de família

Designa-se por família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entresi e vivem na mesma casa formando um lar. Uma família tradicional é normalmenteformada pelo pai e mãe, unidos por matrimónio ou união de fato, e por um ou maisfilhos, compondo uma família nuclear ou elementar.

A família é considerada uma instituição responsável por promover a educação dosfilhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social. O papel da famíliano desenvolvimento de cada indivíduo é de fundamental importância. É no seiofamiliar que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base para oprocesso de socialização da criança, bem como as tradições e os costumesperpetuados através de gerações.

O ambiente familiar é um local onde deve existir harmonia, afetos, proteção e todo otipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou problemas de algum dosmembros. As relações de confiança, segurança, conforto e bem-estar proporcionam a

unidade familiar.

A Família ao longo da história da humanidade

A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e como tal deve ser protegida, como se conclui dodisposto na "Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969."

Houve, ao longo da história, modelos diferenciados de família primitiva, sendo que a maior parte deles tinhacomo características essenciais a mútua proteção e a segurança. A constituição das famílias mantinha estreitaligação com a unidade de culto e com liames místicos. A formação da família era determinada pela necessidadede subsistência. Era essa necessidade de subsistência quem regulava as uniões e o número de filhos.

Na Grécia e na Roma antigas, predominavam as micro-religiões. A família tinha, portanto, seu próprio culto, suajustiça, seus costumes e tradições. O culto adotado era uma escolha do chefe da família,denominado pater . Não era cabível, portanto, falar-se em "liberdade de culto" tal como a conhecemos hoje,notando-se uma nítida sujeição dos membros do clã às determinações do pater.Em Roma, o casamento era, por essência, monogâmico , definindo-se como a união entre o homem e a mulhercom o fim de estabelecer uma comunhão de vida íntima e duradoura. No plano jurídico, era um estado de fatoque não surgia, como o atual, da troca inicial de consentimentos, mas da permanência da união baseada naconvivência e na intenção de ser marido e mulher. A colocação da mulher à disposição de seu marido eraindispensável, sendo a entrada da mulher na casa de seu marido a melhor prova.

Na Idade Média, o conceito de família passa pela forte determinação e influência da Igreja. Com o Cristianismo sendoreconhecido como religião oficial de praticamente todos os povos ditos civilizados, o culto familiar deslocou-se para as capelas,deixando o pater de ser o seu sacerdote. A família perde parte de suas funções, eis que o culto não é mais celebrado pelopatriarca, como ocorria em tempos passados.

Nos primórdios da Igreja Católica, esta não se opunha diretamente a outras formas de constituição da família que não ocasamento. Entretanto, durante a Idade Média, a Igreja impôs a forma pública de celebração, criando o dogma domatrimónio/sacramento. O Cristianismo, então representado com exclusividade pela Igreja de Roma, reconheceu na família umaentidade religiosa, transformando o casamento, para os católicos, num sacramento. A família foi convertida em célula-mãe daIgreja, hierarquizada e organizada a partir da figura masculina.

No início do século XVI, com a Reforma protestante, a Igreja Católica deixa de ser representante exclusiva dos preceitos cristãos.

Na Idade Moderna, o sistema feudal é substituído pela ideia de Estado Nacional, tirando da família outras de suas funções, entreas quais a de defesa e de assistência, já que os cidadãos passaram a contar, em tese, com a proteção estatal, em vez de recorrer àautotutela.

Com a Revolução Industrial, a família deixa de ser uma unidade de produção, sob o comando de seu chefe, passando cadamembro a trabalhar dentro das fábricas. A família, antes produtora dos bens para a sua própria subsistência, passa a exercerfunção económica, auferindo o seu sustento da produção, ora como proprietária, ora como proletária.

Com a Revolução Francesa, introdutora dos preceitos de liberdade, igualdade e fraternidade no mundo ocidental mudam muitosdos paradigmas até então tidos como absolutos, permitindo assim a existência de novos modelos de família.

No século XX, simultaneamente ao distanciamento do Estado em relação à Igreja, chamado laicização, novos fenómenossurgiram. A liberação dos costumes, a revolução feminina, fruto do movimento feminista e do aparecimento dos métodoscontraceptivos, e a evolução da genética, que possibilitou novas formas de reprodução, foram fatores que contribuíram pararedimensionar o conceito de família.

Diversos tipos de famíliasA família, como uma instituição social, tem passado por mudanças aceleradas na suaestrutura, organização e função de seus membros, a partir da segunda metade do século XX.Ao modelo tradicional somam-se muitos outros e não é possível afirmar se são melhores oupiores, apenas SÃO DIFERENTES.

Família Mononuclear; (Famílias formadas por mãe, pai e filhos)

Monoparental; Mães Independentes; (A mãe que cuida dos filhos sozinha)

Monoparental; Pais independentes; (Pais que cuidam dos filhos sozinhos)

Família Homomaternal; (Famílias formadas por mães e filhos)

Família Homopaternal; (Formada por pais e filhos)

Valores existentes na família

Quando os valores prioritários são os valores ou bens materiais, como ocorre em amplos sectores da sociedade atual, ou quando os valores se confundem com os desejos ou as apetências de um ser humano, como também acontece, a descoberta de verdadeiros valores humanos tem uma grande importância para a motivação da vontade humana. Porquê? Porque a motivação humana remete sempre para valores humanos verdadeiros, materiais e espirituais – sempre que os primeiros sirvam os segundos e não ao contrário.

A descoberta e valores corresponde aos imateriais, aos do espírito, aos que fazem referência à verdade (valores intelectuais), ao bem (valores morais) e à beleza (valores estéticos). São três tipos de valores estreitamente relacionados entre si, porque verdade, bem e beleza são os termos inseparáveis de um trinómio. (Se alguém tentasse separá-los, encontrar-se-ia com uma verdade má e feia, com um bem feio e falso, com uma beleza falsa e má).

Como descobrir estes valores? Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque lhe são muito importantes: são os elementos que aperfeiçoam o próprio ser; mediante eles, um indivíduo pode acabar por ser, chegar a ser aquilo que é: ser mais e melhor pessoa.

• Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em função delessupõe tê-los interiorizado profundamente. Só assim serão capazes de os pôr demoda na sua família, sendo eles próprios, para os seus filhos, portadores devalores.

• Esses valores, vividos pelos pais com naturalidade e com graça, com bom humor,sabendo sorrir habitualmente, serão atrativos para os filhos e contagiosos. Osvalores familiares constituem um dado irrefutável, quase com cunho testemunhal,que vai unido ao comportamento diário dos pais. Também estarão presentes estesvalores na conduta dos filhos, quando os pais, além de os viverem e de osfomentarem, promovem e mantêm vigentes algumas normas e costumesfamiliares que mostram a presença viva destes valores preferenciais.

Organização da famíliaCada família tem características que a diferenciam das outras e que condicionam o modo como os seus membros vêem o mundo e as relações afetivas. Durante muito tempo, os hábitos e padrões de relacionamento transmitidos pelos pais constituem o único modelo de referência para os filhos.Em termos da organização dos papéis familiares, em Portugal continuam a co-existir três modelos diferentes: o patriarcal, o democrático e o igualitário.

O modelo patriarcal é caracterizado pela divisão rígida dos papéis. Nestas famílias o homem é responsável por garantir osustento financeiro e a mulher desempenha as funções relacionadas com a lida da casa e com os cuidados prestados aosfilhos. Este formato implica quase sempre desequilíbrios em termos do poder. Por exemplo, apesar de a mãe passar maistempo com os filhos, nem sempre é vista como uma figura de autoridade. Pelo contrário, as decisões mais importantespassam quase sempre pelo pai. A taxa de divórcio é muito baixa nestas famílias devido à dependência financeira da mulher.

As famílias que se enquadram no modelo democrático adotam uma divisão sexual do trabalho, o que implica que ageneralidade das tarefas domésticas estão a cargo da mulher. No entanto, ambos trabalham fora de casa e, por isso,partilham a autoridade, os direitos e os bens familiares. Os filhos reconhecem os dois progenitores como decisores, noentanto, é veiculada a ideia de que algumas tarefas só podem ser efetuadas pelas mulheres da casa. A emancipação damulher implica o fim da insolubilidade do casamento.

O modelo igualitário é caracterizado pela integração total da mulher no mercado de trabalho. A dupla jornada laboral(dentro e fora de casa) implica uma divisão equitativa dos deveres do lar, bem como a igualdade de direitos familiares. Estescasais investem frequentemente no seu percurso académico e reconhecem a necessidade de implementar sistemas deentreajuda para a concretização das tarefas domésticas e cuidados prestados aos filhos.

Funções dos diversos elementos da família

A nossa sociedade vem passando por muitas alterações. Com essas mudanças a função do homem e da mulher tem se modificado tanto na vida social quanto nas relações familiares.Houve um tempo em que os papéis eram bem definidos e bastava ao homem prover e sustentar a família e a esposa cuidar da casa e dos filhos para se sentirem seguros em seus papéis.Com o movimento feminista as mulheres foram em busca de direito de voto, proteção legal, liberdade sexual, aborto livre, creches, direito ao divórcio e igualdade de acesso ao trabalho e a educação.Compreendemos atualmente que a função do pai e da mãe na vida de uma criança vai além dos cuidados básicos pela sobrevivência, eles são co-responsáveispelo desenvolvimento emocional e relacional da criança. Ainda que ambos sejam igualmente importantes na vida do filho, as funções de cada um são diferentes em cada etapa do desenvolvimento.

• A mãe é o primeiro vínculo da criança e a primeira relação na qual ela pode conhecer e desenvolver a possibilidade de entrega e confiança. O desenvolvimento da comunicação afetiva se inicia na relação com a figura materna e ao longo de todo o desenvolvimento infantil a mãe será uma referência importante para a criança de como lidar com o seu mundo interno (emoções, sensações, sentimentos, necessidades e desejos). Entre as várias funções caberá a mãe ser o lugar de acolhimento, de descanso e aconchego para o filho se aquietar emocionalmente e corporalmente. Auxilio para a criança identificar e nomear seus sentimentos. A mãe também terá o papel importante de ajudar a criança a ir ao encontro afetivo do pai.

•O pai constrói o seu vínculo com a criança na medida em que a mesma vai ampliando o seu contato para além da mãe. Caberá ao pai além de ser a estrutura que protege e orienta a família ser a referência que ajuda ao filho (a) a lidar com a realidade, a desenvolver a forma racional, prática e os meios para lidar com o mundo externo e com a impessoalidade das relações. O pai tem o papel importante de ajudar a criança no desenvolvimento da disciplina, respeito a regras, limites e responsabilidades.É importante ter claro que essas funções não são rígidas. Durante o desenvolvimento tanto o pai quanto a mãe transitam um tanto por todas essas funções, porém devido a questões do desenvolvimento psíquico infantil é fato que a consciência e a atuação predominante dos pais em suas funções especificas favorecem o desenvolvimento da criança.

Quando a família falha o que pode acontecer aos seus filhos ou idosos

Quando a família falha por diversas razões, os filhos e os idosos sofrem consequências muitas vezes irreversíveis. No caso das crianças, o seu futuro fica comprometido podendo mesmo acabar em instituições pois os pais não têm condições ou não querem educar / cuidar dos seus filhos.

No caso dos idosos, os filhos acabam muitas vezes por abandoná-los pois não se preocupam com o seu bem estar. Na sociedade atual, em que ambos os elementos do casal trabalham é muito difícil tratar de idosos. Estes acabam por irem para lares de idosos. Contudo, mesmo lá não devem ser esquecidos e precisam do acompanhamento dos filhos.

Quando a Família Falha...

Quando a família falha...O fracasso parece total.A dor é imensa.A separação, algo real.

Quando a família falha...Os dias parecem escuros.As noites intermináveis.E as vidas cercadas por muros.

Quando a família falha...Falha a esperançaFalham os sonhos.Desfaz-se a aliança.

Quando a família falha...As coisas perdem o sentido.Os lugares ficam desertos.E a alma solta um gemido.

Quando a família falha...A escola enfraquece.A igreja sofre.A sociedade adoece.

Quando a família falha...Deus não falha.Ele vem ao nosso socorroE nos estende a sua mão.Liga a luz do nosso túnel.E nos dá nova canção.

Quando a família falha...Deus continua a amarPerdoar, livrar e curar.Portanto, jamais se esqueçaDeus nunca falhaE jamais se cansaDe cuidar deVocê. Elaine Brasil Behrsin

Crianças e idosos felizes

Na casa da minha família

• Trabalho de EMRC realizado por:

• Carolina Grilo Canastra

• Nº:5

• Turma:5C