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A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

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Page 1: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

A face oculta do Universo

F. E. M. Costa

C.P.G. de Astronomia

Observatório Nacional

Page 2: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Perguntas fundamentais

• O homem começou a pensar?

• A vida se originou?

• O Universo se originou?

Quando, Por que e Como

Page 4: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Modelo cosmológico de Einstein

Primeira tentativa:T.R.G. + Princípio cosmológico.

Segunda tentativa:T.R.G. com (constante cosmológica) + Princípio cosmológico.

Incompatível com as observações daépoca (Universo estático).

.2

1 TgRgRG

Page 5: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

1922 – Friedmann: modelo sem constantecosmológica, no qual o Universo evolui.

Universo estáticoUniverso dinâmico

Page 6: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

1928 – Hubble: observa a recessão de galáxias.

O Universo é dinâmico e está em expansão.

                   

A constante cosmológica foi o maior erro da minha vida!

                           

Page 7: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Modelo de Friedmann

pguupT

22

2

28a

k

a

a

a

aGp

22

2

3

8

a

k

a

aG

22222

2

2222 sen

1 drdr

kr

dradtds

.2

1 TRgRG

Page 8: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Evolução das componentes cósmicas

0)(3 pa

a

3 am 4 arMatéria Radiação

3/2ta 2/1ta Universo plano: k=0

Tpatp ,,00/

1 aT

O Universo teve, então, um passado quente e denso (BIG BANG).

Page 9: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Gamow et al. : no passado muito remotomatéria e radiação interagiam fortementee estavam em equilíbrio termodinâmico.

Radiação cósmica de fundo

Page 10: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

1964: Descoberta ocasional da RCF

Page 11: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Gamow et al. : o comportamento do Universonos primeiros minutos de sua evolução ésemelhante ao de um grande reator nuclearem expansão.

Síntese dos núcleos atômicos

O Universo só pode ser observado porradiotelescópios até SUE. Para investigá-lo em tempos mais remotos é preciso utilizar teorias físicas.

Page 12: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Estágio inicial do Universo: T=1011K UP: plasma indiferenciado de matéria e radiação em rápida expansão. Os principais constituintes são: fótons, elétrons, neutrinos e suas antipartículas e uma pequena quantidade partículas nucleares.

Interação muito rápida entre as partículas.

Equilíbrio termodinâmico.

Temperatura, grandezas conservadas e as proporçõesde nêutrons e prótons?

910/ rn NN

UTTKTP 1010/ kTmc

pnnp e /2

/

Page 13: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

• Para T=1010K a fração de nêutrons havia caído para cerca de ¼.

• Em T=1010K os neutrinos passam a se comportar como partículas livres;

• Em T=5x109K os pares elétron-pósitron aniquilam-se;

• As reações de conversão de nêutrons em prótons e vice-versa cessam;

• A fração de nêutrons não se mantem constante, devido ao seu decaimento;

• Para T=0.9x109K (± 3 minutos depois S.C.) tem-se inicio a síntese dos núcleos leves;

• As reações deixam de ocorrer ± 15 minutos depois.

Page 14: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Figura 1.1: Abundâncias primordiais dos elementos leves prevista pela NBB como função da razão bárion-fóton.

Abundâncias Previstas

G. Steigman, astro-ph/9904411v1, (2000).

Page 15: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

6.1

1006.05

5106.3

xYD

63.0

1006.05

5102.13

xYHe

38.2

10

38.2

102.011

57.21

5102.17

xY

Li

pn

nY

He

24

Evolução das abundâncias com η

Page 16: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Previsões do modelo de Friedmann + Física usual

1. Expansão do universo

2. Existência da RCF

3. Síntese de núcleos leves

1. P. horizonte

2. P. planura

3. P. assimetria matéria-antimatéria

Problemas com o modelo de Friedmann

Page 17: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

• Possivelmente ocorreu durante uma transição de fase (quebra espontânea de simetria nas escalas de GUT, cerca de T=1028K );

• A energia do Universo é dominada por um campo escalar (inflaton);

• O inflaton tem um efeito gravitacional líquido repulsivo (expansão acelerada);

• Aumento muito rápido do fator de escala [a(t)];

• Soluciona os problemas do horizonte e da planura.

Inflação cósmica

Page 18: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

História do Universo

Page 19: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Curvas de rotação

Se os aglomerados e/ou as galáxias sãosistemas gravitacionalmente ligados devemseguir a curva A.

Page 20: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Matéria escura

• Uma forma postulada de matéria que só interage gravitacionalmente;

• Sua presença pode ser inferida a partir de efeitos gravitacionais sobre a matéria visível, como estrelas e galáxias;

• Introduzida em 1933 por Zwicky para explicar os movimentos de galáxias nos aglomerados de Coma e Virgo;

• É necessária também à Cosmologia.

Page 21: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Matéria escura na Cosmologia

3.0d044.0B

NBB Est. dinâmicas

Conteúdo material faltante

26.0 BdME

Formação de estruturas: as estruturas no Universo só podem ser formadas se houver matéria escura.

Page 22: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Candidatos à matéria escura

Fís. de partículas: fornece possíveis candidatos à matéria escura.

CDM: WIMPS (áxions e neutralinos) HDM: neutrinos

Form. de estruturas

WDM: gravitinos

Page 24: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

1998: Supernovas do tipo Ia + R.G.

Os 70% restante dos constituintes do Universo estão na forma de uma componente exótica.

Energia escura

Pressão negativa: efeito gravitacional repulsivo.

Page 25: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Evidências indiretas da energia escura

• Medidas de distância-luminosidade de SNe Ia;

• Medidas das anisotropias na radiação cósmica de fundo;

• Estimativas dinâmicas para a densidade de energia do Universo.

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Candidatos à energia escura1 - A constante cosmológica, i.e., a densidadede energia do vácuo.

O que!? Então, eu não estava errado!

O problema da constante cosmológica: problema na interface da Cosmologia com a Física de Partículas.

44710 GeVo 47410 GeVt ?

Não há explicação proveniente de teorias fundamentais.

Page 28: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Vácuo

0

)(2

)(22.

2.

V

VPw

V

2. Campo escalar2. Campo escalar

Ratra & Peebles, PRD, (1988) Ratra & Peebles, PRD, (1988) Steinhardt et al. PRL, (1998)Steinhardt et al. PRL, (1998)

Page 29: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

3. Fluido exótico

,)( ap

.1

~

~)]~(1[3

0

a a

ada

e

)1(3

0/ acteP

As observações indicam que é muito próximo de –1 (cte cosmológica).

Page 30: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Problema de coincidência cósmica

As observações indicam que as densidades relativas da matéria e energia escuras são da mesma ordem de magnitude hoje.

Se as componentes evoluem independentemente, não uma razão pela qual elas sejam atualmente da mesma ordem de magnitude hoje.

As componentes interagem entre si: Quintessência Acoplada

Page 31: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Solução fenomenológica:Decaimento do vácuo

A densidade de energia do vácuo muda ao longo da evolução do Universo. Em espaços curvos e referenciais aceleradoso vácuo não é um invariante.

Efeito Hawking Efeito FUD

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Solução fenomenológica:Decaimento do vácuo

Se há uma troca de energia entre o vácuo e a matéria escura, a densidade desta não segue a leide evolução usual, mas sim,

.3 aρ dm

P. Wang and X. Meng, Class. Quant. Grav. 22, 283 (2005).

.3

30 ε-dm,Λ a

ε

ερ C ρ

pp /

J. S. Alcaniz and J. A. S. Lima, Phys. Rev. D 72, 063516 (2005).

00 S

)(3 pa

a

Page 33: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Caso mais realístico:parâmetro de interação variável

.)(3 adm aρ

.~~

~ln~1

4

'

0,0,

adm ad

a

aa

F. E. M. Costa and J.S. Alcaniz, PRD 81, 043506 (2010).

.3

30 ε-dm,Λ a

ε

ερ C ρ

cteP /

Page 34: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

a ,0

Considerando que,

ada

aa adm .~

~

~ln11

~400,0,0

F. E. M. Costa and J.S. Alcaniz, PRD 81, 043506 (2010).

,)( 003

02

,dm,b, Ω+afΩ+aΩ=E

ada

aaaaaf

a aa .~

~

~ln~)~()(

1

)~(4

'3)(

Page 35: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Evolução das densidades relativas

F. E. M. Costa and J.S. Alcaniz, PRD 81, 043506 (2010).

Page 36: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Aceleração transiente

F. E. M. Costa and J.S. Alcaniz, PRD 81, 043506 (2010).

Page 37: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

String Theory and QuintessenceString Theory and Quintessence

Fisher et al., JHEP07 (2001) 003Fisher et al., JHEP07 (2001) 003 Hellermann et al., JHEP06 (2001) 003Hellermann et al., JHEP06 (2001) 003

Page 38: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Vínculos termodinâmicos Se o processo de interação entre o vácuo e a matériaescura modifica o número de partículas, tem-se

.3 nna

an

nm .)(30

aann Como

.)(0

aaNN

Page 39: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Vínculos termodinâmicos Se o processo de interação entre o vácuo e a matériaescura é adiabático, tem-se

,N

N

S

S .ln a

a

a

a0 .]ln1[ 0 aa

onde,

.00]ln1[0 00 aSF. E. M. Costa J.S. Alcaniz and J. Maia, in preparation

Page 40: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Potencial escalar

.)(2

)(22

2

V

VP

EeD

EeDACV BB .22

2

222

Se o campo rola lentamente para o mínimo de seu potencial, tem-se:

,1e a evolução do termo cosmológico pode ser representada por um potencial de campo escalar.

F. E. M. Costa et. al., Phys. Rev. D 77, 083516 (2008).

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Caminhos alternativos

• Teorias de gravidade modificada;

• Teoria de branas;

• Quantizar a gravidade.

• Unificar a gravidade com as demais interações.

Page 42: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Uma teoria de unificação fornecerá uma (ou várias) resposta(s) sobre a

origem do Universo?

??Se a M.Q. é mais fundamental do que R.G., existirão várias respostas, com

uma delas sendo mais provável.

Page 43: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Gravidade quântica: especulações

• Descreverá o Universo com um número infinito de dimensões;

• Incorporará de alguma forma o homem como elemento da teoria;

• Fornecerá o estado inicial mais provável para que o Universo tenha evoluído para ser do jeito que é;

• Responderá se o Universo proveio do acaso ou não.

Page 44: A face oculta do Universo F. E. M. Costa C.P.G. de Astronomia Observatório Nacional

Quem organizou então o acaso?

?? DEUS! GRAVIDADE!