a estrutura da populaÇÃo brasileira e a geografia de gÊnero
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A ESTRUTURA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
E A GEOGRAFIA DE GÊNERO
1 – A população brasileira: estrutura etária e por sexo.
A Importância de seu estudo:
O total absoluto da população de um país, região ou município não tem grande
significado se não estiver relacionado a outros dados populacionais, e entre esses
dados destaca-se a composição por idade e sexos de uma população. Ao conhecer a
estrutura etária da população fica mais fácil descobrir as necessidades da população,
como por exemplo, se houver um grande número de jovens será necessária a
construção de escolas, para os adultos empregos, e assim por diante.
A composição da população por idades e sexos: as pirâmides etárias
do Brasil e suas interpretações:
A pirâmide etária é um gráfico que relaciona a quantidade de habitantes de um
determinado local segundo as idades e os sexos.
A pirâmide etária brasileira de 1980 era uma pirâmide típica de um país
subdesenvolvido, pois apresentava uma alta taxa de natalidade e uma baixa
expectativa de vida. Porem a projeção para a pirâmide etária de 2010 é uma menor
taxa de natalidade. E de uma expectativa de vida maior.
2 – A estrutura da população segundo as atividades econômicas ou
setores de produção.
É possível estudar a distribuição da população economicamente ativa segundo os
setores de produção que são divididos em três:
Setor primário: envolve todas as atividades rurais como a agricultura e
pecuária.
Setor secundário: abrange as atividades industriais, e entre elas estão a de
transformação de bens de consumo e de construção civil.
Setor terciário: envolve as atividades de prestações de serviço, como
serviços de saúde, transporte, educação, etc.
Pode-se estudar a distribuição da população economicamente ativa de um país
segundo as atividades econômicas ou setores de produção.
População economicamente ativa (PEA) são pessoas que trabalham com
atividades remuneradas, tanto as que estão trabalhando, como as que estão
desempregadas, mas que estão procurando emprego.
As pessoas que não trabalham e nem procuram empregos são se classificam
em população não-economicamente ativa.
As transformações de uma economia alteram a distribuição da população
economicamente ativa pelos setores de produção e entre esses fatores estão a
industrialização, a urbanização e a modernização do setor primário. De modo geral
vem ocorrendo um intenso processo da população no mundo “subdesenvolvido”. E
não havendo empregos suficientes ocorre um crescimento desordenado do setor
terciário, e isso acaba gerando uma economia informal (representadas pelos camelôs
e vendedores ambulantes.)
BRASIL: pessoas economicamente ativas e não-economicamente ativas
em relação às pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas e
desocupadas – 2001
3 – A Geografia do Gênero.
A Geografia do Gênero e o feminismo
Apesar de todas as mudanças sociais, culturais econômicas, dos meios
de comunicações e de valores ocorridas no século XX, a discriminação é
ainda um fato comum nas sociedades atuais.
A Geografia de Gênero vem ganhando espaço nas discussões
geográficas. Nos estudos sobre a mulher, o termo Gênero tem sido utilizado
para substituir sexo, pois na verdade ficou restrito a sua definição biológica.
A luta feminina, a necessidade da mulher sair do ambiente doméstico e
contribuir para o orçamento familiar, assim como as constantes e profundas
transformações socioeconômicas provocadas na dinâmica da população em
função da ação e atuação das mulheres deu contornos a um ramo do saber
geográfico, a Geografia do gênero, que se ocupa das transformações do
mercado do trabalho em decorrência do ingresso das mulheres, das
desigualdades sociais, espaciais e ambientais derivadas dos diferentes papéis
reservados a homens e mulheres, entre outros aspectos.
Há menos de um século a sociedade era basicamente regida pelos
homens, a mulher exercia o papel de reprodutora e desempenhava apenas as
obrigações do lar. Eram raros os exemplos femininos que ultrapassavam a
atuação doméstica.
A sociedade mudou e a mulher também. Ou talvez seja exatamente o
contrário: a mulher mudou e com isso fez mudar a sociedade? Não restam
dúvidas que nos últimos anos a participação feminina vem se destacando em
praticamente todos os segmentos sociais, econômicos e políticos.
Espaços e funções exclusivamente masculinas foram invadidas pelas
mulheres. A crescente participação para além do ambiente doméstico deve-se
também a luta constante da mulher pelo direito de igualdade ao exercício da
cidadania: o direito de votar conquistado só em 1934, a participação no
mercado de trabalho, o acesso a contraceptivos, a licença maternidade de 120
dias assegurado em 1988, o divórcio, o direito a escolarização e tantos outros
avanços não libertaram milhares de mulheres de uma condição de
inferioridade, de humilhação constante, da agressão física, moral e ética.
Grupo Genesis de Ensino – GGE
Unidade Paissandu – 2º A
Disciplina: Geografia Humana
Professora: Rinalda Costa
A ESTRUTURA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
E A GEOGRAFIA DE GÊNERO
Mattheus Victor da Silva Bastos
RECIFE
2010