a escola e suas multiplas dimensoes

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A Escola e Suas Múltiplas Dimensões A relação família-escola é, hoje, tema em destaque na discussão sobre o alcance do sucesso dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. Frequentemente, ouve-se por  parte dos professores que o apoio da família é essencial para o bom desempenho do aluno. Porém, muitas vezes essa expectativa de ajuda torna-se fator de acusação, atribuindo-se à família a responsabilidade pelo mau desempenho escolar da criança. Os  profissionais da escola acreditam, muitas vezes, que os alunos vão mal porque suas famílias estão desestruturadas ou porque não se interessam pela vida escolar da criança. A ausência dos pais às reuniões pedagógicas é um fato que vem acontecendo muito no contexto escolar atual, o que pode ser um indicativo do pouco acompanh amento da vida escolar das crianças por parte dos pais. O ensino passou por várias transformações,  principalmente nas findas duas décadas , que aconteceram tanto nas leis como em sua disposição funcional, nessa acepção os educadores também modificaram seu estilo e a forma de trabalhar. O educador atual e do futuro adquiriu novas probabilidades, com isso esse dever deve ter a percepção de que o educador não se restringe ao próprio bem estar além da extinguir sentença atrasadas de ensino, pois esse respeitado era como o dono da verdade, possuidor de toda informação que podia informar sobre todo e qualquer argumento caso fosse interrogado. Um bom aspecto para a educação, o  primeiro passo que um educador deve ampliar é o de criar manobras em equipe com a família dos educandos com finalidade de promover e defrontar as situações imprevistas que sobrevêm sucessivamente na escola, mais nomeadamente na sala de aula. Ter relações com a família de um educando é reconhecer e incluir o próprio aluno, o convívio familiar brota na vida dos alunos de feitio otimista ou negativista, Se uma criança está envolvida todos os dias em um ambiente agressivo com certeza atuarão assim, o adverso acontece com uma criança que vive em um lar de muita tranqüilidade, carinho e educação, pois será assim que se portará na escola. Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. “Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação”.  (BRANDÃO, 19 85:7). A família é o âmbito em que a criança vive suas maiores sensações de alegria, felicidade, prazer e amor, o campo de ação no qual experimenta tristezas, desencontros , brigas, ciúmes, medos e ódios . Uma família sadia sempre tem momentos de grata e prazerosa emoção alternados com momentos de tristeza, discussões e desentendimentos, que serão reparados através do entendimento, do perdão, tão necessário, e da aprendizagem de como devemos nos preparar adequadamente para sermos cidadãos sociáveis. Conforme o Art. 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990): Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepciona lmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependente s de substâncias e ntorpecentes. Assim, observa-se a família perante a escola e a necessidade de uma integração, pois se supõe que a questão familiar pode ser um dos fatores que influenciam o desenvolvimento escolar de um aluno. Hoje, mesmo não existindo mais um parâmetro de família como predominava até o início do século  passado, acredita-se que mesmo nas f amílias compostas por apenas duas pessoas, esse representante da família pode ser um personagem importante na aprendizagem dos educandos. Assim, cada um fazendo o seu papel, uma não sobrecarrega a outra. Mais do que uma descentralização das funções, essa parceria ajuda pais e escola a falarem a mesma linguagem, situando o indivíduo num mundo organizado em uma estrutura que compõe a sociedade da qual ele também faz parte. Acredita-se que quanto mais a família participa, mais eficaz é o trabalho da escola, pois dessa forma, cada um se

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A Escola e Suas Mltiplas DimensesA relao famlia-escola , hoje, tema em destaque na discusso sobre o alcance do sucesso dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. Frequentemente, ouve-se por parte dos professores que o apoio da famlia essencial para o bom desempenho do aluno. Porm, muitas vezes essa expectativa de ajuda torna-se fator de acusao, atribuindo-se famlia a responsabilidade pelo mau desempenho escolar da criana. Os profissionais da escola acreditam, muitas vezes, que os alunos vo mal porque suas famlias esto desestruturadas ou porque no se interessam pela vida escolar da criana. A ausncia dos pais s reunies pedaggicas um fato que vem acontecendo muito no contexto escolar atual, o que pode ser um indicativo do pouco acompanhamento da vida escolar das crianas por parte dos pais. O ensino passou por vrias transformaes, principalmente nas findas duas dcadas, que aconteceram tanto nas leis como em sua disposio funcional, nessa acepo os educadores tambm modificaram seu estilo e a forma de trabalhar. O educador atual e do futuro adquiriu novas probabilidades, com isso esse dever deve ter a percepo de que o educador no se restringe ao prprio bem estar alm da extinguir sentena atrasadas de ensino, pois esse respeitado era como o dono da verdade, possuidor de toda informao que podia informar sobre todo e qualquer argumento caso fosse interrogado. Um bom aspecto para a educao, o primeiro passo que um educador deve ampliar o de criar manobras em equipe com a famlia dos educandos com finalidade de promover e defrontar as situaes imprevistas que sobrevm sucessivamente na escola, mais nomeadamente na sala de aula. Ter relaes com a famlia de um educando reconhecer e incluir o prprio aluno, o convvio familiar brota na vida dos alunos de feitio otimista ou negativista, Se uma criana est envolvida todos os dias em um ambiente agressivo com certeza atuaro assim, o adverso acontece com uma criana que vive em um lar de muita tranqilidade, carinho e educao, pois ser assim que se portar na escola. Ningum escapa da educao. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos ns envolvemos pedaos da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educao. (BRANDO, 1985:7). A famlia o mbito em que a criana vive suas maiores sensaes de alegria, felicidade, prazer e amor, o campo de ao no qual experimenta tristezas, desencontros, brigas, cimes, medos e dios. Uma famlia sadia sempre tem momentos de grata e prazerosa emoo alternados com momentos de tristeza, discusses e desentendimentos, que sero reparados atravs do entendimento, do perdo, to necessrio, e da aprendizagem de como devemos nos preparar adequadamente para sermos cidados sociveis. Conforme o Art. 19 do Estatuto da Criana e do Adolescente (1990):Toda criana ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua famlia e, excepcionalmente, em famlia substituta, assegurada a convivncia familiar e comunitria, em ambiente livre da presena de pessoas dependentes de substncias entorpecentes. Assim, observa-se a famlia perante a escola e a necessidade de uma integrao, pois se supe que a questo familiar pode ser um dos fatores que influenciam o desenvolvimento escolar de um aluno. Hoje, mesmo no existindo mais um parmetro de famlia como predominava at o incio do sculo passado, acredita-se que mesmo nas famlias compostas por apenas duas pessoas, esse representante da famlia pode ser um personagem importante na aprendizagem dos educandos. Assim, cada um fazendo o seu papel, uma no sobrecarrega a outra. Mais do que uma descentralizao das funes, essa parceria ajuda pais e escola a falarem a mesma linguagem, situando o indivduo num mundo organizado em uma estrutura que compe a sociedade da qual ele tambm faz parte. Acredita-se que quanto mais a famlia participa, mais eficaz o trabalho da escola, pois dessa forma, cada um se dedicar s suas atribuies. Segundo Freire, a educao sozinha no transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Se opo progressista, se no se est a favor da vida e no da morte, da eqidade e no da injustia, do direito e no do arbtrio, da convivncia com o diferente e no de sua negao, no se tem outro caminho se no viver a opo que se escolheu. Encarn-la, diminuindo, assim, a distncia entre o que se diz e o que se faz". Essa viso, certamente, contribui para que se tenha uma maior clareza do que se pode fazer no enfrentamento das questes scio-educativas no conjunto do movimento social. As aes de carter pedaggico que as escolas podem dirigir para favorecer as famlias devem fazer parte de seu projeto e para que isso possa acontecer fundamental que as aes em favor da famlia sejam desenvolvidas e presididas pelos princpios da convergncia e da complementaridade. A falta de afetividade por parte de alguns pais um dos aspectos visveis em certas condutas do educando, Piaget (1980) nosdiz: [...] a afetividade constitui a energtica das condutas, cujo aspecto cognitivo se refere apenas s estruturas. No existe, portanto, nenhuma conduta, por mais intelectual que seja que no comportem, na qualidade de mveis, fatores afetivos; mas, reciprocamente, no poderia haver estados afetivos sem a interveno de percepes ou compreenso, que constituem a estrutura cognitiva. A conduta , portanto, uma, mesmo que, reciprocamente, esta no tome aquela sem considerao: os dois aspectos afetivos e cognitivos so, ao mesmo tempo, inseparveis e irredutveis. Na teoria de Piaget, a afetividade caracterizada como instrumento propulsor dasaes, estandoa razoa seu servio, por isso o afeto tem sido um instrumento para conquistar-se novos horizontes. Diante de toda abordagem acerca desse assunto, conclui-se que trabalho principal tanto dos pais, como tambm da escola o trabalho de modificar a criana imatura e ingnua em cidado amadurecido e participativo, influente, consciencioso de seus deveres e direitos, com probabilidades e pertinncias. E que este ser em desenvolvimento seja em tempo futuro um homem consciente, crtico e autnomo expandindo valores ticos, esprito arrojado capaz de interatuar no meio em que habita. Nessa esperana, famlia e escola devem lucrar, ao mximo, as probabilidades de aperto de afinidades, porque as acomodaes entre ambos e a unio de coragem para a instruo dos pequenos e adolescentes devem redundar, sem dvida nenhuma, em ambiente de aprendizagem e de desenvolvimento dos homens. Desse jeito, sugere-se que a escola sinta-se provocada a repensar a prtica pedaggica, analisando que os estudantes so crianas/adolescentes que descrevem caractersticas singulares e que se faz necessrio manter um trabalho em sociedade com as famlias, pois, se a escola deseja ter uma viso total dos conhecimentos vividos pelos alunos, buscando desenvolver o prazer pelo conhecimento, indispensvel reconhecer que deve exercer o bem-estar, conglomerando os diversos calibres do ser afetuoso. Salvo conduto que se crianas/adolescentes e sua famlia sabem em que escola quer chegar, se esto abafados no dia-a-dia de que so os bsicos favorecido, podero participar com mais aquisio e autonomia na busca do sucesso nessa expedio que o aprender, e, principalmente, na formao de um ser humano que desenvolva suas potencialidades fsicas, materiais e funcionais, de lado a lado dos trabalhos criativos, envolvendo tambm o meio social no qual vivem, seguindo a modernidade e desenvolvimento do planeta. Ao promover a ideia de conhecimento social das famlias nas escolas enquanto o aprendizado de cidadania considera-se a famlia e o ambiente por dignidade de sobrevivncia e assistncia absoluta a todos os seus componentes, independente das arrumaes familiares. A atuao do seu papel categrica na educao cerimonial e informal e nesse lugar que so absorvidos os valores ticos e humanitrios e nessa relao se aprofundam os laos de dependncia recproca e se constri as marcas entre as famlias. Assim sendo, importante examinar a maneira pela qual a famlia vem sendo planeada e vista pela sociedade e pelo o educandrio, no que tange a participao nas decises educacionais e redefinio de atribuies. Ao incluir a famlia nesses processos decisivos, a educandrio estimula a participao ativa e contribuio ativa e contribuio dos pais/mes no aprendizado dos/as filhos/as e promove com a escola a reconstruo da comunidade. O educandrio deve oferecer condies para que aluno faa escolhas proveitosas, esquematizando e desenvolvendo atividades que colaborem para que ele se torne uma pessoa responsvel e empenhada com o seu bem estar e com o bem comum de todos. Nesta aparncia, a famlia deve ser incentivada a acompanhar na vida escolar dos filhos. Quando a famlia for solicitada, deve participar das atividades propostas pela escola. Porque o acompanhamento pode ser feito atravs da publicao peridica, de dilogos constantes com os filhos e os seus colegas, de informaes em reunies, visitas e exposies sugestes pela escola, e quando for necessrio, atravs de dilogos com educadores e coordenadores. necessrio ter conversa, com base na concretizao permanente sobre as prticas educativas, deve fazer parte do dia-a-dia de uma escola, os limites de atuao e obrigao, tanto da escola como da famlia, devem ser assuntos sempre juntos nas discusses, com a finalidade de explicar as reas de ao e potencializar a parceria entre famlia e escola nos talentos dos nossos educandos.Mediante isto fica evidente que o conhecimento ativo da genealogia no processo de criao da criana, propicia a ampliao total da mesma, facilitando-lhe o conhecimento e a entendimento dos mtodos de ensino aplicados no cotidiano. O educandrio um extraordinrio espao de coexistncia sentimental, lugar de socializao, de encontros e descobertas ao lado com as famlias.Referncias bibliogrficasBRANDO, C. Rodrigues.O que educao, So Paulo: Abril Cultura; Brasiliense, 1985.BRASIL,Estatuto da Criana e do Adolescente. Organizao dos textos, notas remissivas e ndices por Juarez de Oliveira, 3. Edio, So Paulo: Saraiva, 1990.FREIRE, Paulo.Pedagogia da autonomia:saberes necessrios prtica educativa. 11. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.Piaget, J. (1980). A psicologia da criana. So Paulo/Rio de Janeiro: DIFEL

Universidade do Vale do Acara UVACurso de Pedagogia em regime EspecialDisciplina: Pesquisa e Prtica em Educao IIProfessora: Surama Arajo

Aluno: Josenilson da Silva Bernardo

Patos PB2011