a escola e o bullying _1

5

Click here to load reader

Upload: taquary-pataxo

Post on 28-Nov-2015

5 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: A Escola e o Bullying _1

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

GENILSON DOS SANTOS DE JESUS

RESENHA

TREVISOL, Maria Teresa; DRESCH, Daniela. Escola e bullying: a compreensão dos

educadores. Múltiplas Leituras, v. 4, n. 2, p. 41-55, 2012.Disponível

em:<https://www.metodista.br/revistas/revistas-

ims/index.php/ML/article/viewFile/2842/2905>.Acessado em: 24 de ago. 2013.

SALVADOR

2013

Page 2: A Escola e o Bullying _1

GENILSON DOS SANTOS DE JESUS

RESENHA: TREVISOL, Maria Teresa; DRESCH, Daniela. Escola e

bullying: a compreensão dos educadores

Resenha apresentado pelo aluno

Genilson dos Santos de Jesus, a

professoraCelma Borges, para

obtenção de nota, em exigência da

disciplina de Fundamentos

Psicológico da Educação.

SALVADOR

2013

Page 3: A Escola e o Bullying _1

A obra de Maria Teresa Trevisol e Daniela Dresch faz uma análise sobre o bullying na

escola, buscam saber quais são as concepções dos educadores sobre este tema. Em

geral, o bullying ocorre entre pares e está associado às atitudes agressivas, propositais

que causa dor e angustia. Inicialmente Maria Teresa Trevisol e Daniela Dresch

demonstram que o bullying é um fenômeno que sempre existiu e está em todos os

espaços sociais, a exemplos; da escola, do trabalho, da rua e dos relacionamentos. O

bullying pode principiar comofensas verbais e acabar em agressões psicológicas

oufísicas. Para as autoras, os professores têmpapel importante paraconstatação do

bullying na sala de aula, bem como, na inibição desta prática, sugere que estes

profissionais devam se colocar no lugar da vítima. O bullying um é tipo de violência

mundial e geralmente tem com intenção,humilhar, menosprezar, diminuir o colega. A

pesquisa colheu amostra de 24 profissionais que atuam em duas escolas do município

Luzerna, Santa Catarina, envolveram 18 professores e outros 06 funcionários da escola.

O método de coleta dos dados foi o questionário, de modo, permitir o posicionamento

dos participantes sobre o foco do estudo realizado. As questões buscavam identificar a

compreensão dos profissionais da educação sobre o bullyingna escola, se eles

observamatitudes de maus-tratos e quais seriam as principais queixas. O processo de

análise se deu por meio das respostas dos pesquisados.SegundoMaria Teresa Trevisol e

Daniela Dresch,o objetivo deste artigo é investigar a compreensão de profissionais que

atuam na escola sobre o bullying e os encaminhamentos adotados para a resolução da

questão.As autoras fazem uma reflexão do bullying em diferentes períodos, para

mostrar a evolução desta problemática, se outrora à prática do bullying só poderia ser

praticado com a presença do agressor e do agredido no mesmo espaço, atualmente isso

tem mudado, em virtude do avanço das novas tecnologias. Os infratores têm usado a

internet e celulares para espalhar medo, boatos, difamações, humilhações, causando

graves transtornos para a vítima e seus familiares. Se antes o bullyingera mais

caracterizado pelas violências físicas, hoje é mais psicológica.Para as autoras, os

comportamentos violentos podem está correlacionadoao ambiente e as experiências do

agressor, em outras palavras,demonstra aquilo que ele tem vivenciado.Acreditam que os

estudantes reproduzem na sala de aula o comportamento que aprendem em casa,

portanto, a educação doméstica deve está unida a educação escolar, de modoa alcançar

melhores resultados, caso isso não ocorra, a ultima perderá sua eficácia. O agredido

apresentariacaracterística especifica, tal como, problemas com obesidade, estatura,

deficiência física. Outros aspectos para pensar o bullying seriacultura, etnia e religião.

Page 4: A Escola e o Bullying _1

Do mesmo modo que o vitimado, o agressor também necessita de ajuda psicológica.

Maria Teresa Trevisol e Daniela Dresch dividem sua obra em duas partes, a primeira

enfatiza os envolvidos nas ações de maus-tratos. Na segunda parte, demonstra a

compreensão dos funcionários da escola sobre o bullying. Ao analisar os dados

referentes concepções dos profissionais da educaçãopara saber se haveriam

recebidosdenuncias de agressõesocorridas nas escolas. As investigadoras constataram

que dos 24 pesquisados, 20 responderam que sim, três responderam que não, e somente

um entrevistado não respondeu. Em primeiro lugar, os profissionais especificaram a

agressão verbal, em segundo, a agressão física, em terceiro lugar, maus-tratos morais,

em quarto lugar, a violência psicológica, sexual e virtual. Quatro profissionais não

responderam a questão.Na pesquisa sobre o bullying, foram constados seis tipos maus-

tratos, sendo eles: físico, verbal,moral sexual, psicológico, material e virtual. Os meios

de coleta de dados ainda requeria a descrição de episódios que mais preocupante que

ocorrera na escola. Dentre os casos os mais citados foram os relacionados a apelidos,

prejuízo na autoestima, às agressões físicas e verbais e mudança de comportamento do

aluno que está sendo vítima. Segundo Maria Teresa Trevisol e Daniela Dresch, para se

combater o bullying é preciso: ... “investir em valores morais e sociais tanto na escola,

como na família, retomar alguns valores esquecidos como respeito, solidariedade,

companheirismo e torná-los rotina do dia a dia de todos, desde as crianças até os

adultos”. As autoras ressaltamainda a necessidade dos adultos que convive com essas

crianças compreenderem que elas não praticam os maus-tratos unicamente por diversão,

e sim estão sinalizando que precisam de ajuda, pois podem estar sendo vítimas de

alguma violência em casa e estar repercutindo na escola. Maria Teresa Trevisol e

Daniela Dresch advertem que não são todos os agressores que pertencem a famílias

desestruturadas. Muitas vezes a ausência de afetividade e empatia nas relações

familiares, pode ser causa de conduta de maus-tratos. Para os professores das escolas

pesquisadas o bullying está associado à falta de respeito, demonstradapor meioda

violência. Outros disseram que o bullying é toda ofensa verbal e agressão física, atitudes

agressivas intencionais e repetidas. É uma forma de desrespeito, maneira de discriminar

as pessoas, agressões verbais e constrangimentos contínuos, práticas agressivas entre os

alunos e também entre professor e aluno. Por consequência de bullying crianças e

adolescentes sofrem e tornam-se com sentimento negativo e baixo autoestima, acabam

por adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, manifestar

comportamentos agressivos. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer

Page 5: A Escola e o Bullying _1

suicídio. Geralmente a vítima com o passar do tempo, poderá reproduzir as ações de

violência sobre outro, passa de oprimido para opressor. Foi perguntado ainda aos

profissionais da educação se os alunos que praticam o bullying são também os que

apresentam indisciplina ou dificuldade de aprendizagem. Dos entrevistados dez

profissionais responderam que sim, oito responderam que não, e seis não responderam.

Em virtude das agressões muitas crianças se tornam ainda mais introvertidas, tristes,

ansiosas ou irritadas. Comumente as estratégias adotadas para se livrarem do bullying é

o isolamento. Além disso,as brincadeiras perversas prejudicam os estudos do agredido.

As pesquisadoras acreditam que para solucionar o problemado bullying é necessário que

haja o interesse ecomprometimento por parte da escola, mas também dos pais, isto é,

ações em conjunto, para melhor eficácia no tratamento. Geralmente o aluno que pratica

o bullying é conhecido por envolver-se em práticas antissociais, pode ser agressivos

também com os adultos, é impulsivo, percebe sua agressividade como algo positivo,

sente bem em dominar, controlar e causar sofrimentos a outros. Quanto às testemunhas,

é comum que elas apoiem o agressor com medo de serem as próximas vítimas. Caso se

constate a presença de bullying, a ações que esperam ser adotadas por parte da escola

são as seguintes: procurar solucionar por meio de intervenção pedagógica e fazer uso

regimento escolar, punir os atos de violência e vandalismo. Também é preciso avisar os

pais dos envolvidos sobre a situação, caso isso não seja suficiente é preciso recorrer ao

Conselho Tutelar. É necessário que, tanto os professores quanto os demais profissionais

que atuam no espaço escolar desenvolvam um olhar mais atento no cotidiano, fiquem

alerta para os sinais de violência, procurando amenizar os agressores, bem como

auxiliar as vítimas e transformar os espectadores em principais aliados. Por fim, as

autoras entendem que avaliar o desempenho dos estudantes pelas notas das provas e

cumprimento das tarefas não é o suficiente. É relevante analisar as habilidades ou

dificuldades que eles têm no seu convívio social. Maria Teresa Trevisol e Daniela

Dresch sugerem ainda a prática de atividades que tenha como fim, o combate ao

bullying, a exemplo de dramatização, teatro e grupo de apoio.