a equipe de enfermagem frente a sistematizaÇÃo de...

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Edição 21 – Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X 1 A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZAÇÃO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Claudia Renata Ferraz Simões Graduanda do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade do Litoral Sul Paulista FALS, Praia Grande, São Paulo, Brasil. Elisangela Cabral Graduanda do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade do Litoral Sul Paulista FALS, Praia Grande, São Pauo, Brasil. Raquel de Abreu Barbosa de Paula Orientadora, professora, enfermeira e especialista em UTI e Estomaterapia do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade do Litoral Sul Paulista FALS, Praia Grande, São Paulo, Brasil RESUMO: Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma ferramenta no dia-a- dia da equipe de enfermagem sendo privativo ao enfermeiro sua elaboração, cabendo aos auxiliares e técnicos de enfermagem sua execução. A SAE assume um papel importante como um método de prática baseada em evidência científica, subsidiada na prescrição e implementação das ações da Assistência de Enfermagem, que contribuem para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação em saúde da pessoa, família e sociedade. Entretanto, nem sempre a prática tem sido satisfatória trazendo frustrações na sua operacionalização e consequentemente conflitos nos resultados alcançados comprometendo assim a qualidade da assistência de enfermagem. O presente estudo tem como objetivo geral descrever o conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e como objetivo específico identificar as dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementação e aplicação da SAE na sua rotina de trabalho. Trata- se de um estudo de revisão narrativa de literatura, onde foi identificada a bibliografia potencial, artigos científicos e livros selecionados pela relevância e adequação aos objetivos propostos. Os dados deste estudo permitiram concluir que há uma grande dificuldade na compreensão da importância da SAE como método de organização de cuidados, na sua aplicação e implementação. Tais dificuldades, segundo os trabalhos analisados acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela indisponibilidade de tempo especialmente ocasionado por sobrecarga de trabalho, constituindo num processo desestimulador e de comprometimento na qualidade assistencial de enfermagem. Palavras-chave: Planejamento de Assistência ao Paciente. Equipe de enfermagem. Processo de enfermagem. ABSTRACT: Systematization of Nursing Assistance (SAE) is a tool in the daily routine of the nursing team, being exclusive to the nurse its elaboration, being the nursing assistants and technicians their execution. The SAE assumes an important role as a method of practice based on scientific evidence, subsidized in the prescription and implementation of nursing care actions, which contribute to the promotion, prevention, recovery and rehabilitation in health of the person, family and society. However, the practice has not always been satisfactory, causing frustrations in its operationalization and consequently conflicts in the results achieved, thus

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Page 1: A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZAÇÃO DE ...fals.com.br/novofals/revela/ed21/A_EQUIPE_DE... · modelos e teorias de enfermagem, com o objetivo de descrever e caracterizar

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZACcedilAtildeO DE ASSISTEcircNCIA

DE ENFERMAGEM

Claudia Renata Ferraz Simotildees

Graduanda do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade do Litoral Sul Paulista FALS

Praia Grande Satildeo Paulo Brasil

Elisangela Cabral

Graduanda do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade do Litoral Sul Paulista FALS

Praia Grande Satildeo Pauo Brasil

Raquel de Abreu Barbosa de Paula

Orientadora professora enfermeira e especialista em UTI e Estomaterapia do curso de Bacharelado

em Enfermagem da Faculdade do Litoral Sul Paulista FALS Praia Grande Satildeo Paulo Brasil

RESUMO Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute uma ferramenta no dia-a-dia da equipe de enfermagem sendo privativo ao enfermeiro sua elaboraccedilatildeo cabendo aos auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sua execuccedilatildeo A SAE assume um papel importante como um meacutetodo de praacutetica baseada em evidecircncia cientiacutefica subsidiada na prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia de Enfermagem que contribuem para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede da pessoa famiacutelia e sociedade Entretanto nem sempre a praacutetica tem sido satisfatoacuteria trazendo frustraccedilotildees na sua operacionalizaccedilatildeo e consequentemente conflitos nos resultados alcanccedilados comprometendo assim a qualidade da assistecircncia de enfermagem O presente estudo tem como objetivo geral descrever o conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e como objetivo especiacutefico identificar as dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada a bibliografia potencial artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos Os dados deste estudo permitiram concluir que haacute uma grande dificuldade na compreensatildeo

da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na sua aplicaccedilatildeo e

implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisados acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela indisponibilidade de tempo especialmente ocasionado por sobrecarga de trabalho constituindo num processo desestimulador e de comprometimento na qualidade assistencial de enfermagem

Palavras-chave Planejamento de Assistecircncia ao Paciente Equipe de enfermagem Processo de enfermagem

ABSTRACT Systematization of Nursing Assistance (SAE) is a tool in the daily routine of the nursing team being exclusive to the nurse its elaboration being the nursing assistants and technicians their execution The SAE assumes an important role as a method of practice based on scientific evidence subsidized in the prescription and implementation of nursing care actions which contribute to the promotion prevention recovery and rehabilitation in health of the person family and society However the practice has not always been satisfactory causing frustrations in its operationalization and consequently conflicts in the results achieved thus

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compromising the quality of nursing care The present study has as general objective to describe the knowledge of the nursing team about the Systematization of Nursing Assistance (SAE) and as a specific objective to identify the difficulties encountered by the nursing team in the implementation and application of SAE in their work routine It is a study of narrative literature review where it was identified the potential bibliography scientific articles and books selected for relevance and adequacy to the proposed objectives The data from this study allowed us to conclude that there is great difficulty in understanding the importance of SAE as a method of organizing care in its application and implementation These difficulties according to the work analyzed are due to a lack of in-depth knowledge about its methodology and the unavailability of time especially caused by work overload constituting a discouraging process and compromising nursing care quality

Keywords Patient Care Planning Nursing team Nursing process

INTRODUCcedilAtildeO

O caminho evolutivo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem

percorre momentos histoacutericos desde o surgimento da enfermagem com Florence

Nightingale (1820-1910) o nascer cientiacutefico advindo do desenvolvimento das teorias

de enfermagem culminando na implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (AZEREDO 2004)

A partir da deacutecada de 50 os questionamentos apontados acerca da profissatildeo

e sua teacutecnica de trabalho levaram enfermeiras dos Estados Unidos a preocuparem-se

em aplicar princiacutepios cientiacuteficos aos seus procedimentos Este foi o iniacutecio da

percepccedilatildeo da necessidade de se desenvolver um conjunto de conhecimento

especiacutefico que pudesse conferir identidade e autonomia agrave profissatildeo A partir da

deacutecada de 60 estas reflexotildees levaram a busca mais acentuada no sentido de elaborar

modelos e teorias de enfermagem com o objetivo de descrever e caracterizar os

componentes dos fenocircmenos que lhe satildeo pertinentes e cuja finalidade foi explicar

elucidar e interpretar ou seja dizer o significado e o porquecirc dos fatos e suas relaccedilotildees

(VIETTA et al 1995 GERMANO 1983 DINIZ 2006)

No Brasil a apresentaccedilatildeo deste meacutetodo de assistecircncia iniciou-se na deacutecada

de 70 por Wanda de Aguiar Horta sendo que o seu impacto pode ser observado por

meio de sua aplicaccedilatildeo na assistecircncia no ensino e na pesquisa ateacute os dias atuais

(CUNHA amp BARROS 2005)

Observa-se na deacutecada de 60 apenas 3 trabalhos haviam sido publicados

sendo que na deacutecada de 70 jaacute haviam 154 trabalhos publicados Com a nova

legislaccedilatildeo uma vasta produccedilatildeo cientiacutefica no campo da enfermagem foi evidenciada

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tendo no periacuteodo de 1979 a 1989 um total de 349 pesquisas produzidas e publicadas

Em relaccedilatildeo ao desenvolvimento acadecircmico foram nos anos 80 que os cursos de poacutes

graduaccedilatildeo obtiveram maior visibilidade Essa deacutecada foi uma eacutepoca marcada por

muitas conquistas no que concerne ao aspecto legal e tambeacutem em relaccedilatildeo a aquisiccedilatildeo

de direitos contudo houveram perdas pontuais durante este periacuteodo Dentre as

conquistas podemos citar a regulamentaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo da Lei do Exerciacutecio

Profissional Lei nordm 74981986 regulamentada pelo Decreto 94406 que dispotildee sobre

o exerciacutecio da enfermagem (PEREIRA 2011)

Assim tambeacutem no final da deacutecada de 80 o Conselho Internacional de

Enfermagem (ICN) iniciou estudos objetivando a elaboraccedilatildeo de um sistema que

descrevesse a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada

pelas enfermeiras de todo o mundo Denomina-se Classificaccedilatildeo Internacional para a

Praacutetica de Enfermagem ndash ICNP ndash International Classification for Nursing Practice e

classifica-se os fenocircmenos de enfermagem as intervenccedilotildees e os resultados (PUNTEL

et al 2009)

Da deacutecada de 90 ao ano de 2002 vaacuterios acontecimentos formaram uma nova

forma de atuaccedilatildeo para a enfermagem no Brasil partindo da criaccedilatildeo do Sistema Uacutenico

de Sauacutede (SUS) constituiacutedo a partir das Leis Orgacircnicas da sauacutede (808090 e 814290)

que demarcou um periacuteodo de expansatildeo da rede ambulatorial em todo o paiacutes a criaccedilatildeo

das Unidades Baacutesicas de Sauacutede ambulatoacuterios regionais hospitais secundaacuterios e

terciaacuterios oferecendo a populaccedilatildeo um acesso significativo aos serviccedilos de sauacutede

dando iniacutecio ao processo de enfermagem generalista Desde 1997 um novo curriacuteculo

regulamentado pela Portaria jaacute citada de nordm 1721 de 15 de dezembro de 1994 do

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo estruturou o conteuacutedo miacutenimo e duraccedilatildeo e duraccedilatildeo dos

cursos superiores em enfermagem em todo o paiacutes (NAKAMAE 1997)

Na Lei nordm 7498 de junho de 1986 que regulamenta do Exerciacutecio Profissional

de Enfermagem o termo adotado eacute Consulta de Enfermagem assim como na

Resoluccedilatildeo COFEN nordm159 de 1993 Entretanto na Resoluccedilatildeo COFEN 2722000

observa-se o emprego de Processo de Enfermagem para denominar o emprego da

assistecircncia sistematizada

As Leis que normatizam as profissotildees relacionadas a enfermagem apontam

que o trabalho nesta aacuterea eacute realizado por diferentes categorias de trabalhadores a

saber Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem Nas diferentes

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funccedilotildees em relaccedilatildeo agrave assistecircncia prestada apenas o enfermeiro possui atribuiccedilotildees

com funccedilotildees administrativas e de supervisatildeo (COREN 2001)

Estudos mostram que o ensino da SAE eacute proporcionado aos graduados de

enfermagem mas na formaccedilatildeo dos profissionais teacutecnicos e auxiliares pouca ou

nenhuma informaccedilatildeo eacute dada a este respeito Este fato eacute atribuiacutedo agrave dificuldade em

delimitar as competecircncias de cada profissional da equipe de enfermagem no que

discerne agrave operacionalizaccedilatildeo deste meacutetodo (MENDES amp BASTOS 2003)

Diante do exposto quanto a dificuldade efetiva de aplicabilidade da SAE pela

equipe de enfermagem diretamente envolvida neste processo a problemaacutetica a ser

estudada neste trabalho eacute de grande impacto na responsabilidade e na qualidade

assistencial quanto agrave utilizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

tendo em vista o Processo de Enfermagem no dia-a-dia de trabalho

O presente estudo tem como objetivo geral descrever o conhecimento da

equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

e como objetivo especiacutefico identificar as dificuldades encontradas pela equipe de

enfermagem na implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA Mudanccedilas nos Curriacuteculos dos Cursos de Enfermagem ao longo do Tempo

A deacutecada de 20 foi consagrada como marco no que se refere ao ensino de

enfermagem no Brasil com a criaccedilatildeo da primeira escola de enfermagem ndash Ana Nery

mudando a sua praacutetica que ateacute entatildeo era feita por religiosas voluntaacuterias e escravas

na escola o ensino ministrado era de niacutevel meacutedio e profissional com o objetivo de se

preparar enfermeiras para a sauacutede puacuteblica com intuito de atender principalmente o

saneamento nos portos e a profilaxia das doenccedilas transmissiacuteveis (BARBOSA amp

BATISTA 2008)

Nos anos 30 intensificou-se a criaccedilatildeo de escolas de enfermagem o que tornou

necessaacuteria a criaccedilatildeo de uma padronizaccedilatildeo na formaccedilatildeo O curso tinha duraccedilatildeo inicial

de 3 (trecircs) anos conforme estabelecia o Decreto nordm 1630023 da Escola do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica que passou a ter duraccedilatildeo de 4 (quarto)

anos jaacute no seu segundo ano de existecircncia Nesta eacutepoca o curso era dividido em 5

(cinco) partes onde no uacuteltimo ano havia a possibilidade de escolha de uma

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especializaccedilatildeo (enfermagem cliacutenica sauacutede puacuteblica ou administraccedilatildeo hospitalar) Nas

deacutecadas de 40 e 50 a formaccedilatildeo em enfermagem era quase que exclusivamente

hospitalar e predominava a aprendizagem teacutecnica Nos anos 60 foram implantados os

primeiros cursos superiores de enfermagem com o reconhecimento da

profissionalizaccedilatildeo da enfermagem em seus trecircs niacuteveis superior teacutecnico e auxiliar

(LDB 402461) mas foi em 1962 que a legislaccedilatildeo promoveu o ensino meacutedio para o

ensino superior com o objetivo de ampliar as funccedilotildees da enfermeira de

exclusivamente assistenciais para somar-lhe ainda as administrativas e as de

docecircncia Outra mudanccedila que marcou esta eacutepoca foi a mudanccedila do ensino com base

teacutecnica para o ensino com fundamentaccedilatildeo cientiacutefica (PRUSS 2014)

Participando destes momentos histoacutericos e seu desenvolvimento cabe

ressaltar que a enfermagem desenvolveu e possui ateacute os dias atuais um conjunto de

conceitos e formas de atuar que constituem o conhecer em sauacutede e seu modo de

atuaccedilatildeo que se baseia principalmente na prestaccedilatildeo de serviccedilos em prol do indiviacuteduo

famiacutelia e comunidade em geral utilizando-se das fases do meacutetodo cientiacutefico Apesar

da organizaccedilatildeo desse trabalho ser denominada de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem tambeacutem referida como SAE ou Processo de Enfermagem (PE) outros

sinocircnimos tambeacutem satildeo conhecidos e utilizados na praacutetica do dia-a-dia tais como

Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia Metodologia da Assistecircncia Planejamento da

Assistecircncia Processo do Cuidado Metodologia do Cuidado Processo de

Assistecircncia Consulta de Enfermagem Processo de Atenccedilatildeo em Enfermagem e

Processo de Enfermagem (CARVALHO et al 2007 FIGUEIREDO et al 2006)

As instituiccedilotildees de ensino de enfermagem dos anos 80 voltaram-se entatildeo para

a formaccedilatildeo na aacuterea hospitalar e para a sauacutede puacuteblica somando-se a ideologia

prevencionista da deacutecada anterior ao movimento sanitaacuterio de sauacutede puacuteblica (Reforma

sanitaacuteria e proposta do SUDS) dando iniacutecio a uma nova fase de revisatildeo das funccedilotildees

do enfermeiro De 1990 a 2000 tornou-se possiacutevel identificar a melhor forma da busca

pela redefiniccedilatildeo e pelo reconhecimento professional assim como a conquista pela

autonomia do enfermeiro na sua praacutetica Para tanto houve uma nova adequaccedilatildeo de

curriacuteculos nos cursos agraves novas poliacuteticas e sistemas de sauacutede Muito contribuiu para

essas mudanccedilas na aacuterea da enfermagem o contexto dessa eacutepoca a concretizaccedilatildeo

da implantaccedilatildeo da nova proposta de sistema de sauacutede SUS a volta de algumas

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doenccedilas endecircmicas como a dengue a conquista dos geneacutericos no cenaacuterio

farmacecircutico os processos de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede

e a presenccedila da exclusatildeo social e dos danos ambientais (THERRIEN et al 2008)

A implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

na rotina do trabalho ao longo da histoacuteria

A metodologia conhecida como Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) abrange etapas como organizaccedilatildeo planejamento e execuccedilatildeo

de accedilotildees sistematizadas cabendo a equipe de enfermagem sua realizaccedilatildeo pelo

tempo em que o cliente se encontra sob seus cuidados de acordo com as

responsabilidades e atribuiccedilotildees de cada professional da enfermagem (NEVES amp

SHIMIZU 2010)

Sua introduccedilatildeo aconteceu nas deacutecadas de 20 e 30 nos cursos de

Enfermagem especialmente atraveacutes do estudo de casos e no planejamento de

cuidados individualizados passando a ser utilizada como instrumento de

planejamento e execuccedilatildeo de sua praacutetica sendo denominada de Plano de Cuidados

passando a ser utilizada como meacutetodo cientiacutefico para organizar cuidados (Barreira amp

Baptista 2003)

No Brasil a SAE comeccedilou a ser implantada com maior ecircnfase em alguns

Serviccedilos de Enfermagem nas deacutecadas de 1970 e 80 Nessa eacutepoca a Teoria

de Necessidades Humanas Baacutesicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta

influenciou a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem nas instituiccedilotildees de

sauacutede e no ensino de Enfermagem Essa Teoria foi adotada para a

implementaccedilatildeo das etapas da SAE no cenaacuterio em estudo tendo em vista que

esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente

utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (MARIA et al

1997)

Contudo a visatildeo da necessidade de se desenvolver um sistema de trabalho

que viesse de encontro com a necessidade da concretizaccedilatildeo da proposta de

promover manter e restaurar a sauacutede do paciente aconteceu somente nas uacuteltimas

deacutecadas (BASTOS amp MENDES 2005)

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A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a

implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a

ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem

(REMIZOSKI et al 2010)

Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura

podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do

processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para

orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado

prestado

A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo

do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de

Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem

Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem

Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem

delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada

membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir

conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo

com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e

execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico

faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos

teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)

O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais

conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a

aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de

prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades

humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)

Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar

seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise

do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e

teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser

prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos

humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente

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Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e

procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados

prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos

os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado

ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar

e coordenar (BACKES et al 2005)

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada

a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela

relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos

Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura

Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e

Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas

Cientiacuteficas e o DeCS

As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do

tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do

problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento

dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo

dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees

Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a

questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de

exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo

respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo

Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de

Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de

enfermagem

A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu

no segundo semestre de 2017

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A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados

nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores

Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo

somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto

5 RESULTADOS

Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao

conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017

Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009

As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem

um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo

apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como

essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa

mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da

SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O

consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a

assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel

dentro dela

SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011

Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo

respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a

utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo

institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que

utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode

melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre

a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica

Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE

MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012

Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica

obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva

vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e

na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe

e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada

caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro

obsteacutetrico e maternidade

COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012

Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma

linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a

valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas

pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita

interferencia do enfermeiro no cuidar

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CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013

Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na

qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se

poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza

a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta

a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar

a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio

do paciente

MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016

A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma

padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio

tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos

profissionaispouco investimento no profissional a pratica da

padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando

obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional

SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016

Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem

natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que

deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros

veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e

conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte

burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a

importacircncia da SAE

Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves

dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares

HERMIDA et al 2004

Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de

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treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)

BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010

As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e

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envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional

SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013

Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito

SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014

O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais

GRANDO amp ZUSE et al 2014

As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada

SANTOS et al 2014

A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo

SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015

O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

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Page 2: A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZAÇÃO DE ...fals.com.br/novofals/revela/ed21/A_EQUIPE_DE... · modelos e teorias de enfermagem, com o objetivo de descrever e caracterizar

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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compromising the quality of nursing care The present study has as general objective to describe the knowledge of the nursing team about the Systematization of Nursing Assistance (SAE) and as a specific objective to identify the difficulties encountered by the nursing team in the implementation and application of SAE in their work routine It is a study of narrative literature review where it was identified the potential bibliography scientific articles and books selected for relevance and adequacy to the proposed objectives The data from this study allowed us to conclude that there is great difficulty in understanding the importance of SAE as a method of organizing care in its application and implementation These difficulties according to the work analyzed are due to a lack of in-depth knowledge about its methodology and the unavailability of time especially caused by work overload constituting a discouraging process and compromising nursing care quality

Keywords Patient Care Planning Nursing team Nursing process

INTRODUCcedilAtildeO

O caminho evolutivo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem

percorre momentos histoacutericos desde o surgimento da enfermagem com Florence

Nightingale (1820-1910) o nascer cientiacutefico advindo do desenvolvimento das teorias

de enfermagem culminando na implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (AZEREDO 2004)

A partir da deacutecada de 50 os questionamentos apontados acerca da profissatildeo

e sua teacutecnica de trabalho levaram enfermeiras dos Estados Unidos a preocuparem-se

em aplicar princiacutepios cientiacuteficos aos seus procedimentos Este foi o iniacutecio da

percepccedilatildeo da necessidade de se desenvolver um conjunto de conhecimento

especiacutefico que pudesse conferir identidade e autonomia agrave profissatildeo A partir da

deacutecada de 60 estas reflexotildees levaram a busca mais acentuada no sentido de elaborar

modelos e teorias de enfermagem com o objetivo de descrever e caracterizar os

componentes dos fenocircmenos que lhe satildeo pertinentes e cuja finalidade foi explicar

elucidar e interpretar ou seja dizer o significado e o porquecirc dos fatos e suas relaccedilotildees

(VIETTA et al 1995 GERMANO 1983 DINIZ 2006)

No Brasil a apresentaccedilatildeo deste meacutetodo de assistecircncia iniciou-se na deacutecada

de 70 por Wanda de Aguiar Horta sendo que o seu impacto pode ser observado por

meio de sua aplicaccedilatildeo na assistecircncia no ensino e na pesquisa ateacute os dias atuais

(CUNHA amp BARROS 2005)

Observa-se na deacutecada de 60 apenas 3 trabalhos haviam sido publicados

sendo que na deacutecada de 70 jaacute haviam 154 trabalhos publicados Com a nova

legislaccedilatildeo uma vasta produccedilatildeo cientiacutefica no campo da enfermagem foi evidenciada

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tendo no periacuteodo de 1979 a 1989 um total de 349 pesquisas produzidas e publicadas

Em relaccedilatildeo ao desenvolvimento acadecircmico foram nos anos 80 que os cursos de poacutes

graduaccedilatildeo obtiveram maior visibilidade Essa deacutecada foi uma eacutepoca marcada por

muitas conquistas no que concerne ao aspecto legal e tambeacutem em relaccedilatildeo a aquisiccedilatildeo

de direitos contudo houveram perdas pontuais durante este periacuteodo Dentre as

conquistas podemos citar a regulamentaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo da Lei do Exerciacutecio

Profissional Lei nordm 74981986 regulamentada pelo Decreto 94406 que dispotildee sobre

o exerciacutecio da enfermagem (PEREIRA 2011)

Assim tambeacutem no final da deacutecada de 80 o Conselho Internacional de

Enfermagem (ICN) iniciou estudos objetivando a elaboraccedilatildeo de um sistema que

descrevesse a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada

pelas enfermeiras de todo o mundo Denomina-se Classificaccedilatildeo Internacional para a

Praacutetica de Enfermagem ndash ICNP ndash International Classification for Nursing Practice e

classifica-se os fenocircmenos de enfermagem as intervenccedilotildees e os resultados (PUNTEL

et al 2009)

Da deacutecada de 90 ao ano de 2002 vaacuterios acontecimentos formaram uma nova

forma de atuaccedilatildeo para a enfermagem no Brasil partindo da criaccedilatildeo do Sistema Uacutenico

de Sauacutede (SUS) constituiacutedo a partir das Leis Orgacircnicas da sauacutede (808090 e 814290)

que demarcou um periacuteodo de expansatildeo da rede ambulatorial em todo o paiacutes a criaccedilatildeo

das Unidades Baacutesicas de Sauacutede ambulatoacuterios regionais hospitais secundaacuterios e

terciaacuterios oferecendo a populaccedilatildeo um acesso significativo aos serviccedilos de sauacutede

dando iniacutecio ao processo de enfermagem generalista Desde 1997 um novo curriacuteculo

regulamentado pela Portaria jaacute citada de nordm 1721 de 15 de dezembro de 1994 do

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo estruturou o conteuacutedo miacutenimo e duraccedilatildeo e duraccedilatildeo dos

cursos superiores em enfermagem em todo o paiacutes (NAKAMAE 1997)

Na Lei nordm 7498 de junho de 1986 que regulamenta do Exerciacutecio Profissional

de Enfermagem o termo adotado eacute Consulta de Enfermagem assim como na

Resoluccedilatildeo COFEN nordm159 de 1993 Entretanto na Resoluccedilatildeo COFEN 2722000

observa-se o emprego de Processo de Enfermagem para denominar o emprego da

assistecircncia sistematizada

As Leis que normatizam as profissotildees relacionadas a enfermagem apontam

que o trabalho nesta aacuterea eacute realizado por diferentes categorias de trabalhadores a

saber Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem Nas diferentes

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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funccedilotildees em relaccedilatildeo agrave assistecircncia prestada apenas o enfermeiro possui atribuiccedilotildees

com funccedilotildees administrativas e de supervisatildeo (COREN 2001)

Estudos mostram que o ensino da SAE eacute proporcionado aos graduados de

enfermagem mas na formaccedilatildeo dos profissionais teacutecnicos e auxiliares pouca ou

nenhuma informaccedilatildeo eacute dada a este respeito Este fato eacute atribuiacutedo agrave dificuldade em

delimitar as competecircncias de cada profissional da equipe de enfermagem no que

discerne agrave operacionalizaccedilatildeo deste meacutetodo (MENDES amp BASTOS 2003)

Diante do exposto quanto a dificuldade efetiva de aplicabilidade da SAE pela

equipe de enfermagem diretamente envolvida neste processo a problemaacutetica a ser

estudada neste trabalho eacute de grande impacto na responsabilidade e na qualidade

assistencial quanto agrave utilizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

tendo em vista o Processo de Enfermagem no dia-a-dia de trabalho

O presente estudo tem como objetivo geral descrever o conhecimento da

equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

e como objetivo especiacutefico identificar as dificuldades encontradas pela equipe de

enfermagem na implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA Mudanccedilas nos Curriacuteculos dos Cursos de Enfermagem ao longo do Tempo

A deacutecada de 20 foi consagrada como marco no que se refere ao ensino de

enfermagem no Brasil com a criaccedilatildeo da primeira escola de enfermagem ndash Ana Nery

mudando a sua praacutetica que ateacute entatildeo era feita por religiosas voluntaacuterias e escravas

na escola o ensino ministrado era de niacutevel meacutedio e profissional com o objetivo de se

preparar enfermeiras para a sauacutede puacuteblica com intuito de atender principalmente o

saneamento nos portos e a profilaxia das doenccedilas transmissiacuteveis (BARBOSA amp

BATISTA 2008)

Nos anos 30 intensificou-se a criaccedilatildeo de escolas de enfermagem o que tornou

necessaacuteria a criaccedilatildeo de uma padronizaccedilatildeo na formaccedilatildeo O curso tinha duraccedilatildeo inicial

de 3 (trecircs) anos conforme estabelecia o Decreto nordm 1630023 da Escola do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica que passou a ter duraccedilatildeo de 4 (quarto)

anos jaacute no seu segundo ano de existecircncia Nesta eacutepoca o curso era dividido em 5

(cinco) partes onde no uacuteltimo ano havia a possibilidade de escolha de uma

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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especializaccedilatildeo (enfermagem cliacutenica sauacutede puacuteblica ou administraccedilatildeo hospitalar) Nas

deacutecadas de 40 e 50 a formaccedilatildeo em enfermagem era quase que exclusivamente

hospitalar e predominava a aprendizagem teacutecnica Nos anos 60 foram implantados os

primeiros cursos superiores de enfermagem com o reconhecimento da

profissionalizaccedilatildeo da enfermagem em seus trecircs niacuteveis superior teacutecnico e auxiliar

(LDB 402461) mas foi em 1962 que a legislaccedilatildeo promoveu o ensino meacutedio para o

ensino superior com o objetivo de ampliar as funccedilotildees da enfermeira de

exclusivamente assistenciais para somar-lhe ainda as administrativas e as de

docecircncia Outra mudanccedila que marcou esta eacutepoca foi a mudanccedila do ensino com base

teacutecnica para o ensino com fundamentaccedilatildeo cientiacutefica (PRUSS 2014)

Participando destes momentos histoacutericos e seu desenvolvimento cabe

ressaltar que a enfermagem desenvolveu e possui ateacute os dias atuais um conjunto de

conceitos e formas de atuar que constituem o conhecer em sauacutede e seu modo de

atuaccedilatildeo que se baseia principalmente na prestaccedilatildeo de serviccedilos em prol do indiviacuteduo

famiacutelia e comunidade em geral utilizando-se das fases do meacutetodo cientiacutefico Apesar

da organizaccedilatildeo desse trabalho ser denominada de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem tambeacutem referida como SAE ou Processo de Enfermagem (PE) outros

sinocircnimos tambeacutem satildeo conhecidos e utilizados na praacutetica do dia-a-dia tais como

Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia Metodologia da Assistecircncia Planejamento da

Assistecircncia Processo do Cuidado Metodologia do Cuidado Processo de

Assistecircncia Consulta de Enfermagem Processo de Atenccedilatildeo em Enfermagem e

Processo de Enfermagem (CARVALHO et al 2007 FIGUEIREDO et al 2006)

As instituiccedilotildees de ensino de enfermagem dos anos 80 voltaram-se entatildeo para

a formaccedilatildeo na aacuterea hospitalar e para a sauacutede puacuteblica somando-se a ideologia

prevencionista da deacutecada anterior ao movimento sanitaacuterio de sauacutede puacuteblica (Reforma

sanitaacuteria e proposta do SUDS) dando iniacutecio a uma nova fase de revisatildeo das funccedilotildees

do enfermeiro De 1990 a 2000 tornou-se possiacutevel identificar a melhor forma da busca

pela redefiniccedilatildeo e pelo reconhecimento professional assim como a conquista pela

autonomia do enfermeiro na sua praacutetica Para tanto houve uma nova adequaccedilatildeo de

curriacuteculos nos cursos agraves novas poliacuteticas e sistemas de sauacutede Muito contribuiu para

essas mudanccedilas na aacuterea da enfermagem o contexto dessa eacutepoca a concretizaccedilatildeo

da implantaccedilatildeo da nova proposta de sistema de sauacutede SUS a volta de algumas

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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doenccedilas endecircmicas como a dengue a conquista dos geneacutericos no cenaacuterio

farmacecircutico os processos de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede

e a presenccedila da exclusatildeo social e dos danos ambientais (THERRIEN et al 2008)

A implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

na rotina do trabalho ao longo da histoacuteria

A metodologia conhecida como Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) abrange etapas como organizaccedilatildeo planejamento e execuccedilatildeo

de accedilotildees sistematizadas cabendo a equipe de enfermagem sua realizaccedilatildeo pelo

tempo em que o cliente se encontra sob seus cuidados de acordo com as

responsabilidades e atribuiccedilotildees de cada professional da enfermagem (NEVES amp

SHIMIZU 2010)

Sua introduccedilatildeo aconteceu nas deacutecadas de 20 e 30 nos cursos de

Enfermagem especialmente atraveacutes do estudo de casos e no planejamento de

cuidados individualizados passando a ser utilizada como instrumento de

planejamento e execuccedilatildeo de sua praacutetica sendo denominada de Plano de Cuidados

passando a ser utilizada como meacutetodo cientiacutefico para organizar cuidados (Barreira amp

Baptista 2003)

No Brasil a SAE comeccedilou a ser implantada com maior ecircnfase em alguns

Serviccedilos de Enfermagem nas deacutecadas de 1970 e 80 Nessa eacutepoca a Teoria

de Necessidades Humanas Baacutesicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta

influenciou a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem nas instituiccedilotildees de

sauacutede e no ensino de Enfermagem Essa Teoria foi adotada para a

implementaccedilatildeo das etapas da SAE no cenaacuterio em estudo tendo em vista que

esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente

utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (MARIA et al

1997)

Contudo a visatildeo da necessidade de se desenvolver um sistema de trabalho

que viesse de encontro com a necessidade da concretizaccedilatildeo da proposta de

promover manter e restaurar a sauacutede do paciente aconteceu somente nas uacuteltimas

deacutecadas (BASTOS amp MENDES 2005)

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a

implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a

ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem

(REMIZOSKI et al 2010)

Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura

podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do

processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para

orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado

prestado

A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo

do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de

Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem

Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem

Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem

delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada

membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir

conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo

com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e

execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico

faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos

teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)

O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais

conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a

aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de

prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades

humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)

Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar

seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise

do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e

teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser

prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos

humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e

procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados

prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos

os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado

ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar

e coordenar (BACKES et al 2005)

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada

a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela

relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos

Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura

Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e

Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas

Cientiacuteficas e o DeCS

As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do

tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do

problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento

dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo

dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees

Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a

questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de

exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo

respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo

Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de

Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de

enfermagem

A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu

no segundo semestre de 2017

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A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados

nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores

Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo

somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto

5 RESULTADOS

Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao

conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017

Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009

As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem

um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo

apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como

essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa

mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da

SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O

consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a

assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel

dentro dela

SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011

Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo

respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a

utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo

institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que

utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode

melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre

a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica

Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE

MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012

Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica

obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva

vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e

na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe

e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada

caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro

obsteacutetrico e maternidade

COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012

Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma

linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a

valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas

pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita

interferencia do enfermeiro no cuidar

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CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013

Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na

qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se

poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza

a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta

a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar

a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio

do paciente

MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016

A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma

padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio

tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos

profissionaispouco investimento no profissional a pratica da

padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando

obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional

SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016

Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem

natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que

deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros

veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e

conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte

burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a

importacircncia da SAE

Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves

dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares

HERMIDA et al 2004

Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de

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treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)

BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010

As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e

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envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional

SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013

Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito

SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014

O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais

GRANDO amp ZUSE et al 2014

As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada

SANTOS et al 2014

A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo

SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015

O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005

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Page 3: A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZAÇÃO DE ...fals.com.br/novofals/revela/ed21/A_EQUIPE_DE... · modelos e teorias de enfermagem, com o objetivo de descrever e caracterizar

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tendo no periacuteodo de 1979 a 1989 um total de 349 pesquisas produzidas e publicadas

Em relaccedilatildeo ao desenvolvimento acadecircmico foram nos anos 80 que os cursos de poacutes

graduaccedilatildeo obtiveram maior visibilidade Essa deacutecada foi uma eacutepoca marcada por

muitas conquistas no que concerne ao aspecto legal e tambeacutem em relaccedilatildeo a aquisiccedilatildeo

de direitos contudo houveram perdas pontuais durante este periacuteodo Dentre as

conquistas podemos citar a regulamentaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo da Lei do Exerciacutecio

Profissional Lei nordm 74981986 regulamentada pelo Decreto 94406 que dispotildee sobre

o exerciacutecio da enfermagem (PEREIRA 2011)

Assim tambeacutem no final da deacutecada de 80 o Conselho Internacional de

Enfermagem (ICN) iniciou estudos objetivando a elaboraccedilatildeo de um sistema que

descrevesse a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada

pelas enfermeiras de todo o mundo Denomina-se Classificaccedilatildeo Internacional para a

Praacutetica de Enfermagem ndash ICNP ndash International Classification for Nursing Practice e

classifica-se os fenocircmenos de enfermagem as intervenccedilotildees e os resultados (PUNTEL

et al 2009)

Da deacutecada de 90 ao ano de 2002 vaacuterios acontecimentos formaram uma nova

forma de atuaccedilatildeo para a enfermagem no Brasil partindo da criaccedilatildeo do Sistema Uacutenico

de Sauacutede (SUS) constituiacutedo a partir das Leis Orgacircnicas da sauacutede (808090 e 814290)

que demarcou um periacuteodo de expansatildeo da rede ambulatorial em todo o paiacutes a criaccedilatildeo

das Unidades Baacutesicas de Sauacutede ambulatoacuterios regionais hospitais secundaacuterios e

terciaacuterios oferecendo a populaccedilatildeo um acesso significativo aos serviccedilos de sauacutede

dando iniacutecio ao processo de enfermagem generalista Desde 1997 um novo curriacuteculo

regulamentado pela Portaria jaacute citada de nordm 1721 de 15 de dezembro de 1994 do

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo estruturou o conteuacutedo miacutenimo e duraccedilatildeo e duraccedilatildeo dos

cursos superiores em enfermagem em todo o paiacutes (NAKAMAE 1997)

Na Lei nordm 7498 de junho de 1986 que regulamenta do Exerciacutecio Profissional

de Enfermagem o termo adotado eacute Consulta de Enfermagem assim como na

Resoluccedilatildeo COFEN nordm159 de 1993 Entretanto na Resoluccedilatildeo COFEN 2722000

observa-se o emprego de Processo de Enfermagem para denominar o emprego da

assistecircncia sistematizada

As Leis que normatizam as profissotildees relacionadas a enfermagem apontam

que o trabalho nesta aacuterea eacute realizado por diferentes categorias de trabalhadores a

saber Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem Nas diferentes

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funccedilotildees em relaccedilatildeo agrave assistecircncia prestada apenas o enfermeiro possui atribuiccedilotildees

com funccedilotildees administrativas e de supervisatildeo (COREN 2001)

Estudos mostram que o ensino da SAE eacute proporcionado aos graduados de

enfermagem mas na formaccedilatildeo dos profissionais teacutecnicos e auxiliares pouca ou

nenhuma informaccedilatildeo eacute dada a este respeito Este fato eacute atribuiacutedo agrave dificuldade em

delimitar as competecircncias de cada profissional da equipe de enfermagem no que

discerne agrave operacionalizaccedilatildeo deste meacutetodo (MENDES amp BASTOS 2003)

Diante do exposto quanto a dificuldade efetiva de aplicabilidade da SAE pela

equipe de enfermagem diretamente envolvida neste processo a problemaacutetica a ser

estudada neste trabalho eacute de grande impacto na responsabilidade e na qualidade

assistencial quanto agrave utilizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

tendo em vista o Processo de Enfermagem no dia-a-dia de trabalho

O presente estudo tem como objetivo geral descrever o conhecimento da

equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

e como objetivo especiacutefico identificar as dificuldades encontradas pela equipe de

enfermagem na implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA Mudanccedilas nos Curriacuteculos dos Cursos de Enfermagem ao longo do Tempo

A deacutecada de 20 foi consagrada como marco no que se refere ao ensino de

enfermagem no Brasil com a criaccedilatildeo da primeira escola de enfermagem ndash Ana Nery

mudando a sua praacutetica que ateacute entatildeo era feita por religiosas voluntaacuterias e escravas

na escola o ensino ministrado era de niacutevel meacutedio e profissional com o objetivo de se

preparar enfermeiras para a sauacutede puacuteblica com intuito de atender principalmente o

saneamento nos portos e a profilaxia das doenccedilas transmissiacuteveis (BARBOSA amp

BATISTA 2008)

Nos anos 30 intensificou-se a criaccedilatildeo de escolas de enfermagem o que tornou

necessaacuteria a criaccedilatildeo de uma padronizaccedilatildeo na formaccedilatildeo O curso tinha duraccedilatildeo inicial

de 3 (trecircs) anos conforme estabelecia o Decreto nordm 1630023 da Escola do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica que passou a ter duraccedilatildeo de 4 (quarto)

anos jaacute no seu segundo ano de existecircncia Nesta eacutepoca o curso era dividido em 5

(cinco) partes onde no uacuteltimo ano havia a possibilidade de escolha de uma

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especializaccedilatildeo (enfermagem cliacutenica sauacutede puacuteblica ou administraccedilatildeo hospitalar) Nas

deacutecadas de 40 e 50 a formaccedilatildeo em enfermagem era quase que exclusivamente

hospitalar e predominava a aprendizagem teacutecnica Nos anos 60 foram implantados os

primeiros cursos superiores de enfermagem com o reconhecimento da

profissionalizaccedilatildeo da enfermagem em seus trecircs niacuteveis superior teacutecnico e auxiliar

(LDB 402461) mas foi em 1962 que a legislaccedilatildeo promoveu o ensino meacutedio para o

ensino superior com o objetivo de ampliar as funccedilotildees da enfermeira de

exclusivamente assistenciais para somar-lhe ainda as administrativas e as de

docecircncia Outra mudanccedila que marcou esta eacutepoca foi a mudanccedila do ensino com base

teacutecnica para o ensino com fundamentaccedilatildeo cientiacutefica (PRUSS 2014)

Participando destes momentos histoacutericos e seu desenvolvimento cabe

ressaltar que a enfermagem desenvolveu e possui ateacute os dias atuais um conjunto de

conceitos e formas de atuar que constituem o conhecer em sauacutede e seu modo de

atuaccedilatildeo que se baseia principalmente na prestaccedilatildeo de serviccedilos em prol do indiviacuteduo

famiacutelia e comunidade em geral utilizando-se das fases do meacutetodo cientiacutefico Apesar

da organizaccedilatildeo desse trabalho ser denominada de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem tambeacutem referida como SAE ou Processo de Enfermagem (PE) outros

sinocircnimos tambeacutem satildeo conhecidos e utilizados na praacutetica do dia-a-dia tais como

Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia Metodologia da Assistecircncia Planejamento da

Assistecircncia Processo do Cuidado Metodologia do Cuidado Processo de

Assistecircncia Consulta de Enfermagem Processo de Atenccedilatildeo em Enfermagem e

Processo de Enfermagem (CARVALHO et al 2007 FIGUEIREDO et al 2006)

As instituiccedilotildees de ensino de enfermagem dos anos 80 voltaram-se entatildeo para

a formaccedilatildeo na aacuterea hospitalar e para a sauacutede puacuteblica somando-se a ideologia

prevencionista da deacutecada anterior ao movimento sanitaacuterio de sauacutede puacuteblica (Reforma

sanitaacuteria e proposta do SUDS) dando iniacutecio a uma nova fase de revisatildeo das funccedilotildees

do enfermeiro De 1990 a 2000 tornou-se possiacutevel identificar a melhor forma da busca

pela redefiniccedilatildeo e pelo reconhecimento professional assim como a conquista pela

autonomia do enfermeiro na sua praacutetica Para tanto houve uma nova adequaccedilatildeo de

curriacuteculos nos cursos agraves novas poliacuteticas e sistemas de sauacutede Muito contribuiu para

essas mudanccedilas na aacuterea da enfermagem o contexto dessa eacutepoca a concretizaccedilatildeo

da implantaccedilatildeo da nova proposta de sistema de sauacutede SUS a volta de algumas

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doenccedilas endecircmicas como a dengue a conquista dos geneacutericos no cenaacuterio

farmacecircutico os processos de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede

e a presenccedila da exclusatildeo social e dos danos ambientais (THERRIEN et al 2008)

A implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

na rotina do trabalho ao longo da histoacuteria

A metodologia conhecida como Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) abrange etapas como organizaccedilatildeo planejamento e execuccedilatildeo

de accedilotildees sistematizadas cabendo a equipe de enfermagem sua realizaccedilatildeo pelo

tempo em que o cliente se encontra sob seus cuidados de acordo com as

responsabilidades e atribuiccedilotildees de cada professional da enfermagem (NEVES amp

SHIMIZU 2010)

Sua introduccedilatildeo aconteceu nas deacutecadas de 20 e 30 nos cursos de

Enfermagem especialmente atraveacutes do estudo de casos e no planejamento de

cuidados individualizados passando a ser utilizada como instrumento de

planejamento e execuccedilatildeo de sua praacutetica sendo denominada de Plano de Cuidados

passando a ser utilizada como meacutetodo cientiacutefico para organizar cuidados (Barreira amp

Baptista 2003)

No Brasil a SAE comeccedilou a ser implantada com maior ecircnfase em alguns

Serviccedilos de Enfermagem nas deacutecadas de 1970 e 80 Nessa eacutepoca a Teoria

de Necessidades Humanas Baacutesicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta

influenciou a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem nas instituiccedilotildees de

sauacutede e no ensino de Enfermagem Essa Teoria foi adotada para a

implementaccedilatildeo das etapas da SAE no cenaacuterio em estudo tendo em vista que

esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente

utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (MARIA et al

1997)

Contudo a visatildeo da necessidade de se desenvolver um sistema de trabalho

que viesse de encontro com a necessidade da concretizaccedilatildeo da proposta de

promover manter e restaurar a sauacutede do paciente aconteceu somente nas uacuteltimas

deacutecadas (BASTOS amp MENDES 2005)

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A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a

implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a

ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem

(REMIZOSKI et al 2010)

Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura

podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do

processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para

orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado

prestado

A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo

do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de

Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem

Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem

Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem

delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada

membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir

conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo

com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e

execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico

faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos

teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)

O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais

conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a

aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de

prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades

humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)

Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar

seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise

do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e

teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser

prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos

humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente

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Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e

procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados

prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos

os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado

ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar

e coordenar (BACKES et al 2005)

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada

a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela

relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos

Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura

Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e

Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas

Cientiacuteficas e o DeCS

As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do

tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do

problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento

dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo

dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees

Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a

questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de

exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo

respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo

Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de

Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de

enfermagem

A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu

no segundo semestre de 2017

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A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados

nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores

Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo

somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto

5 RESULTADOS

Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao

conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017

Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009

As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem

um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo

apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como

essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa

mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da

SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O

consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a

assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel

dentro dela

SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011

Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo

respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a

utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo

institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que

utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode

melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre

a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica

Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE

MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012

Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica

obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva

vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e

na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe

e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada

caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro

obsteacutetrico e maternidade

COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012

Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma

linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a

valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas

pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita

interferencia do enfermeiro no cuidar

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CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013

Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na

qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se

poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza

a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta

a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar

a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio

do paciente

MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016

A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma

padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio

tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos

profissionaispouco investimento no profissional a pratica da

padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando

obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional

SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016

Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem

natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que

deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros

veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e

conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte

burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a

importacircncia da SAE

Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves

dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares

HERMIDA et al 2004

Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de

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treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)

BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010

As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e

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envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional

SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013

Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito

SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014

O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais

GRANDO amp ZUSE et al 2014

As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada

SANTOS et al 2014

A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo

SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015

O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

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MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44

Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da

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Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp

SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015

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funccedilotildees em relaccedilatildeo agrave assistecircncia prestada apenas o enfermeiro possui atribuiccedilotildees

com funccedilotildees administrativas e de supervisatildeo (COREN 2001)

Estudos mostram que o ensino da SAE eacute proporcionado aos graduados de

enfermagem mas na formaccedilatildeo dos profissionais teacutecnicos e auxiliares pouca ou

nenhuma informaccedilatildeo eacute dada a este respeito Este fato eacute atribuiacutedo agrave dificuldade em

delimitar as competecircncias de cada profissional da equipe de enfermagem no que

discerne agrave operacionalizaccedilatildeo deste meacutetodo (MENDES amp BASTOS 2003)

Diante do exposto quanto a dificuldade efetiva de aplicabilidade da SAE pela

equipe de enfermagem diretamente envolvida neste processo a problemaacutetica a ser

estudada neste trabalho eacute de grande impacto na responsabilidade e na qualidade

assistencial quanto agrave utilizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

tendo em vista o Processo de Enfermagem no dia-a-dia de trabalho

O presente estudo tem como objetivo geral descrever o conhecimento da

equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

e como objetivo especiacutefico identificar as dificuldades encontradas pela equipe de

enfermagem na implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA Mudanccedilas nos Curriacuteculos dos Cursos de Enfermagem ao longo do Tempo

A deacutecada de 20 foi consagrada como marco no que se refere ao ensino de

enfermagem no Brasil com a criaccedilatildeo da primeira escola de enfermagem ndash Ana Nery

mudando a sua praacutetica que ateacute entatildeo era feita por religiosas voluntaacuterias e escravas

na escola o ensino ministrado era de niacutevel meacutedio e profissional com o objetivo de se

preparar enfermeiras para a sauacutede puacuteblica com intuito de atender principalmente o

saneamento nos portos e a profilaxia das doenccedilas transmissiacuteveis (BARBOSA amp

BATISTA 2008)

Nos anos 30 intensificou-se a criaccedilatildeo de escolas de enfermagem o que tornou

necessaacuteria a criaccedilatildeo de uma padronizaccedilatildeo na formaccedilatildeo O curso tinha duraccedilatildeo inicial

de 3 (trecircs) anos conforme estabelecia o Decreto nordm 1630023 da Escola do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica que passou a ter duraccedilatildeo de 4 (quarto)

anos jaacute no seu segundo ano de existecircncia Nesta eacutepoca o curso era dividido em 5

(cinco) partes onde no uacuteltimo ano havia a possibilidade de escolha de uma

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especializaccedilatildeo (enfermagem cliacutenica sauacutede puacuteblica ou administraccedilatildeo hospitalar) Nas

deacutecadas de 40 e 50 a formaccedilatildeo em enfermagem era quase que exclusivamente

hospitalar e predominava a aprendizagem teacutecnica Nos anos 60 foram implantados os

primeiros cursos superiores de enfermagem com o reconhecimento da

profissionalizaccedilatildeo da enfermagem em seus trecircs niacuteveis superior teacutecnico e auxiliar

(LDB 402461) mas foi em 1962 que a legislaccedilatildeo promoveu o ensino meacutedio para o

ensino superior com o objetivo de ampliar as funccedilotildees da enfermeira de

exclusivamente assistenciais para somar-lhe ainda as administrativas e as de

docecircncia Outra mudanccedila que marcou esta eacutepoca foi a mudanccedila do ensino com base

teacutecnica para o ensino com fundamentaccedilatildeo cientiacutefica (PRUSS 2014)

Participando destes momentos histoacutericos e seu desenvolvimento cabe

ressaltar que a enfermagem desenvolveu e possui ateacute os dias atuais um conjunto de

conceitos e formas de atuar que constituem o conhecer em sauacutede e seu modo de

atuaccedilatildeo que se baseia principalmente na prestaccedilatildeo de serviccedilos em prol do indiviacuteduo

famiacutelia e comunidade em geral utilizando-se das fases do meacutetodo cientiacutefico Apesar

da organizaccedilatildeo desse trabalho ser denominada de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem tambeacutem referida como SAE ou Processo de Enfermagem (PE) outros

sinocircnimos tambeacutem satildeo conhecidos e utilizados na praacutetica do dia-a-dia tais como

Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia Metodologia da Assistecircncia Planejamento da

Assistecircncia Processo do Cuidado Metodologia do Cuidado Processo de

Assistecircncia Consulta de Enfermagem Processo de Atenccedilatildeo em Enfermagem e

Processo de Enfermagem (CARVALHO et al 2007 FIGUEIREDO et al 2006)

As instituiccedilotildees de ensino de enfermagem dos anos 80 voltaram-se entatildeo para

a formaccedilatildeo na aacuterea hospitalar e para a sauacutede puacuteblica somando-se a ideologia

prevencionista da deacutecada anterior ao movimento sanitaacuterio de sauacutede puacuteblica (Reforma

sanitaacuteria e proposta do SUDS) dando iniacutecio a uma nova fase de revisatildeo das funccedilotildees

do enfermeiro De 1990 a 2000 tornou-se possiacutevel identificar a melhor forma da busca

pela redefiniccedilatildeo e pelo reconhecimento professional assim como a conquista pela

autonomia do enfermeiro na sua praacutetica Para tanto houve uma nova adequaccedilatildeo de

curriacuteculos nos cursos agraves novas poliacuteticas e sistemas de sauacutede Muito contribuiu para

essas mudanccedilas na aacuterea da enfermagem o contexto dessa eacutepoca a concretizaccedilatildeo

da implantaccedilatildeo da nova proposta de sistema de sauacutede SUS a volta de algumas

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doenccedilas endecircmicas como a dengue a conquista dos geneacutericos no cenaacuterio

farmacecircutico os processos de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede

e a presenccedila da exclusatildeo social e dos danos ambientais (THERRIEN et al 2008)

A implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

na rotina do trabalho ao longo da histoacuteria

A metodologia conhecida como Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) abrange etapas como organizaccedilatildeo planejamento e execuccedilatildeo

de accedilotildees sistematizadas cabendo a equipe de enfermagem sua realizaccedilatildeo pelo

tempo em que o cliente se encontra sob seus cuidados de acordo com as

responsabilidades e atribuiccedilotildees de cada professional da enfermagem (NEVES amp

SHIMIZU 2010)

Sua introduccedilatildeo aconteceu nas deacutecadas de 20 e 30 nos cursos de

Enfermagem especialmente atraveacutes do estudo de casos e no planejamento de

cuidados individualizados passando a ser utilizada como instrumento de

planejamento e execuccedilatildeo de sua praacutetica sendo denominada de Plano de Cuidados

passando a ser utilizada como meacutetodo cientiacutefico para organizar cuidados (Barreira amp

Baptista 2003)

No Brasil a SAE comeccedilou a ser implantada com maior ecircnfase em alguns

Serviccedilos de Enfermagem nas deacutecadas de 1970 e 80 Nessa eacutepoca a Teoria

de Necessidades Humanas Baacutesicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta

influenciou a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem nas instituiccedilotildees de

sauacutede e no ensino de Enfermagem Essa Teoria foi adotada para a

implementaccedilatildeo das etapas da SAE no cenaacuterio em estudo tendo em vista que

esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente

utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (MARIA et al

1997)

Contudo a visatildeo da necessidade de se desenvolver um sistema de trabalho

que viesse de encontro com a necessidade da concretizaccedilatildeo da proposta de

promover manter e restaurar a sauacutede do paciente aconteceu somente nas uacuteltimas

deacutecadas (BASTOS amp MENDES 2005)

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A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a

implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a

ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem

(REMIZOSKI et al 2010)

Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura

podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do

processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para

orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado

prestado

A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo

do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de

Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem

Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem

Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem

delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada

membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir

conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo

com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e

execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico

faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos

teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)

O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais

conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a

aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de

prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades

humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)

Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar

seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise

do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e

teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser

prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos

humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente

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Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e

procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados

prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos

os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado

ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar

e coordenar (BACKES et al 2005)

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada

a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela

relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos

Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura

Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e

Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas

Cientiacuteficas e o DeCS

As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do

tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do

problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento

dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo

dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees

Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a

questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de

exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo

respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo

Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de

Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de

enfermagem

A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu

no segundo semestre de 2017

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A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados

nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores

Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo

somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto

5 RESULTADOS

Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao

conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017

Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009

As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem

um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo

apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como

essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa

mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da

SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O

consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a

assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel

dentro dela

SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011

Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo

respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a

utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo

institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que

utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode

melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre

a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica

Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE

MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012

Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica

obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva

vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e

na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe

e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada

caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro

obsteacutetrico e maternidade

COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012

Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma

linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a

valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas

pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita

interferencia do enfermeiro no cuidar

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CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013

Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na

qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se

poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza

a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta

a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar

a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio

do paciente

MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016

A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma

padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio

tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos

profissionaispouco investimento no profissional a pratica da

padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando

obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional

SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016

Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem

natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que

deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros

veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e

conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte

burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a

importacircncia da SAE

Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves

dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares

HERMIDA et al 2004

Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de

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treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)

BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010

As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e

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envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional

SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013

Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito

SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014

O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais

GRANDO amp ZUSE et al 2014

As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada

SANTOS et al 2014

A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo

SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015

O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005

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Page 5: A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZAÇÃO DE ...fals.com.br/novofals/revela/ed21/A_EQUIPE_DE... · modelos e teorias de enfermagem, com o objetivo de descrever e caracterizar

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especializaccedilatildeo (enfermagem cliacutenica sauacutede puacuteblica ou administraccedilatildeo hospitalar) Nas

deacutecadas de 40 e 50 a formaccedilatildeo em enfermagem era quase que exclusivamente

hospitalar e predominava a aprendizagem teacutecnica Nos anos 60 foram implantados os

primeiros cursos superiores de enfermagem com o reconhecimento da

profissionalizaccedilatildeo da enfermagem em seus trecircs niacuteveis superior teacutecnico e auxiliar

(LDB 402461) mas foi em 1962 que a legislaccedilatildeo promoveu o ensino meacutedio para o

ensino superior com o objetivo de ampliar as funccedilotildees da enfermeira de

exclusivamente assistenciais para somar-lhe ainda as administrativas e as de

docecircncia Outra mudanccedila que marcou esta eacutepoca foi a mudanccedila do ensino com base

teacutecnica para o ensino com fundamentaccedilatildeo cientiacutefica (PRUSS 2014)

Participando destes momentos histoacutericos e seu desenvolvimento cabe

ressaltar que a enfermagem desenvolveu e possui ateacute os dias atuais um conjunto de

conceitos e formas de atuar que constituem o conhecer em sauacutede e seu modo de

atuaccedilatildeo que se baseia principalmente na prestaccedilatildeo de serviccedilos em prol do indiviacuteduo

famiacutelia e comunidade em geral utilizando-se das fases do meacutetodo cientiacutefico Apesar

da organizaccedilatildeo desse trabalho ser denominada de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem tambeacutem referida como SAE ou Processo de Enfermagem (PE) outros

sinocircnimos tambeacutem satildeo conhecidos e utilizados na praacutetica do dia-a-dia tais como

Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia Metodologia da Assistecircncia Planejamento da

Assistecircncia Processo do Cuidado Metodologia do Cuidado Processo de

Assistecircncia Consulta de Enfermagem Processo de Atenccedilatildeo em Enfermagem e

Processo de Enfermagem (CARVALHO et al 2007 FIGUEIREDO et al 2006)

As instituiccedilotildees de ensino de enfermagem dos anos 80 voltaram-se entatildeo para

a formaccedilatildeo na aacuterea hospitalar e para a sauacutede puacuteblica somando-se a ideologia

prevencionista da deacutecada anterior ao movimento sanitaacuterio de sauacutede puacuteblica (Reforma

sanitaacuteria e proposta do SUDS) dando iniacutecio a uma nova fase de revisatildeo das funccedilotildees

do enfermeiro De 1990 a 2000 tornou-se possiacutevel identificar a melhor forma da busca

pela redefiniccedilatildeo e pelo reconhecimento professional assim como a conquista pela

autonomia do enfermeiro na sua praacutetica Para tanto houve uma nova adequaccedilatildeo de

curriacuteculos nos cursos agraves novas poliacuteticas e sistemas de sauacutede Muito contribuiu para

essas mudanccedilas na aacuterea da enfermagem o contexto dessa eacutepoca a concretizaccedilatildeo

da implantaccedilatildeo da nova proposta de sistema de sauacutede SUS a volta de algumas

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doenccedilas endecircmicas como a dengue a conquista dos geneacutericos no cenaacuterio

farmacecircutico os processos de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede

e a presenccedila da exclusatildeo social e dos danos ambientais (THERRIEN et al 2008)

A implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

na rotina do trabalho ao longo da histoacuteria

A metodologia conhecida como Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) abrange etapas como organizaccedilatildeo planejamento e execuccedilatildeo

de accedilotildees sistematizadas cabendo a equipe de enfermagem sua realizaccedilatildeo pelo

tempo em que o cliente se encontra sob seus cuidados de acordo com as

responsabilidades e atribuiccedilotildees de cada professional da enfermagem (NEVES amp

SHIMIZU 2010)

Sua introduccedilatildeo aconteceu nas deacutecadas de 20 e 30 nos cursos de

Enfermagem especialmente atraveacutes do estudo de casos e no planejamento de

cuidados individualizados passando a ser utilizada como instrumento de

planejamento e execuccedilatildeo de sua praacutetica sendo denominada de Plano de Cuidados

passando a ser utilizada como meacutetodo cientiacutefico para organizar cuidados (Barreira amp

Baptista 2003)

No Brasil a SAE comeccedilou a ser implantada com maior ecircnfase em alguns

Serviccedilos de Enfermagem nas deacutecadas de 1970 e 80 Nessa eacutepoca a Teoria

de Necessidades Humanas Baacutesicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta

influenciou a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem nas instituiccedilotildees de

sauacutede e no ensino de Enfermagem Essa Teoria foi adotada para a

implementaccedilatildeo das etapas da SAE no cenaacuterio em estudo tendo em vista que

esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente

utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (MARIA et al

1997)

Contudo a visatildeo da necessidade de se desenvolver um sistema de trabalho

que viesse de encontro com a necessidade da concretizaccedilatildeo da proposta de

promover manter e restaurar a sauacutede do paciente aconteceu somente nas uacuteltimas

deacutecadas (BASTOS amp MENDES 2005)

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A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a

implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a

ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem

(REMIZOSKI et al 2010)

Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura

podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do

processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para

orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado

prestado

A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo

do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de

Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem

Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem

Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem

delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada

membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir

conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo

com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e

execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico

faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos

teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)

O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais

conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a

aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de

prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades

humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)

Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar

seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise

do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e

teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser

prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos

humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e

procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados

prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos

os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado

ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar

e coordenar (BACKES et al 2005)

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada

a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela

relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos

Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura

Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e

Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas

Cientiacuteficas e o DeCS

As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do

tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do

problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento

dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo

dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees

Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a

questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de

exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo

respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo

Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de

Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de

enfermagem

A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu

no segundo semestre de 2017

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados

nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores

Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo

somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto

5 RESULTADOS

Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao

conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017

Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009

As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem

um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo

apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como

essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa

mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da

SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O

consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a

assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel

dentro dela

SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011

Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo

respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a

utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo

institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que

utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode

melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre

a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica

Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE

MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012

Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica

obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva

vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e

na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe

e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada

caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro

obsteacutetrico e maternidade

COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012

Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma

linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a

valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas

pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita

interferencia do enfermeiro no cuidar

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CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013

Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na

qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se

poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza

a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta

a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar

a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio

do paciente

MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016

A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma

padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio

tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos

profissionaispouco investimento no profissional a pratica da

padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando

obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional

SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016

Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem

natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que

deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros

veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e

conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte

burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a

importacircncia da SAE

Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves

dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares

HERMIDA et al 2004

Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de

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treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)

BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010

As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e

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envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional

SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013

Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito

SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014

O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais

GRANDO amp ZUSE et al 2014

As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada

SANTOS et al 2014

A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo

SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015

O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

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doenccedilas endecircmicas como a dengue a conquista dos geneacutericos no cenaacuterio

farmacecircutico os processos de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede

e a presenccedila da exclusatildeo social e dos danos ambientais (THERRIEN et al 2008)

A implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

na rotina do trabalho ao longo da histoacuteria

A metodologia conhecida como Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) abrange etapas como organizaccedilatildeo planejamento e execuccedilatildeo

de accedilotildees sistematizadas cabendo a equipe de enfermagem sua realizaccedilatildeo pelo

tempo em que o cliente se encontra sob seus cuidados de acordo com as

responsabilidades e atribuiccedilotildees de cada professional da enfermagem (NEVES amp

SHIMIZU 2010)

Sua introduccedilatildeo aconteceu nas deacutecadas de 20 e 30 nos cursos de

Enfermagem especialmente atraveacutes do estudo de casos e no planejamento de

cuidados individualizados passando a ser utilizada como instrumento de

planejamento e execuccedilatildeo de sua praacutetica sendo denominada de Plano de Cuidados

passando a ser utilizada como meacutetodo cientiacutefico para organizar cuidados (Barreira amp

Baptista 2003)

No Brasil a SAE comeccedilou a ser implantada com maior ecircnfase em alguns

Serviccedilos de Enfermagem nas deacutecadas de 1970 e 80 Nessa eacutepoca a Teoria

de Necessidades Humanas Baacutesicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta

influenciou a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem nas instituiccedilotildees de

sauacutede e no ensino de Enfermagem Essa Teoria foi adotada para a

implementaccedilatildeo das etapas da SAE no cenaacuterio em estudo tendo em vista que

esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente

utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (MARIA et al

1997)

Contudo a visatildeo da necessidade de se desenvolver um sistema de trabalho

que viesse de encontro com a necessidade da concretizaccedilatildeo da proposta de

promover manter e restaurar a sauacutede do paciente aconteceu somente nas uacuteltimas

deacutecadas (BASTOS amp MENDES 2005)

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A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a

implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a

ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem

(REMIZOSKI et al 2010)

Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura

podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do

processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para

orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado

prestado

A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo

do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de

Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem

Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem

Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem

delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada

membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir

conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo

com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e

execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico

faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos

teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)

O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais

conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a

aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de

prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades

humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)

Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar

seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise

do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e

teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser

prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos

humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente

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Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e

procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados

prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos

os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado

ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar

e coordenar (BACKES et al 2005)

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada

a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela

relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos

Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura

Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e

Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas

Cientiacuteficas e o DeCS

As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do

tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do

problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento

dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo

dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees

Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a

questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de

exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo

respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo

Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de

Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de

enfermagem

A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu

no segundo semestre de 2017

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A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados

nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores

Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo

somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto

5 RESULTADOS

Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao

conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017

Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009

As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem

um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo

apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como

essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa

mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da

SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O

consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a

assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel

dentro dela

SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011

Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo

respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a

utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo

institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que

utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode

melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre

a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica

Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE

MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012

Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica

obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva

vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e

na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe

e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada

caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro

obsteacutetrico e maternidade

COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012

Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma

linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a

valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas

pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita

interferencia do enfermeiro no cuidar

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CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013

Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na

qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se

poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza

a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta

a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar

a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio

do paciente

MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016

A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma

padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio

tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos

profissionaispouco investimento no profissional a pratica da

padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando

obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional

SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016

Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem

natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que

deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros

veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e

conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte

burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a

importacircncia da SAE

Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves

dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares

HERMIDA et al 2004

Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de

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treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)

BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010

As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e

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envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional

SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013

Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito

SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014

O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais

GRANDO amp ZUSE et al 2014

As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada

SANTOS et al 2014

A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo

SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015

O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005

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Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a

implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a

ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem

(REMIZOSKI et al 2010)

Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura

podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do

processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para

orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado

prestado

A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo

do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de

Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem

Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem

Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem

delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada

membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir

conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo

com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e

execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico

faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos

teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)

O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais

conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a

aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de

prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades

humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)

Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar

seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise

do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e

teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser

prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos

humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente

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Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e

procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados

prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos

os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado

ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar

e coordenar (BACKES et al 2005)

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada

a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela

relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos

Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura

Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e

Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas

Cientiacuteficas e o DeCS

As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do

tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do

problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento

dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo

dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees

Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a

questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de

exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo

respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo

Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de

Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de

enfermagem

A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu

no segundo semestre de 2017

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A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados

nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores

Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo

somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto

5 RESULTADOS

Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao

conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017

Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009

As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem

um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo

apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como

essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa

mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da

SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O

consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a

assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel

dentro dela

SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011

Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo

respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a

utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo

institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que

utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode

melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre

a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica

Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE

MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012

Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica

obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva

vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e

na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe

e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada

caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro

obsteacutetrico e maternidade

COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012

Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma

linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a

valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas

pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita

interferencia do enfermeiro no cuidar

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CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013

Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na

qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se

poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza

a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta

a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar

a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio

do paciente

MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016

A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma

padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio

tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos

profissionaispouco investimento no profissional a pratica da

padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando

obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional

SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016

Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem

natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que

deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros

veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e

conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte

burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a

importacircncia da SAE

Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves

dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares

HERMIDA et al 2004

Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de

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treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)

BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010

As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional

SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013

Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito

SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014

O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais

GRANDO amp ZUSE et al 2014

As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada

SANTOS et al 2014

A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo

SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015

O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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Page 8: A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZAÇÃO DE ...fals.com.br/novofals/revela/ed21/A_EQUIPE_DE... · modelos e teorias de enfermagem, com o objetivo de descrever e caracterizar

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e

procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados

prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos

os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado

ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar

e coordenar (BACKES et al 2005)

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada

a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela

relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos

Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura

Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e

Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas

Cientiacuteficas e o DeCS

As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do

tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do

problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento

dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo

dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees

Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a

questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de

exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo

respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo

Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de

Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de

enfermagem

A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu

no segundo semestre de 2017

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A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados

nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores

Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo

somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto

5 RESULTADOS

Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao

conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017

Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009

As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem

um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo

apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como

essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa

mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da

SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O

consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a

assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel

dentro dela

SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011

Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo

respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a

utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo

institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que

utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode

melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre

a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica

Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE

MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012

Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica

obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva

vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e

na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe

e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada

caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro

obsteacutetrico e maternidade

COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012

Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma

linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a

valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas

pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita

interferencia do enfermeiro no cuidar

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CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013

Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na

qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se

poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza

a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta

a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar

a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio

do paciente

MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016

A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma

padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio

tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos

profissionaispouco investimento no profissional a pratica da

padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando

obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional

SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016

Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem

natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que

deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros

veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e

conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte

burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a

importacircncia da SAE

Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves

dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares

HERMIDA et al 2004

Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de

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treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)

BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010

As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e

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envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional

SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013

Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito

SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014

O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais

GRANDO amp ZUSE et al 2014

As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada

SANTOS et al 2014

A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo

SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015

O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

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Page 9: A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZAÇÃO DE ...fals.com.br/novofals/revela/ed21/A_EQUIPE_DE... · modelos e teorias de enfermagem, com o objetivo de descrever e caracterizar

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A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados

nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores

Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo

somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto

5 RESULTADOS

Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao

conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia

de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017

Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009

As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem

um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo

apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como

essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa

mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da

SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O

consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a

assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel

dentro dela

SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011

Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo

respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a

utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo

institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que

utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode

melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre

a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica

Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE

MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012

Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica

obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva

vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e

na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe

e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada

caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro

obsteacutetrico e maternidade

COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012

Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma

linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a

valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas

pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita

interferencia do enfermeiro no cuidar

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CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013

Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na

qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se

poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza

a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta

a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar

a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio

do paciente

MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016

A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma

padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio

tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos

profissionaispouco investimento no profissional a pratica da

padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando

obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional

SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016

Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem

natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que

deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros

veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e

conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte

burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a

importacircncia da SAE

Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves

dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares

HERMIDA et al 2004

Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de

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treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)

BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010

As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e

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envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional

SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013

Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito

SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014

O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais

GRANDO amp ZUSE et al 2014

As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada

SANTOS et al 2014

A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo

SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015

O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005

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___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf

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Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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Page 10: A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZAÇÃO DE ...fals.com.br/novofals/revela/ed21/A_EQUIPE_DE... · modelos e teorias de enfermagem, com o objetivo de descrever e caracterizar

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CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013

Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na

qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se

poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza

a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta

a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar

a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio

do paciente

MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016

A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma

padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio

tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos

profissionaispouco investimento no profissional a pratica da

padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando

obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional

SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016

Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem

natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que

deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros

veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e

conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte

burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a

importacircncia da SAE

Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves

dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho

Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares

HERMIDA et al 2004

Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)

BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010

As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional

SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013

Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito

SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014

O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais

GRANDO amp ZUSE et al 2014

As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada

SANTOS et al 2014

A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo

SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015

O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005

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___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf

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Page 11: A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZAÇÃO DE ...fals.com.br/novofals/revela/ed21/A_EQUIPE_DE... · modelos e teorias de enfermagem, com o objetivo de descrever e caracterizar

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treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)

BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007

Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano

REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010

As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e

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envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional

SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013

Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito

SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014

O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais

GRANDO amp ZUSE et al 2014

As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada

SANTOS et al 2014

A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo

SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015

O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016

___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf

__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf

Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72

DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983

HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7

MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87

MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473

Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6

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MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44

Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da

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Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp

SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015

Page 12: A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZAÇÃO DE ...fals.com.br/novofals/revela/ed21/A_EQUIPE_DE... · modelos e teorias de enfermagem, com o objetivo de descrever e caracterizar

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envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional

SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013

Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito

SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014

O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais

GRANDO amp ZUSE et al 2014

As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada

SANTOS et al 2014

A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo

SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015

O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005

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CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016

___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf

__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf

Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8

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CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72

DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983

HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7

MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87

MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473

Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44

Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp

SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015

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Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe

MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015

As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe

FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016

As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia

DISCUSSAtildeO

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua

implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua

implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais

importantes responsabilidades do Enfermeiro

Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as

condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma

interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia

padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais

poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento

amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional

Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total

especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016

___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf

__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf

Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72

DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983

HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7

MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87

MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473

Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44

Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp

SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015

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Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados

esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz

Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno

conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo

Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento

tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos

de atualizaccedilatildeo e investimentos

Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos

encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem

focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada

pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado

Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por

encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como

ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees

Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e

Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento

de trabalho vaacutelido

Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado

sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco

explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se

relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o

interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010

CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na

compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na

sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado

acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela

indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016

___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf

__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf

Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72

DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983

HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7

MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87

MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473

Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44

Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp

SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015

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sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo

desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico

Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita

importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado

eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia

Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais

compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma

estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse

da equipe de enfermagem

Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de

fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da

educaccedilatildeo continuada

REFEREcircNCIAS

ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005

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CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016

___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf

__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf

Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8

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CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72

DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983

HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

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MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87

MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473

Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6

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MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44

Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da

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Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp

SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015

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CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016

___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf

__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf

Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8

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CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72

DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983

HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

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MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87

MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473

Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6

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MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44

Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da

Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X

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Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp

SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015

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CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72

DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983

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MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44

Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da

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Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp

SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015

Page 18: A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZAÇÃO DE ...fals.com.br/novofals/revela/ed21/A_EQUIPE_DE... · modelos e teorias de enfermagem, com o objetivo de descrever e caracterizar

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Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da

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