a emergência da teoria da governança global

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  • 7/24/2019 A Emergncia Da Teoria Da Governana Global

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    A Emergncia da Teoria da Governana Global

    Martin Hewson e Timothy J. Sinclair

    Como padres de governana global se desenvolveram no passado e comoeles podem ser transformados no presente.

    No obstante! os tipos de poder e os princ"pios organi#adores $%e formamos padres de governana global precisam ser levados $%al$%er relatoabrangente sobre m%dana&transformao global.

    'ma importante fonte para a emerg(ncia da teoria da governana global )o debate sobre a globali#ao bem como o *m formal da +%erra ,ria.

    Como %m fator de m%dana global! a globali#ao econ-mica ) vista sobreesta perspectiva! em termos de %ma inclinao m%ndial do /stado0 para omercado0. 1 %so do conceito de governana global oferece %m caminhopara al)m desta perspectiva d%alista e restritiva sobre globali#ao.

    Como o problema da m%dana global foi introd%#ido na teoria de regimesinternacionais.

    Ho%ve te2ricos sobre regimes $%e tem proc%rado dar conta de grandesm%danas nos padres de regimes internacionais %tili#ando o conceito degovernana.

    1 *m da +%erra ,ria tro%3e a e3pectativa $%e as Naes 'nidas e s%asag(ncias associadas se tornariam ag(ncias mais efetivas de governanaglobal.

    1 %so da governana global no e3ame da relao entre organi#aes

    m%ndiais e m%dana global.

    4/5S4/CT678S N8 M'98N:8 +;1nico espao econ-mico m%ndial integrado! no h?

    nenh%ma inclinao s%bstancial longe do signi*cado da pol"tica nacionala%t-noma.

    @ perspectivas da governana global na m%dana m%ndial=

    AB 'ma m%dana na localizao da autoridade,no conte3to tanto deintegrao como de fragmentao.

    James 5osena%. /le tro%3e o conceito de governana global paraproemin(ncia em con%no com a terminologia designada para apreciar oscaminhos na $%al m%dana global como %m fen-meno $%e implica emrealocaes de a%toridade atrav)s de v?rios n"veis e ?reas.

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    5osena% descreve o processo como %ma tend(ncia generali#ada em $%egrandes m%danas na locali#ao da a%toridade e o local dos mecanismosde controle esto em c%rso em todos os continentes! m%danas $%e sopron%nciados tanto nos sistemas econ-micos e sociais como so nossistemas pol"ticos0.

    /m partic%lar! 5osena% %tili#a o termo governana globalde modo aenfati#ar as implicaes de %ma reorientao generali#ada das habilidadese dos hori#ontes pol"ticos dos indiv"d%os. 'ma forma de inserir aopinio&viso de 5osena% est? na tese de $%e m%dana nos padres daordem global so relativos a m%danas nos padres de vida m%ndial. /m%m ponto! 5osena% descreve a implicao das novas habilidades ehori#ontes pol"ticos como tendendo para %m m%ndo Dbif%rcadoD! compostode ambas as esferas! estadoc(ntrica e m%ltic(ntrica. S%bse$%entemente!ele s%geri% $%e este fen-meno implica n%ma proliferao em m%itas

    direes sim%ltEneas= s%bnacional! transnacional! internacional e global.

    9e $%al$%er forma! tendo em conta estes hori#ontes pol"ticosinconstantes&deslocados! alega 5osena%! signi*ca reconhecer apossibilidade de %ma m%dana global a partir da prima#ia do DgovernoDpara a de DgovernanaD.

    5eFe3es de 5osena% sobre a m%dana de padres da governana globalest? no livro= +overnana sem governo. Neste livro! o a%tor $%ase no%tili#a o termo governana global0! mas sim o%tros termos! e3emplo=

    governana internacional! governana da pol"tica m%ndial! governana em%ma escala m%ndial! o% governana na ordem global! etc.

    Somente $%ando o a%tor comeo% a e3plorar a vida global! a dimensointensiva o% de n"velGmicro da m%dana global $%e ele comea a %sar adenominao governana global.

    /ste ) o mais dif%ndido de todos os tipos de governana emerge como se debai3o para cima! a partir das compet(ncias e capacidades dos indiv"d%oscada ve# maiores e de se%s hori#ontes alterao de identi*cao dos

    padres de Dvida globalD. 1%tros 4o%cos analistas %sam o termo vidam%ndial to reg%larmente como fa# 5osena%. 4o%cos o%tros prestamespecial ateno para a DmicroGn"velD G as capacidades e as orientaes dosindiv"d%os e pe$%enos gr%pos G da ordem global. 9e fato! grande parte daagenda de pes$%isa at%al de 5osena% poderia ser descrita como %masociologia da vida global. /sta noo pode vir a ser %ma das contrib%iesmais signi*cativas do 5osena%. /le s%gere %ma condio e3istencial o%ontol2gica da vida di?ria em circ%nstEncias completamente alterados. 1%!para colocar em termos diferentes! s%gere $%e a globali#ao no ) apenasgrande! formando intercone3es atrav)s do espao! mas tamb)m intenso!alcanando o n"vel de cond%ta pessoal.

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    1s escritos de 5osena% sobre governana global transmitem princ"piosb?sicos para a an?lise da m%dana global da perspectiva da m%dana dashabilidades e dos hori#ontes pol"ticos dos indiv"d%os.

    8 primeira ) $%e a an?lise da m%dana global tem de abandonar a relaesinternacionais convencionais pensando por conceb(Gla de %ma formahol"stica. 8 ordem m%ndial deve ser concebida! di# 5osena%! Dcomo toabrangenteD e! em partic%lar do ponto de vista da depend(ncia %niversalsobre a biosfera! como %m Dtodo orgEnicoD. /m conse$%(ncia! a an?lisetornaGse necessariamente rica e e3plorat2ria! em ve# de parcimoniosa.

    1 seg%ndo princ"pio ) $%e a m%dana global a partir dessa perspectiva!deve ser visto como composto no de %ma tend(ncia global! mas v?riastend(ncias dial)ticas e contradit2rias. 9e acordo com 5osena%! s%rgiramambas inF%(ncias integrantes e fragmentadas! ambas as tend(ncias de

    globali#ao e de locali#ao! tanto dinEmicas coesas como conFit%osas.Como res%ltado! tem emergido %ma enorme variedade de formas degovernana global.

    4ost%lar %ma m%dana de governo para a governana! 5osena% tento% %maviso geral do contin%%m de mecanismos de governana global $%e esto atornarGse saliente! na v)spera do s)c%lo II6. /sse contin%%m se estendeentre a transnacional e o s%bnacional! o macro e o micro! o informal e oinstit%"do! o estadoGc(ntrico e m%ltic(ntrico! a cooperativa e o conFit%oso!por e3emplo! se fosse para considerar o signi*cado da 6nternet a partir daperspectiva de governana global! o $%e seria de enfati#ar a dinEmica daproliferao e informalidade! os microGprocessos e a m%ltiplicidade deescolhas $%e gera.

    /m s%ma! essa forma de %sar o conceito de governana global! a*rma umatendncia abrangente de autoridade$%e est? sendo realocada emm>ltiplas direes. 1 sistema territorial de /stados o% de 7estef?lia no )mais $%e %ma forma o% elemento da governana global contemporEnea.6n>meras o%tras formas de governana in*ltramGse atrav)s do tecido davida m%ndial! proliferando e diversi*cao. 1 conceito de governana globalno se refere a %ma esfera distinta o% n"vel de vida global. No )monopoli#ada em $%ais$%er organi#aes especiais. 4elo contr?rio! ) %maperspectiva de vida global! %m ponto de vantagem proetado para promover

    %ma conta para a imensa comple3idade e diversidade da vida global.

    B 'ma seg%nda caracter"stica da m%dana global ) emerg(ncia narealidade o% em potencial de %ma sociedade civil global. /ste ) %mfen-meno adicional $%e o conceito de governana global esclarece. 8pesarda ideia e a pr?tica de %m terreno espec"*co da sociedade civil locali#adaentre a economia o /stado datado no liberalismo do s)c%lo de#oito! ) oretorno contemporEneo a $%al pertence m%itas das atividades dosdissidentes da /%ropa 1riental na d)cada de AKL. No ocidente!movimentos sociais esto cada ve# mais orientados para %ma escalam%ndial de atividade e organi#ao passo% a adotar %m entendimento da

    sociedade civil global como %ma arena de tend(ncias ideol2gicas

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    transnacionais! movimentos m%ndiais! e associaes noGgovernamentaisinternacionais.

    4ara tomar como e3emplo! desde a metade dos anos AK! %mdesenvolvimento not?vel dos movimentos dos povos ind"genas tem adotado%ma orientao parcialmente global. /ste movimento ) enrai#adoprincipalmente nos pa"ses da 8m)rica do Norte e do S%l! apesar de tamb)mestender aos gr%pos ind"genas da 8%str?lia e Nova OelEndia! Pndia e6ndon)sia. 'm elemento das organi#aes globais ) provido por %m gr%pode proteo& de cobert%ra denominado Conselho de trabalho dos povosind"genas. 1 foco pol"tico desta reorientao ) em grande medida providapelas Naes 'nidas como %m f2r%m para p%blici#ar as reivindicaes dospovos ind"genas na ling%agem do direito internacional de a%todeterminaoe direitos h%manos.

    8 partir destes desenvolvimentos tem ampliado a linha depensamento $%e proc%rar investigar o potencial normativo e democr?tico da

    diversidade e a aprimorada esfera da sociedade civil global. Na viso de,8;Q! os caminhos para %ma governana h%mana global0 esto para serachados na sociedade civil global. Na viso de 9avid Held! como o estadodemocr?tico liberal est? sendo ignorado pelas foras da globali#ao! istotorna necess?rio encarar&prever a e3tenso do espao democr?tico. 'mademocracia cosmopolita al)m disso pode ser encarada&prevista como aemerg(ncia do desenvolvimento de %ma esfera p>blica global.

    RB Tem %m terceiro elemento da m%dana global descrita pelo conceito degovernana global. o atual processo de restruturao da economiapoltica global! o papelGchave&central ) desempenhado pela reorientao

    dos principais das elites intelect%ais! comerciais e pol"ticas na #ona& nogr%po +G. 1 %so de C1I do conceito de governana global enfati#a aimportEncia destas foras. 9e fato! %ma das principais con$%istas de C1Iter tra#ido o est%do das coali#es transnacionais das foras transnacionaispara as relaes internacionais no geral.

    Na abordagem historicista de C1I! as foras sociais da governanaglobal so para ser entendidas como tomando diferentes formas emdiferentes eras&)pocas. 'ma )poca hist2rica espec"*ca pode ser moldada ede*nida por formas penetrantes de ideologias! economia e estado. Nametade dos anos AKL! Co3 descreve% os dois tipos predominantes deforas sociais como a$%elas orientadas para o hiperGliberalismo e a$%elasorientadas para capitalismo de estado. 8 primeira! essencialmente angloGamericana! se organi#am de acordo com o princ"pio da globali#ao. 8seg%nda organi#ada pelo princ"pio territorial.

    4or *m dos anos AKK! os l"deres intelect%ais! pol"ticos e econ-micosdo hiperliberalismo pareciam ter ganhado a mo s%perior. /les moldaram aforma predominante da at%al governana global. /ste processo de moldarC1I descreve% como n)b%le%se&neb%losa! na $%al ele $%is di#er asinF%(ncias ideol2gicas promovem %m realinhamento do pensamento paraas necessidades da economia m%ndial. 1 se% foco instit%cional est? nasredes das principais instit%ies *nanceiras internacionais! ministros da

    *nana em governos do +! conselhos privados de relaes internacionais!e escolas de neg2cios. So s%as capacidades materiais! isso se torno% claro

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    d%rante a g%erra do golfo em AKKGAKKA adiciono% C1I! no entanto sos%stentados pelo poder militar dos /'8 de base territorial.

    1 est%do das tend(ncias pol"ticasGideol2gicas transnacionais no ?piceda governana global foi avanado por Stephan +ill. +6;; refere a esteselementos diretivos da governana global como elites globali#adas.5econhecendo $%e eles no formam %m bloco homog(neo! em ve# dedescreveGlos como %m ne3o&v"nc%lo como o se% n>cleo na ?rea do +. +6;;!cont%do! enfati#e o poder crescente deles desde os anos AK. 'ma rede deinstit%ies tem operado como %m f2r%m para a formao de consenso. 6stoincl%i o ,2r%m /con-mico M%ndial $%e se encontra an%almente em 9avosna S%"a! a Comisso Trilateral e o amplo processo do + de encontros comrepresentantes dos /stados.

    8 posio das elites globali#adas ) baseada sobre o renascimento dopoder do capital monet?rio econ-mico no *m do s)c%lo II. 8 abordagemdelas aos centros pol"ticos na criao de %ma civili#ao do mercado pelo

    a%ste as normas e pr?ticas de todos os dias. 'ma caracter"stica destaabordagem ) o novo constit%cionalismo na $%al instit%ies p>blicas comobancos centrais so vedadas de interfer(ncia pol"tica como mandatos antiGinFacion?rios. 8l)m disso! a crescente interligao da prod%o! docons%mo e das bases *scais t(m criado nos novos desa*os para ascom%nidades nacionais b%scando moldar a forma de investimento e ainF%(ncia do impacto dos benef"cios econ-micos em se% ambiente. 8mobilidade do capital tem a%mentado! como detentores de f%ndos para$%al$%er portfolio o% investimento direto so fornecidos com mais opeslocacionais. /stas opes servem para constranger a$%eles de estados ecom%nidades! e de fato for?Glos em g%erras de licitao $%e giram em

    torno da criao de ambientes de neg2cios desreg%lados.

    8 abordagem historicista tamb)m levanta a $%esto da oposio enegao do neoliberalismo pelas foras sociais. 9e acordo com C1I! %mproeto f%t%ro sobre a governana global pode convergir em torno de forasp2sGglobali#ao! $%e proc%ram reGinserir a economia m%ndial em normassociais. 1 movimento ambiental ) %ma tend(ncia potencial deste tipo. 1%troproeto f%t%ro da governana poderia ser coerentes em torno dosmovimentos p2sGUestphalian dos povos ind"genas o% migrantes. 'materceira na $%al C1I denominada de p2sGhegem-nica0! pode serrepresentada pela reG emerg(ncia de civili#aes como entidades inF%entes

    na ordem m%ndial.@B 8l)m disso! h? %m $%arto aspecto da m%dana global $%e merece

    ateno do ponto de vista da governana global. Conf%ndeGse com osdisc%tidos acima! mas no dei3a de ser de importEncia distinta. H? %ma boara#o para %sar o conceito de governana global! em refer(ncia V relevEnciadas elites e as a%toridades epist(micas orientadas globalmente. /stes soos corretores de conhecimento o% analistas simb2licos de alto n"vel $%edirigem&lideram a ordem global da informao emergente.

    AKK@G iniciaram %ma s)rie de pain)is nos encontros da 8SS1C68:W1 9//ST'91S 6NT/5N8C61N86S

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    'm obetivo era incentivar os tipos de cr"tica m>t%a e avaliao $%eprecis?vamos para desenvolver a teoria de governana global. 8 agendamontamos era tra#er a dimenso informacional da governana global emvista.

    /ste aspecto da governana global emerge em grande parte das m%danasglobais associadas com as tecnologias da ordem conhecimento m%ndialemergente. /lites informacionais aparentam estar em processo de formaon%ma forma globali#ada. Se%s s%portes instit%cionais so redes de centrosde inovaes nas principais cidades globais! as principais instit%iesp>blicas e privadas internacionais envolvidas&interessadas com a promoodo %so de informaes e ag(ncias pro*ssionais de com%nicaes globais.

    8 partir desta perspectiva! o processo de governana global pode serpensado como elevao do conecimento global, os tipos deinteligncia e comunicao !ue contribuem para e a"udar acoordenar outros aspectos da globalizao#/ste processo pode ser

    pensado! em primeiro l%gar! como visa reforar a coordenao e red%o derisco em %m conte3to de intensi*cao da concorr(ncia m%ndial e! poro%tro! como dependente da criao de novas formas de a%toridadeepist(mica! o% sea! a capacidade de prod%#ir ateno! respeito! e con*ar a%ma distEncia! com base na e3peri(ncia e na emin(ncia pro*ssional. 1processo de reorgani#ao das relaes desta forma d? origem a novoscampos transnacionais de a%toridade. 4roverbialmente! conhecimento )poderX hoe! pode ser dito agora! in$%irir sobre a globali#ao doconhecimento ) %ma das melhores maneiras de entender o poder daglobali#ao e governana.

    4ara res%mir! temos s%gerido $%e %m con%nto de %sos do conceito degovernana global tem emergido na tentativa de desenvolver abordagensabrangentes e integrais para analisar a m%dana global. 9e longe o maisabrangente ) o de James 5osena%! como res%ltado de se% foco sobre asdeslocali#aes de governana $%e s%rgem a partir de microGn"vel noconte3to das tend(ncias de integrao e fragmentao. $utros tmprocurado usar o conceito de governana global para destacar asimplica%es das mudanas globais mais espec&cas' a emergnciada sociedade civil global, a internacionalizao das elitesintelectuais e polticas do capitalismo (perliberal )ou neoliberal*, edo surgimento de elites in+ormativas. No geral! o s%rgimento destavertente da teoria da governana global! portanto! deve ser visto como %macaracter"stica dos debates nas relaes internacionais e para al)m da$%esto da m%dana global.

    udana Global e -egimes .nternacionais

    'ma seg%nda fonte da teoria da governana global $%e emergi% noconte3to da teoria dos regimes internacionais! na $%al teve %m signi*canteimpacto no pensamento acad(mico nos anos de AKLs. 8lg%ns sa%daramcomo %ma r%pt%ra radical com o passado. 1%tros consideraram como %mamoda passageira. /m %ma das avaliaes mais sondagem e historicamente

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    oc%pados! ,riedrich Qratochwil e John 5%ggie sit%ados dentro dos voltas ereviravoltas dos >ltimos cin$%enta anos escrevendo sobre a organi#aointernacional. /les discernem nem r%pt%ra radical nem passar de moda!mas %ma contin%idade consider?vel. 9e acordo com Qratochwil e 5%ggie!teoria do regime internacional represento% %m desenvolvimento relativos V

    mesma longa data problem?tica= a preoc%pao com a DgovernanainternacionalD! $%e ocorre dentro da arena formada por v?rios estadosterritoriais.

    Cont%do Qratochwil e 5%ggie tenham relativamente po%co a di#er comrelao ao signi*cado e a importEncia da governana internacional. 5ichard8shley foi %m dos $%e notaram esta implicao. 8o ass%mir este problema!8shley de fato prop-s a s%bstit%io do termo governana internacional comDproposta internacionalD. ,inalidade&4roposta 6nternacional ) +ormada poresses discursos !ue produzem continuidade atrav/s do tempo eespao! $%e ob"etivam estruturas duradouras, !ue criam o 0e+eitode continuidade espacial e temporal e direo coletiva0! e !uedeslocam os dist1rbios2altera%es assim como criar os limitescontnuos de soberania. /m s%ma! 8shley coloca o foco sobre o $%epoderia ser chamado de 0discursos de continuidade0na constit%io docampo da governana internacional. Sem d>vida! ele tinha em mente odisc%rso da pr2pria teoria regime.

    'm desenvolvimento diferente da teoria de regimes internacionais emergi%a noo de %m sistema de governana internacional0. Com efeito! essaideia reconhece $%e o foco caracter"stico da teoria de regimes em ?reastem?ticas estreitas tem sido %m obst?c%lo de*nitivo para o est%do dam%dana na governana internacional. 8 noo de %m sistema de

    governana rela3a os s%portes em torno regimes individ%ais. /ste tem osingredientes de %ma m%dana importante no programa de pes$%isa sobreregimes internacionais. M%dando o foco de %m DespaoGproblemaD a %mDsistemaD torna m%ito mais f?cil de detectar alteraes na condio degovernana internacional.

    Considere estes tr(s e3emplos. 4ara comear! ao longo de R d)cadas! on>mero de regimes internacionais para o meio ambiente cresce% depraticamente nada para pr23imo de Aoo Ydependendo do m)todo decontagemB. 1ran Zo%ng tem analisado este corpo de arranos pol"ticos como%m sistema de governana internacional. 8 seg%nda il%strao ) $%e! assim

    $%e a +%erra ,ria comeo%! os dois lados deram origem a %m corpo deregimes $%e canali#avam o conFito internacional e a corrida armamentistaem direes toler?veis para as d%as s%perpot(ncias. 4ara /rnstG1ttoC#empiel! isso pode ser entendido como %m sistema de governanainternacional. 8 >ltima instEncia refereGse V ordem estabelecida entre asgrandes pot(ncias d%rante o D4eace ;oveD YALA[GAKA@B. TratavaGse de %mavontade de desenvolver tais regimes como red%#iria o risco de o%tra grandeg%erra $%e poderia pre%dicar s%a pr2pria estabilidade e poder. QJ Holstiaponta para isso como %m sistema de governana internacional.

    8l)m desses aglomerados de regimes! o $%e da condio global de todos

    os regimes internacionais\ Talvez todo o corpo de regimesinternacionais 3 econ4mico, segurana, meio ambiente e assim pordiante 3 poderia ser considerado um sistema de governana

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    internacional. Mar] Oacher s%gere $%e o corp%s de regimes ) s%scept"velde entrar em %m per"odo de proliferao assim $%e o m%ndo e3perimentaos efeitos da e*c?cia declinante da grande g%erra! a crescente agresso aomeio ambiente! a ampliao da interdepend(ncia econ-mica! e apropagao global de com%nicaes! democracia e c%lt%ra de cons%mo. Mas

    Oacher concl%i $%e esta proli+erao /, no entanto, susceptvel de terum 0padro de colca de retalos0 desigual, em vez de um sistemaplane"ado e organizado de governana internacional.

    Como estes e3emplos il%stram! a noo de governana internacional temproporcionado %ma forma inovadora de esclarecer %m dos principaisblo$%eios dentro da teoria regime internacional da d)cada de AKL.5epensar a regimes como emaranhados em sistemas mais amplos degovernana convida a repensar as perspectivas sobre a m%dana depadres de coordenao da pol"tica internacional. Mas ) certamente degrande importEncia $%e esta vertente da teoria da governana globalgeralmente evita o termo governana global e no tem! por implicao!%ma preoc%pao com o signi*cado global da m%dana global. Nem )principalmente preoc%pado com a posio das organi#aes globais.

    udana Global e as organiza%es mundiais

    'm terceiro %so do conceito de governana global ) de salientar $%e am%dana global transformo% o ambiente das organi#aes m%ndiais. 'mafonte desta vertente da teoria da governana global era a e3pectativa de$%e o *m formal da +%erra ,ria ina%g%raria %ma nova era para as Naes'nidas e o%tras organi#aes m%ndiais. /m partic%lar! as e3pectativass%biram sobre o potencial para intervenes h%manit?rias atrav)s da 1N'!%ma ve# $%e foi libertado do impasse das s%perpot(ncias. 'ma o%tra fontefoi a constatao de $%e as principais organi#aes m%ndiais t(m vindo adesempenhar %m papel f%ndamental na promoo da globali#aoecon-mica. 1 + comeo% a se re%nir em AK@X o ,%ndo Monet?rio6nternacional ass%mi% %m papel de desta$%e na promoo da liberali#aoecon-mica d%rante a crise da d"vida da d)cada de AKLX e da 1rgani#aoM%ndial do Com)rcio foi criada em AKK[ para s%pervisionar a liberali#aoe3pandido de sectores da agric%lt%ra e dos servios. 'ma terceira fonte deeste %so do conceito de governana global foi o desenvolvimento $%e emta$%igra*a ) chamada de emerg(ncia da sociedade civil global. 8p2s aprimeira confer(ncia de meio ambiente global! em AK! as atividades dosmovimentos de meio ambiente! h%manit?rio! de m%lheres e de direitosh%manos cada ve# mais se cr%#aram com as organi#aes m%ndiais.

    Neste conte3to! o conceito de governana global serve %m emblema >tilpara o programa de reforma das organi#aes m%ndiais. /mbora tenhahavido v?rias declaraes program?ticas de como as organi#aes m%ndiaisdeveriam ter governana global como se% obetivo! de longe! o maisinF%ente ) a Comisso para +overnana +lobal. Neste processo! a ideia

    sobre governana global tem ganhado alg%ma proemin(ncia sobre aacademia e dentro de alg%ns setores do debate p>blico.

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    /m resposta a nova proemin(ncia das Naes 'nidas d%rante o conFito do+olfo YAKKGAKKAB! %ma iniciativa do primeiroGministro da S%)cia 6ngvarCarlsson re%ni% %ma Comisso para +overnana +lobal para s%gerir formaspara a constr%o e a consolidao da aparente renovao&renascimentodas Naes 'nidas. 1 res%ltado foi %m manifesto na tradio socialGdemocrata do relat2rio NorteGS%l de Uilly

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    4owell concl%ir $%e a governana global ) D%m tema $%e precisa de %menfo$%e&focoD.

    9e longe! o est%do mais informado te2rica e historicamente da relao

    entre as alteraes globais e as organi#aes m%ndiais ) rico est%dohist2rico de Craig M%rphy sobre o desenvolvimento do capitalismo ind%strialdesde as origens da seg%nda revol%o ind%strial at) crise do fordismo nosanos AK e L. No %so de M%rphy! a governana global refereGse Vsatividades das organi#aes m%ndiais. No entanto! ele arg%menta $%edesde AL[ essas atividades tenham derivado da capacidade de coligaestransnacionais das foras sociais liberais para investir as organi#aesm%ndiais com a misso de promover as ind>strias de ponta nas diversasfases do ind%strialismo. ,oi o $%e acontece% na /%ropa da Dbelle epo$%eDYALLGAKA@B e na D6dade de 1%roD do M%ndo ;ivre YAK@[GAKB docapitalismo ind%strial. /m cada caso! de acordo com M%rphy! organi#aes

    m%ndiais a%daram a criar as condies $%e promoveram %ma nova e maisincl%siva fase do capitalismo ind%strial.

    5m tema comum em toda esta vertente da teoria da governanaglobal / a import6ncia da sociedade civil global como +onte derevitalizao para organiza%es globais# $s programas sociais3democratas para a renovao organizao global preveem umredesign !ue os trans+orma em redes incorporadas na sociedadecivil global# As organiza%es globais seriam mais abertas 7sin8uncias da sociedade civil global )e, nesse sentido maisdemocr9tica*: elas iriam promover ativamente a propagao de

    uma sociedade civil global )atrav/s do incentivo a governanademocr9tica*.

    4arte deste repensar o papel das organi#aes m%ndiais em termos degovernana espelha os recentes desenvolvimentos em s%a pr?tica. /mAKLK! o

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    fe# esse ano partic%larmente f)rtil para reFetir sobre a sit%ao at%al epotencial f%t%ro de organi#aes globais.

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    a reorientao dos hori#ontes pol"ticos dos indiv"d%os! o entrelaamento de%ma sociedade civil global! o crescente poder das elites globali#antes! e os%rgimento de elites informacional global! em partic%lar. Cada %m precisaser avaliada. /les so todos m%ltidimensional e abrangente. 'macompreenso ade$%ada dos motores essenciais de m%dana global tem de

    considerar potencialmente praticamente t%do.4ara entender a m%dana global! consideramos $%e %ma epistemologia eontologia historicista so essenciais. Teoria historicista visa constr%ese3plicativas pr23imas $%e correspondem Vs m%danas nas formas $%e avida social ass%me como novos desa*os so enfrentados pelascom%nidades h%manas! e como essas com%nidades so transformadas porprocessos de ascenso e decl"nio hegem-nico. 6sso no signi*ca $%e acompreenso f%ncional de como as coisas esto organi#adas em sociedadesesto sem %so! apenas $%e estes s2 so >teis dentro de paramentoshist2ricas e con%nt%rais c%idadosamente especi*cados.

    8 abordagem historicista est? intimamente relacionado ao %m prop2sitocr"tico. Como Co3 observo%! e como m%itos o%tros! posteriormente!reconhece%! DTeoria ) sempre para alg%)m e para alg%m prop2sito. Todas asteorias t(m %ma perspectiva. 4erspectivas derivam de %ma posio noespao e no tempo! especi*camente tempo e do espao social e pol"tico D.Nosso prop2sito a$%i ) compreender as origens de formas de governana!de modo a antecipar a s%a transformao em o%tras formas ao longo dotempo! ao inv)s de as preoc%paes pragm?ticas de mais positivista o%trabalhar com resol%o de problemas tornando o at%al sistema de

    governana global mais e*ca#.

    S%a mensagem deve comear com a ontologia o% %ma declarao do $%eparecem ser as caracter"sticas mais marcantes do nosso m%ndo em %mmomento partic%lar. 9entro do conte3to da ascend(ncia contemporEneo deglobali#ao! $%eremos oferecer a seg%inte especi*cao de forasrelevantes. 8o n"vel das ideias! identi*car a relevEncia do $%e temoschamado de a%toridade epist(mica! o% sea! a defer(ncia associada aoconhecimento pro*ssional especiali#ado! t)cnico! o% o%tro. /sta parece ser ade*nio de rec%rso de sentido estrito. No entanto! mesmo dentro de

    instit%ies p>blicas! a tend(ncia ) cada ve# mais em direo a adoo deprinc"pios de organi#ao e interveno social de mercado. 1 elemento *nalda nossa ontologia ) o comple3o de tecnologias de infraGestr%t%rasassociadas V emergente economia do conhecimento. /stas capacidadesmateriais parecem ser loc%s desenvolvimento de crescimento! de*nindo odesenvolvimento dinEmico da idade. 4odemos representar s%a interaom>t%a! da seg%inte forma.

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    8%toridade/spit(mica

    associada comexpertisepro*ssional

    Tecnologias deinfraestr%t%raassociadas V

    emergente economiado conhecimento

    6nstit%ies

    mercantili#adas

    /sta ontologia deve ser compreendida como %m caminho para odesenvolvimento de an?lises m%ltin"vel das formas do passado e dopresente Ycomo tamb)m do potencial f%t%roB ass%midas pela governanaglobal.

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    acreditamos $%e! para o s%rgimento de elites informativas globais. /mboracada %ma das d%as abordagens iniciais! identi*ca %ma dimensoimportante! a terceira abordagem de %ma economia pol"tica das formas degovernana global )! acreditamos! mais promissor do ponto de vista de %maviso abrangente de m%dana global.